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Socialização – Seminário Interdisciplinar – Módulo VI

Nome do Tutor (a): Alexandre Gerasimenko Ribeiro Sousa


Nome dos alunos (as):
Damião da Silva Veloso
Marilia Arielli Correa
TEMA PRINCIPAL DO SEMINÁRIO:
As políticas macroeconômicas no Brasil

TÍTULO DO TRABALHO:
A GESTÃO DA POLÍTICA FISCAL
PELO GOVERNO
RESUMO
• Neste artigo será abordado m tema importante e que impacta a vida
de milhões de brasileiros, a política fiscal, e sua gestão pelo governo.
A política fiscal se utiliza de um conjunto de medidas efetivamente
tomadas pelo governo para regular a economia por meio da sua
política de tributação e de gastos, com a finalidade de promoção da
gestão financeira equilibrada dos recursos públicos, visando assegurar
a estabilidade e o crescimento econômico. Objetiva-se analisar como
o governo atua na gestão da política fiscal e os seus impactos na
economia.
INTRODUÇ
ÃO
• A política fiscal é assunto de interesse de toda a sociedade e que
gera imensa preocupação para todos os agentes econômicos, pois
são muitos desafios enfrentados para manter uma economia mais
equilibrada, principalmente através das decisões do governo frente
a esses desafios.
• É através da política fiscal que o governo lida com seus gastos e
receitas (taxação) para influenciar o crescimento econômico.
Ressaltando-se que, uma carga tributária elevada inviabiliza a
competitividade da indústria nacional, além de resultar no fracasso
de pequenos e médios empreendimentos, e desestimulando
pequenas e micros e empresas.
• Dentro da linha fiscal, um dos maiores desafios são metas fiscais
que o governo deve esforçar-se para alcançar, e que servem como
parâmetros para dar confiança a sociedade, no sentido de que o
governo garantirá as condições necessárias para a estabilidade
econômica e evitar o endividamento público, além de indicar os
rumos da política fiscal para os próximos exercícios.
• Conforme esclarece o Tribunal de Contas da União, “metas fiscais
servem como parâmetros para dar confiança à sociedade de que o
governo garantirá as condições necessárias à estabilidade
econômica e ao controle do endividamento público.” TCU (2016),
• Dessa forma, evidencia-se que essas metas, além de
necessárias para alcançar o equilíbrio fiscal, também
garantem à sociedade que o governo está comprometido
com o crescimento econômico e a gestão eficiente dos
recursos públicos.
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
• A gestão da política fiscal de forma eficiente e equilibrada é o motor
do crescimento econômico, assim, tendo-se em vista a real situação
econômica, o governo escolherá quais políticas econômicas adotar
de acordo com os diversos indicadores econômicos para análise
fiscal (resultados primários e nominal) e estoques (dívidas líquidas e
bruta).
• Por meio destes indicadores o governo obtém a informação de
superávit fiscal, quando as receitas são iguais ou superiores às
despesas, ou déficit fiscal, quando as despesas excedem as receitas
em um dado período.
• Nessa perspectiva, o demonstrativo de receitas e despesas
primárias em percentual do PIB do Tribunal de Contas da União,
que assim segue, “conforme demonstrado no gráfico a seguir,
entre 2012 e 2016 houve um aumento consistente das despesas
primárias, motivado principalmente pela elevação das despesas
primárias obrigatórias. Em relação às receitas primárias,
observou-se uma queda significativa a partir de 2013.” TCU
(2016).
Figura 01: Receitas e despesas primárias em percentual do PIB entre os anos de 2012 a 2016.
Fonte: TCU (2016).
• A partir da análise do gráfico, observa-se uma diminuição das
receitas primárias no período de observação, sendo que houve
aumento das despesas primárias obrigatórias e aumento das
despesas primárias discricionárias, o que resultou no aumento
significativo das despesas primárias totais, ultrapassando as
receitas primárias nesse período.
• Com esse exemplo ilustrativo, observa-se a importância e
necessidade das metas fiscais, dada a propensão do governo de
gerar despesas acima do que consegue arrecadar, que pode
resultar num círculo vicioso de criar novas formas de
arrecadação (tributos) para cobrir despesas acima do esperado.
• A gestão da política fiscal, visa garantir que as contas do governo
não operem no vermelho, ou no limite de gastos, mas que possa
estabelecer uma política fiscal equilibrada, de forma que as metas
ficais sejam de superávit primário, assim estabelecido, “então,
quando a meta é de superávit primário, significa que a expectativa
do governo é de arrecadação superior a despesas. Por outro lado, a
meta é de déficit primário quando a expectativa de despesa é
superior a de receitas.” REIS (2019).
• Assim, faz-se necessária uma mudança de postura em relação à
política fiscal, conforme esclarece MENDONÇA (2012, p. 224), que
embora pareça simples, essa mudança de postura é complexa, uma
vez que, envolve múltiplos interesses de diversos agentes
econômicos,

A mudança da postura fiscal ao longo período pode ser


interpretada como um avanço da economia brasileira. Em geral, a
literatura sobre ciclicalidade mostra que países em
desenvolvimento adotam uma política fiscal pró-cíclica ou neutra,
enquanto que países desenvolvidos adotam uma política fiscal
contra-cíclica.
• Alterando a ênfase a ser dada a cada uma delas, LOPREATO (2007, p.
3) aborda a dificuldade em superar os conflitos, em relação ao
debate focado na política fiscal, que por ser de alta complexidade,
exige a definição e conciliação de diferentes agendas
constantemente, fazendo com que a necessidade da política
econômica e dos interesses em disputa, tenha sua ênfase alterada”,
não poucas vezes, imperando o interesse político sobre o
econômico.
• A política fiscal vai mundo além do simples ajuste de receitas e
gastos, sendo de fundamental importância para a política
macroeconômica, dessa forma, SIQUEIRA (2015, p. 38), apresenta
as funções da política fiscal, assim descrita,

A função estabilizadora se resume na sustentação da renda, com


baixo desemprego e estabilidade de preços. Em outras palavras, é
a tentativa de induzir a economia a um estado próximo do pleno
emprego, com uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) condizente com as condições macroeconômicas e com
estabilidade de preços relativos, sendo que inflações são inibidas
e deflações evitadas. A função alocativa consiste no fornecimento
eficiente de bens e serviços públicos, compensando as falhas de
mercado. Por fim, a função redistributiva visa assegurar a
distribuição equitativa da renda.
• Dentro dessas funções, chama-nos a atenção, a expressão
“distribuição equitativa da renda”, apontando que o crescimento
econômico não deve restringir-se à “frieza” de cálculo de lucos
ou prejuízos, ao contrário, está além disso, pois a pobreza e a
miséria são chagas abertas que mostram a ineficiência da
política fiscal adotada, ou seja, crescimento econômico visa
assegurar a todos os agentes econômicos os meios para o
desenvolvimento de suas potencialidades produtivas, sem gerar
uma massa de excluídos em situação de miséria, vivendo à
margem desse crescimento.
RESULTADOS E
DISCUSSÕES
• Ao longo do trabalho, percebeu-se que uma política fiscal eficiente
e comprometida com o crescimento econômico, não se restringe ao
mero ajustamento entre receitas e despesas do governo, mas vai
muito além disso, passando pelo compromisso com as metas
fiscais, com a boa aplicação dos recursos públicos e a
responsabilidade fiscal, garantindo igualdade de oportunidades
para que todas os agentes econômicos, de forma especial, as
famílias e as empresas, possam desenvolver sua atividade
econômica de forma a alcançar tudo o seu potencial produtivo.
• É evidente que as políticas macroeconômicas não podem
alinhar-se unicamente aos interesses político-partidários, e
sim, com a eficiência da boa gestão dos recursos públicos,
sobretudo, evitando o desperdício de recursos públicos,
garantindo que as decisões do governo não dificultem o
crescimento econômico do país.
CONCLUSÃO
• Ao término desse trabalho, ficou claro que a política fiscal é o motor
do crescimento econômico, enfatizando-se que as ações do governo,
se mal pensadas, podem resultar em crise fiscal e econômica, ao
invés, quando bem planeja e executada, que alavancar esse
crescimento num menor espaço de tempo que o esperado.
• A grande preocupação é com o crescimento desordenado da carga
tributária, que além de não resolver a questão do endividamento
público, também inviabiliza o crescimento econômico, podendo
corroer as bases do sistema econômico.
• Por fim, ressalta-se que a política macroeconômica equilibrado
gera efeitos positivos na economia de um país, propiciando o
crescimento econômico e garantindo a saúde financeira de
todos os agentes econômicos.
REFERÊNCI
AS
• LOPREATO, Francisco Luiz C. A política fiscal brasileira: limites e
entraves ao crescimento. Campinas, IE/UNICAMP, n. 131, ago. 2007.
• MENDONÇA, Helder Ferreira de. O Comportamento da Política Fiscal
Brasileira no Século XXI: uma Análise a partir do Impulso Fiscal.
Brasília, Revista Economia, v. 13, n. 2, mai/ago 2012.
• REIS, Tiago. Meta fiscal: entenda essa ferramenta de controle das
contas públicas. Suno Artigos – Economia, 2019. Disponível em:
https://www.suno.com.br/artigos/meta-fiscal/. Acesso em 10 de
novembro de 2023.
• SIQUEIRA, Fernando de Faria. Política fiscal e ciclo político no
Brasil: uma análise empírica. São Paulo, 2015. (Dissertação).
• TCU – TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Política Fiscal e Dívida
Pública. Brasília, 2016. Disponível em:
https://sites.tcu.gov.br/contas-do-governo. Acesso em 24 de
novembro de 2023.

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