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Nacionalidade
É um vínculo político entre o Estado soberano
e o indivíduo, que faz deste um membro da
comunidade constitutiva da dimensão
pessoal do Estado. Mesmo influenciado pelo
Direito Internacional, esse vínculo político
recebe, entretanto, uma disciplina jurídica de
direito interno: a cada Estado incumbe
legislar sobre sua própria nacionalidade.
Juridicamente quem tem o direito de entrar e permanecer
livremente no Estado são os seus nacionais.
Dupla nacionalidade:
Plurinacionalidade: polipatridia. Várias nacionalidades.
Apatridia: nenhuma nacionalidade. (chamados de apátridas)
Quando trabalhamos com a atribuição de
nacionalidade, impera o princípio segundo o
qual compete fundamentalmente aos Estados
em seu Direito Interno fixar as hipóteses em
que consideram indivíduos como sendo seus
nacionais. Em DI encontramos poucas
normas sobre o indivíduo e a nacionalidade.
Normalmente encontramos tais normas para
evitar a apatrídia.
NACIONALIDADE X CIDADANIA
A nacionalidade interessa tanto ao Direito
Internacional quanto ao Direito Interno. O
conceito de cidadania só interessa na prática
ao Direito Interno. Isso porque cidadania
denota, em verdade, um conteúdo adicional
de direitos em relação à nacionalidade, que
permite ao seu titular exercer direitos
políticos na sua plenitude.
Ex: os porto-riquenhos
Nacionalidade originária: aquela que a pessoa
se vê atribuir quando nasce.
nacionalidade derivada: aquela que se obtém
mediante naturalização e quase sempre
implica a ruptura do vínculo anterior. Há de
ter requisitos como alguns anos de residência
no país, o domínio do idioma, e outros mais,
que podem ser alternativos ou cumulativos.
De modo geral a nacionalidade originária
(aquela que a pessoa se vê atribuir quando
nasce) resulta da consideração, em grau
variado, de dois critérios:
#Proibição do banimento.
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários
de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade
moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do
Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994)
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos
previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº
3, de 1994)
.
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados,
salvo nos casos previstos nesta Constituição
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de
1999)
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade
nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em
estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o
exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de
1994)
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o
selo nacionais.
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil,
ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou
mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de
mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir
na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
Art. 12, I, a:
Primeira parte do artigo (ius solis) e segunda parte (ius
sanguinis).
A serviço do país deve ser entendido como país de
nacionalidade do estrangeiro. Se um casal egípcio estiver a
serviço da Bolívia no Brasil, seu filho será brasileiro.
O trabalho para organizações internacionais do qual o país
de origem faça parte também constitui serviço para o país.
Se apenas um dos pais estiver exercendo função a serviço
do país, ou outro estará o acompanhando no serviço em
país estrangeiro. Os dois devem ter a mesma
nacionalidade.
O serviço, desde que público e afeto a potência
estrangeira, não precisa implicar permanência em nosso
território, nem cobertura das imunidades diplomáticas.
Não se exige a nacionalidade originária. Filho
de brasileiro naturalizado também está
protegido.
Serviço no Brasil não é apenas o serviço
diplomático ordinário, afeto ao Executivo
federal. Compreende todo encargo derivado
dos poderes da União, dos estados e
municípios. Compreende, mais, nesses três
planos, as autarquias. Constitui serviço do
Brasil, ainda, o serviço de organização
internacional de que a república faça parte.
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira,
desde que sejam registrados em repartição brasileira competente, ou
venham a residir na República Federativa do Brasil antes da maioridade
e, alcançada esta, optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade
brasileira; texto original da CF de 88.
VII - cuja razão da viagem não seja condizente com o visto ou com o motivo
alegado para a isenção de visto;
É ato discricionário por parte do Estado. Aqui trata-se de um ato apolítico. Existem
tratados internacionais e órgãos
internacionais (alto Comissionado das
Nações Unidas para os Refugiados) ACNU.
Se o indivíduo preenche os requisitos
segundo a Lei 9474 do Brasil e Tratados
internacionais, ele vai ter o refúgio, pois
existem tratados sobre o assunto.