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FORMAS DE GOVERNO

O que é o Direito Constitucional?


 O Direito Constitucional surge das revoluções liberais e do constitucionalismo moderno, no final do
século XVIII e do século XIX, onde se verificou a adoção de documentos escritos das normas
fundamentais dos governos. É, por definição, o direito que estuda a Constituição.

O que é uma Constituição?


 Uma constituição é o conjunto de regras e princípios jurídicos fundamentais / normas jurídicas de uma
comunidade política. Estas normas jurídicas regulam a organização, o funcionamento e os limites do
poder público do Estado, assim como estabelecem os direitos das pessoas que pertencem à respetiva
comunidade política.

 As comunidades políticas têm a necessidade de definir a organização do poder político (como se cria e
aplica o Direito), os direitos e deveres perante a comunidade e entre os cidadãos, e as características e
os objetivos fundamentais da comunidade. Daí, estas terem a necessidade de uma Constituição que
regule e defina todos estes pontos.

 As constituições podem ser normas escritas e não escritas e podem-se encontrar num documento
único ou disperso (constituição inglesa).

 No constitucionalismo moderno, a Constituição é definida por ser um documento escrito, ordenado e


sistemático, onde se incluem, entre outros, a limitação e separação dos poderes estaduais, a proteção
dos direitos e das liberdades fundamentais, e as características fundamentais do Estado. É a lei
fundamental do Estado.
 No constitucionalismo antigo, a Constituição era muita das vezes não escrita e era baseada em
costumes.

 Tipos de constituições:
 Constituição normativa: Constituição moderna que prevê limites ao poder político e que
corresponde à prática constitucional.
 Constituição nominal: Constituição moderna que prevê limites ao poder político, mas não existe
correspondência entre a prática e o texto constitucional.
 Constituição semântica: Constituição que não estabelece limites ao poder político. Apenas é
simbólica e tem o único objetivo de garantir a subsistência da não limitação do poder e dos
regimes ditatorial.

 Hans Kelsen defendia a teoria piramidal das fontes de Direito. Esta via a Constituição (que se
encontrava no topo) como o fundamento e o suporte de todo o ordenamento político.

 Em suma, a Constituição é o estatuto jurídico fundamental da comunidade política, visto que explicita o
direito sobre, do e para o poder político, sendo por isso o quadro-jurídico fundamental para a ação
desse mesmo poder político (povo / cidadãos).
Poder político
 O poder político é o poder de governo da comunidade política, ou seja, o poder exercido pelo povo /
pelos cidadãos. Este é submetido à satisfação dos interesses da maioria, sendo necessário definir uma
determinada forma institucional e modalidades para que seja exercido (de forma direta ou através de
representantes).

Forma de Governo
 Olhando para este conceito de uma forma ampla, podemos fizer que a forma de governo é o modo
como se estrutura e exerce o poder político em cada comunidade política. A nível clássico, este
conceito corresponde ao tipo de órgãos superiores a que é atribuído o poder político, de um ponto de
vista aspetual ou institucional. Com base nas normas e nas práticas constitucionais, pode-se determinar
e classificar tipos, categorias, padrões de governo – embora esta via tenha concretização variável
(constituições semânticas).

Classificações clássicas das formas de Governo:


Platão
 Platão acreditava na teoria cíclica das formas de Governo – estas eram formas não fixas, ao seu
processo de degeneração temporal impossível de combater.

 As formas de Governo eram distinguidas pelo número de titulares do poder político e modo de
exercício do poder político.

 Ciclo:
 Monarquia sofiocrática – considerada a melhor forma, degenera-se quando o povo deixava de
entender o rei.
 Timocracia – governada por aristocráticos / nobres pelo meio de armas, de forma a conseguir
estabilizar a situação política.
 Oligarquia ou plutocracia – governada por aristocráticos / nobres, privilegiava os interesses dos
mais ricos e prejudicava os mais pobres.
 Democracia – sistema pouco apreciado, pois não era estável.
 Tirania – considerada a pior forma de governo, acabaria quando houvesse estabilidade, com o
tirano a converter-se em rei ou a nomear outra pessoa para este cargo.

Aristóteles
 Aristóteles acreditava que existiam formas políticas sãs – onde o exercício do poder era feito conforme
o interessa da comunidade – e formas políticas degenerada, onde os interesses privados ou pessoais de
quem governava eram privilegiados. Acreditava, no entanto, que existia a possibilidade de
concretização destes padrões em soluções mistas.

 Formas políticas sãs:


 Monarquia (monocracia, autocracia) - Governo de um homem;
 Aristocracia – Governo de poucos, entre os melhores homens;
 Politeia / República – Governo por todos os homens (exceto mulheres e escravos).
 Formas políticas degeneradas:
 Tirania – Privilegiava os interesses pessoais.
 Oligarquia – Privilegiava os interesses dos mais ricos (nobres).
 Democracia/Demagogia - Privilegiava os interesses dos mais pobres.

 Acreditava, no entanto, que existia a possibilidade de concretização destes padrões em soluções


mistas. Assim, a República mista era visto como a melhor forma de Governo – um sistema apoiado
essencialmente na classe média, que conciliava os interesses das classes mais ricas (Oligarquia) com os
das classes mais pobres (Democracia).

São Tomás de Aquino


 São Tomás de Aquino defendeu também, como base na teoria aristotélica, um sistema / governo
misto. Este devia ser, então, um governo de uma só pessoa, superior a todos (Monarquia), mas que
seria auxiliado por um Governo de todos, onde todos podiam ser eleitos e eleger os seus
representantes (República ou Democracia). Havia, assim, uma exigência de Governo pela virtude / pela
aristocracia – ou seja, o Governo deveria ser feito pelos mais virtuosos, tendo em conta interesses da
comunidade geral e não apenas das classes aristocráticas.

Cícero
 Além da prática de um governo ideal misto, Cícero defendia a separação de poderes e a igualdade de
todos à nascença, argumentando que a condição de escravo não era natural, mas sim convencional e
criada pelos mais ricos. Também se mostrava contra a tirania, tendo discursado no Senado em
oposição do caminho que se verifica no Reino Romando de uma monarquia limitada para um império
tirano.

Nicolau Maquiavel
 Maquiavel defendia que não havia formas sãs e degeneradas de Governo, mas sim que havia formas
que têm ou não êxito político.

 Este também defendia uma classificação bipartida das formas de Governo:

Principado ou Monarquia República (popular ou aristocrática)

Eletiva ou hereditária Eletiva

Ampliação do princípio democrático e


Atribuição de cargos públicos em
rejeição de privilégios e títulos
função de títulos nobiliárquicos
nobiliárquicos

Soberania singular Soberania coletiva

Poder político supremo pertence a Poder político pertence ao povo/nação e


um só indivíduo e é exercido pelo é exercido diretamente ou por um
mesmo por direito próprio colégio de indivíduos eleitos

Governo de um, a que se sujeitam os


Governo da coletividade pelos cidadãos.
súbditos.
Tipos de Monarquias:
 As monarquias podem ser:
 Hereditárias (Monarquia Medieval) ou eletivas (Monarquia Romana ou Cesarista);
 Um governo no contexto de outros poderes (Monarquia Feudal, Limitada, Constitucional) ou um
governo Absoluto (Absolutismo);
 Um sistema de poder efetivo ou de Monarquia simbólica/protocolar (não têm poder efetivo,
apenas formal – realidade nos sistemas democráticos atuais).
 O rei passa a ter um poder moderador e, ao longo dos tempos, vai perdendo cada vez mais
poder.

Monarquia absoluta
 Deriva do iluminismo – absolutismo despótico;
 O poder do rei tem origem divina – este é titular por direito próprio (sistema francês);
 Forma de governo puramente monárquica suprema / tirânica.

Monarquia limitada / constitucional


 Deriva do iluminismo – liberalismo;
 A soberania pertence à Nação / coletividade – a origem do poder é popular, direta ou
representativamente (sistema britânico);
 Não existe um poder absoluto – divisão e separação de poderes;
 São respeitados os direitos e liberdades fundamentais do cidadão.

Constitucionalismo em sentido moderno


 Institui um sistema de direitos e liberdades individuais e o princípio da separação e interdependência
de poderes.

 Perda de relevância da distinção bipartida: a distinção entre monarquia e república designa apenas a
configuração da faceta simbólica do poder público (neste sentido, mais do que a Forma de Governo, a
Forma do Estado).
 Assim, o modo de designação pouco esclarece quanto à realidade essenciais da Forma efetiva de
Governo – exemplos: Monarquia Constitucional Inglesa vs. Ditaduras do século XX.

Distinções relevantes
 Constitucionalismo moderno e “sistema antigo” (absolutista) – forma de governo.
 Regimes Políticos e Sistemas de Governo (partes do conceito de forma de governo).

Regimes políticos
 Formas de exercício do poder político no Estado moderno, considerando o tipo de relação estabelecida
entre os governantes e os governados – elemento ideológico (espiritual) que alimenta o
funcionamento do sistema.
 Formas de determinação:
 Leitura e interpretação dos textos constitucionais;
 Análise da prática política e modo de aplicação dos comandos constitucionais.
Dificuldade – enquadrar um sistema em concreto numa categoria teórica quando acolhe
elementos de várias.

 Critérios de distinção:
 Participação: Papel desempenhado pelos governados na escolha dos governantes, assim como no
controlo e limitação no exercício do poder político.

 Dignidade humana: Atitude perante os direitos e liberdades individuais.

Interligados entre si – o povo, ao escolher os seus governantes, tem o poder


de conseguir assegurar que os seus direitos e deveres são respeitados.

Regime ditatorial:
 Exercício de um poder político efetivo e amplo, com indiferença ou contra a vontade dos governados.

 Perpetuação e duração indefinida, sem (renovação da) legitimidade democrática (através de eleições
livres e universais).

 Os governantes são designados pelo Chefe de Estado para não se verificarem desvios à linha
programática e ideológica.

 Ausência de instrumentos de controlo e responsabilização pelos governados (instituições


representantes, pluralismo, oposição “falsa”, alternância no poder, etc).

 Ausência de limites ao exercício o poder (nomeadamente através da separação de poderes ou direitos


individuais) para além dos auto impostos.

 Conceção transpersonalista – anti-individualista:


 Aplicação sistemática de uma assumida filosofia política, a partir de um aparelho político, civil ou
militar, que restringe e subordina os direitos e liberdades fundamentais à ideologia e interesses
dominantes – identificada como “coletiva”.

 Incapacidade dos governados em protegerem efetivamente os seus direitos e liberdades


(consequência da ausência de meios de controlo e outros limites ao exercício do poder).

Tipos de regime ditatoriais…


 Quanto à descrição geral:
 Ditaduras monárquicas ou cesaristas (Monarquias absolutas – Antigo Regime);
 Ditaduras de partido único – fascistas e comunistas (assumidas ou não – multipartidarismos
fictícios);
 Ditaduras militares, que podem dar lugar a:
 Ditaduras militares duradouras (Chile de Pinochet);
 Ditaduras civis apoiadas por militares (Estado Novo);
 Ditaduras que garantem a transição para a democracia (Portugal 74-76).
 Quanto à oposição do órgão absoluto do poder:
 Autocracia: Vários indivíduos fazem parte do governo;
 Monocracia: Governo atribuído a uma só pessoa.

 Quanto à amplitude da ditadura e ao grau de (des)respeito pelos direitos e liberdades fundamentais:


 Regime autoritário: Controla as liberdades políticas, impondo proibições / restrições sobre o
exercício de direitos políticos, mas não a vida privada dos cidadãos, desde que estes não se
mostrem contra o regime.

 Regime totalitário: Controla as liberdades políticas e a vida privada dos cidadãos – para além da
proibição de direitos políticos e perseguição de opositores, registam-se violações sistemáticas a
outros direitos e liberdades fundamentais: proibições de culto, genocídios étnicos, assassinatos em
massa, etc.

Regime democrático:
 Baseia-se essencialmente no princípio da soberania popular:
 Titularidade e exercício do poder político pelo povo (diretamente ou por representação).

 Designação dos governantes e representantes através de eleições universais e periódicas.

 Atividade governativa controlada e influenciada pelos governados através da oposição, da


comunicação social livre, etc.

 Aprofundamento do princípio democrático ao longo do constitucionalismo moderno –


alargamento do direito de voto e princípio da igualdade natural entre todas as pessoas.

 Regra da maioria – o seu fundamento de igualdade de todas as pessoas não pode ser violado, porque o
próprio princípio da igualdade é o fundamento da democracia.

 Todas as entidades políticas devem ser legitimadas pelo povo através de eleições ou sendo nomeadas
por pessoas eleitas. Os governados escolhem os governantes, e assim controlam, limitam e influenciam
o seu poder.

 Princípio da dignidade humana: estrutural ao regime democrático (faz parte do seu fundamento base)
e parte do princípio do Estado de direito (princípio da legalidade, princípio da juridicidade, princípio da
proporcionalidade).

 Por regra, os regimes democráticos verificam:


 Sistema de separação e interdependência dos poderes estaduais,
de forma a não haver abusos ou desvios de poder; Estados
Constitucionais,
 Respeito e realização dos direitos e liberdades individuais, Representativos
nomeadamente políticos – conceção personalista; e de Direito
 Limites ao exercício do poder.
 Tipos de democracia:
 Democracia direta: Os cidadãos exercem o seu poder político de forma direta.

 Democracia representativa (eletiva): Os cidadãos exercem o seu poder político através de eleições
periódicas, livres e universais.

 Democracia semidirecta ou semi-representativa: Os cidadãos exercem o seu poder político através


de votação nos referendos (convocatória do povo para responder a uma resposta de “sim ou não”
sobre uma possível lei ou para a aceitação – ou não – diplomas legislativos já aprovados no
parlamento), plebiscitos (chamada popular para decidir questões da organização política) ou veto
popular (o povo tem um período de tempo para conseguir recolher assinaturas para pedir que o
diploma aprovado seja submetido a referendo).

Sistema de governos
 Forma de Governo = Regime político (democrático ou ditatorial – carácter filosófico e ideológico) +
sistema de Governo (monarquia ou república – forma defendida por Aristóteles e Maquiavel).

 Sistema de Governo: Forma como se estruturam e institucionalizam os órgãos do poder político


soberano do Estado, que abrange a sua organização, funcionamento e inter-relação uns com os outros,
tendo em contas as normas constitucionais.

 Essencialmente, o sistema de governo faz referência aos:


 Órgãos a quem é atribuído o exercício do poder político;
 Principais competências que lhes são atribuídas;
 Modalidades de relacionamento entre estes.

 Dada esta caracterização, ao falarmos de órgãos em plural, estamos a falar do princípio de separação
de poderes. Logo, o sistema de governos caracterizaria apenas os sistemas caracterizados pela
separação de poderes (regimes democráticos e não ditatoriais).

 Marcello Rebelo de Sousa discorda:


 Distingue entre sistemas de governo ditatoriais (exercício do poder político em nome próprio por
uma pessoa ou grupo sem legitimidade democrática) e sistemas de governo democráticos
(exercício do poder político em nome do povo de forma direta ou por representação)

 Distingue entre sistema de governo democrático representativo com separação de poderes ou


com concentração (um único órgão que foi eleito como titular do poder político, sistema
meramente teórico e académico).

 No entanto, um sistema de governo democrático representativo com concentração de poderes


rapidamente se torna ou pode tornar uma ditadura. Logo, não podemos considerar um regime
ditatorial um sistema de governo democrático apenas com base nos textos constitucionais – isso só
pode acontecer com um regime democrático de separação de poderes (EX: Estado Novo).

 Assim, deve ser considerada uma relação estrita entre os elementos ideológicos e os elementos
estruturais. Estes funcionam relacionados: o funcionamento da estrutura do governo é
influenciado/depende do que é determinado pela ideologia do regime.

 Concluindo, o sistema de governo não depende apenas da prática dos textos constitucionais, mas da
ideologia de regime que é aplicada à própria constituição – constituição contrária à prática (nominal).
Princípio da separação de poderes:
 Princípio que teve por objetivo evitar a existência de um “Superpoder” e proteger contra os atropelos
dos direitos e liberdades fundamentais e os abusos e desvios de poder que se verificavam nas
Monarquias Absolutas. Defende a repartição e especialização, a limitação e fiscalização recíproca, a
colaboração e o equilíbrio entre os poderes.

John Locke

 Contratualismo – Teoria defendida por John Locke que caracterizava a passagem do estado de natureza
(estado salvagem) para uma sociedade civil através de uma reunião da comunidade, celebrando um
acordo que garantiria a segurança e a justiça da comunidade. Disto resultaria a soberania do povo –
este tinha o poder de constituir os poderes do Estado, assim como escolher as suas instituições. Para
garantir que não havia abusos de poder e a prossecução dos direitos de segurança e justiça, os poderes
(legislativo, executivo e federativo) seriam divididos, sendo que o poder executivo e federativo
deveriam estar sobre a posse do mesmo órgão.

Montesquieu
 Inspirado em Locke e no funcionamento do sistema britânico (Monarquia Limitada).

 Tinha o propósito de evitar abusos no exercício do poder através da limitação pela divisão de poderes e
distribuição por órgãos distintos.

 Consideração de três poderes soberanos, independentes no exercício das suas funções:


 Legislativo – Exercido por um parlamento bicameral visto que, como seria o centro da atividade
política, as duas câmaras estariam sempre a limitar-se uma à outra.
 Executivo – Exercido por um titular (rei e/ou rainha) auxiliado por Ministros.
 Judicial – Exercido por jurados do povo ou juízes eleitos pelo mesmo durante curtos períodos de
tempo (aprofundamento do princípio da representação).
 Estes poderes têm uma relação de interdependência, de forma a cada um conseguir limitar os
outros no caso de se verificarem tentativas de abusos inconstitucionais – sem constituir
interferências no exercício regular do poder.

 Este princípio filosófico foi estabelecido como princípio jurídico-político obrigatório (separação de
poderes - artigo 111º) quando foi primeiro consagrado nas constituições feitas depois das Revoluções
Liberais.

 Com este, vem um sistema de checks and balances, ou seja, um sistema onde todos os poderes se
limitam entre si, constitucionalmente determinado. Alguns exemplos:
 O poder legislativo não só cria as leis que o poder judicial utiliza na aplicação da justiça, como
também define a sua estrutura organizativa.

 O poder judicial fiscaliza os atos da assembleia, nomeadamente através do tribunal constitucional,


para garantir que o poder legislativo não vai contra a Constituição.

 O Chefe de Estado (Presidente da República) – poder executivo – tem direito a vetar as leis que
estão a tentar ser passadas – poder legislativo.

 O poder executivo tem de seguir as leis escritas pelas leis do poder legislativo.
 O orçamento de Estado do poder executivo é aprovado pelo poder legislativo (Assembleia da
República).

O poder judicial deve ser o menos influenciado de todos – os tribunais devem reunir a maior
independência face ao poder legislativo.

 Poder moderador:
 Chave da organização política – quando os poderes não conseguiam equilibrar-se e concertar-se,
este poder asseguraria a cooperação, assim como impediria a supremacia de um dos poderes.

 Poder que viria a ser assumido pelos reis e rainhas nas monarquias constitucionais, em que o rei
progressivamente perde o poder executivo.

 As prerrogativas executivas do Presidente da República fazem dele o poder moderador / garantia


do funcionamento das instituições.

 Não existe uma separação de poderes absoluta – além do s órgãos de soberania poderem exercer
diferentes funções, estas passaram a ser partilhadas com a intensificação do Estado Social de Direito.
No entanto, cada órgão tem a sua atividade principal, e esta não pode ser violada. Alguns exemplos:
 A administração pública (poder executivo) é responsável pela aplicação de contraordenações
(poder judicial).
 A competência legislativa do Governo, exposta no artigo 169º e 198º.

Notas / Conceitos
 Regras: Normas jurídicas de conteúdo mais determinado (determinam o comportamento a adotar) e as
suas consequências.

 Princípios: Normas jurídicas de valor mais indeterminado e concretização variável – fundamento das
regras jurídicas.

 Estado Social de Direito: Estado que se preocupa não só com a prossecução dos direitos de segurança e
a justiça, como também com o bem-estar económico-social da comunidade – o governo adquire uma
maior possibilidade de legislar.

 Estado liberal: Estado que se preocupa com a prossecução dos direitos de segurança e a justiça da
comunidade.

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