9 semestre - Direito
Direito processual do trabalho
PETIÇÃO INICIAL, NOTIFICAÇÃO E AUDIÊNCIAS, PROVAS NO PROCESSO
DO TRABALHO, SENTENÇA E COISA JULGADA, Recursos Trabalhista
Prof - Tatiana Richetti.
Petição Inicial: Formas de
reclamação
considerações iniciais:
requisitos: do § 1º do artigo 840 da CLT.
● O juízo competente, nos termos do art. 651
da CLT, é o juízo do local da prestação dos
serviços.
● Citação independe de requerimento, é
automática art. 841 da CLT;
● não há necessidade de indicação dos
meios de prova que o autor pretende
produzir pois é o Magistrado, na
audiência, que definirá as provas que se
mostram necessárias, conforme o art. 370
do CPC/2015
Aditamento (mudar) da petição inicial
O aditamento da petição inicial consta no art.
329 do CPC/2015.
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a
causa de pedir, independentemente de
consentimento do réu;
Após a apresentação da defesa: dependerá do
consentimento do reclamado;
Indeferimento da petição inicial
● são vícios que não podem ser corrigidos,
que geram a extinção do processo sem
resolução do mérito, nos termos do art.
330 do CPC/2015.
● Ao indeferir a petição inicial, o Juiz
proferirá uma sentença de extinção do
processo, da qual o autor poderá recorrer
– no processo do trabalho interporá o
recurso ordinário (art. 895 da CLT) no
prazo de 8 dias – cabendo
o juízo de retratação no prazo de 5 dias, isto é,
poderá o Juiz voltar atrás no seu entendimento,
tornando sem efeito a sua sentença, conforme
art. 331 do CPC/2015
RITOS NO PROCESSO DO TRABALHO
Sumário (Alçada) – até 2 salários mínimos na
data do ajuizamento da ação – lei 5584/1970
Sumaríssimo – acima de 2 e até 40 salários
mínimos na data do ajuizamento
da ação – art. 852-A e seguintes da CLT
Ordinário – acima de 40 salários mínimos na
data do ajuizamento da ação –
art. 837 e seguintes da CLT
NOTIFICAÇÃO E AUDIÊNCIAS
considerações iniciais:
● art. 841 da CLT prevê que a notificação
será postal, não sendo necessária a
entrega pessoal da notificação;
NOTIFICAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA
● prazo em quádruplo para a defesa da
União, Estados, Municípios, DF, Autarquias
e fundações de direito público, previsto no
Decreto-Lei n. 779/69,
AUDIÊNCIA
Art. 813 da CLT - O ato será realizado em dia
úteis, das 8h às 18h, não podendo
ultrapassar as 5 horas seguidas, salvo se for
matéria urgente
-> necessidade de as partes estarem presentes
ao ato, independentemente de
seus representantes, ou seja, o comparecimento
deve ser pessoal
-> nas ações plúrimas (pluralidade de pessoas
requerendo o mesmo lado em um processo ) e
nas ações de cumprimento, as partes podem ser
representadas pelo sindicato, dispensando a
presença de todos os autores. (art. 843 da CLT
AUDIÊNCIA
-> art. 843 da CLT § 1º permite ao empregador
ser representado por um preposto, que não mais
precisa ser empregado, conforme o § 3º do
mesmo dispositivo
-> O § 2º permite que o reclamante seja
representado por outro empregado da mesma
profissão ou pelo sindicato, caso não possa
comparecer ao ato por doença ou alguma outra
justificativa séria
consequências da ausência das partes em
audiência
-> Ausência do reclamante (Una ou Inicial): o
processo será arquivado, ou seja, será extinto
sem resolução do mérito, sendo aquele
condenado ao pagamento de custas
processuais, ainda que beneficiário da justiça
gratuita, conforme o § 2º do dispositivo em
análise. Contudo, poderá o reclamante, no prazo
de 15 dias, demonstrar que a ausência decorreu
de motivo justificável, isentando-se daquele
pagamento
-> Ausência do reclamado: será o reclamado
considerado revel, e o principal efeito é a
presunção de veracidade dos fatos afirmados na
petição inicial.
-> Ausência de ambos: o processo será
arquivado também, já que o primeiro a ser
chamado no pregão é o reclamante e se este
não se encontra no local, o processo já é
arquivado de imediato.
Súmula 9 do TST, que é a ausência do
reclamante em audiência em prosseguimento,
ou seja, quando é adiada a primeira audiência
por qualquer motivo. Haverá ou não o
arquivamento?
-> Reclamante faltou, com justificativa - remarca
data para segunda audiência e caso este faute
novamente a ação será arquivada;
outro exemplo:
-> A audiência estava marcada para o dia de
hoje, teve seu início, com a primeira tentativa de
acordo, que não logrou êxito e culminou com a
apresentação da defesa pelo reclamado. Após
este ato, o Juiz adiou a audiência porque as
testemunhas não compareceram, designando
nova data. Caso o reclamante falte na data da
segunda audiência, o processo não será
arquivado, pois já houve a apresentação da
defesa na primeira audiência. O reclamante tão
somente perderá a chance de participar da
produção das provas naquela audiência. Porém,
se tiver sido intimado para comparecer e prestar
depoimento, haverá confissão;
-> Art. 815 da CLT – atraso do Juiz: o Magistrado
poderá se atrasar em até 15 minutos;
- se o Juiz estiver atrasado para uma audiência
por estar realizando outra, não se aplicará o
dispositivo legal, devendo a parte esperar o
tempo que for necessário.
->OJ n. 245 da SDI-1 do TST – as partes não
podem se atrasar;
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 Contudo, a decisão de modificação do ônus da
prova deve ser fundamentada e
proferida antes do início da instrução, de forma
que não surpreenda a parte a
quem foi atribuído o ônus, podendo ser requerido
o adiamento da audiência, nos
moldes do § 2º do art. 818 da CLT

PROVAS NO PROCESSO DO TRABALHO Meios de prova

Considerações iniciais:
FATOS INCONTROVERSOS (NÃO CONTESTADOS OU art. 369 do CPC/2015

CONFESSADOS) NÃO DEPENDEM DE PROVA, ➢ PROVA DOCUMENTAL: FORMA E MOMENTO

APENAS FATOS CONTROVERTIDOS

-> EXEMPLO DE FATO INCONTROVERSO: Súmula ➢ Depoimento pessoal: Difere do interrogatório,

453 do TST, que diz ser dispensável a prova que apesar de também se dar com a oitiva da

pericial para a periculosidade quando houver parte, é determinado de ofício pelo Juiz, que

prova de que a empresa pagava algum através dele busca esclarecimento sobre fatos,

percentual daquele adicional, já que o podendo ser realizado a qualquer momento do

pagamento torna incontroverso o trabalho sob processo e por diversas vezes, se necessário;

aquelas condições;
➢ PROVA TESTEMUNHAL: a diferença vai desde a

-> PROVAS INCIDEM SOBRE FATOS E NÃO SOBRE O quantidade de testemunhas, quanto à

DIREITO; desnecessidade de apresentação do rol.

-> PODERES INSTRUTÓRIOS DO JUIZ: ART. 370 DO ○ Súmula 357 do TST, que diz não haver

CPC/2015 suspeição em relação à testemunha que ajuizou

ação contra a mesma empresa

Ônus da prova
➢ PROVA PERICIAL: conhecimento técnico,

-> art. 818 da CLT e o art. 373 do CPC/2015 podendo consistir em exame, vistoria ou
avaliação (art. 464 do CPC/2015)

-> Teoria estática de distribuição do ônus da exceções: prescritas na OJ n. 278 da SDI-1 do TST

prova: prevista no caput do art. 818 da CLT, que e na Súmula 453 do TST, que tratam

afirma ser do autor o ônus de provar os fatos respectivamente da dispensa em relação à

constitutivos, e do réu os fatos extintivos, insalubridade e periculosidade.

modificativos e impeditivos.
-> os §§ 1º a 3º do art. 818 da Não sendo possível a realização da perícia (OJ

CLT, afirmam que as normas previstas no caput 278 SDI-1) ou havendo o pagamento de algum

podem ser modificadas pelo percentual a título de periculosidade (Súmula

Juiz no caso concreto, de forma a facilitar a 453), não será realizada a prova técnica,

produção da prova, incumbindo à julgando o Juiz com base nos outros meios de

parte que possui melhores condições de produzir prova constantes nos autos.

a prova o ônus de produzi-la.

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○ o Magistrado possui liberdade para a análise
do laudo pericial, podendo concordar ou
discordar do perito, conforme art. 479 do
CPC/2015, devendo obviamente fundamentar a
sentença
-> Inspeção judicial: prevista no art. 481 do
CPC/2015, a inspeção é realizada pelo Juiz sobre
pessoas e coisas podendo ser realizada de ofício
ou a requerimento das partes;
Encerramento da instrução
-> Após a produção das provas, verificando o
Juiz que não há necessidade de produzir outras,
aplicará o art. 850 da CLT, abrindo prazo de 10
minutos para cada parte apresentar as
alegações finais, último momento para as partes
tentarem convencer o Juiz da veracidade de
suas informações. Após as alegações finais, o
Juiz proporá novamente o acordo, chegando ao
segundo momento obrigatório de conciliação.
Não havendo acordo para ser homologado, o
Magistrado proferirá a sentença oralmente,
valendo-se do art. 832 da CLT e art. 489 do
CPC/2015 para proferi-la com os requisitos
essenciais, que são: relatório, fundamentação e
dispositivo;
SENTENÇA E COISA JULGADA
Considerações iniciais:
As sentenças definitivas constam no art. 487 do
CPC/2015, que traz as hipóteses de extinção do
processo com resolução do mérito. Já as
terminativas são aqueles em que não há análise
do mérito, já que o art. 485 do CPC/2015 trata
das situações de extinção sem resolução do
mérito;
-> Extinção com resolução do mérito: haverá a
forma da coisa julgada material, relacionada à
análise do mérito, já que a decisão se tornará
definitiva e imutável com o trânsito em julgado. ■
-> Extinção sem resolução do mérito: na hipótese
haverá a formação de coisa julgada formal, que
impedirá a prática de atos no próprio processo,
mas sem qualquer análise dos pedidos que
foram formulados
Princípio da congruência
O princípio da congruência também pode ser
encontrado nas provas como “princípio da
correlação” ou “princípio da adstrição”, estando
previsto no art. 141 do CPC/2015 como um
limitador da atuação do Juiz, que não pode
julgar fora dos pedidos que foram formulados
pelas partes
-> Caso o Juiz profira decisão fora do que foi
pedido, além do que foi pedido ou deixe de julgar
algo que foi pedido, estará proferindo sentenças
extra, ultra e infra (citra) petita, respectivamente.
Assim, se o autor requer a condenação do réu ao
pagamento de danos materiais apenas, não
pode o Juiz conceder dano moral, mesmo que
evidente na hipótese.
EXCEÇÕES
Alguns pedidos não precisam ser formulados, já
que considerados implícitos, como ocorre com
os juros e correção monetária, que a teor da
Súmula 211 do TST podem ser incluídos na
sentença mesmo que ausentes tais parcelas na
petição inicial. Também a Súmula 396 do TST
afirma que, na hipótese de ser requerida a
reintegração do empregado, pode o Juiz
conceder indenização em substituição àquele
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pedido, já que a substituição estaria implícita,
não sendo a decisão considerada extra petita
Requisitos e fundamentação
Dispõem os arts. 832 da CLT e 489 do CPC/2015
que as sentenças devem possuir os seguintes
requisitos ou partes essenciais: relatório,
fundamentação e dispositivo.
Um dos pontos mais importantes sobre a
sentença, inserido pelo CPC/2015, é a
necessidade de seguir os ditames do § 1º do art.
489;
O Magistrado, ao final de sentença, mencionará
o valor das custas em reais, levando-se em
consideração os critérios do art. 789 da CLT,
indicando ainda as parcelas que constam da
condenação,
Juízo de retratação
REGRA GERAL = não ocorrer
Excepcionalmente ocorre a retratação da
sentença
■ Indeferimento da petição inicial – art. 331 do
CPC/2015: se o Juiz proferir sentença de
indeferimento da petição inicial e o autor
interpuser recurso, poderá o Magistrado
retratar-se em 5 dias.
■ Improcedência liminar – art. 332, § 3º, do
CPC/2015: se o mérito for julgado improcedente,
na hipótese do art. 332, e o autor interpuser
recurso, poderá o Magistrado retratar-se em 5
dias.
■ Sentença de extinção sem resolução do mérito
– art. 485, § 7º, do CPC/2015: sempre que o Juiz
extinguir o processo sem resolução do mérito,
por qualquer motivo, caberá a retratação em 5
dias se a parte interpuser recurso
Julgamento antecipado parcial
o art. 356 do CPC/2015 e aplicável ao processo
do trabalho por determinação da IN n. 39/2016 do
TST, o julgamento antecipado parcial permite
que sejam proferidas duas ou mais sentenças
em um único processo em momentos distintos.
ocorrem quando um ou mais pedidos foram
incontroversos ou estiverem em condições de
imediato julgamento, por não haver necessidade
de produção de qualquer outro meio de prova ou
por ter sido o réu considerado revel, com a
consequente presunção de veracidade dos fatos
afirmados na petição inicial.
-> poderá o Juiz, estando presente alguma
hipótese do art. 356 do CPC/2015, julgar de
imediato o dano material por sentença e
prosseguir o processo em relação ao dano
moral, que será julgado em nova sentença;
COISA JULGADA
-> trânsito em julgado que é a passagem da
decisão de um estado de mutabilidade para
imutabilidade;
EX
Imaginemos que João tenha ajuizado uma ação
em face da empresa Alfa, requerendo a
condenação ao pagamento de danos morais por
suposta perseguição que ele estava sofrendo, o
que teria caracterizado o assédio moral. Se a
sentença foi de improcedência e não for
modificada em grau de recurso, transitará em
julgado em determinado momento e aquela
decisão se tornará imutável e indiscutível, já que
será formada a coisa julgada material, que nos
termos do art. 502 do CPC/2015 é “a autoridade
que torna imutável e indiscutível a decisão de
mérito não mais sujeita a recurso”. Significa dizer
que o dano moral não foi reconhecido naquele
processo e nunca mais poderá ser discutido em
qualquer outro processo. A coisa julgada
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material, que produz os seus efeitos para fora do
processo, é por isso denominada
extraprocessual;
2º e Súm. 266);
-> Se a ação for de rito sumaríssimo, os únicos
fundamentos que poderão ser objeto do recurso
de revista são: violação da Constituição Federal,
afronta à súmula do TST e súmula vinculante do
STF (art. 896, § 9º). O TST possui entendimento no
sentido de que não cabe violação à OJ do TST,
mas tão somente às suas súmulas, conforme
entendimento expresso na Súmula 442 daquele
tribunal.

Sobre o procedimento, dispõe o § 1º do art. 896 da

CLT que o recurso terá efeito tão somente
Recursos Trabalhista
devolutivo, sendo interposto perante o
Recurso de Revista:
Presidente do TRT, a quem cabe realizar o
-> art. 896 da CLT, possui o seu cabimento contra
primeiro juízo de admissibilidade, podendo
acórdãos do TRT Prazo de 8 dias.
admitir ou inadmitir por decisão fundamentada

-> O Recurso de Revista só pode ser interposto

Sobre o juízo de admissibilidade, prevê o § 1º-A
contra decisão que decidir o mérito da causa ou,
que é ônus da parte, sob pena de inadmissão do
em caso de decisão interlocutória, nas hipóteses
recurso, demonstrar que a matéria está
excepcionais previstas na Súmula 214/TST.
prequestionada, ou seja, decidida efetivamente
na decisão recorrida, além de indicar de maneira
fundamentação
explícita e fundamentada qual é a violação à lei,
Fundamentação:
súmula ou orientação jurisprudencial do TST
a) divergência jurisprudencial entre TRTs em
(Vide também a Súmula 297 do TST);
relação à lei federal, violação de súmula ou
jurisprudência uniforme do TST, violação de
Por fim, deve o recorrente impugnar todos os
súmula vinculante do STF;
fundamentos que foram utilizados pelo prolator
b) divergência jurisprudencial entre TRTs em
da decisão, demonstrando sob todas as óticas
relação à lei estadual, convenção ou acordo
que a decisão está equivocada e deve ser
coletivo, sentença normativa ou regulamento
modificada pelo TST.
empresarial de observância obrigatória em área
de mais de um tribunal;
o § 14 do art. 896 da CLT - possibilidade de o
c) violação de lei federal ou afronta direta e
recurso de revista ser inadmitido pelo
literal da Constituição Federal
relator, por decisão monocrática, quando o apelo
for intempestivo, deserto, carecer de
-> O recurso de revista interposto no processo de
regularidade de representação ou pela ausência
execução somente pode versar sobre afronta
de qualquer outro pressuposto recursal.
direta e literal da Constituição Federal. Este é o
único fundamento que pode ser objeto de
questionamento na hipótese. (art. 896, §
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art. 896-A, § 1º, da CLT -> pressuposto =
demonstra ser importante para a coletividade,
não apenas para o recorrente.

Agravo de Petição

->O recurso de agravo de petição está previsto

no art. 897, a, da CLT; Prazo de 8 dias.
-> É utilizado contra decisão proferida no
Previsto no art. 1.021 do CPC/2015, o agravo
processo de execução, como a decisão que julga
interno é interposto em face de decisão
os embargos à execução, previstos no art. 884
monocrática do relator, proferida nos termos do
da CLT.
art. 932 do mesmo código.
->O § 1º do art. 897 da CLT, apresenta um
pressuposto de admissibilidade desse recurso,
-> O recurso será dirigido ao próprio relator, que
que é a necessidade de delimitação, justificada,
intimará o recorrido para apresentação de
da matéria e valores objeto de discordância, ou
contra razões, podendo reconsiderar a sua
seja, a informação clara dos capítulos da
decisão, hipótese em que remeterá aos autos do
decisão e dos valores que estão sendo
recurso originalmente julgado por ele de forma
questionados por meio do recurso, cabendo a
monocrática, para ser julgado pelo colegiado;
execução da parte incontroversa, conforme
Súmula 416 do TST.
Não havendo retratação, o agravo interno será
remetido para julgamento pelo colegiado, sendo
Agravo de Instrumento
vedado ao relator, pelo § 3º do art. 1.021,

->Previsto no art. 897, b da CLT, a única hipótese

simplesmente repetir os fundamentos da
em que a parte poderá interpor o agravo de
decisão monocrática para negar provimento ao
instrumento é para impugnar a decisão que
recurso, devendo demonstrar, se for o caso, que
negou a admissibilidade de outro recurso
o agravo interno é inadmissível ou improcedente
(negado seguimento), ou seja, nos termos
com fundamentação específica, inédita.
muito utilizados no cotidiano trabalhista, o
agravo de instrumento é utilizado para
→ Caso o colegiado entenda que o agravo
destrancar outro recurso.
interno é manifestamente inadmissível ou
-> O recurso será interposto perante o juízo a
improcedente, condenará o recorrente ao
quo, no prazo de 8 dias, (prazo foi estabelecido
pagamento de multa, que será revertida à outra
pela IN n. 39/16 do TST, que aplicou o art. 6º da Lei
parte, no valor que variará entre 1% e 5%
n. 5.584/70, assim, serão 8 dias para
do valor da causa, devendo a quantia ser
interposição é mesmo prazo para contrarrazões.)
depositada como pressuposto de
-> sendo que o instrumento será formado pelos
admissibilidade de qualquer outro recurso
documentos elencados no § 5º do art. 897 da CLT;

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Embargos no TST

Duas são as espécies de Embargos que são

julgados pelo TST,
previstos no art. 894 da CLT, a saber:
1) Embargos Infringentes: julgados pela Seção
de Dissídios Coletivos, sendo interpostos de
decisões não unânimes em julgamento de
dissídios coletivos de competência originária do
TST.
-> Assim, se for instaurado um dissídio coletivo
de competência do TST, julgado por decisão não
unânime pela SDC, poderá ser interposto o
recurso de embargos infringentes para a própria
SDC, em oito dias, visando reverter a decisão de
forma a que o voto minoritário passe a vencedor;

2) Embargos de Divergência: o recurso é julgado

pela SDI – Seção de Dissídios Individuais, quando
a decisão de Turma do TST contrariar acórdão
de outra turma do TST, acórdão da SDI, súmula
do TST, orientação jurisprudencial do TST ou
súmula vinculante do STF

Recurso adesivo

-> Previsto no art. 997 do CPC/2015 e na Súmula

283 do TST, o recurso adesivo é uma forma
especial de interposição de alguns recursos e
não uma espécie recursal diferente.
-> Os recursos ordinário, revista, agravo de
petição e embargos no TST podem ser
interpostos de duas formas: no prazo legal
contado da intimação da decisão, que
poderíamos chamar de “forma normal” , além de
uma forma diferenciada, no prazo de que a parte
recorrida possui para apresentar as
contrarrazões, hipótese em que o apelo é
interposto de “forma adesiva”.
-> O recurso é chamado adesivo pois a sua
admissibilidade fica subordinada à
admissibilidade do recurso principal, somente
sendo admitido se aquele também for.