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Direitos da Nacionalidade
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DIREITOS DA NACIONALIDADE
TEXTO CONSTITUCIONAL
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Direitos da Nacionalidade
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Os pais (pai e mãe) precisam estar a serviço de seu país de origem? O fato, por exemplo,
da embaixadora da Austrália, estar a serviço do seu país no Brasil, independentemente do
marido também ser funcionário da embaixada australiana, os filhos dela nascidos aqui são
brasileiros natos? Não, são australianos.
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Outra situação: o pai alemão, a mãe sueca. A mãe sueca estava a serviço da Noruega
no Brasil. Nasce um filho no Brasil. Esse filho é brasileiro nato: “os nascidos na República
Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a ser-
viço de seu país”.
O critério sanguíneo nunca está sozinho, ele é associado a alguma outra condição.
b. os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
Essa situação é contrária a da alínea “a”: criança nascida lá fora de pai ou pai brasileiros
desde que qualquer um deles esteja a serviço do Brasil, é brasileiro nato.
O que é “estar a serviço do Brasil”?
É em sentido amplo e automático. A serviço da União, Estados, Distrito Federal (DF),
Municípios, administração direta ou indireta.
c. os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federa-
tiva do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela naciona-
lidade brasileira;
O disposto na alínea “c” veio por meio de Emenda n. 54/07.
E preciso entender o alcance de uma Emenda à Constituição Federal (CF). A Emenda n.
54/07 veio para corrigir um grande problema do Brasil. Mais de 200 mil filhos de brasileiros
eram apátridas por conta de um defeito na CF.
A situação do apátrida está retratada no filme “O Terminal”: quando o cidadão entra na
França, o país dele tinha acabado, o cidadão tornou-se apátrida e apátridas não entram
em vários países do mundo. O personagem fica morando no Aeroporto Charles de Gaulle
durante 18 anos, na ala internacional.
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Esse cidadão ganhou tamanha notoriedade que, 11 anos depois de morar no aeroporto,
abriu uma concessão, abriu uma exceção, autorizando que ele entrasse na França. Ele recu-
sou e continuou morando no aeroporto, até que adoeceu e foi dali retirado para tratamento.
Com relação a alínea “c”: pai e mãe brasileiros foram tentar a vida na Itália, nenhum dos
dois estava a serviço do Brasil, a criança nasceu na Itália, pelo critério sanguíneo os pais não
têm sangue italiano – a criança é apátrida.
ANOTAÇÕES
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Por exemplo, jogador de futebol Ronaldo, o filho mais velho, o primogênito, era apátrida
porque não foi registrado na repartição brasileira competente, isso não estava previsto na CF,
veio para o Brasil e, antes de ter 18 anos, ele não podia optar pela nacionalidade brasileira,
a denominada nacionalidade potestativa. Esse pedido não obedece a prazo, não prescreve
não tem decadência.
Antes dos 18 anos o filho do jogador Ronaldo era apátrida, tinha nascido na Espanha.
E se a criança vier para o Brasil com 10 anos de idade, continua sendo apátrida?
O Supremo Tribunal Federal (STF) entende que a partir do momento em que o filho de
pai ou mãe brasileiros, nascido no exterior sem ter feito o registro, vier a residir no Brasil, ele
é nato até os 18 anos porque não pode optar. A partir do momento em que ele pode optar, a
nacionalidade fica suspensa aguardando confirmação.
O STF deparou-se com uma situação muito interessante: um sujeito nasceu na Espanha,
filho de pai e mãe brasileiros que não estavam a serviço do Brasil. Esse sujeito era apátrida.
Quando tinha 21 anos, matou uma pessoa na Espanha. Aos 25 anos ele veio para o Brasil, a
Espanha pediu a extradição. Durante o andamento do pedido de extradição, o sujeito adqui-
riu a condição de nato de forma retroativa ao nascimento.
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O Brasil não extradita brasileiro nato. O processo de extradição desse sujeito, morreu.
Nada impede que ele responda por esse crime aqui no Brasil, o que, de fato, veio a
acontecer.
BRASILEIROS NATOS:
• Critério territorial
• Critério sanguíneo + trabalho
• Critério sanguíneo + opção ou registro na repartição competente (nacionalidade
potestativa)
Naturalização tácita?
Existe a naturalização tácita do “quem cala, consente”?
Não, a naturalização tácita aconteceu no Brasil na chamada grande naturalização do ano
de 1891. Na segunda CF, de 1891, havia a previsão para quem estivesse no Brasil e que no
período de 6 meses NÃO pedisse para NÃO ser brasileiro, era brasileiro.
ANOTAÇÕES
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O fato do estrangeiro estar no Brasil há 10, 15, 20 anos não o torna brasileiro, ele deve
entrar nas situações de naturalização e fazer o requerimento.
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II – Segurança
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Há duas situações com relação ao art. 89 que elencam as pessoas que podem integrar o
Conselho da República, dentre elas seis cidadãos natos (2 escolhidos pela Câmara, 2 esco-
lhidos pelo presidente, 2 escolhidos pelo Senado).
Nem todos os integrantes do Conselho da República precisam ser brasileiros natos.
No art. 89: “atua como membro nato do Conselho da República, o presidente, o vice-
-presidente […]”. Ser “membro nato” não significa ser “brasileiro nato”, significa que ele é
obrigatoriamente um integrante do Conselho da República.
Situação do polipátrida, o sujeito pode ter várias nacionalidades sem perda da sua
originária.
PERDA DA NACIONALIDADE
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Não há perda:
• Reconhecimento de nacionalidade originária
• Imposição unilateral
Entre as hipóteses de perda e suspensão dos direitos políticos: se alguém optar por outra
nacionalidade de forma voluntária, este perde a condição de brasileiro e, como consequência
natural, também perde os direitos políticos (art. 15).
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Aragonê Fernandes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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