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Disciplina: Direito Administrativo

Professor(a): Celso Spitzcovsky


Aula: 07 | Data: 05/08/2020
/03/2018

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS
1 Supremacia Do Interesse Público Sobre o Particular
2 Autotutela

PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS

Aqueles que não tem previsão expressa em nosso ordenamento.

1. Supremacia Do Interesse Público (Princípio Coringa)


A Administração autorizada a sacrificar direitos de terceiros, ainda que não tenha feito nada de errado, para a
preservação dos interesses da coletividade.
Ex: desapropriação para construções de escolas, hospitais, delegacias estações de trem, etc.

2. Autotutela
A administração está legitimada a rever seus próprios atos, anulando quando ilegais, ou revogando, por razoes
de conveniência ou oportunidade.
Através delas os atos administrativos são retirados do ordenamento jurídico.
Em ambos os casos, a administração pública pode promover por vontade própria ou por requerimento de
terceiros, vide art. 5º, XXXIV, a da CF.

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO

FUNDAMENTO Ilegalidade Conveniência e oportunidade

TITULARES Administração (ofício ou provocação de Administração (por Oficio ou por


3º) e Judiciário provocação de 3ª)

EFEITOS DA DECISÃO Ex tunc Ex Nunc

PRAZO 5 anos (Lei 9.784/99, art. 54), salvo Não há


comprovada má-fé

ANULAÇÃO
DICA: Ato é retirado do ordenamento jurídico, porque o passado condena (NASCEU ILEGAL).
Art. 5º, XXXV da CF é a base para o judiciário se manifestar e decidir sobre o ato.
Atenção: Da anulação não gera Direitos adquiridos.

Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

PROCURADORIAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS


CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
REVOGAÇÃO
A decisão que revogar não retroage, ou seja, o passado fica como esta.
Aqui pode invocar direitos adquiridos durante a revogação.
Caso, os direitos adquiridos, não forem respeitados, pode o judiciário vir a ser acionado

NAS CONSEQUENCIAS O JUDICIÁRIO PODE VIR A FAZER PARTE, CASO NÃO SEJA RESPEITADO OS DIREITOS
ADQUIRIDOS.

Ex: administração revogou contrato de licitação por conveniência – A empresa licitante/ fará jus a receber valores
a título de danos emergentes e lucros cessantes.

ATENÇÃO: Anulação e Revogação caem muito!!!

FOCO NAS SÚMULAS:

Súmula 346
“A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios
atos.”

Na verdade, a administração DEVE declarar a nulidade dos seus atos.

Súmula 473
“A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou
revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial.”

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