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Direito Internacional Privado

Ponto 6 – Nacionalidade no DIPr Brasileiro (Parte I)

Nacionalidade originária – CF/88

Art. 12. São brasileiros:

I - natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde


que estes não estejam a serviço de seu país;

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer


deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam


registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira;  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)

II - naturalizados:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários


de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do


Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.             (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de
1994)

§ 1º   Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em


favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos
nesta Constituição.               (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de
1994)

§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo
nos casos previstos nesta Constituição.

§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;

VI - de oficial das Forças Armadas.

VII - de Ministro de Estado da Defesa                 (Incluído pela Emenda Constitucional nº


23, de 1999)
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva
ao interesse nacional;

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:            (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;               (Incluído


pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em


estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de
direitos civis;               (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

Observações:

I-Natos:

Primeira hipótese

“a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes não estejam a serviço de seu país”.

 O que seria considerado território nacional: Aeronaves e embarcações com bandeira


brasileira;
o Pública: Em todos os casos;
o Privada: Dependerá de onde está;
 Se estiver em território estrangeiro será considerado o território
estrangeiro;
 Se estiver em território internacional será considerado a bandeira da
aeronave ou embarcação;
o Importante ressaltar que se for um casal de estrangeiros a serviço de outro país
diferente de sua origem, não se enquadra na alínea a.

Segunda hipótese

“b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil”.

Terceira hipótese

“c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente (1)/, ou venham a residir na República
Federativa do Brasil antes da maioridade e, alcançada esta, optem em qualquer tempo pela
nacionalidade brasileira (2)”. (Redação original)

 Teria que ter registro de nascimento feito no consulado ou na embaixada brasileira; não
existia prazo para a criação de registro de nascimento;
 Residir no Brasil antes da maioridade e entrar com a ação de opção da nacionalidade
brasileira;
“c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que venham a
residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela
nacionalidade brasileira (2)”. (Primeira alteração por meio da ECR n°. 3, de 7 de junho
de 1994)

 A mudança da emenda constitucional retirou a possibilidade de fazer o registro


de nascimento e emissão de passaporte na embaixada ou consulado brasileiro;

“c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente (1)/, ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira (2)”. (Redação atual determinada pela EC n°. 54, de 20 de setembro de
2007)

Obs: Opção pela nacionalidade – Apenas art. 63 da Lei n° 13.445, de 2017.

Obs: Questão intertemporal – Brasileiros cujo nascimento ocorreu no período de tempo entre
as duas emendas – Art. 95 do ADCT

“Art. 95. Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação


desta Emenda Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados
em repartição diplomática ou consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem
a residir na República Federativa do Brasil” (Artigo acrescentado pela EC n°. 54/2007).

Resolução nº155 do CNJ, registro de nascimento;

Bibliografia (Observações)

Podem utilizar obras de Direito Internacional Público, Direito Constitucional e Direito


Internacional Privado. Não há preocupação em relação à necessidade de as edições serem muito
atualizadas nesta ponto específico. A última alteração na CF ocorreu em 2007 e a Lei de
Migração, que entrou em vigor no final de 2017, praticamente não dispõe a
respeito.                       

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