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Separação de Poderes no sistema francês

Desde a data da revolução francesa (1789) até ao estabelecimento da primeira


constituição estável em 1875, existirem 8 diferentes constituições em frança. Cada
regime tentava sempre implementar uma nova CRP, sendo que estas acabam por ser
sempre uma expressão política de cada regime. A constituição de 1875 era marcada pela
forte incidência de uma restrita separação de poderes, com a finalidade de assegurar a
estabilidade do país. Dada a recente transição de uma monarquia para uma república,
com receio que o presidente pudesse assumir novamente uma figura de rei, esta apenas
lhe dava poderes meramente formais. Para além disso, foi criado também um
parlamento bicameral com o fim de evitar uma excisava concentração de poderes no
executivo. Durante a história constitucional francesa, discutiu-se várias vezes se o
parlamento deveria ser bicameral ou unicameral. No entanto, como a existência de
apenas uma câmara, à moda de Rosseau, tinha resultado em regime totalitários, em
primeiro lugar, dos jacobinos e, em segundo lugar, de Napoleão III, optou-se por um
parlamento bicameral. Assim, o constitucionalista de 1875 criaram Chambres des
Députés e o Sénat, à luz do modelo norte-americano e inglês.

A constituição francesa de 1946, atualmente em vigência, manteve o parlamento


bicameral, apelidado agora de Assemblé Nationale, afirmando ainda mais a antiga
predominância do legislativo em relação ao executivo, ao delimitar a capacidade de
elaboração legislativa do Conseil de la République, anterior Sénat.

É necessário ter em atenção que França, tem um passado traumático em relação a


executivos fortes. Por isso, as constituições têm sempre estabelecido um chefe de estado
com poderes enfraquecidos.

 Poder legislativo – A supremacia do parlamento tem consequências, quer na


separação de poderes, que no direito constitucional. Em primeiro lugar, a
separação de poderes em frança implica independência do poder judicial, por
exemplo o facto do cargo de juiz em frança ser vitalício (???). no entanto, os
tribunais franceses não podem declarar a inconstitucionalidade um ato
legislativo. A única restrição que este poder tem é apenas política e não jurídica.
Esta advém da sua própria organização e não de nenhum sistema de freios e
contrapesos. Apenas existe um comité, composto por dez membros escolhidos
pelo parlamento sob a presidência do PR, que antes de uma lei ser promulgada,
fiscaliza determinadas questões de inconstitucionalidade. Assim, o parlamento
francês acaba por não apresentar nenhum mecanismo independente de controlo
de constitucionalidade. Aos olhos dos franceses, este sistema garante o
princípio mais importante: a independência do legislador, com legitimidade
democrática, em relação ao poder judicial e executivo.
 Poder executivo – Em franç

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Separação de poderes no sistema alemão:

Na Alemanha vigora um sistema de governo do tipo chanceler. A constituição alemã


prevê para o governo federal apenas o chanceler federal e os ministros federais. O
governo é o único órgão com funções políticas primárias, em conjunto com funções
políticas legislativas e de controlo. Na Alemanha, o governo apenas tem iniciativa
legislativa genérica, não tendo competências legislativas originária, exceto nos casos de
“estado de necessidade legislativa”.

O chanceler alemão é eleito na sequência de iniciativa presidencial, à qual, nenhuma


outra candidatura pode ser oposta, e por uma maioria parlamentar absoluta. Esta eleição
é independente da designação dos restantes membros do governo, que são nomeados
pelo PR, a escolha do chanceler.

Relativamente às competências políticas, o chanceler detém exclusivamente a definição


das linhas gerais da política. Tal competência não é considerada uma faculdade, mas
sim um poder-dever. Todavia, a expansibilidade das bases da política tem limites,
nomeadamente a reserva de competência ministerial, também prevista na constituição.
Por outro lado, a direção politica do chanceler também tem como destinatário a própria
Dieta, como apresenta conexões próximas relativamente à articulação do governo com o
conselho federal. Para além disso, compete ainda ao chanceler a direção do órgão
alemão semelhante ao conselho de ministros. Compete ainda ao chanceler informar o
presidente sobre a sua política e condução do governo.

Este tem ainda competências de controlo sobre outros órgãos. Em relação aos restantes
membros do governo, o chanceler pode culminar em efetivação da respetiva
responsabilidade política. Em relação ao presidente, o chanceler pode, através da
referenda, em relação aos atos político-institucionais por este praticados, desde quer
tenha como destinatários outros órgãos. Por fim, este controla a dieta, pois pode propor
ao presidente a dissolução parlamentar, nos casos admitidos pela constituição.

Como o poder acarreta responsabilidades, o chanceler responsabiliza-se perante a dieta.


Neste caso, como o chanceler é responsável pelos atos ministeriais, a cessação das suas
funções, acarreta também a cessação dos remanescentes membros do governo. De resto,
o chanceler não responde ao conselho federal, pois este não participa na sua escolha,
nem perante o presidente da república, pois este resulta de uma efetiva escolha do
mesmo, não se estabelecendo, assim, qualquer relação política entre os órgãos.

A cada ministro é atribuída a função administrativa de direção, que goza de reserva


constitucional em relação aos poderes do chanceler. De maneira geral, este apenas são
responsáveis perante o chanceler. Esta responsabilidade é meramente política (não é
hierárquica ou administrativa). O governo é construído exclusivamente pelo chanceler e
pelos ministros, tendo da Alemanha uma dimensão minimalista.

O parlamento assume uma estrutura bicameral: a dieta e o conselho. A dieta é o único


destes órgãos eleito por sufrágio direto e universal, sendo, por isso, o polo mais
importante do parlamento. Esta é essencialmente apenas responsável perante ela mesma,
sendo também o polo essencial do poder legislativo, exceto em cado de “estado de
necessidade legislativa”. tanto que todos os projetos de lei do governo têm de ser
enviados, em primeiro lugar, à dieta.

O presidente é eleito indiretamente pela dieta. Este não possui quaisquer competências
políticas diretivas, tendo apenas funções de natureza política institucional.
Este sistema prevê uma efetiva separação de funções no qual a função política de
direção primária corresponde uma verdadeira função política de controlo, detida por
órgãos distintos dos daquela. (citação página 70 do livro do L Barbosa Rodrigues). Este
sistema tem como principal objetivo a limitação do poder presidencial e a manutenção
da estabilidade do parlamento.

Sistema francês:

As ocilações da hi

Modelo alemão trabalhado em aulas:

A teoria prevalecente era o positivismo jurídico durante o regime de Hitler.

Antes da lei fundamental alemã ter sido promulgada em 1949, as assembleias


constituintes eram unânimes na necessidade de reforçar os poderes dos tribunais na
aplicação do direito. Isto porque seria necessário ter um poder judiciário, ao lado dos
seus poderes.

Desde a fundação da república federal que tem sido afirmado pelo tribunal
constitucional a existência de princípios de direito que conformam o sistema jurídico e
que podem, quando justificado, substituir-se à aplicação da lei escrita.

O direito não é idêntico à constituição escrita. Os tribunais não estão apenas vinculados
à lei, mas ao sistema jurídico no seu todo.

A tarefa do poder judiciário é exigir que se concretizem nas decisões judiciais ideias
axiológicas imanentes à ordem jurídica constitucional, mas que não logram,
expressamente aos textos das leis escritas. Isto aplica-se em casos de fronteira, porque
na maioria dos casos existe uma boa expressão do legislador sobre a intenção da norma
em causa.
Mais enfase dado aos direitos fundamentais patente no primeiro artigo da lei
fundamental.

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