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HISTÓRIA DO

DIREITO

Henrique Abel
As revoluções burguesas
e o Estado Liberal
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Definir a importância da Revolução Francesa para a construção do


Estado de Direito.
„„ Identificar as características do Estado Liberal de Direito.
„„ Parametrizar as revoluções burguesas com as características do Estado
Liberal.

Introdução
Neste capítulo, estudaremos a história das revoluções liberais burguesas e
as circunstâncias que levaram ao surgimento do chamado Estado Liberal.
Vamos começar examinando a história da Revolução Gloriosa e de
que forma ela abriu caminho para as revoluções liberais posteriores. Em
seguida, analisaremos as circunstâncias históricas, sociais e políticas por
trás da Revolução Francesa, identificando as suas principais realizações
e contradições.
Ao final, vamos analisar as principais características do chamado Es-
tado Liberal e de que forma ele se relaciona com as revoluções burguesas
dos séculos XVII e XVIII.

A Revolução Francesa
Iniciada em 1789, a Revolução Francesa representa o ápice das revoluções
liberais e o seu maior símbolo. É importante destacar que ela se desenvolveu de
forma muito diferente da Revolução Americana (que almejava independência,
criação de uma identidade nacional e de uma nova nação) e da Revolução
Gloriosa na Inglaterra (que teve caráter reformista e conciliador).
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A França já tinha uma fortíssima identidade nacional quando da eclosão


da revolução; portanto, o seu objetivo era, sobretudo, colocar limites no
absolutismo monárquico — ou mesmo extirpá-lo definitivamente. Além
disso, foi um processo convulsivo marcado pela violência extrema e por um
desenvolvimento político irregular e repleto de instabilidades.

Figura 1. Obra Prise de la Bastille (1789), de Jean-Pierre Houël (1735–1813), ilus-


trando a tomada da Bastilha pelos revolucionários em 14 de julho de 1789. A
fortaleza, conhecida como Bastilha, era utilizada como prisão política na época
e era popularmente vista como um símbolo da autoridade real e dos abusos
autoritários da monarquia. O evento é considerado o mais simbólico e icônico
da Revolução Francesa.
Fonte: [Queda da Bastilha] ([2010]).

Construída sobre os ideais da liberdade, fraternidade e igualdade, a Re-


volução Francesa aglutinou a revolta e as insatisfações de múltiplos setores da
sociedade da época, incluindo a burguesia, os despossuídos e marginalizados,
os antimonarquistas e republicanistas e os intelectuais liberais. As péssimas
condições econômicas em que a França se encontrava à época contribuíram
muito para a combustão social e política que viria derrubar o velho regime
aristocrático e monárquico.
Isso não significa, no entanto, que a Revolução Francesa representa um
evento histórico isento de controvérsias e contradições. Apesar dos muitos
As revoluções burguesas e o Estado Liberal 129

efeitos positivos gerados dentro e fora da França, a revolução foi marcada por
extrema violência. Apenas no período da revolução, conhecido como Reino
do Terror, que perdurou entre 1793 e 1794, foram emitidas mais de 17 mil
sentenças de morte na guilhotina.
Nesse curto período, a França foi governada, de fato, pelo Comitê de
Segurança Pública, integrado por Maximilien Robespierre, uma das mais
poderosas lideranças revolucionárias da época. Foi um período de tribunais
revolucionários, julgamentos sumários (ou inexistentes) e condenações à
morte em números exorbitantes. O final desse período de exceção é marcado
pelo fato de que o próprio Robespierre cai em desgraça, é preso e — já no dia
seguinte — condenado à morte na guilhotina.
Além disso, apesar das suas pretensões democráticas e republicanas, a
chamada Primeira República, gerada pela revolução, durou apenas 8 anos
(1792–1799). Dessa forma, pelo menos em relação à política interna francesa,
o resultado direto mais marcante e decisivo da revolução foi a ascensão ao
poder de Napoleão Bonaparte, que assume o comando da nação primeiro
como cônsul, em 1799, e, 5 anos depois, como imperador.
Depois do período imperial napoleônico, ocorreu, a partir de 1815, a chamada
Restauração de Bourbon, com a recondução da antiga aristocracia ao poder. A
França tentou novamente um rompimento com a monarquia por meio da chamada
Segunda República, mas esta durou apenas 4 anos. O único presidente francês
da Segunda República foi o sobrinho de Napoleão Bonaparte, Napoleão III, que,
a partir de 1852, ergueu o Segundo Império e se tornou, também, imperador.
Apesar das grandes realizações sociais, econômicas e militares do seu governo,
Napoleão III exerceu o poder de forma ostensivamente autoritária, abrandando
a censura e as perseguições políticas apenas na sua última década no poder,
período no qual o seu império assumiu contornos mais liberais.
De qualquer forma, podemos dizer que foi apenas em 1870, com a instituição
da Terceira República, que a França finalmente conseguiu conquistar um período
de republicanismo liberal duradouro (o período durou até 1940, quando a França
foi tomada pelo exército nazista da Alemanha na Segunda Guerra Mundial).

Para conhecer mais sobre a Revolução Francesa, leia o artigo Revoluções burguesas:
contribuições para a conquista da cidadania e dos direitos fundamentais (LIMA, 2016).
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Em termos internacionais, a Revolução Francesa acelerou o processo de


declínio das monarquias absolutistas e inspirou a ascensão das repúblicas e
democracias. Em termos jurídicos, ela nos legou a célebre Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789 (que não deve ser confundida com
a Declaração Universal dos Direitos Humanos, formulada em 1948 pelas
Nações Unidas).
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi posteriormente
referida no preâmbulo da atual Constituição francesa (promulgada em 1958).
Uma decisão da Corte Constitucional francesa, datada de 1971, estabeleceu que
o preâmbulo e os princípios ali referidos também devem ser compreendidos
como parte integrante do Texto Constitucional. Dessa forma, a Declaração
de 1789 ainda se encontra em vigor no Direito francês contemporâneo, sendo
considerada parte da própria Constituição hoje vigente.

Conheça detalhes sobre a Revolução Francesa assistindo


ao vídeo A Revolução Francesa: Crash Course World History.
Acesse-o no link abaixo ou pelo código ao lado:

https://goo.gl/5bfYar

O Estado Liberal de Direito


O Estado Liberal de Direito pode ser caracterizado por uma agenda negativa.
Nesse modelo, predominante entre as repúblicas democráticas entre fins do
século XIX e as duas primeiras décadas do século XX, a postura do Estado
em relação aos seus cidadãos é, sobretudo, absenteísta. Em outras palavras,
é um Estado mínimo, orientado pela principiologia de intervir na vida e
nas atividades particulares e econômicas apenas pontualmente, no limite do
necessário. É um modelo que favorece a ampla liberdade individual.
Essencialmente, os únicos compromissos positivos que esse modelo de
Estado assume, perante o cidadão, são aqueles relativos à manutenção da ordem,
da segurança pública, do acesso ao Poder Judiciário e da proteção à propriedade
privada. Significa dizer: a vida, a liberdade e a propriedade privada surgem
como os três valores jurídicos fundamentais dentro da concepção liberal.
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Aos olhos contemporâneos, pode parecer uma concepção muito estreita e


limitada a respeito do papel do Estado em uma sociedade. Todavia, devemos
compreender o Estado Liberal dentro do contexto da época, no qual a burguesia
e as classes trabalhadoras se encontravam fartas com os desmandos, abusos
e arbítrios levados a cabo pela aristocracia e pelo clero.
A ideia, portanto, era criar um modelo de organização social que repre-
sentasse a completa antítese do velho absolutismo, no qual o Estado era
por demais invasivo — seja por meio de tributos exorbitantes, seja pelas
ameaças às liberdades individuais e pelas prisões e julgamentos arbitrários.
A ideia básica do Estado Liberal estava calcada na ideia de intervenção
mínima, da lei e das instituições, na vida dos cidadãos. Segundo Bobbio
(2005, p. 21):

No pensamento liberal, teoria do controle do poder e teoria da limitação das


tarefas do Estado procedem no mesmo passo: pode-se até mesmo dizer que a
segunda é a conditio sine qua non da primeira, no sentido de que o controle
dos abusos do poder é tanto mais fácil quanto mais restrito é o âmbito em que
o Estado pode estender a própria intervenção, ou mais breve e simplesmente no
sentido de que o Estado mínimo é mais controlável do que o Estado máximo.

Assista ao vídeo Academia — Teoria Liberal, disponível no


link abaixo ou no código ao lado:

https://goo.gl/VvYUyg

Bobbio (2005) esclarece que o Estado Liberal clássico se organiza na


forma de Estado de Direito e de Estado Mínimo, mas que os dois não são
necessariamente sinônimos. O Estado de Direito é fruto de uma concepção
de limitação dos poderes do Estado, ao passo que o Estado Mínimo é fruto
de uma concepção restritiva a respeito das funções do Estado. A adequação
desse raciocínio é corroborada pela constatação empírica de que nem todo
o Estado de Direito é um Estado Mínimo (vejamos o exemplo do Estado
Democrático de Direito contemporâneo), bem como de que nem todo Estado
Mínimo é um Estado de Direito (uma ditadura ultraliberal no campo econômico
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e repressiva e autoritária no campo social e política seria um exemplo dessa


distinção específica). Para Alex Catharino (2010, p. 308-310):

Os pensadores liberais acreditam que a imensa maioria das pessoas deseja


atingir um estado de maior conforto ou menor desconforto em relação à vida
material; ou seja, preferem a riqueza à pobreza. O propósito da doutrina liberal,
dessa forma, é permitir que, por intermédio da liberdade e das instituições que
a garantem, todos os indivíduos possam buscar de forma autônoma e respon-
sável a própria felicidade. Os liberais defendem que, de forma subjetiva, só
os indivíduos podem ser felizes, sendo inócuo e pernicioso qualquer projeto
de engenharia social que ambicione criar e/ou implantar a felicidade coletiva.
Historicamente, o liberalismo foi o primeiro movimento político que almejou
promover o bem-estar material de todos os indivíduos, independentemente
de sexo, raça, idade, religião, grau de instrução ou estrato social. Por ser uma
doutrina cosmopolita e isonômica, o liberalismo não aceita a defesa política,
jurídica e econômica de particularismos nacionais, raciais ou estamentais que
levam alguns governos, por influência de certas ideologias, a discriminar ou
a conceder privilégios a determinados grupos sociais. [...]
O liberalismo é a doutrina característica da modernidade e, por refletir a
diversidade histórica do período, moldou grande parte dos aspectos materiais
e espirituais dos últimos quatro séculos. A importância do liberalismo pode
ser medida pelo fato de os principais autores modernos estarem filiados a
essa corrente ou terem sido influenciados por ela. Mesmo os críticos do
liberalismo, como os socialistas ou os conservadores, em alguns aspectos
comungam de certos ideais liberais.

A Estátua da Liberdade (La Liberté éclairant le monde, ou A liberdade iluminando o


mundo) foi um presente dado pelos franceses aos americanos em 1886, como símbolo
dos valores liberais compartilhados pela França e pelos Estados Unidos da América
(EUA). A obra foi concebida pelo escultor Frédéric Auguste Bartholdi e construída por
Gustave Eiffel — famoso pela torre em Paris que leva o seu nome.

A gênese das revoluções burguesas: Revolução


Gloriosa e Revolução Americana
Nos séculos XVII e XVIII, auge do Estado absolutista, o desenvolvimento e o
crescimento da sociedade burguesa começaram a dar sinais claros de conflito
com os entraves ainda remanescentes do mundo feudal. O crescente dinamismo
capitalista se mostrava cada vez mais incompatível com o chamado Antigo Regime.
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Essas mudanças econômicas e sociais fizeram vários intelectuais começa-


rem a criticar o absolutismo monárquico, pregando a necessidade de um novo
tipo de Estado e de novos valores, compatíveis com o progresso científico,
cultural e econômico em andamento. Nascia o chamado Iluminismo, cuja
identidade se construiu pela rejeição às formas de organização social e política
próprias do mundo medieval.
O alvorecer do Iluminismo teve as suas bases lançadas por Descartes
(1596–1650) e Isaac Newton (1642–1727). Descartes defendia a universalidade
da razão como único caminho para o conhecimento. Newton, por sua vez,
estabelecendo o princípio da gravidade universal, contribuiu imensamente
para a difusão da ideia de que o universo é governado por leis físicas e não
submetido a interferências divinas. Esse conjunto de ideias colocava em cheque
a estabelecida noção do Direito Divino que os reis utilizavam como fundamento
de legitimidade do exercício do poder.
Na segunda metade do século XVIII, esses valores estruturariam os fun-
damentos teóricos que, somados à Revolução Industrial em andamento, leva-
riam à eclosão da independência dos EUA e, posteriormente, da Revolução
Francesa — os dois acontecimentos mais importantes para o estabelecimento
do que ficaria conhecido como Estado Liberal.
Cronologicamente, a gênese desse movimento moderno de fortalecimento
do liberalismo (político e econômico), em detrimento do velho absolu-
tismo aristocrático, pode ser identificada na Revolução Gloriosa ocorrida
na Inglaterra, em 1688. Como doutrina, o liberalismo surgiu na Inglaterra,
sendo sistematizado pela primeira vez por John Locke (1632–1704), que
posteriormente exerceria grande influência nas obras de liberais franceses
como Rousseau e Voltaire.
Movimentos políticos no sentido do aumento dos poderes do Parlamento
e da redução dos poderes monárquicos já vinham ocorrendo há algum tempo
na Inglaterra, mas esbarravam frequentemente em reações e pretensões abso-
lutistas por parte de setores aristocráticos. Por meio da Revolução Gloriosa,
a Inglaterra rompe definitivamente com o modelo da monarquia absolutista
e passa a ser uma monarquia parlamentar.
A revolução é simbolizada pela promulgação da Bill of Rights, uma de-
claração de direitos que estabelecia as bases da monarquia parlamentarista,
a autonomia do Poder Judiciário, a garantia de liberdades individuais, entre
outros. O documento é considerado, até hoje, parte fundamental da Constituição
não escrita britânica (formada por diferentes estatutos normativos de vários
períodos históricos, não por uma codificação exaustiva única).
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A Bill of Rights, assim, permanece vigente até hoje em todos os territórios


que integram a chamada Commonwealth (ou seja, o Reino Unido e todos os
demais 51 países que ainda têm a rainha britânica como Chefe de Estado,
como Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Índia, Paquistão, Nigéria, Papua
Nova Guiné, África do Sul, entre outros).

A Revolução Gloriosa não transformou a Inglaterra em um Estado Liberal propriamente


dito. Ela apenas introduziu os primeiros limites ao poder monárquico, inspirando as
Revoluções Liberais posteriores e abrindo caminho para um progressivo processo de
transformação da Inglaterra em uma efetiva democracia liberal (embora, até hoje, sem
efetiva abolição formal da monarquia).

A Revolução Americana (ou Independência Americana), por sua vez,


ocorreu entre 1765 e 1783. As razões para a sua eclosão podem ser identificadas
no fato de que, até a metade do século XVIII, a Inglaterra não exercera um
efetivo controle social sobre a América colonial. A situação muda, no entanto,
quando as colônias começam a competir comercialmente com a metrópole,
no alvorecer da Revolução Industrial.
Diante disso, o Parlamento inglês começa a adotar uma série de medidas
restritivas à autonomia colonial, criando impostos e dificultando o comércio.
Essa política controladora levou os colonos à revolta, na medida em que se
chocava com os ideais iluministas de liberdade e autonomia dos povos.
Em 4 de julho de 1776, era publicada a Declaração de Independên-
cia, elaborada pelo jovem jurista Thomas Jefferson, com a colaboração de
Benjamin Franklin e outros, fortemente inspirada pelas ideias liberais do
filósofo John Locke.
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No entanto, o conflito armado com as forças britânicas perdurou por mais


alguns anos, até que a assinatura do Tratado de Paris, em 1783, colocou um
fim definitivo no conflito, reconhecendo os EUA como uma nova nação,
independente do Império Britânico. Isso levou à promulgação da Constitui-
ção norte-americana em 1787 e, 2 anos depois, do conjunto das 10 primeiras
emendas ao Texto Constitucional — emendas coletivamente conhecidas como
Bill of Rights (mesmo nome do documento inglês de 1688). A identificação
não estava apenas no nome: a Bill of Rights também carregava forte inspiração
no liberalismo político que inspirou a Revolução Gloriosa e que assumiria
a sua máxima expressão social, alguns anos mais tarde, com a eclosão da
Revolução Francesa (Figura 2).

Figura 2. A Bill of Rights sendo apresentada ao Rei William III. Pintura de James
Northcote, datada do século XVIII.
Fonte: Bill of Rights [(201?)].
136 As revoluções burguesas e o Estado Liberal

Liberalismo é um termo que pode designar uma multiplicidade de situações, algumas,


inclusive, incompatíveis entre si. Quando o liberalismo surgiu, enquanto arcabouço teórico,
entre os séculos XVII e XVIII, ele era essencialmente uma construção político-filosófica. Era,
de certa forma, uma teoria sobre a natureza da liberdade do ser humano. Posteriormente,
sobretudo a partir do século XIX, o liberalismo também passou a ser uma terminologia
utilizada para designar o liberalismo econômico, ou seja, a ideia de que os mercados funcio-
nam melhor por autorregulação e que o Estado deve se orientar por um princípio de não
intervenção na atividade econômica. Em muitos momentos, o liberalismo econômico, o
liberalismo filosófico e o liberalismo político caminharam de mãos dadas — em outros, não.
Hoje, temos a clara noção de que um determinado regime político pode ser liberal na
economia (ou seja, garantindo a propriedade privada, a livre-iniciativa, a circulação de
bens e capitais) e, ao mesmo tempo, ignorar completamente os princípios do liberalismo
político (pluripartidarismo, direito de livre expressão e manifestação do pensamento, entre
outros) e do liberalismo filosófico (proteção a direitos e garantias fundamentais do ser
humano). Em outras palavras, uma pessoa que professa o liberalismo apenas no campo da
economia só pode ser considerada como liberal em um sentido muito restrito do termo.
Bobbio chama de liberistas esses liberais “apenas em economia”, que ignoram ou atro-
pelam as demais dimensões do liberalismo. Tornando tudo ainda mais potencialmente
confuso, o termo liberal vem sendo utilizado, nas últimas décadas (principalmente
nos EUA, mas também no Reino Unido), como sinônimo de progressista ou de pessoa
identificada à esquerda do espectro político.

BILL OF RIGHTS. [(201?)]. Disponível em: <https://br.pinterest.com/pin/5129882137


85851343/>. Acesso em: 14 set. 2017.
BOBBIO, N. Liberalismo e democracia. São Paulo: Braziliense, 2005.
CATHARINO, A. Liberalismo. In: BARRETTO, V. de P. (Coord.). Dicionário de filosofia
política. São Leopoldo: Unisinos, 2010.
[QUEDA DA BASTILHA] [(2010)]. Disponível em: <http://www.infoescola.com/wp-
-content/uploads/2010/06/bastilha.jpg>. Acesso em: 14 set. 2017.

Leituras recomendadas
BARRETTO, V. de P. (Coord.). Dicionário de filosofia política. São Leopoldo: Editora
Unisinos, 2010.
As revoluções burguesas e o Estado Liberal 137

BOBBIO, N. Teoria geral da política: a filosofia política e as lições dos clássicos. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2000.
GILISSEN, J. Introdução histórica ao direito. 7. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
2013.
LIMA, C. A. de S. Revoluções burguesas: contribuições para a conquista da cidadania
e dos direitos fundamentais. Revista Jurídica da Universidade do Sul de Santa Catarina,
v. 7, n. 12, 2016. Disponível em: <http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.
php/U_Fato_Direito/article/view/3588/2559>. Acesso em: 11 set. 2017.
LOPES, J. R. de L. O direito na história: lições introdutórias. 2. ed. São Paulo: Max Li-
monad, 2002.
STRECK, L. L.; MORAIS, J. L. B. de. Ciência política e teoria do estado. 7. ed. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2010.

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