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Politica Fiscal

Política fiscal refere-se, de acordo com Mankiw (2005), às escolhas do governo em relação ao
nível geral das suas aquisições (gastos) e aos impostos. Decisões de política fiscal são
resultantes do processo político, em que demandas concorrentes são ponderadas, e devem ser
implementadas as que mais contribuem para o desenvolvimento do país.

    As despesas mais relevantes do governo são os pagamentos dos salários dos funcionários
públicos e das aposentadorias, os investimentos em obras públicas e o pagamento dos juros da
dívida pública. A principal fonte de receita do governo é a arrecadação de tributos,
complementada pela colocação de títulos públicos e pelos lucros e dividendos das empresas
estatais.  

Ainda segundo o autor, a política fiscal influencia poupança, investimento e o crescimento do


país no longo prazo, contudo, no curto prazo, o primeiro efeito da política fiscal é sobre a
demanda agregada de bens e serviços.

VISÃO DA TEORIA CLÁSSICA SOBRE A POLÍTICA FISCAL  

Como foi visto anteriormente, a Teoria Clássica acredita na primazia da oferta sobre a
demanda. Contudo, para efeitos de política fiscal, esta Teoria tem outros pilares, como: 

 Estado Mínimo: O Estado tem que ser o menor possível, isso porque, o Estado é
ineficiente e fonte de corrupção.

 Eficiência: com um Estado menor, aumenta-se a eficiência das políticas de


investimento privado, se gera mais empregos, se produz mais.  

 Procura-se evitar o efeito deslocamento: os classicistas dizem que ao aumentar o


tamanho do Estado, o mesmo adquire mais recursos para poder financiar as suas
atividades, causando um constrangimento na iniciativa privada. Com isso, não sendo
incentivada a geração de empregos, o aumento da produção e o investimento em
geral.   

 Iniciativa Privada x Estado: se tem uma rivalidade entre iniciativa privada e Estado,
logo, quando há um aumento das atividades do Estado na economia, as atividades da
iniciativa privada diminuem e vice e versa.   

 Redução da poupança do Governo: quando o governo gasta mais, se há uma


diminuição da poupança.   

 Aumento das taxas de juros: com um aumento do gasto do governo, se tem um


aumento das taxas de juros.    

 Desincentivo ao investimento privado: com o aumento da participação do governo, se


há uma diminuição do incentivo ao investimento pela iniciativa privada.   

 Aumento da participação do Estado no PIB   

 Disciplina Fiscal: o Estado não pode gastar mais do que arrecada, pois ao acontecer
isso, ele se endivida, fazendo com que, a longo prazo, seja necessário aumentar os
impostos para cobrir as irresponsabilidades dos gastos.   
VISÃO DA TEORIA KEYNESIANA SOBRE A POLÍTICA FISCAL   

Na teoria Keynesiana, não há a lei Say, ou seja, a teoria acredita que a demanda tem um peso
superior sobre a oferta. Além disso, possui outros pontos, como pode-se observar a seguir:  

 Ciclo Recessivo: quando o Governo aumenta os gastos, ele quebra um ciclo de


recessão na economia. Além disso, ele deve ser indisciplinado em época de crise, pois
o aumento de seus gastos, poderão ser pagos com a os impostos arrecadados.  Um
exemplo é a crise de 1929.  

 Efeito Multiplicador: quando eu expando o gasto do Governo, eu crio uma demanda


efetiva, que é observada pelas empresas. Desta forma, as empresas aumentam o
número de mão de obra, compram mais matéria prima para produção e assim
sucessivamente. Segundo Mochón (2014), toda a cadeia produtiva possui uma
expansão, fazendo com que a economia cresça de maneira multiplicada.   

 Multiplicador Keynesiano: De acordo com Mochón (2014), este modelo tem como
pressuposto básico, os preços , salários fixos e ausência de recursos ociosos. A política
monetária não possui efeito já que os mercados financeiros não reagem às mudanças
da economia, já que está no curto prazo. Este modelo também, ainda segundo o autor,
explica como as perturbações externas podem afetar o investimento, exportações
líquidas, política de impostos e gastos públicos, tanto na produção, quanto no
emprego.   

 Estado como um papel: o Estado tem o papel de induzir o crescimento econômico


através do seu gasto.  

 Expectativas. 

 Demanda Efetiva: a demanda efetiva gerada pelos gastos do Governo, faz com que a
economia cresça.   

 Política Fiscal Anticíclica. 

REGIME DE METAS DE SUPERÁVIT PRIMÁRIO   

O superávit primário do Governo diz sobre a diferença entre receitas e despesas do mesmo,
em um ano. Para ocorrer esse superávit, as receitas têm de ser maiores que as despesas.
Nessa conta, cabe ressaltar, que não inclui a despesa de juros, fazendo com que, muitas das
vezes, seja chamada de conta primária. 
 

A conta de superávit primário nominal é a conta que leva em consideração as despesas com
juros, sendo, portanto, considerada mais completa. No gráfico abaixo, é possível perceber a
evolução das receitas e despesas do Governo, em 10 anos.

 
POLÍTICA FISCAL EXPANSIONISTA 
 

Na política fiscal expansionista, a curva de oferta desloca-se para a direita, pois o objetivo do
Governo é estimular a demanda, por meio do aumento do seu gasto. Contudo, esta política, se
não tiver cuidado em sua implementação, pode gerar uma inflação. 
 

Desta forma, em geral, o Governo aumenta seus gastos e/ou reduz impostos. Como resultados
gerais, de acordo com Mochón (2014), esta política gera: aumento de renda, aumento da taxa
de juros, aumento da demanda agregada e aumento dos Índice de Preços (inflação).    

POLÍTICA FISCAL CONTRACIONISTA  


 

Na política fiscal contracionista, a curva de oferta desloca-se para a esquerda, pois o objetivo
do Governo é reduzir a demanda agregada, por meio da diminuição do seu gasto. Esta política
tem por objetivo controlar a inflação. 
 

Desta forma, em geral, o Governo diminui seus gastos e/ou aumenta os impostos. Como
resultados gerais, segundo Mochón (2014), esta política gera: diminuição de renda, diminuição
da taxa de juros, diminuição da demanda agregada e diminuição dos Índice de Preços
(inflação). 

 
 

ATIVIDADE EXTRA 

Vídeo sobre política fiscal  

https://www.youtube.com/watch?v=8IMs7pqpZPc

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

MANKIW, N.G. Introdução à economia: edição compacta. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2005. Cap. 29 - Sistema monetário. 

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