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2. Maquiavel
Fez uma divisão mais simples. É preciso ter atenção que isto foi escrito no séc. XVI,
ainda não havia conceito de monarquia constitucional, daí o seu significado ser
semelhante à ditadura. Chamamos republicanos aos regimes que hoje chamaríamos
monarquias e monarquias aos regimes que chamaríamos de ditaduras.
o República: exercício do poder com consideração da vontade popular, o
presidente da República é eleito
o Monarquia: a sociedade não tem direito a escolher aquele que os
governa, empurrando este regime para regime ditatorial – não há
respeito pela vontade popular
3. Versão atual
Ditatorial Democrático
Cesarista
Representativo
Monárquico
Separação de Concentração
poderes de poderes
Ditatorial
Pode ser dividido em dois subsistemas
Sistema monocrático (“kratos” = poder)
Poder exercido por um indivíduo e pode ser em dois sistemas
Cesarista: exercício do poder é arbitrário – “sou eu porque sou
mais forte do que todos” - exerce-se quando tentam tirar o poder
Monárquico: tem uma fonte que apresenta de legitimação do
poder político, o monarca expõe porque motivo exerce ele o poder e
não outro, explica a legitimidade (explicações: ser sucessor, por
questões de origem divina, etc.)
A diferença entre os dois é a tentativa de justificação do exercício do
poder político
Sistema autocrático
Governado por um conjunto de pessoas, por uma classe, uma elite
Democrático
Direto
Poder pertence ao povo que exerce de maneira direta, ou seja,
não se dão as eleições.
É democrático, porque o povo toma decisões na mesma (exercício
do poder político feito de maneira imediata e permanente por parte
dos cidadãos)
Tem uma grande vantagem, pois exercem diretamente o poder
sem ter de delegar outros. Sou eu que voto diretamente se sou a
favor ou não daquela proposta.
Contudo, isto traz um problema: atendendo à dimensão de Estados
e à universalização do conceito de cidadão torna-se impossível
implementar (na Grécia resultava, pois eram cidades pequenas e não
incluíam toda a gente como mulheres e escravos)
Atualmente, é impossível concretizar uma Assembleia com voto
individual, porque teríamos todos de votar em todos os assuntos –
dá-se, assim, uma crise da democracia
Semi direto
Resultado de algumas características do sistema direto e algumas
características do sistema representativo
Algumas matérias eram decididas de forma direta pelos
representantes democraticamente eleitos (assuntos mais gerais) e
outros exigiam a participação dos cidadãos (assuntos mais locais)
ex.: temos que legalizar a interrupção voluntária da gravidez, como o
legislador acha que é um assunto sensível devolve o poder aos cidadãos de
decidir sobre este assunto – maioria ganha, então legisla-se num sentido ou
noutro sentido
Representativo
Existe em Portugal: ocorrem eleições periódicas para se
escolherem aqueles que, de forma representada, irão exercer o poder
político.
O poder continua a pertencer ao povo, mas sob determinados
critérios - exercem os poderes dentro dos limites constitucionalmente
previstos para as matérias que estão previstas, e dentro de um tempo
que também está previsto
(ex.: Presidente da República só pode exercer 5 mandatos – CRP)
*Democrático Representativo*
Puro ou de Assembleia
Inicialmente o sistema parlamentar era puro, mas deixou de existir.
A concentração de poderes no Parlamento é ainda mais significativa,
portanto o Parlamento controla ainda mais o Governo.
O centro da vida política é o Parlamento.
E a centralidade do Parlamento é de tal ordem que o Governo não
podia ter apoio numa maioria absoluta do Parlamento. Logo, no
Parlamento não pode haver uma maioria absoluta do apoio ao
Governo, então ou é formado por um partido minoritário ou é
formado com base numa coligação interpartidária
Posto isto, o Governo é instável, pois é carecido de um apoio
parlamentar sólido. Então, é facilmente destituído pelo Parlamento
visto que as suas propostas correm permanentemente o risco de
serem reprovadas.
O Parlamento elege o Chefe de Estado, mas também pode destituí-lo
No entanto, o Chefe de Estado não tem poder de dissolução do
Parlamento.
Então quem tem controlo sobre o Parlamento? Nenhum órgão de
soberania, ninguém: o Governo sai do Parlamento, responde sobre o
Parlamento, não pode ter maioria e o Chefe de Estado pode ser afastado
pelo Parlamento
*Se o Governo passa a controlar o Parlamento porque tem poder
absoluto, o centro político é o Governo, daí o sistema puro proibir um
Governo com maioria absoluta no Parlamento*
Mitigado ou de Gabinete
É mais equilibrado e estável.
Já podia haver uma maioria absoluta no Parlamento de apoio ao
Governo e já era possível que o Governo ocupasse uma posição de
maior destaque no sistema político, sendo agora o centro (mesmo
que tenha de responder perante o Parlamento).
O Governo saiu com poderes reforçados e agora o Chefe de Estado
passa a acumular a competência de dissolução no Parlamento sem
poder ser destituído por este e, ainda, de escolher o Governo.
O Governo tem o poder de fazer prevalecer os assuntos que
entende na reunião do Parlamento.
Há na mesma responsabilidade política do Governo perante Parlamento:
voto sobre o programa; e voto sobre moção de confiança e censura
apresentadas pelo Parlamento com o intuito de causar a demissão
Outra distinção possível, de acordo com a estruturação jurídica dos poderes:
Clássico
O legislador constituinte limita-se a estabelecer regras gerais
típicas do sistema parlamentar.
Chefe de Estado sem poderes efetivos
Governo responsável politicamente perante o Parlamento
Governo formado a partir das eleições parlamentares
Parlamento com poder de destituição do Governo e Governo
com possibilidade de dissolver o Parlamento
Racionalizado
O legislador constituinte preocupa-se em criar mecanismos
jurídicos com a função de condicionar e orientar o
funcionamento das instituições do sistema parlamentar, obtendo
uma racionalização do sistema.
Há um número mínimo de votos para obter representação
parlamentar, dificultando a representatividade parlamentar de
partidos pequenos e diminuindo a dispersão de votos
Impossibilidade de dissolução do Parlamento em
determinadas circunstâncias
Possibilidade do Governo poder legislar e governar sem a
confiança do Parlamento
Existência de uma moção de censura “construtiva”, segundo a
qual um Governo só é destituído pelo Parlamento quando este,
para além de votar a desconfiança ao Governo, vota também em
um Primeiro-ministro alternativo para substituir o demitido. Isto
obriga, para além da formação de uma maioria parlamentar
contra o Governo em funções, a formação de uma maioria unida
no apoio a um novo Governo (garante estabilidade)
Presidencialista (mais poder para o Presidente):
Caracteriza-se pelo exercício de poderes importantes exercidos pelo
Chefe de Estado e ausência de responsabilidade política do executivo
perante o Parlamento.
Este sistema não é compatível com o regime que não seja republicano,
tem de haver um presidente. Ao contrário do sistema parlamentar em
que o Chefe de Estado pode ser monarca, no sistema presidencialista
não pode ser.
3. Pluralismo político
Haver uma pluralidade de opiniões e visões em relação à gestão política
do Estado e estas serem respeitadas
Artigo 2.º - é muito claro relativamente ao carácter democrático
(várias remissões: Artigos 24.º, 48.º, 55.º, 80.º e seguintes, 111.º, 115.º)
5. Direito de oposição
Artigo 2.º - “A República Portuguesa é um Estado de Direito
Democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de
expressão e organização política”
Artigo 10.º, n. º2
Artigo 51.º, n. º1 - “A liberdade de associação compreende o
direito de constituir ou participar em associações e partidos
políticos”
Artigo 114.º
7. Estado de Direito
Independência dos tribunais, só se concede assim
Artigo 203.º - “Os tribunais são independentes e apenas estão
sujeitos à lei.” – princípio subjacente: império da lei (até os
tribunais tem de se sujeitar à lei)
Artigo 266.º, n.º 2 – Temos o princípio da legalidade da
administração (artigo exclusivamente da Administração Pública)
Formação do Governo
O Governo é formado de acordo com a composição do Parlamento,
refletindo os resultados eleitorais. A escolha do Governo não é uma
realidade separada das eleições parlamentares
Artigo 187.º, n.º 1
Resumindo:
O Governo apresenta o seu programa, se ele for rejeitado
(se se der a aprovação da moção de rejeição), isso implica
a demissão do governo. Se se rejeitar a moção de
rejeição o Governo continua em funções.
(Só durante os 3 dias que são discutidos é que pode ser
requerido a moção de rejeição - esta é exclusiva para o
programa do Governo)
Caso prático:
É preciso a aprovação do programa do Governo pela Assembleia da
República? Não, ela não tem de aprovar, porém pode rejeitar.
(Só há uma discussão do programa, não a sua aprovação, se algum grupo
parlamentar assim o entender pode propor uma moção de rejeição
sobre o programa)
ex2.: E se não faltarem e tivermos 300 deputados em que 100 votam a favor,
130 contra e há 70 abstenções. A moção é aprovada ou rejeitada?
resposta: Rejeitada, porque são necessários 151 votos. Temos 130 votos contra
(menor que a maioria absoluta, mas maior que os votos a favor, abstenção -> 0)
ex3.: E se tivermos 0 votos a favor, 150 contra e 0 abstenção, qual é o
resultado?
resposta: É rejeitada, porque precisamos de 151 votos.
Sendo assim, o Governo não é demitido.
Sintetizando
Artigo 195.º, d) – Consequência da aprovação da rejeição do
Governo
Artigo 180.º, n.º 2, h) - A quem compete requerer uma moção de
rejeição? A um grupo parlamentar.
Sendo assim,
O Governo apresenta o seu programa à Assembleia da
República: artigos 192.º, 163.º d)
A Assembleia pode apresentar uma moção de rejeição: Pode
ser proposta durante os 3 dias em que programa é apresentado, e
depois desses dias não pode ser rejeitado. A partir desse momento
só pode invocar:
uma moção de censura (censura sobre a forma como o
Governo está a atuar – não têm confiança no Governo):
Artigo 194.º
Artigo 163.º e)
Artigo 195.º f) - Quanto às regras para a moção de
censura aplicam-se os mesmos princípios da moção
de rejeição, isto é, a maioria absoluta dos deputados
presentes
uma moção de confiança:
Artigo 193.º
Artigo 163.º e)
Artigo 195.º e)
Como é aprovada uma moção de confiança?
Artigo 116.º, n.º 3 - São tomadas à pluralidade de votos
(maioria simples, relativa), maioria calculada sob os
deputados presentes.
ex.: Há 300 deputados, estão a faltar 100, temos 200 presentes.
100 deputados votam a favor, 50 contra e 50 abstêm-se.
Neste caso em concreto, fica aprovado porque a maioria dos
deputados presentes, votou a favor.
Interdependência de poderes:
Presidente da República e Governo (Governo precisa de
referenda ministerial do PR para executar atos e o Presidente
pode nomear e demitir o Governo)
Presidente da República e Assembleia da República (PR pode
dissolver a Assembleia e tem sempre o poder de veto das
propostas legislativas quanto à Assembleia e Governo)
Assembleia da República e Governo (Assembleia pode demitir o
Governo através de moções de censura/confiança/rejeição, sendo
o Governo responsável perante ela)
Partidos Políticos
(faz parte de uma conceção mais ampla dos fenómenos políticos)
Definições:
Partidos políticos podem ser definidos através de 3 tipologias:
A esse propósito:
Há diferentes “timings” para o aparecimento dos partidos políticos
(exceção do Reino Unido e Suécia):
A maior parte dos partidos surgiram em meados do séc. XIX e a grande
origem desses partidos foram os partidos de interior (partidos que surgiram
dentro dos próprios parlamentos) - os deputados eram eleitos para os
Parlamentos, mas eram eleitos pela sua pessoa, ou seja, votava-se no
indivíduo e não no Partido. O que começou a acontecer? Começou a haver
uma maior identificação de alguns deputados com um grupo de outros
deputados, começando a mobilizar-se mais dentro dos Parlamentos.
Isto é, os deputados começaram a perceber que para negociarem propostas
legislativas e de Governo, podiam contar mais com outros deputados grupo
– e a partir daí, organizando-se com essas ideias, criaram grupos que se
transformaram-se em partidos políticos: por isso é que dizemos que tem
origem interior, pois têm uma criação “top down” (do topo às bases - não
foram as bases que chegaram ao exercício de poder, mas sim os deputados
já eleitos - as elites), deram prioridade aos interesses burgueses por causa
do voto censitário, por causa do voto censitário eram burgueses a votar em
burgueses e, portanto, os partidos inicialmente eram partidos burgueses.
Só no final do século XIX é que surgem partidos socialistas em reação à
falta de representação dos trabalhadores nos Parlamentos, por causa da
questão do voto censitário.
Os trabalhadores, ao aperceberem-se que não tem representatividade
nenhuma, começam a organizar fora dos Parlamentos estruturas – partidos
políticos exteriores, dando origem à existência de partidos socialistas em
vez de não burgueses
Depois este exemplo foi seguido por muitas áreas, tais como os partidos
religiosos (ex.: Cristãos), partidos do patronato, ...
- Abordagem inversa ao “top down”, das bases ao topo, pois os partidos
foram criados pelos próprios cidadãos e depois propuseram-se a eleições
(procuraram exercer o poder político)
Quando acaba a 1ª Guerra Mundial, surgem novos partidos:
- Partidos Fascistas
- Partidos Comunistas
Ambos têm a intenção de destruir o Estado de Direito Liberal e sem
preocupações de caráter verdadeiramente democrático
Através dos partidos, nascem na União Soviética os bolcheviques que
querem acabar com o Liberalismo e com o Sistema Capitalista com o
objetivo de ter uma sociedade socialista
O mesmo é válido para a Alemanha e para a Itália que queriam destruir não
só a democracia, mas também o sistema socialista comunista e pretendiam
implementar o partido único
Nos anos 70, começou a existir um processo que tem continuidade nos dias
de hoje: flexibilização de mobilidade eleitoral, ou seja, com a maior
disseminação da informação e dos meios de comunicação começou a
ocorrer uma maior imprevisibilidade do eleitoral, porque, até ao momento
de uma maior massificação dos meios de comunicação, as pessoas
identificavam-se com um partido até por causa da sua origem (se sou
trabalhador identifico-me com partidos trabalhadores). A partir do
momento em que começam a comunicar mais com os eleitores, começa a
haver uma maior mobilidade dos eleitores, ou seja, “neste momento
identifico-me mais com um partido, mas em certo momento posso
flexibilizar e posso identificar-me mais com outro” (por causa do discurso,
do líder, das minhas ideologias,...)
Dá-se, portanto, o início de um processo de uma maior imprevisibilidade do
próprio eleitorado por causa dos meios de comunicação
TIPOS DE PARTIDOS POLÍTICOS
Partidos de quadros
São partidos de elites e que, normalmente, são relacionados com
partidos de origem interior (aristocratas, burgueses capitalistas, partidos
de direita e de centro), sendo partidos que procuram ter apoio de uma
determinada elite: não tem intenção de ser apoiado por uma quantidade
imensa de eleitores, mas sim ser apoiado/reconhecido e suportado (não
só financeiramente, mas também em termos eleitorais) por elites de
prestígio – interessa-lhes mais a qualidade do que a quantidade
Têm uma grande flexibilidade ideológica e respeitam imenso as opiniões
dos seus membros, o que origina a ausência da disciplina de voto
Sendo assim, têm uma grande descentralização da sua estrutura
Partidos de massas
Partidos que tem como preocupação não só dirigirem-se a uma pequena
elite que os apoia e financia, mas sim alcançar um maior número
possível de eleitores/apoiantes
Para esse efeito, têm uma grande rigidez que implementa com
frequência uma disciplina de voto, uma vez que são partidos muito
amplos não estão dependentes, mas tem como objetivo ampliar o seu
apoio eleitoral (sendo dependentes das quotas dos militantes)
Partidos mais centralizados: como já tem uma quantidade imensa de
simpatizantes, para garantirem alguma coerência do ponto de vista
ideológico, é necessário terem algum rigor na definição das suas políticas
e na sua implementação. Caso contrário, um partido com muitos
aderentes originaria uma grande diversidade
Subdividem-se em:
Partidos de massas socialistas: Têm uma forte disciplina interna,
são relativamente descentralizados, pouco dogmáticos do ponto
de vista ideológico, permitem algum grau de combate interno e
afastaram-se desta invenção revolucionária de luta de classes por
causa do revisionismo de Bernstein (não são revolucionários, são
uma espécie de massa popular emburguesada)
Partidos de massas comunistas: Organizavam-se por segmentos
locais e profissionais, são partidos com menor dimensão (em
termos de apoio), elevada solidariedade (ex.: Festa do Avante),
disciplina muito forte, tem uma grande rigidez do ponto de vista
ideológico não permitindo grandes debates, há uma lógica de
submissão das minorias às maiorias
Partidos de massas fascistas: Tem como elemento base a milícia
(braço armado do partido), estrutura altamente centralizada, o
predomínio das elites, e são de caráter antiparlamentar, grande
centralismo autocrático e inexistência de discussão para decisões
Partidos indiretos e dos países subdesenvolvidos
Partidos indiretos: São partidos cuja filiação (para estarmos
estipulados no partido) não fazemos diretamente no partido, mas
através de organizações socioprofissionais, culturais e intelectuais
que, por sua vez, se filiam no partido
Partidos dos países subdesenvolvidos: Tem características
semelhantes aos partidos de massas e apresentam uma elevada
separação entre a liderança e os militantes
(são os partidos típicos do continente africano)
Funções
Políticas: Representação através da candidatura às eleições
Para os partidos políticos poderem exercer o poder político, tem de
preparar os seus quadros/militantes (os partidos fazem um grande
investimento na formação dos seus quadros para terem uma maior
coerência e para quando um partido for chamado a eleições terem
representantes seus)
Os partidos definem também a sua própria organização interna (se
são mais ou menos centralizados, se são mais ou menos abertos ou
flexíveis) e ainda tem uma função pedagógica de ensinar e informar
os apoiantes dos partidos quanto à sua posição
Apoiam, ainda a criação de estruturas paralelas (sindicatos,
cooperativas,...) e mantem-se relações externas com partidos
estrangeiros
Administrativas:
- Funções de “stricto sensu” com a organização das suas
infraestruturas e da organização administrativa do partido
- Financeiras: financiamento do partido e a gestão dos seus recursos
Estrutura do poder e participação partidária
Há vários níveis de ligação aos partidos políticos, isto porque dependendo da ligação
que se tem com o partido, as obrigações também serão necessariamente diferentes.
Militantes ativos: Os militantes ativos são aqueles que estão dentro das
estruturas do próprio partido, envolvidos nas campanhas, fazem propaganda,
que estão associados aos órgãos diretivos, consultivos, de acompanhamento
dos próprios partidos, que são candidatos que contribuem para o
desenvolvimento e crescimento do partido, do sucesso do mesmo.
Resumindo: Dentro dos aderentes têm uma categoria especial, os membros
do partido, que fazem propaganda eleitoral.
Monopartidismo/Monopartidarismo
É o sistema de partido único e pode existir apenas, um único partido
político. Ou seja, é um sistema de partido único.
Bipartidarismo
Este sistema é um sistema em que podem coexistir dois partidos.
o Perfeito: Existem dois partidos que vão dividir entre si, mais ou
menos de igual forma, os votos validamente expressos, ou seja,
estamos a falar de uma paridade muito significativa entre os dois,
daí ser bipartidarismo perfeito, porque são partidos que estão em
pé de igualdade.
Em síntese: É um sistema em que os dois primeiros partidos
dividem mais ou menos de igual modo os votos validamente
expressos
o Imperfeito: Existem, de facto, dois partidos dominantes - são dois
grandes partidos, sendo que estes dois partidos conseguem
congregar entre 75% e 80% dos votos e, portanto, dependem
muito frequentemente de um terceiro partido, daí um
bipartidarismo imperfeito, pois dependem de um terceiro partido
para a consagração. Isto acontece porque se ambos os partidos
têm 80%, isto significa que terão 40% cada um. Nenhum vai poder
governar sem os restantes 20%, logo é necessário um terceiro
partido, sendo que este vai acabar por ter uma grande influência
no sistema político, porque quer se agregue a um ou a outro
partido, vai permitir a governação desse partido.
Em síntese: É um sistema de dois partidos e meio, no qual um
terceiro partido disfruta de representatividade suficiente para
perturbar o jogo dos dois grandes partidos, que só obtêm um total
de votos entre 75% e 80%.
Multipartidarismo
o Integral – É um sistema mais frequente atualmente. São vários
partidos que vão disputando entre si várias taxas eleitorais, vários
graus de apoio eleitoral distintos, dependendo de várias
dinâmicas internas
o Partido dominante – É um sistema pluripartidário, isto significa
que temos um grande partido e depois vários outros partidos
mais pequenos que se vão subdividindo ao longo dos vários
momentos eleitorais
Sistemas eleitorais e sistemas de partidos
Cruzamento entre sistemas eleitorais e de sistemas de partido.
Iremos abordar as normas que delimitam as circunstâncias eleitorais, os
tipos de sufrágio, os sistemas de escrutínio, etc
Tipos de sufrágio
Individual: Voto num cidadão individual; Uninominal: Cada círculo elege um representante;
Por lista: Voto num conjunto de cidadãos com Plurinominal: Cada círculo elege vários
uma orientação partidária. representantes.
o Por lista: No sufrágio por lista votamos num conjunto de cidadãos que
sejam representados pelo partido para essa lista.
ex.: o partido socialista apresenta a lista dos candidatos do partido ao
círculo eleitoral do porto, o PSD igual, o Bloco de Esquerda também e assim
sucessivamente. Todos apresentam a lista.
Quando nós votamos no partido A, B ou C, estamos a votar naquela lista.
Isto é então o sufrágio por lista.
Resumindo: Voto num conjunto de cidadãos com uma orientação
partidária.
Sistema maioritário
O candidato/lista com a maioria dos votos vence
Utiliza-se quando se quer apurar um vencedor individual, mas também é
válido para uma lista (se a Assembleia tem 5 mandatos por atribuir e
temos a lista A, B, C, a lista vencedora, a que tiver mais votos, ganha
todos os mandatos)
Sistemas presidenciais (eleição individual, pessoa para ocupar um cargo)
ex.: Candidato/lista A com 40% dos votos
Candidato/lista B com 25% dos votos
Candidato/lista C com 35% dos votos
o A uma volta
Vantagem destes Contam-se todos os votos e o candidato ou a lista de candidatos que
subsistemas: ocupa todos os mandatos será aquela que tiver a maioria relativa
- Simplicidade ex.: vence A com maioria relativa e os restantes 60% são inúteis
(não há cálculos) (60% dos eleitores não reconhecem aquele candidato como vencedor)
- Menor o A duas voltas - usado em Portugal
intervenção das Na 1ª volta se não for apurado um candidato com maioria absoluta
forças partidárias (50% + 1) dos votos, ocorre uma 2ª volta.
- Maior
A essa 2ª volta concorrem os 2 candidatos mais votados da 1ª e ganhará
conhecimento dos
aquele dos dois que tiver a maioria dos votos.
candidatos
ex.: a 1ª volta, não tendo nenhum candidato com maioria absoluta, ocorre uma
*No entanto,
2ª volta entre A e C, pois foram os mais votados. E irá ganhar quem tiver mais
quando é o
votos entre os 2, ou seja, a maioria dos eleitores entre os 2 prefere um e fica
sistema por lista
mais satisfeita (vantagem)
conhecemos as
*Neste caso, o B pode apoiar o C e remete os seus votos para o C*
propostas do
partido, mas não Se na 1ª volta for apurado algum candidato com maioria absoluta
olhamos com não ocorre a 2ª, no entanto o sistema em funcionamento é na
tanta atenção mesma o de duas voltas (quando uma Constituição determina que as
para os eleições presidenciais se organizam em sistema maioritário de duas
candidatos* voltas, significa que o sistema que está em funcionamento continua a
Desvantagem: ser este, independentemente se houve 2 voltas ou não)
Não existe o Preferencial
proporcionalidade Os eleitores votam, mas não votam normalmente (com uma cruz), ordenam
(ou é um
por ordem de preferência os candidatos (1º Marcelo, 2º Ana Gomes, ...)
candidato ou não
é nenhum)
Quem é eleito? O candidato que tem maioria absoluta na 1ª opção.
- Há uma sub- E se não houver? Procura-se uma maioria absoluta nas 2ªs
representação dos preferências. Caso não seja apurado uma maioria absoluta na 2ª
eleitores avança-se para a 3.ª e assim em diante (...)
Quando for apurado uma maioria absoluta é encontra-se o eleito, seja
em qual preferência for.
Vantagem: Este sistema garante maior consenso porque é eleito o
candidato mais consensual
Desvantagem: Podemos ver como vencedor o 4º/5º eleito escolhido pelos
eleitores que consensualmente consideravam aquele a 4.º/5.º opção
Sistema proporcional
Não é aplicável em eleições individuais ou uninominais, é essencialmente
aplicável a uma eleição por lista.
Havendo várias listas, os eleitores escolhem a lista que mais preferem, e
este sistema transforma o número de votos em número de mandatos
Vamos tentar, matematicamente, utilizar modelos quantitativos que
transmitam as proporções das vontades dos eleitores para aqueles que
são eleitos (se metade gosta de um partido e outra metade gosta de
outro, significa que à partida metade dos mandatos vai para um e a outra
metade vai para o outro)
- Partido A: 60 000
- Partido B: 40 000
- Partido C: 35 000
- Partido D: 15 000
- 5 mandatos por entregar
Partidos A B C D
Votos 60 000 40 000 35 000 15 000
/2 30 000 20 000 17 500 7500
/3 20 000 13 000 11 666 50 000
/4 15 000 10 000 8750 3750
- Partido A: 86 000
- Partido B: 56 000
- Partido C: 38 000
- Partido D: 20 000
- 6 mandatos por entregar
Partidos A B C D
Votos 86 000 56 000 38 000 20 000
/1,4 61 428 40 000 27 142 14 285
/3 28 666 18 666 12 666 6666
/5 17 200 11 200 7600 4 000
/7
/9
Número de mandatos:
A – 3 mandatos
B - 2 mandatos
C – 1 mandato
D – 0 mandatos
Sistema proporcional
Preferências
Como permite a cada partido ter a representação proporcional dos
seus eleitores, mesmo que seja mais pequena, pode eleger um
deputado/2 deputados ou uma força maior
Sendo assim,
No caso Português, a primeira vez que a Constituição fez referência aos partidos
políticos foi em 1919, na época do Estado novo.
No entanto, surge na medida de proibição de partidos (Constituição de 1993).
Na Constituição de 1976, uma Constituição verdadeiramente democrática, o legislador
preocupou-se com a inclusão da referência aos partidos políticos.
Permissões da Constituição
Artigo 38.º, n.º 6 (comunicação social salvaguarda a sua independência e
permitem expressão das diversas correntes de opinião nomeadamente
aquelas que são emitidas pelos partidos políticos)
Artigo 40.º, n.º 1 e n.º 2, n.º 3 (para completar)
Funções dos partidos
Funções:
Artigo 114.º, n.º 1 – participam nos órgãos baseados no sufrágio
universal e direito de acordo com a sua representatividade de Portugal
Função representativa:
Embora não seja exclusiva dos partidos políticos, pois
apenas se verifica nas eleições para a Assembleia da
República - Artigo 151.º, nº 1 e Artigo 231.º, nº 2 (as únicas
entidades que podem concorrer às Assembleias legislativas
nas regiões autónomas são os partidos políticos)
Inerentes a esta função estão os direitos à livre orientação
ideológica dos órgãos de informação privativos e o direito
de antena - Artigo 38.º, nº 2 e 4 e Artigo 40.º
Função titularidade e exercício do poder político
Tanto o PR como os cidadãos eleitores, podem exercer o
poder sem estarem inscritos em qualquer partido político e
mesmo nas eleições para a Assembleia da República podem
concorrer cidadãos não inscritos em partidos políticos, desde
que concorram a listas partidárias (Artigo 151.º, n.º1).
Por outro lado, qualquer eleito pode deixar de pertencer ao
partido pelo qual foi apresentado a sufrágio, sem perder o
mandato, desde que não se inscreva noutro partido
- Artigo 160.º, nº 1, c).
Diferentes de:
Grupos de interesse (atuam na esfera privada, sem atuação ao nível político)
Partidos Políticos (intencionalidade do exercício do poder político)
Empresas públicas
Associações políticas
Forma de intervenção
Direta
Um dos meios utilizados é o de levarem às autoridades os seus pontos
de vista/partilharem a sua perspetiva através de conversas,
correspondência ou outra forma de troca de informação (contactos e
negociações)
Estes meios nem sempre produzem os efeitos pretendidos, então
recorre-se a ameaças, corrupção e intimidação
Indireta
Tentam influenciar através dos partidos políticos, tendo uma relação
mais próxima ou tentam influenciar o poder com a influência
sobre a opinião pública através de propaganda
Formas de Estado
Enquanto que definimos o regime político como a forma em como se relacionam
os governantes e governados.
No caso das formas de Estado olhamos para a interação entre os ordenamentos
jurídicos, isto é, se existe apenas um ordenamento jurídico no Estado e apenas
uma Constituição ou se pelo contrário, se esse mesmo Estado tem mais que uma
Constituição e mais que um ordenamento jurídico
Sendo assim, este procura traduzir a estruturação interna do poder estadual e do
ordenamento jurídico-constitucional que rege determinada coletividade
Critérios para distinguir as formas de estado: num estado há apenas um poder
político ou várias instituições; há apenas uma constituição ou vários ordenamentos
jurídicos; há um único centro de decisão política ou uma multiplicidade de centros
Estado unitário
Quando um Estado tem apenas uma Constituição, um ordenamento
jurídico, um centro de decisão política e apenas um estado penal
(matar alguém no Porto é o mesmo que matar no Algarve)
o Centralizado
As entidades do Governo daquele Estado centralizadas são
responsáveis pela gestão de todo o território
ex.: é o mesmo que dizermos que o Governo toma decisões políticas de
saúde até ao orçamento de centros de saúde
Todos os níveis decisórios passam por estes órgãos centrais
ex.: ministério do ensino superior toma decisões em tudo que se
relaciona com o ensino superior em todo o território
o Descentralizado
Tem entidades nas quais descentraliza algumas competências
Por exemplo, para se eu tiver um buraco na minha rua não fazer
queixa ao ministério de obras públicas central, mas sim às
autarquias locais como Câmara Municipal e Junta da Freguesia
Ou seja, são criadas estruturas que exercem essas
finalidades/tarefas do Estado
A descentralização descentraliza funções administrativas, também
chamada de devolução de poderes
(a quem pertence o poder? Ao povo, então quando participamos nas
eleições, enviamos o nosso poder político aos órgãos do Estado para os
gerir dentro dos limites. Quando estes descentralizam as funções
administrativas, devolvem os poderes às entidades que vão estar mais
próximas do poder soberano)
Esta descentralização pode ser:
Funcional
O Estado vai transferir funções que tem a entidades que
não dependam dele diretamente
(caso das fundações e institutos públicos)
ex.: Fundação Serralves que promove a cultura.
De quem é a função de promover a cultura? Do Estado que nos
dá a todos acesso à da cultura.
Quando o Estado diz à fundação para fazer a promoção da
cultura com preços mais baixos (acesso a exposições), a
fundação está a cumprir uma função de quem? Estado, que
descentraliza a sua função nela
Institucional
São grupos de pessoas que criam entidades/organizações
Só lhes compete que o Estado reconhece como úteis para a sua concretização
o poder (caso das ordens)
administrativo, ex.: O que os advogados podem fazer? Estado responde
pois não há No entanto, os advogados criaram uma organização que está
competência mais dentro da advocacia e que pode dar contributos sobre a
política de criação regulamentação, pois conhecem melhor a prática profissional.
de órgãos Sendo assim, o Estado reconhece como parceiro de diálogo essas
executivos e ordens profissionais: se os outros sabem melhor no âmbito do
legislativos exercício da profissão advocacia então podem dar contributos
sobre ela, tal como a proposta de exigência mestrado para
pertencer a Ordem
A quem compete a última palavra? Legislador
Mas quem reflete sobre a sua necessidade e a proposta são as
respetivas ordens
Territorial
Reconhecimento da autonomia administrativa a entidades locais
(ex.: pavimentação, iluminação pública, escolas, ...)
É muito mais eficaz ser uma entidade local a lidar com
esses problemas que são também locais.
Então, o Estado faz uma descentralização do território: o
que acontece nesses territórios é da competência de
gestão administrativa da respetiva administração
Por fim, uma diferente porque vai dar a essas entidades
competências legislativas e executivas
Política
Quando acontece a descentralização política e quando se
dá a determinados órgãos poderes legislativos e a outros
órgãos poderes executivos, criamos entidades diferentes
que são as regiões autónomas
ex.: os Açores e a Madeira são mais que uma junta da freguesia,
porque para além da descentralização administrativa, ganharam
descentralização política
O que distingue uma região autónoma de uma autarquia
local? Descentralização política
Por força da criação de regiões autónomas, passamos a ter
o Estado unitário regional
Integrais
Todo o território do Estado está a funcionar com
base em regiões autónomas (ex.: Espanha)
Parciais
Existem regiões com autonomia política (regiões
autónomas) e outras parcelas do território não são
regiões autónomas
Periféricas
Existem regiões autónomas por questões geográficas
– arquipélagos e ilhas distantes do Estado, então este
concede-lhes descentralização política
(ex.: Portugal)
Os 3 podem ser:
- Homogéneo
Se o grau de descentralização e se as regras de descentralização
forem iguais em todas as regiões autónomas
- Heterogéneo
Se cada região autónoma tiver graus de descentralização diferentes
entre si
(ex.: Espanha – as regiões autónomas não tem o mesmo grau de
autonomia, umas podem deixar impostos outras não)
Estado Composto
O Estado Composto é o resultado da interação de dois tipos de
ordenamentos jurídico-constitucionais, várias autoridades e centros de
decisão diversos.
Quando temos um Estado composto, temos dois tipos de níveis: o Estado
Federal e o nível dos Estados Federados. Neste tipo de estado
verificamos a integração de vários ordenamentos jurídicos
constitucionais, vários centros de decisões.
Apesar de parecer uma confusão haver mais que uma constituição, o que
acontece é que temos uma Constituição principal – a do Estado Federal –
que depois os seus estados federados autónomos criam o seu
ordenamento jurídico com base também na constituição geral.
(Ex: EUA há pena de morte em alguns estados e não há em outros –
Estado composto)
Os Estados Compostos podem ser federais, união real ou união pessoal.
o Estado Federal:
O Estado Federal é uma reunião permanente de vários Estados
Federados.
Basicamente, existem vários estados federados que de forma
congregada representam um estado federal, ou seja, um estado
autónomo próprio.
Portanto, o território de um estado federal é o somatório dos
territórios dos estados federados. O mesmo se aplica à
população.
O Estado federal tem um elevado grau de autonomia, de poder
decisório, tendo competências legislativas, políticas e executivas,
daí a entidade soberana ser o Estado Federal e, por isso, os
Estados federados são dependentes, devem-lhe obediência
cumprindo assim a constituição do Estado federal.
A constituição do Estado Federal aplica-se a todos os estados
federados, sendo que cada um deles tem a sua própria
Constituição, porém essa Constituição tem de respeitar e cumprir
a constituição geral – do Estado Federal.
Há então um Supremo Tribunal Federal, assim como outros
tribunais e forças de segurança próprios, para verificarem a
compatibilidade entre as constituições e os ordenamentos
jurídicos dos estados federados.
Competências dos Estados Federados:
Não têm personalidade jurídica internacional, o que
significa que não podem celebrar tratados, não podem
entrar nem sair das organizações internacionais, não
podem declarar guerra, nem fazer a paz, etc.;
Têm uma Constituição, que obviamente tem de respeitar
da Constituição do Estado federal.
Os seus habitantes têm de respeitar as leis do Estado
federado e do Estado federal, havendo uma necessidade
de compatibilização dos ordenamentos;
Podem participar na elaboração e na revisão da
constituição federal, sendo que cada estado federado tem
um representante na câmara parlamentar do Estado
federal.
Como verificamos no tópico anterior, há um elevado grau
de representatividade e, portanto, os Estados federados
têm poderes legislativos próprios sobre matérias do seu
interesse, não da federação. Portanto, legislam e podem
legislar várias áreas crendo os seus próprios sistemas
penais, ou seus próprios sistemas de ensino, sistema de
saúde, etc.
Podem ainda ter sistemas judiciais, como tribunais e forças
de segurança própria, mas nunca um exército. Podem ter
forças de segurança civis, mas nunca forças armadas.
o União Pessoal:
A união pessoal já não é a partilha da mesma Constituição por
mais de um Estado.
Estamos sim, a falar de um invento histórico muito específico
quando as sucessões ao trono implicam o mesmo titular em
diferentes estados e isso obriga a que esses estados, que terão
de ser necessariamente monárquicos, tenham que se associar.
Isto aconteceu em Portugal no final do séc. 16 (1580 – 1640)
quando Portugal e Espanha, durante o domínio dos Filipes eram
uma união pessoal, visto que o monarca de um era o monarca do
outro país.
Os estados mantêm-se, a sua personalidade jurídica internacional
e soberania mantém-se e o monarca representa em cada
momento ou um estado ou o outro, nunca os dois como uma
união e essa é uma grande diferença da união real.
É um estado soberano autónomo só que pela força das
circunstâncias o monarca de um estado é exatamente o mesmo
do outro estado.
Artigo 6.º
(Estado unitário)
Por outro lado, temos o governo regional que responde perante a Assembleia da
região autónoma. O presidente é nomeado pelo Representante da República
(Presidente da República), tendo em conta os resultados eleitorais – Artigo 231.º, nº 3.
Não responde perante o Representante da República, porque é um sistema
parlamentar.