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DOCUMENTOS DE APOIO
O Orçamento do Estado (OE) é uma lei da Assembleia da República, que comporta uma descrição detalhada
de toda a previsão de receitas, uma autorização de despesas ou dotação de despesas, bem como uma
autorização de endividamento, tudo para um horizonte temporal de um ano. A Lei do Orçamento de Estado
contém: (a) articulado; (b) mapas orçamentais; (c) relatório; (d) desenvolvimentos orçamentais (dos
Serviços Integrados e dos Serviços e Fundos Autónomos); (e) elementos informativos.
O OE é aprovado em contabilidade pública, sendo que o relatório apresenta uma previsão de execução em
contas nacionais (não vinculativa) para todo o setor das Administrações Públicas.
A proposta de Orçamento do Estado deve ser apresentada pelo Governo. No OE estão integrados os
orçamentos dos serviços dos subsetores: Estado, Serviços e Fundos Autónomos e Segurança Social. O
orçamento da Administração Regional e Local não integra este documento, uma vez que dispõem de
orçamentos autónomos, aprovados nos respetivos órgãos competentes.
https://oe2021.gov.pt/orcamento-do-estado-2021/
Conselho de Finanças Pública, https://www.cfp.pt/pt/glossario/orcamento-do-estado (adaptado).
DOC. 3| ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2021 – OBJETIVOS
Um orçamento que combate a pandemia, com um reforço muito significativo dos recursos humanos no
Serviço Nacional de Saúde, um subsídio de risco para quem está na linha da frente do combate à Covid-19 e
um plano de investimentos muito avultado nos cuidados de saúde primários, na rede de cuidados
continuados integrados e na saúde mental.
Um orçamento que defende os rendimentos, através do aumento extraordinário das pensões mais baixas
e de medidas fiscais que vão deixar cerca de 550 M€ no bolso das famílias em 2021, por via da redução da
retenção na fonte dos salários, da redução do IVA da eletricidade e da devolução do IVA pago em despesas
de restauração, alojamento e cultura.
Um orçamento que protege os que mais precisam, com um novo apoio social extraordinário que tem
como valor de referência o limiar de pobreza (501 €), para quem perdeu o emprego ou teve uma quebra
significativa na sua atividade. Que eleva, a título definitivo, o valor mínimo do subsídio de desemprego para
um montante acima do limiar de pobreza, para quem tinha um emprego a tempo inteiro. E estende para
2021 o apoio extraordinário aos trabalhadores informais em situação de desproteção económica e social.
Um orçamento que apoia a economia e o emprego, não aumentando quaisquer impostos, eliminando o
agravamento das tributações autónomas para as micro, pequenas e médias empresas que este ano tenham
prejuízos e estimulando o consumo nos setores da restauração, alojamento e cultura. Os apoios públicos
ficam condicionados à manutenção do atual nível de emprego nas grandes empresas com lucros. As
políticas ativas de emprego vão ser reforçadas para os jovens e para os desempregados, para promover a
empregabilidade das pessoas e novos empregos de qualidade. E os direitos dos trabalhadores ficam
protegidos por uma moratória de 24 meses à caducidade das convenções coletivas de trabalho.
Um orçamento que cuida do futuro, coerente com os quatro grandes desafios estratégicos em que assenta
o Programa de Governo. Para combater as alterações climáticas, vamos continuar a promover a utilização
do transporte público, através de passes sociais mais baratos e de um programa de expansão da oferta.
Para responder ao desafio demográfico, vamos lançar um novo programa de investimento em
equipamentos sociais da rede pública e do setor social, abrangendo respostas sociais nas áreas de apoio à
infância, idosos e pessoas com deficiência. Para aproveitar as oportunidades da sociedade digital, vamos
fazer uma aposta forte na digitalização das escolas. Para combater as desigualdades, vamos alargar a
gratuitidade das creches a todas as crianças das famílias dos 1.º e 2.º escalões.
https://oe2021.gov.pt/ (adaptado).
DOC. 4 | IMPACTOS ORÇAMENTAIS IMEDIATOS
Os efeitos do choque da crise provocada pela Covid-19 provocaram impactos ao nível das finanças públicas,
com uma degradação acentuada dos saldos global e primário, sobretudo a partir do mês de maio. Os
valores acumulados da receita começaram a diminuir face ao período homólogo, para o que contribuiu
sobretudo a quebra da atividade económica, bem como a extensão de até seis meses para o pagamento
das retenções na fonte de IRS e IRC e pagamentos de IVA, bem como das Contribuições Sociais (até ao mês
de agosto, o impacto na receita foi de cerca de 576,4 milhões de euros). Concomitantemente, registou-se
um aumento significativo da despesa, nomeadamente com a despesa relacionada com as medidas de
mitigação dos efeitos da Covid-19 em termos sanitários, mas também de apoio aos rendimentos das
famílias e das empresas. Fonte: Ministério das Finanças. Fonte: Ministério das Finanças
Assim, o saldo de 2020, excluindo as medidas pontuais e a despesa associada à Covid-19, configura um
défice de 4,5% do PIB.
Por outro lado, perspetiva-se que o défice orçamental para 2021 se situe em 4,3% do PIB, uma melhoria de
3 p.p. do PIB face a 2020. A despesa relacionada com as medidas de apoio ao emprego e rendimento no
âmbito da crise pandémica continua a ter um impacto muito expressivo, representando 1,7 p.p. do PIB,
pelo que, sem estas medidas temporárias, o défice orçamental seria de 2,6% do PIB.
A melhoria do défice orçamental em percentagem do PIB resulta do efeito conjugado de um aumento da
receita e de uma diminuição da despesa.
https://www.portugal.gov.pt/gc22/portugal-digital/plano-de-acao-para-a-transicao-digital-pdf.aspx (adaptado) e OE
2021, https://app.parlamento.pt/ (adaptado).