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15/02/2017 AVA 

UNINOVE

Espécies de nacionalidade e critérios


para a sua aquisição e perda
NESTE TÓPICO ESTUDARÁ AS ESPÉCIES DE NACIONALIDADE, CRITÉRIOS PARA SUA AQUISIÇÃO E

PERDA NA ORDEM CONSTITUCIONAL BRASILEIRA E ALGUNS CONCEITOS CORRELATOS.

AUTOR(A): PROF. JULIANO APARECIDO RINK

Conceito de Nacionalidade
Consiste no vinculo jurídico-político que liga um indivíduo a um determinado Estado. Cabe aos Estados

Soberanos fixarem quais os critérios para aquisição de sua nacionalidade.


O direito à nacionalidade, hodiernamente, foi consagrado na ordem internacional na Declaração Universal
dos Direitos Humanos de 1948 (http://www.ohchr.org/EN/UDHR/Documents/UDHR_Translations/por.pdf ),

em seu dispositivo 15, garantido a todo indivíduo o direito de ter, adquirir e mudar de nacionalidade, bem
como de não ser privado dela de forma indevida. Também, no Sistema Interamericano de Direitos
Humanos existe a mesma previsão no dispositivo 20 da Convenção Interamericana de Direitos Humanos de

1969 (Pacto de São José da Costa Rica -  Dec. n. 678/92


(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D0678.htm)). Portanto, no âmbito internacional a

nacionalidade consiste um direito humano fundamental do indivíduo, já que tal vínculo gera uma maior
proteção pelo Estado o qual pertence.   Assim, na relação internacional o combate figura do apátrida,  ou
seja, o indivíduo que não é considerado nacional em nenhum Estado. A questão do apátrida (heimatlo ou

sem pátria) foi abordada, mais especificamente, na Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas de 1954 (Dec.

n. 4.246/ 02 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4246.htm)).

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DIREITO à NACIONALIDADE

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Conceitos prévios:
Povo:  conjunto de pessoas que fazem parte do Estado, unidos pelo vínculo jurídico-político da

nacionalidade, ou seja, compreende os brasileiros natos e naturalizados.

População: conjunto de residentes no território, englobando tanto os nacionais, estrangeiros e os apátridas


residentes.

Nação: grupo de indivíduos, nascidos num mesmo território, ligados e reunidos por afinidades

socioculturais (raça. Língua, cultura, religião, historia), que mantém os mesmos costumes e tradições que

os antepassados. Engloba tanto o nacional nato como o naturalizado, excluindo os estrangeiros e os


apátridas.

Cidadania: status que qualifica o nacional para gozar dos direitos políticos, seja de forma ativa (votar) ou

passiva (ser votado), permitindo participar da vida do Estado.


 
Espécies de nacionalidade e critérios para sua aquisição

Nacionalidade Primária ou Originária (Involuntária)


É adquirida de forma unilateral pelo indivíduo no momento do nascimento.

Critérios:

IUS SANGUINIS: caracterizada pelo princípio da consanguinidade, transmitida através da filiação, dos


ascendentes (pais/avós) aos descendentes (filhos/netos). Comum em países de emigração, como os
europeus, exemplo: Itália, Espanha.
IUS SOLIS: caracterizada pelo critério da territorialidade, adquire pelo solo onde nasceu. Comum em
países de imigração, como, por exemplo,  o Brasil. Também chamada de critério ius loci. 
Nacionalidade Secundária ou Adquirida (voluntária)
É adquirida pela vontade do indivíduo, por meio de manifestação em processo de naturalização de cada

país, conforme suas regras.


Pode ocorrer de duas formas:

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Tácita (ou grade naturalização) - quando o Estado realiza de forma genérica a naturalização dos
estrangeiros, por exemplo, via Decreto do chefe do Poder Executivo.  Como a ocorrida no Brasil por força
do art. 64, § 4º da CF/1891 que atribuía a nacionalidade brasileira aos estrangeiros que em seis messes
após a entrada em vigor do Texto Constitucional, não se manifestarem a vontade de continuarem com a
nacionalidade de origem.  Possibilidade não prevista Constituição de 1988. 
Expressa (ordinária ou extraordinária) - quando o indivíduo voluntariamente manifesta a vontade em
adquirir a nacionalidade através de um procedimento legal.

Direito à Nacionalidade no Brasil


A Constituição de 1988 disciplina o direito à nacionalidade em seu art. 12, fixando os critérios para
aquisição e perda.
Brasileiros Natos

  São considerados brasileiros natos os nascidos no território nacional (ius solis) ou os filhos de pais
brasileiros (ius saguinis), porém nascidos em solo estrangeiros nos casos previstos no texto constitucional.
Previsão Constitucional:

Art.12, I , a =  critério  ius soli.


Art.12, I, b = critério ius saguinis +  os pais a serviço do Brasil no estrangeiro.
Art.12, I, c, 1ªparte = critério ius sanguinis + registro em repartição competente. (Introduzido pela EC/54
de 2007).
Art. 12, I, c, 2ª parte = critério ius saguinis + opção confirmativa = Nacionalidade Potestativa . (Introduzido
pela EC/54 de 2007).
Brasileiro Naturalizado
Os nascidos em outra pátria e filhos de pais estrangeiros que adquirem a nacionalidade secundária,

voluntária ou adquirida, pelo processo de naturalização onde manifestam o interesse e adquirir a

nacionalidade brasileira, conforme os critérios legais e constitucionais.


Naturalização ordinária (ou comum)

Ocorre nas seguintes hipóteses:

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Aos estrangeiros não originários de países de língua portuguesa e os apátridas ( art.12, II, a, primeira
parte)

Requisitos: estabelecidos pela Lei.n. 6.815/80


(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6815.htm) – art. 115, §2º, I e II e art.116

Radicação precoce menos de cinco anos, dois anos após a maioridade. Poderá requere
enquanto menor a naturalização provisória através do representante legal, junto a Policia
Federal ou ao protocolo geral do Ministério da Justiça
(http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJ7787753DITEMID2944EB5C96A349E290E0A33E3CD6D581PTBRIE.h
Conclusão de curso superior: um ano após a formatura.

Aos estrangeiros oriundos de países de língua portuguesa ( art. 12, II, ‘a’, segunda parte, da CF/88).

Requisitos expressos:

Preencher as condições do Estatuto do estrangeiro (Lei n. 6.815/80


(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6815.htm)) - ver quadro de destaque como o art.
112 da Lei.
Ser oriundos de países de língua portuguesa
Residir no Brasil por um ano ininterrupto, e ter bom procedimento comprovado e conduta
ilibada.
Requisitos implícitos

Aquiescência do Chefe do Poder Executivo em aceitar a desejo de se naturalizar do


interessado. IMPORTANTE: o ato do Executivo é discricionário.
Naturalização Extraordinária

Consiste na naturalização prevista no art. 12, "b", da CF/88. Também chamada de Quinzenária, pois exige
aos estrangeiros que comprovem viver, ininterruptamente, no Brasil há mais de quinze anos, além da

inexistência de condenação penal, desde que requerida à nacionalidade brasileira.

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ESTATUTO DO ESTRANGEIRO E OS REQUISITOS


PARA NATURALIZAÇÃO
Art. 111. A concessão da naturalização nos casos previstos no artigo 145, item II, alínea b, da

Constituição, é faculdade exclusiva do Poder Executivo e far-se-á mediante portaria do Ministro da


Justiça.  (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6964.htm#art2)

  Art. 112. São condições para a concessão da naturalização:  (Renumerado pela Lei nº 6.964, de
09/12/81) (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6964.htm#art2)

        I - capacidade civil, segundo a lei brasileira;

        II - ser registrado como permanente no Brasil;


                III - residência contínua no território nacional, pelo prazo mínimo de quatro anos,

imediatamente anteriores ao pedido de naturalização;

        IV - ler e escrever a língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando;


        V - exercício de profissão ou posse de bens suficientes à manutenção própria e da família;

        VI - bom procedimento;

               VII - inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou no exterior por crime


doloso a que seja cominada pena mínima de prisão, abstratamente considerada, superior a 1 (um)

ano; e

        VIII - boa saúde.


        § 1º não se exigirá a prova de boa saúde a nenhum estrangeiro que residir no País há mais de

dois anos.(Incluído pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6964.htm#art3art112ÿ§1)
        § 2º verificada, a qualquer tempo, a falsidade ideológica ou material de qualquer dos requisitos

exigidos neste artigo ou nos arts. 113 e 114 desta Lei, será declarado nulo o ato de naturalização

sem prejuízo da ação penal cabível pela infração cometida.  (Renumerado e alterado pela Lei nº
6.964, de 09/12/81) (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6964.htm#art3art112ÿ§1)

              § 3º A declaração de nulidade a que se refere o parágrafo anterior processar-se-á

administrativamente, no Ministério da Justiça, de ofício ou mediante representação fundamentada,


concedido ao naturalizado, para defesa, o prazo de quinze dias, contados da

notificação.  (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6964.htm#art3)
Art. 113. O prazo de residência fixado no artigo 112, item III, poderá ser reduzido se o

naturalizando preencher quaisquer das seguintes condições:  (Renumerado pela Lei nº 6.964, de

09/12/81) (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6964.htm#art2)
        I - ter filho ou cônjuge brasileiro;
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        II - ser filho de brasileiro;

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              III - haver prestado ou poder prestar serviços relevantes ao Brasil, a juízo do Ministro da

Quase Nacional
O Quase Nacional refere-se aos portugueses com residência permanente no Brasil, previsto no art. 12, § 1 º,

da CF/88, o gozo de direitos inerentes ao brasileiro, desde que haja  reciprocidade em favor de brasileiros

residentes em Portugal, ressalvado as vedações constitucionais. Seria afirmar, que os portugueses teriam
os mesmos direitos do brasileiro naturalizado.

A reciprocidade entre Brasil e Portugal no que tange à Igualdade de Direitos e Obrigações Civis e o Gozo
dos Direitos Políticos encontra-se, atualmente, firmada no  Dec. n. 3.927/01

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D3927.htm),  que promulgou o Tratado de Amizade,

Cooperação e Consulta entre os referidos países, celebrado em Porto Seguro/BA em 22/04/2000.

Os portugueses que se encontrarem regularizados no Brasil e desejarem exercer os benefícios do Estatuto

de Igualdade, sem perder a nacionalidade originária, poderão pleitear junto ao Ministro da Justiça, tal

condição. E os brasileiros junto ao Ministério da Administração Interna, em Portugal.

Artigo 12

        Os brasileiros em Portugal e os portugueses no Brasil, beneficiários do estatuto de

igualdade, gozarão dos mesmos direitos e estarão sujeitos aos mesmos deveres dos
nacionais desses Estados, nos termos e condições dos Artigos seguintes.

Artigo 13

        1. A titularidade do estatuto de igualdade por brasileiros em Portugal e por

portugueses no Brasil não implicará em perda das respectivas nacionalidades.

        2. Com a ressalva do disposto no parágrafo 3o do Artigo 17, os brasileiros e

portugueses referidos no parágrafo 1o continuarão no exercício de todos os direitos e


deveres inerentes às respectivas nacionalidades, salvo aqueles que ofenderem a soberania

nacional e a ordem pública do Estado de residência.

Artigo 17

        1. O gozo de direitos políticos por brasileiros em Portugal e por portugueses no Brasil

só será reconhecido aos que tiverem três anos de residência habitual e depende de

requerimento à autoridade competente.


        2. A igualdade quanto aos direitos políticos não abrange as pessoas que, no Estado da

nacionalidade, houverem sido privadas de direitos equivalentes.

        3. O gozo de direitos políticos no Estado de residência importa na suspensão do

exercício dos mesmos direitos no Estado da nacionalidade.

Artigo 18

        Os brasileiros e portugueses beneficiários do estatuto de igualdade ficam submetidos


à lei penal do Estado de residência nas mesmas condições em que os respectivos

nacionais e não estão sujeitos à extradição, salvo se requerida pelo Governo do Estado da

nacionalidade.
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BRASIL. DECRETO Nº 3.927, DE 19 DE SETEMBRO DE 2001. BRASíLIA: PRESIDêNCIA DA

REPúBLICA, 2001.

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Cargo privativo de brasileiro nato

O constituinte fixa,taxativamente,   no  art. 12, § 3º da CF/88,  a ocupação de alguns cargos exclusivamente

por brasileiros natos, além de outros dispositivos cuidando do assunto, também. São os cargos privativos de

brasileiros natos:
1 – Presidente e Vice-Presidente da República;

2 – Presidente da Câmara dos Deputados;

3 – Presidente do Senado;

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4 – Ministro do STF;

5 – Membros das carreiras diplomáticas;


6 – Ministro da Defesa

Obs. Os demais Ministros de Estado podem ser brasileiros naturalizados ou portugueses residentes no

Brasil, inclusive o Ministro das Relações Exteriores.

7 – Oficiais das Forças Armadas

8 – Vogais do Conselho da República (art. 89, III, da CF/88 – 6 cidadãos com mais de 35 anos com mandato

de 3 anos, vedada a recondução, sendo dois indicados pelo Presidente da República, dois pelo Senado
Federal e dois pela Câmara dos Deputados).

9 – Proprietário de empresa de radiodifusão (e também de empresa jornalística) deve ser brasileiro nato ou

naturalizado há mais de 10 anos (art. 222, "caput", da CF/88).

Perda da nacionalidade

A Constituição não prevê a suspensão da nacionalidade, apenas a possibilidade de perda. A perda é

definitiva e sempre depende de decisão judicial (no caso de naturalizado). São as hipóteses de perda da
nacionalidade brasileira:

Se o brasileiro nato ou naturalizado adquirir outra nacionalidade.

Há 2 (duas) hipóteses nas quais é possível adquirir outra nacionalidade sem perder a brasileira:

Quando houver reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira


(soliou sanguini, ainda que de avós).
Imposição de naturalização pela lei estrangeira como condição para permanência no
território estrangeiro ou para o exercício de direitos civis.
Aplicável a brasileiro naturalizado quando houver cancelamento de sua naturalização por sentença
judicial (Justiça Federal) em virtude de atividade nociva ao interesse nacional.

DECRETO Nº 8.757, DE 10 DE MAIO DE 2016


O  Decreto nº 8.757/16 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-

2018/2016/Decreto/D8757.htm)  promoveu uma  desburocratiza no processo naturalização de

estrangeiros no Brasil. Um dos destaques, foi a  alteração do art. 129, II do  Decreto nº 86.715/8

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D86715.htm)1, que regulamentava o

Estatuto do Estrangeiro no Brasil, extinguindo a exigência de   renuncia da nacionalidade anterior


em processo de naturalização no Brasil. 

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ALGUNS CONCEITOS RELACIONADOS À


NACIONALIDADE
Extradição
Base legal:

Constituição Federal – arts 5º, LI e LII; 12; 102, I, g.


Estatuto do Estrangeiro – Lei 6.815/80: artigo 76 ao 94.
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – arts. 207 ao 214.
Quando outro Estado Soberano solicita ao Estado Brasileiro o envio de pessoa estrangeira ou

naturalizada que se encontra no território nacional, para ser processada, julgada ou cumprir pena

perante o país reclamante. Trata-se de processo feito pela via diplomática entres os países, cabendo

ao STF julgar a solicitação. O brasileiro nato não poderá ser extraditado, apenas o naturalizado, nas
hipóteses da previsão constitucional do art. 5º, LI. Para que o STF analise a solicitação e necessário

que o extraditado esteja preso ( Prisão preventiva para Extradição). Julgado procedente o pedido, o

Estado solicitante terá prazo de 60 dias para retirar o extraditado (indivíduo sujeito a Extradição)

do país, caso contrário será posto em liberdade. O julgamento negativo da Extradição não impede

que a pessoa ainda seja expulsa do país. A extradição pode ser ativa ou passiva. 

Há vários requisitos para a extradição, dentre eles destacam-se:

dupla tipicidade (devendo ser crime no país que reclama e no Brasil);


existência de acordo ou tratado formal ou reciprocidade (ACORDO DE EXTRADIÇÃO;
não pode ser crime político ou de opinião (art.5º, LII, da CF/88)
não pode estar prescrito o crime;
não pode ser aplicada pena de morte ou perpétua (exige-se compromisso de não-aplicar, a
comutação da pena);
o brasileiro naturalizado só pode ser extraditado se o crime comum tiver sido cometido antes da
naturalização (no entanto, no caso de tráfico de drogas interno ou internacional, extradita-se
mesmo se cometido depois da naturalização), dentre outros.
Entrega

Consiste no ato em que um indivíduo é remetido a um Tribunal Internacional para ser julgado

pelos crimes de sua competência. O instituto está previsto no art. 102 do Estatuto de Roma, que
cria o Tribunal Penal Internacional, incorporado em 2002 pelo Brasil na forma do  Dec. n. 4.388

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4388.htm), de 25 de setembro daquele ano.

Enquanto a Extradição é uma relação entre Estados Soberanos, a Entrega é uma relação entre um

Estado Soberano e uma Corte Internacional, com sua jurisdição reconhecida por aquele. A doutrina

é divergente sobre aplicação do instrumento ao brasileiro nato, devido à vedação constitucional da

extradição.  Espécies de nacionalidade e critérios para a sua aquisição e perda 09 / 10


Expulsão

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Consiste no ato em que um estrangeiro é retirado do território nacional, por ter praticado atividade

ATIVIDADE FINAL
execício final

A. Um brasileiro naturalizado pode concorrer e ser eleito para Senado Federal, entretanto não poderá

presidir a Casa Legislativa.

B. O português residente no Brasil para gozar dos mesmos direitos que o brasileiro deverá manifestar
sua vontade via processo de naturalização junto ao Ministério da Justiça.

C. No Brasil somente se adota o critério ius solis fixação da nacionalidade, pois é um país de imigração.

D. A perda na nacionalidade somente é possível  para brasileiro naturalizado.

REFERÊNCIA
BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 18 ed . São Paulo: Saraiva,


 2014

MENDES, Gilmar Ferreira. COELHO, Inocêncio Mártires. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito

constitucional. 8 ed. rev. atual. São Paulo: Saraiva,  2013.

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 34 ed., São Paulo: Malheiros, 2011.

TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional.11 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

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