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DIREITO ADMINISTRATIVO
Data 20/10/2009
Segurança Jurídica
Agências Reguladoras
Razoabilidade e Proporcionalidade
Terceiro Setor
SEGURANÇA JURÍDICA
PROTEÇÃO DA CONFIANÇA
INTRODUÇÃO
Art. 2o da Lei nº. 9.784/99 – A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
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b) Submissão do Estado a mecanismos de fiscalização / responsabilização: o
Estado de Direito pressupõe a existência de órgão que o fiscalize;
CONCEITO
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Para a aplicação da decadência devem ser
observados três requisitos cumulativos:
a) O ato deve ser ampliativo de
direitos, ou seja, produzir efeitos
favoráveis ao destinatário;
b) Se o destinatário estiver de boa-fé
(não ter contribuído para o vício do
ato; REsp 603.135). A boa-fé é
presumida e a má-fé deve ser
comprovada;
c) Prazo de 5 (cinco) anos da prática do
ato ou se o ato for contínuo, da
percepção da primeira parcela.
Art. 71 da C.R.F.B./88 – O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como
a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores
que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
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disponível na Revista de Direito Administrativo
244.
Art. 2o da Lei nº. 9.784/99 – A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
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Art. 49 da Lei nº. 8.666/93 – A autoridade competente para a aprovação do procedimento
somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente
devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por
ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente
fundamentado.
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Data 28/10/2009
AGÊNCIAS REGULADORAS
A C.R.F.B./88 destina uma parte importante de seu texto para a ordem econômica.
NATUREZA AUTÁRQUICA
I - a União;
III - os Municípios;
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As agências reguladoras são criadas por lei.
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
A diferença básica da autarquia para as demais é que a autarquia só pode ser criada
por lei. As fundações públicas, sociedade de economia mista e empresas públicas são
autorizadas a ser criadas por lei, mas não é a lei que as cria.
As autarquias são criadas para a atividade típica da Administração Pública.
Art. 98 do C.C./02 – São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas
de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
A relação entre uma autarquia e uma Administração Pública Direta pode ser de
tutela / controle / supervisão.
Assim, o Presidente da República não manda no INSS – Instituto Nacional do
Seguro Social. Contudo, quem nomeia o presidente do BACEN, por exemplo, é o
Presidente da República. Isso é uma forma de controle.
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Sempre haverá controle e autonomia. Contudo, quanto maior o controle, menor a
autonomia. Estes valores se apresentam em razão oposta (balança).
A autarquia não tem autonomia política, ou seja, não pode propor projeto de lei.
OBS: Os únicos dois preceitos constitucionais que falam de agências reguladoras são os
artigos 21, XI (ANATEL) e 177 (ANP) ambos da C.R.F.B./88.
(...)
§ 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades
previstas nos incisos I a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
§ 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da União; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 9, de 1995)
Este argumento foi vencido pelo STF ao julgar a Medida Cautelar na ADI 1668,
visto que entendeu que é possível que a lei atribua função regulatória a entidades da
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Administração Indireta, valendo-se do preceito de que a autarquia é criada para atender
os interesses da Administração Direta.
OBS: Para por a pá de cal sobre a discussão, de lege ferenda (PEC 81/03), busca-se inserir
o artigo 174-A na C.R.F.B./88.
De lege lata (já existe lei) a Lei nº. 9.986/00 que trata de normas gerais sobre
pessoal.
CARACTERÍSTICAS
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:
c) Governador de Território;
e) Procurador-Geral da República;
(...)
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e
dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente
e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
(RE 167.137)
a. Perda do mandato:
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Inicialmente era previsto na Lei nº. 9.986/00, que estabelecia o regime da CLT com contratação
temporária. Após controle de constitucionalidade na ADI 2310, o STF julgou, em sede cautelar, inconstitucional a
contratação temporária, visto que a necessidade é permanente, sendo necessária a realização de concurso público.
Antes de ser julgado o mérito da ADI 2310 foi editada a Medida Provisória 155/03 criando mais de 5000
cargos público e posteriormente convertida em Lei nº. 10.871/04. Vale ressaltar que MP não é espécie normativa
competente para criar cargos públicos, sendo de competência de lei. Com a conversão da MP na Lei nº. 10.871/04 a
ADI 2310 perdeu o objeto e foi extinta.
Com isso, maliciosamente, foi editada a MP 269/05 prorrogando os contratos temporários até dezembro de
2007. A MP 269/05 foi convertida na Lei nº. 11.292/06, desencadeando nova ADI 3678, que ainda não foi julgada.
Em dezembro de 2007, foi editada uma nova MP 407, prorrogando os contratos temporários até 31/07/2009.
A situação esta indefinida. Certo é que o regime de pessoal das Agencias Reguladoras deve ser o de cargos
públicos (estatutário) através de concursos (ADI 2310).
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