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Socialização – Seminário Interdisciplinar – Módulo VI

Nome do Tutor (a): Alexandre Gerasimenko Ribeiro Sousa


Nome dos alunos (as):
Damião da Silva Veloso
George Lucas Neves Vaz
Henrique Chitto,
Paulo Maurício Paulino Gonçalves
TEMA PRINCIPAL DO SEMINÁRIO:
As políticas macroeconômicas no Brasil

TÍTULO DO TRABALHO:
ANÁLISE DAS POLÍTICAS
MACROECONÔMICAS NO
BRASIL
RESUMO
• Nesse trabalho de pesquisa sobre as medidas macroeconômicas do
Brasil, mostrar-se-á como as medidas macroeconômicas impactam o
dia a dia das famílias e das empresas. As vezes por altas cargas
tributárias que afetam de maneira geral os mais necessitados, seja
por alto custo na área industrial, que faz sobrar um valor para outras
áreas e impacta diretamente no baixo índice de pesquisas de
desenvolvimento, como também no alto custo da dívida pública do
país, tendo como consequência um endividamento que hoje
“abocanha” boa parte do PIB do país.
INTRODUÇ
ÃO
• O cenário econômico brasileiro é dinâmico, influenciado por fatores
internos e externos. Desafios persistentes incluem a necessidade de
reformas estruturais, a busca por maior eficiência nos gastos públicos
e a adaptação a mudanças nas condições globais.
• Dessa forma, percebe-se que “a herança patrimonialista, misturada
aos desafios de um país grande e desigual, a meio caminho para o
mundo desenvolvido, criou um Estado caro, ineficiente e sobretudo
disfuncional”. RESENDE (2015, p. 191).
• Percebe-se que o equilíbrio gestão financeira dos recursos públicos, é a
espinha dorsal da política fiscal, uma vez que, o descontrole nas contas
púbicas oriundo de gastos exacerbados, super endividamento público,
desvios de finalidades de verbas públicas, carga tributária excessiva,
sobretudo para os mais pobres e para os setores mais produtivos, além
de resultar em instabilidade financeira, pode inviabilizar o crescimento
econômico.
• Nessa mesma linha, é possível evidenciar que “o Estado brasileiro se
mantém preso a um projeto cuja formulação é o início da segunda
metade do século passado. Um projeto que combina uma rede de
proteção social com a industrialização forçada” RESENDE (2015, p. 129-
130).
• As discussões em torno das políticas macroeconômicas muitas vezes
refletem diferentes visões sobre a melhor abordagem para promover o
desenvolvimento sustentável e a estabilidade.
• Em termos macroeconômicos, o desenvolvimento econômico está
diretamente relacionado à política fiscal, como forma de garantir a
estabilidade econômica, além de garantir que as decisões do governo
não sejam políticas, uma vez que, a “política fiscal, em uma visão geral,
pode ser resumida no conjunto de medidas pelas quais o Governo
extrai renda do setor produtivo e realiza despesas visando alcançar
três objetivos: estabilização macroeconômica, alocação de recursos e
redistribuição da renda. SIQUEIRA (2015, p. 38).
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
• Uma das principais discussões e com enorme peso na
macroeconômicas brasileira é a carga tributária, ela não apenas
fornece recursos financeiros necessários para as operações
governamentais, mas também desempenha um papel fundamental
na dinâmica econômica, afetando o consumo, investimento,
competitividade, e equilíbrio fiscal. Mudanças nas políticas
tributárias têm implicações importantes para a macroeconomia do
país e são frequentemente objeto de debates e reformas.
• Nessa perspectiva, Matheus Bassani Matos e Marciano Buffon,
afirmam que a composição da carga tributária brasileira revela um
compromisso que vem sido mantido historicamente no Brasil, no
sentido de se tributar fortemente o consumo, em que pese a
notória regressividade desta escolha BUFFON, (2015, p. 209).
• Algo que poderia contribuir para o nosso desenvolvimento
econômico e que, cada vez menos, as grandes empresas tem
deixado de faze, são as pesquisas de campo (P&D). Mas como
investir em P&D pode ser caro, e os resultados muitas vezes não
são garantidos, algumas empresas podem hesitar em alocar
recursos para pesquisa devido à incerteza quanto aos retornos
financeiros e à competição no mercado. Empresas que visam o
lucro muitas vezes enfrentam pressões da chefia e do mercado
para apresentar resultado financeiro no curto prazo, isso pode
desencorajar investimentos em P&D à longo prazo.
• De acordo com a MAZZUCATO (2014, p. 94) “os altos riscos e as
características aleatórias do processo de inovação, são alguns dos
principais motivos para as empresas que maximizam os lucros
investirem menos em pesquisa básica”.
• É importante frisar que a taxa Selic é considerada por muitos
especialistas o principal índice macroeconômico brasileiro. Suas
principais funções são servir como instrumento de política
monetária para controlar a inflação e estímulo para o crescimento
econômico.
• A taxa Selic influencia diretamente o custo de crédito no país.
Quando a taxa Selic aumenta, os juros bancários também rendem a
subir, tornando o crédito mais caro e isso pode desestimular o
consumo das famílias e os investimentos das empresas,
contribuindo para o controle de demanda.
• Na imagem abaixo observa-se o histórico de evolução da taxa Selic
entre 2017 a 2023.
Ao analisar-se o gráfico,
percebe-se uma queda
acentuada entre janeiro de
2017 a agosto de 2020,
caindo de 13% para 2%,
permanecendo nesse mesmo
patamar até janeiro de 2021,
certamente em decorrência
da Pandemia de Covid19,
propiciando um fôlego para a
Figura 01: evolução da taxa Selic (2017 – 2023).
Fonte: CASTRO (2023).
economia, fortemente
prejudicada nesse período.
• Vencida a batalha contra a pandemia, a taxa Selic teve aumento
vertiginoso, saindo de 2% em janeiro de 2021 e alcançando
13,75% em agosto de 20023, assim permanecendo até junho de
2023.
• DOWBOR (2015) observou que “quando se aumenta a taxa Selic,
aumenta-se a dívida pública e isso leva a uma transferência de
ordem de R$300 bi anuais dos recursos públicos, ou seja dos
nossos impostos, para o intermediário financeiro. Isso equivale a
5% do PIB. E tudo isso a pretexto de defender a população da
inflação”.
• No contexto de política macroeconômica, faz-se necessário
ressaltar a importância da política fiscal, alicerçada em metas
fiscais, como forma de garantir o crescimento econômico, sem
cair no endividamento público, oriundo de gastos desordenados
por parte do governo.
• Dessa forma, “a política fiscal tem como objetivo a promoção da
gestão financeira equilibrada dos recursos públicos visando a
assegurar a estabilidade e o crescimento econômico, o
financiamento das políticas públicas e uma trajetória sustentável
da dívida pública.” TCU (2016).
• Por meta fiscal entende-se a elaboração, pelo governo, de um
programa que apresenta as expectativas de receitas a serem
arrecadada deduzidos os gastos previstos para o período de um
ano, que é uma ferramenta importante de política fiscal, no caso
do Brasil, criada pela Lei Complementar nº 101/2000, conforme o
disposto:
“§ 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de
Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados
nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a
que se referirem e para os dois seguintes”. BRASIL (2000).
• Nessa perspectiva, o crescimento econômico, dentre outros fatores,
é resultante de uma política fiscal eficiente e equilibrada, alicerçada
em metas fiscal claras, economicamente bem delineadas e
alcançável do ponto de vista político-econômico.
RESULTADOS E
DISCUSSÕES
• Observou-se ao longo da pesquisa que, a política macroeconômica
no Brasil pode variar muito, pois depende de muitos fatores,
incluindo mudanças nas condições econômicas globais, eventos
políticos, choques externos, entre outros. Resultados positivos
podem incluir crescimento econômico, controle da inflação e
estabilidade financeira, enquanto que, resultados negativos podem
envolver recessão, desequilíbrios fiscais e inflação elevada,
podendo resultar em grave crise político-econômica e fiscal.
• É imprescindível a observância das metas fiscais estabelecidas,
resistindo à tentação de gastos exorbitantes motivados, em não
poucos momento, por pressões do setor político-partidário, que nem
sempre estar alinhado com os interesses de um política
macroeconômica que visa o crescimento econômico de forma
equilibrada e sustentável, buscando alternativas aos problemas de
caráter local, regional e nacional, sobretudo, incentivando e apoiando
as micros, pequenas e médias empresas, favorecendo o
empreendedorismo familiar, além de garantir que a indústria nacional
possa ter competitividade internacional, com uma carga tributária que
não a impeça de continuar sua atividade produtiva.
CONCLUSÃO

• Os indicadores econômicos são importantíssimos, uma vez que, ao


serem mensurados, revelam a situação econômica vigente,
apontando caminhos, e evidenciando os entreves que a economia
enfrenta, lançando luz sobre a gestão da política fiscal adotada é
adequada ou não para fazer com que a economia seja capaz de
impulsionar a geração emprego e renda, que o setor produtivo seja
alavancado por meio de financiamentos e incentivos fiscais.
• É notório que a redução da carga tributária, com o subsequente
aumento dos investimentos públicos (estradas, escolas, saneamento
etc.), ampliação da seguridade social, com ênfase na redução da
pobreza e das desigualdades sócio-econômicas, é condição para o
crescimento econômico, devendo o governo atentar-se para os
fatores de riscos à economia, como inflação elevada, carga tributária
exorbitante, interferência do meio político na economia com
intensões que possam repercutir negativamente no cenário
econômico como um todo, e gastos públicos desalinhados como as
boas práticas da gestão pública.
• Nessa perspectiva, sem sombras de dúvidas, o observância das
metas ficais, pelo governo, implica em favorecimento de um
ambiento sócio-político e fiscal capaz de propiciar o crescimento
econômico, que por sua vez, pode ajudar no desenvolvimento
sócio-econômico do país, garantindo igualdade de oportunidades
e incentivando práticas políticas e econômicas mais justas.
REFERÊNCI
AS
• BRASIL. Lei Complementar nº 101/2000. Disponível em: https:
//www2.camara.leg.br/legin/fed/leicom/2000/leicomplementar-101-
4-maio-2000. Acesso em: 18 de novembro de 2023.
• BUFFON, Marciano; MATOS, Matheus Bassani. Tributação no Brasil do
Século XXI: Uma abordagem hermenêutica crítica. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2015.
• CASTRO, Ana Paula. Copom corta a taxa básica de juros em 0,5 ponto
percentual; selic cai de 13,75% para 13,25%. Disponível em:
https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/08/02/copom-corta-tax
a-basica-de-juros-selic-cai-de-1375percent-para1325percent.ghtml
. Acesso em 01 de dezembro de 2023.
• DOWBOR, Ladislau. Aumento da Selic só beneficia os bancos. São
Paulo, 2015. Entrevista realizada em 08/06/2015 ao Sindicato dos
Bancários de São Paulo.
• MAZZUCATO, Mariana. O Estado Empreendedor: desmascarando o
mito do setor público vs. setor privado. Trad. Elvira Serapicos. São
Paulo: Portfolio Penguin, 2014.
• RESENDE, Andre Lara. Devagar e Simples: Economia, Estado e vida
contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
• SIQUEIRA, Fernando de Faria. Política fiscal e ciclo político no Brasil:
uma análise empírica. São Paulo, 2015. (Dissertação).
• TCU – TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Política Fiscal e Dívida
Pública. Brasília, 2016. Disponível em:
https://sites.tcu.gov.br/contas-do-governo. Acesso em 24 de
novembro de 2023.

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