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Controle de constitucionalidade de normas seria verificação por um órgão competente da consonância

ou compatibilidade de uma determinada espécie normativa, levando-se em consideração uma


Constituição, que fundamenta a validade daquela norma e, portanto, não podendo ser contrariada pela
aquela norma inferior. O controle de constitucionalidade pode ser preventivo ou repressivo

O controle difuso é realizado de forma incidental por todo e qualquer juiz ou Tribunal
STF » por meio de recursos extraordinários Tribunais locais e TRFs » reserva de plenário (art. 97 da CF).
(- Súmula Vinculante 10 -)
O controle difuso caracteriza-se, principalmente, pelo fato de ser exercitável somente perante um caso
concreto a ser decidido pelo Poder Judiciário. A declaração de inconstitucionalidade, nesse caso, é
necessária para o deslinde do caso concreto, não sendo pois objeto principal da ação.

controle concentrado ou abstrato de constitucionalidade, é realizado por um único órgão ou um


número limitado de órgãos do Poder Judiciário Brasil » STF (para CF); Tribunais Locais.
Onde procura-se obter a declaração de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo em tese,
independentemente da existência de um caso concreto, visando-se à obtenção da invalidação da lei, a fim
de garantir-se a segurança das relações jurídicas, que não podem ser baseadas em normas
inconstitucionais. A declaração de inconstitucionalidade é, pois, o objeto principal da ação.

- espécies de controle concentrado de constitucionalidade contempladas pela Carta Política de 1988:


ADIN genérica (Ação Direta de Inconstitucionalidade). ADIN interventiva. ADIN por omissão. Arguição
de descumprimento de preceito fundamental. ADECON ou ADC (Ação Direta de Constitucionalidade).

Controle concentrado • efeitos da decisão


EFEITO VINCULANTE- TAMBÉM VINCULA O PRÓPRIO STF? NÃO, em termos//para o Pleno
há apenas coisa julgada formal// pode haver mudança desde que haja significativa mudança das
circunstâncias fático-jurídicas (overruling) SIMPLES ALTERAÇÃO DE COMPOSIÇÃO? cuidado com
as expectativas jurídicas criadas pela decisão anterior ---- o direito deve ser tratado como um continuum
prático// decisão judicial cria direito » direito judicial// modulação de efeitos » art. 927, § 3 o , do
CPC/2015

EFEITO ERGA OMNES- é o alcance subjetivo da decisão de inconstitucionalidade; propaga efeitos


para todos os possíveis destinatários da norma objeto do controle de constitucionalidade, vinculando-os.
cria para tais pessoas o direito subjetivo de não se sujeitar à incidência de uma RMIT declarada
inconstitucional ou o dever de se submeter a tal RMIT caso ela seja declarada constitucional

EFEITO DÚPLICE-Lei n.º 9.868/99 Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á


improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a
inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória.
procedência da ADI = improcedência da ADCon improcedência da ADI = procedência da ADCon
Efeito no tempo – ex tunc e ex nunc

*O que faz a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)? ADI visa excluir do ordenamento jurídico a
lei ou ato normativo dotados de vício, ou seja, de inconstitucionalidade. A legitimidade para sua
proposição é trazida pelo artigo 103 da CF. Seus efeitos são a inaplicabilidade da lei ou ato normativo,
com efeito erga omnes e vinculante sendo, em regra, ex tunc.

*O que faz Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC)? Em suma: visa determinar a eficácia
de lei ou ato normativo, discutida em casos concretos, tendo recebido a maioria das decisões
desfavoráveis. Sua legitimidade é trazida pelo artigo 103 da CF. Seus efeitos são erga omnes, vinculante e
ex tunc.

*O que faz Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão? Visa requerer a regulamentação de
norma constitucional dotada de eficácia limitada. A legitimidade para sua propositura se encontra no
artigo 103 da CF. Tratando-se de órgão administrativo, o STF cientificará o poder competente para tomar
as providências em 30 dias. Trata-se de inovação trazida pela CF/1988, a qual tem por objeto conceder a
eficácia plena aos dispositivos constitucionais que carecem de regulamentação, por meio de leis
ordinárias ou complementares, realizando a vontade do constituinte na sua plenitude.
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MODULAÇÃO- Significado e pra que serve:- O art. 27 da Lei n. 9.868/99 prevê a possibilidade de que
o Supremo Tribunal Federal afaste, em certos casos, a fixação do princípio da produção do efeito ex tunc
considerado como regra geral no efeito concentrado. Em regras gerais, a modulação significa fixar uma
data a partir da qual a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal surtirá efeitos, evitando assim que
ocorram divergências entre a declaração de inconstitucionalidade ou a mudança que sobrevir na
jurisprudência de forma brusca.

Quais os efeitos da modulação? proteger a segurança jurídica e o interesse social, evitando que a
declaração de inconstitucionalidade produza efeitos negativos. É certo que a Constituição deve ser
respeitada.
Pode haver modulação dos efeitos na ADI? O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) validou
dispositivo da Lei 9.868/1999 (Lei das Ações Diretas de Inconstitucionalidade - ADIs) que autoriza a
Corte a modular os efeitos da decisão em que for declarada a inconstitucionalidade de normas. Esta
modulação busca, acima de tudo proteger os interesses sociais de maior relevância destes servidores,
como por exemplo, os que já aposentaram ou que se encontram com o processo de aposentadoria em
curso.

O que é modulação dos efeitos do STF? Segundo a ministra, ao modular os efeitos da decisão, o STF
faz uma ponderação entre preceitos constitucionais, levando em conta os possíveis prejuízos da lacuna
normativa resultante da declaração de nulidade.

O que é modulação dos efeitos no controle de constitucionalidade? A modulação dos efeitos


temporais é mecanismo que permite ao tribunal restringir a eficácia da sua decisão de
inconstitucionalidade, a qual será eficaz a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento fixado.

Consequências do uso indiscriminado da modulação--Ocorre que, com o passar dos anos, houve um
desvirtuamento irrefletido do instituto. Com efeito, se o escopo inicial era o de limitar os efeitos
retroativos e repristinatórios da decisão de inconstitucionalidade, com o tempo, a Corte passou a modular
o próprio conteúdo da decisão. Ademais, o que era para ser excepcional, ingressou na rotina de
deliberações do tribunal, que passou a enxergar a modulação como uma etapa natural de decisões
relevantes. Tais elementos, contudo, minam a própria normatividade do Direito, pois até o resultado do
julgamento passa a depender de juízos pragmáticos de ponderação de interesses. A banalização da
modulação faz com que os direitos deixem de ser encarados como trunfos (argumentos de princípios) e
passem a ser tratados como mais um valor a ser sopesado na equação em prol do bem-estar social
(argumentos de política)

SEGURANÇA JURÍDICA- O princípio da segurança jurídica é amparado no ordenamento jurídico


brasileiro em conjunto com os demais princípios do direito, tem por objeto tutelar a segurança no direito
brasileiro. Os postulados da segurança jurídica, da boa-fé objetiva e da proteção da confiança, enquanto
expressões do Estado Democrático de Direito, mostram-se impregnados de elevado conteúdo ético, social
e jurídico, projetando-se sobre as relações jurídicas, mesmo as de direito.

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