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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
MACEIÓ – AL
2022
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA
MACEIÓ – AL
2022
POLÍTICA FISCAL
Uma das ferramentas que o Estado dispõe para afetar a economia como um todo é a
chamada política fiscal. Política fiscal é o uso que o governo faz dos seus gastos e receitas
(taxação) para influenciar a demanda doméstica e, portanto, o crescimento econômico.
Por exemplo, quando a economia tem baixo crescimento, existem algumas ações que
podem ser tomadas. No entanto, quando a economia cresce além das expectativas, são outras
as ações a serem feitas.
Recessão, esse cenário ocorre quando a economia de um país perde a sua força. Isto se
materializa, por exemplo, em uma queda do PIB. Ou em aumento do desemprego, entre
outros fatores. De fato, os governos sempre buscam evitar recessões, uma vez que estas
podem ser muito nocivas à sociedade. No entanto, uma política fiscal inadequada, com gastos
acima do que um país pode suportar, pode levar a uma recessão. Sendo assim, para superar
um recesso é necessário um aperto na política fiscal. Isto se dá, geralmente, através de corte
de gastos e buscas por novas fontes de receita, de forma a melhorar a economia do país. Este é
um tema bastante polêmico, e de fato, não há um consenso estabelecido. Entretanto, a
economia tradicional indica que recessões são superadas através de políticas contracionistas.
Inflação, a política fiscal também pode ser utilizada para conter um cenário
de inflação. Quando a economia de um país cresce de forma abrupta, é comum que exista
também um processo de inflação. Economistas argumentam que, ao adotar uma política mais
contracionista, ou seja, reduzindo gastos e elevando a receita, a inflação poderia ter sido
contida à medida que haveria menos demanda no mercado. Além disso, alguns economistas
vão mais longe para afirmar até que foi a política de gastos excessivos que levaram à recessão
ocorrida em 2015 e 2016. No entanto, outros argumentam que sem os gastos não haveria
crescimento.
TESOURO DIRETO
É um programa criado em 2002 pelo Tesouro Nacional, órgão responsável pela gestão
da dívida pública, para permitir que pessoas físicas compram papéis do governo federal pela
internet. Pode-se dizer que ao comprar um título do Tesouro Direto o investidor está
emprestando dinheiro ao governo. Há três grupos de títulos públicos à venda no Tesouro
Direto: prefixados, pós-fixados e híbridos.
Nos prefixados, no momento da compra você sabe exatamente quanto vai receber de
retorno, desde que faça o resgate apenas no vencimento do título. Já nos papéis pós-fixados,
você conhece os critérios de remuneração, mas só saberá o retorno total do investimento no
momento do resgate, uma vez que esses papéis são atrelados a um indexador que pode variar.
Por fim, há também os títulos híbridos, que têm parte da remuneração definida no momento
da compra e o restante atrelado à variação da inflação.
Após o colapso da economia cafeeira no final dos anos 1920, a economia brasileira
vivenciou o processo de industrialização entre os anos 1930 e 1970. Durante esse período o
governo agiu como um agente indutor do crescimento econômico, através de subsídios,
incentivos fiscais e investimentos em setores de infraestrutura e indústria de base. Em 1980,
com o descontrole inflacionário esbarrou com o esgotamento do modelo de crescimento via
industrialização por subsídio de importação e uma das principais causas foi a ausência de um
ajuste fiscal, apenas em 1994, a partir da implementação do plano real, a questão da
necessidade de um ajuste fiscal como uma âncora para a estabilização no longo prazo foi, de
fato, colocado em pauta. Mas somente em 1998, após a crise cambial que levou ao colapso do
sistema de bandas cambiais, o então presidente, Fernando Henrique Cardoso, conseguiu
implementar um ajuste fiscal mais efetivo. No entanto, é de se notar que durante o segundo
mandato do FHC foi centrado, primordialmente, no aumento de impostos, tendo pouca ou
nenhuma ênfase no corte de gastos públicos.