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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE – FEAC

ÂNGELO ANTÔNIO PEREIRA DOS SANTOS

FRANCISCO JOSÉ DOS SANTOS JÚNIOR

GABRIEL MARQUES BORGES DA SILVA

JOSEMIR JOSÉ DA SILVA JÚNIOR

JOSE RAFAEL DA SILVA CARNAÚBA

MELLINA MARIA DE ARAÚJO MARQUES

NATÁLIA ARAÚJO BATISTA

THANIELY CRISTINE FERREIRA DE SOUZA

VICTOR LUCAS DE CARVALHO MACHADO

FUNDAMENTOS DE ECONOMIA

MACEIÓ – AL
2022

ÂNGELO ANTÔNIO PEREIRA DOS SANTOS

FRANCISCO JOSÉ DOS SANTOS JÚNIOR

GABRIEL MARQUES BORGES DA SILVA

JOSEMIR JOSÉ DA SILVA JÚNIOR

JOSE RAFAEL DA SILVA CARNAÚBA

MELLINA MARIA DE ARAÚJO MARQUES

NATÁLIA ARAÚJO BATISTA

THANIELY CRISTINE FERREIRA DE SOUZA

VICTOR LUCAS DE CARVALHO MACHADO

FUNDAMENTOS DE ECONOMIA

Trabalho apresentado à Universidade Federal


de Alagoas como requisito parcial à aprovação
no 1° semestre do curso de Ciências
Contábeis.
Para a obtenção de média semestral para a
disciplina de fundamento de Economia.
Orientador: Prof. Márcio Jorge Porangaba
Costa

MACEIÓ – AL
2022

POLÍTICA FISCAL

Uma das ferramentas que o Estado dispõe para afetar a economia como um todo é a
chamada política fiscal. Política fiscal é o uso que o governo faz dos seus gastos e receitas
(taxação) para influenciar a demanda doméstica e, portanto, o crescimento econômico.

A demanda agregada de uma economia é composta por: consumo das famílias,


investimento, exportações líquidas (exportações menos importações) e pelos gastos do
governo. A soma dos componentes da demanda agregada é igual ao PIB (produto interno
bruto), a principal medida sobre atividade numa economia. Ao aumentar os seus gastos, o
governo estimula a economia porque ele aumenta a demanda agregada por bens e serviços. O
contrário também é verdade: o governo pode contrair a demanda agregada ao reduzir os seus
gastos.

O Resultado Primário indica se níveis de gastos orçamentários do Estado são


compatíveis com sua arrecadação. O seu resultado é obtido pela diferença entre as Receitas
Primárias e as Despesas Primárias. Quando o valor das receitas supera o valor das despesas
dizemos que houve um Superávit Primário. O resultado primário é importante porque indica,
segundo o Banco Central, a consistência entre as metas de política macroeconômicas e a
sustentabilidade da dívida, ou seja, da capacidade do governo de honrar seus compromissos.
A formação de superávit primário serve para garantir recursos para pagar os juros da dívida
pública e reduzir o endividamento do governo no médio e longo prazos.

O resultado nominal representa a diferença entre receitas e despesas totais no


exercício. O resultado primário surge do confronto de receitas e despesas primárias no
exercício, excluída a parcela referente aos juros nominais incidentes sobre a dívida líquida.

Setor público não financeiro, são as administrações diretas federal, estaduais e


municipais, as administrações indiretas, o sistema público de previdência social e as empresas
estatais não-financeiras federais, estaduais e municipais, exceto as empresas do Grupo
Petrobras e do Grupo Eletrobrás. Considera-se também a empresa Itaipu Binacional. Os
fundos públicos também se incluem nesse conceito de setor público não financeiro que não
possuem característica de intermediários financeiros, isto é, aqueles cuja fonte de recursos é
constituída de contribuições fiscais ou parafiscais.
O déficit público é a nomenclatura que se dá quando o valor total das despesas de um
governo é maior que o valor total das receitas públicas, considerando a inflação e a correção
monetária do mesmo intervalo. Este termo é usado na economia para indicar quanto o
governo precisa arrecadar a mais para saldar todos os seus gastos em um ano. O
financiamento desse déficit público ocorre através da emissão de títulos públicos que são
emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional

FUNÇÕES DA POLÍTICA FISCAL

Com o objetivo de gerir as finanças dos governos, a política fiscal é normalmente


usada para neutralizar as tendências tanto à recessão quanto à inflação. Sendo assim, a função
da política fiscal é observar a produção econômica de um país e agir de forma a direcionar a
economia para o rumo que se espera dela.

Por exemplo, quando a economia tem baixo crescimento, existem algumas ações que
podem ser tomadas. No entanto, quando a economia cresce além das expectativas, são outras
as ações a serem feitas.

Os ciclos econômicos são as mudanças que acontecem na economia de um país. Essas


mudanças na economia são marcadas por períodos de expansão, boom, contração e recessão.
Ou seja, é natural que uma economia passe por períodos de prosperidade e estagnação ou
crise. 

Recessão, esse cenário ocorre quando a economia de um país perde a sua força. Isto se
materializa, por exemplo, em uma queda do PIB. Ou em aumento do desemprego, entre
outros fatores. De fato, os governos sempre buscam evitar recessões, uma vez que estas
podem ser muito nocivas à sociedade. No entanto, uma política fiscal inadequada, com gastos
acima do que um país pode suportar, pode levar a uma recessão. Sendo assim, para superar
um recesso é necessário um aperto na política fiscal. Isto se dá, geralmente, através de corte
de gastos e buscas por novas fontes de receita, de forma a melhorar a economia do país. Este é
um tema bastante polêmico, e de fato, não há um consenso estabelecido. Entretanto, a
economia tradicional indica que recessões são superadas através de políticas contracionistas.

Inflação, a política fiscal também pode ser utilizada para conter um cenário
de inflação. Quando a economia de um país cresce de forma abrupta, é comum que exista
também um processo de inflação. Economistas argumentam que, ao adotar uma política mais
contracionista, ou seja, reduzindo gastos e elevando a receita, a inflação poderia ter sido
contida à medida que haveria menos demanda no mercado. Além disso, alguns economistas
vão mais longe para afirmar até que foi a política de gastos excessivos que levaram à recessão
ocorrida em 2015 e 2016. No entanto, outros argumentam que sem os gastos não haveria
crescimento.

INSTRUMENTOS DA POLÍTICA FISCAL

Orçamento público é o instrumento utilizado pelo Governo Federal para planejar a


utilização do dinheiro arrecadado com os tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria,
entre outros). Esse planejamento é essencial para oferecer serviços públicos adequados, além
de especificar gastos e investimentos que foram priorizados pelos poderes. Essa ferramenta
estima tanto as receitas que o Governo espera arrecadar quanto fixa as despesas a serem
efetuadas com o dinheiro. Assim, as receitas são estimadas porque os tributos arrecadados (e
outras fontes) podem sofrer variações ano a ano, enquanto as despesas são fixadas para
garantir que o governo não gaste mais do que arrecada.

Uma vez que o orçamento detalha as despesas, pode-se acompanhar as prioridades do


governo para cada ano, como, por exemplo: o investimento na construção de escolas, a verba
para transporte e o gasto com a saúde. Esse acompanhamento contribui para fiscalizar o uso
do dinheiro público e a melhoria da gestão pública e está disponível aqui, no Portal da
Transparência do Governo Federal.

O método “acima da linha” representa a medida do fluxo do resultado primário,


enquanto “abaixo da linha” obtém a informação da necessidade de financiamento do setor
público mensurado pelo resultado nominal. A diferença entre o resultado nominal e o
resultado primário é exatamente igual ao dos juros nominais, parcela da remuneração que
incide sobre a dívida pública adicionado da atualização monetária (estoque da dívida corroída
pela variação dos preços).

POLÍTICA FISCAL DISCRICIONÁRIA

 Política fiscal discricionária refere-se às decisões de gastos e tributação de um


governo nacional que visam a estabilizar a economia. Em contrapartida, os estabilizadores
automáticos são dispositivos fiscais incorporados desencadeados pela situação econômica.
Durante uma recessão, as receitas fiscais caem, enquanto as despesas do governo em
pagamentos de seguros de desemprego aumentam. Ambos tendem a aumentar os déficits
orçamentários e são expansivos. Da mesma forma, durante o período de crescimento, tendem
a diminuir os déficits orçamentários e são contracionistas.

TESOURO DIRETO

É um programa criado em 2002 pelo Tesouro Nacional, órgão responsável pela gestão
da dívida pública, para permitir que pessoas físicas compram papéis do governo federal pela
internet. Pode-se dizer que ao comprar um título do Tesouro Direto o investidor está
emprestando dinheiro ao governo. Há três grupos de títulos públicos à venda no Tesouro
Direto: prefixados, pós-fixados e híbridos.

Nos prefixados, no momento da compra você sabe exatamente quanto vai receber de
retorno, desde que faça o resgate apenas no vencimento do título. Já nos papéis pós-fixados,
você conhece os critérios de remuneração, mas só saberá o retorno total do investimento no
momento do resgate, uma vez que esses papéis são atrelados a um indexador que pode variar.
Por fim, há também os títulos híbridos, que têm parte da remuneração definida no momento
da compra e o restante atrelado à variação da inflação.

Em termos operacionais, a STN emite títulos públicos de três formas distintas:


Emissões diretas que são emitidas sem a realização da oferta pública e são destinadas a
atender finalidades específicas definidas em lei, domo crédito rural, securitização de dívidas
da união e etc. Ofertas Públicas (Leilões), nessa modalidade participam apenas as instituições
financeiras e, por fim, vendas a pessoas físicas, nesse contexto, as pessoas físicas podem
adquirir títulos diretamente através do tesouro direto.

REGIME DE CAIXA E COMPETÊNCIA

No Regime de Competência, o registro do evento se dá na data que o evento


aconteceu. A contabilidade define o Regime de Competência como sendo o registro do
documento na data do fato gerador (ou seja, na data do documento, não importando quando
vai ser pago ou recebido). A Contabilidade utiliza o Regime de Competência, ou seja, as
Receitas, Custos, Despesas e Investimentos têm os valores contabilizados dentro do mês onde
ocorreu o fato gerador. Isto é, na data da realização do serviço, compra do material, da venda,
do desconto, não importando para a Contabilidade quando o item será pago ou recebido, mas
sim quando foi realizado o ato.

Já no Regime de Caixa, é o oposto, onde consideramos o registro dos documentos


na data de pagamento ou recebimento, como se fosse uma conta bancária. Neste caso, o
Financeiro utiliza o Regime de Caixa, ou seja, contabilizando as Receitas, Custos, Despesas e
Investimentos dentro do mês onde foram pagos ou recebidos.

Portanto, a principal diferença entre o Regime de Competência e o Regime de Caixa é


que no primeiro deles utilizamos a data que a compra ou venda aconteceu e no segundo
consideramos a data em que o dinheiro efetivamente entrou ou saiu do caixa da empresa.

ANTECEDENTES DA POLÍTICA FISCAL BRASILEIRA

Após o colapso da economia cafeeira no final dos anos 1920, a economia brasileira
vivenciou o processo de industrialização entre os anos 1930 e 1970. Durante esse período o
governo agiu como um agente indutor do crescimento econômico, através de subsídios,
incentivos fiscais e investimentos em setores de infraestrutura e indústria de base. Em 1980,
com o descontrole inflacionário esbarrou com o esgotamento do modelo de crescimento via
industrialização por subsídio de importação e uma das principais causas foi a ausência de um
ajuste fiscal, apenas em 1994, a partir da implementação do plano real, a questão da
necessidade de um ajuste fiscal como uma âncora para a estabilização no longo prazo foi, de
fato, colocado em pauta. Mas somente em 1998, após a crise cambial que levou ao colapso do
sistema de bandas cambiais, o então presidente, Fernando Henrique Cardoso, conseguiu
implementar um ajuste fiscal mais efetivo. No entanto, é de se notar que durante o segundo
mandato do FHC foi centrado, primordialmente, no aumento de impostos, tendo pouca ou
nenhuma ênfase no corte de gastos públicos.

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