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CURSO: DIRETO

DISCIPLINA: ECONOMIA POLÍTICA


DATA: 27/03/2023 – Turma 2 – Noturno

NOMES:
1. Gabriel Nascimento de Carvalho
2. Dilani MC Comb
3. Marlon Seabra
4. Simone Helen Drumond Ischkanian
5. Ana Amaro
6. Ricardo Fonseca

ATIVIDADE EM SALA – AULA 3 – ATIVIDADE AVALIATIVA 3


Leia o texto completo: “Escolas de pensamento econômico no mundo atual”, nas páginas 313 e 314 do Livro
Fundamentos de Economia disponível em Minha Biblioteca
(https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788553131747/pageid/48
Após a leitura, identifique pelo menos uma notícia divulgada em meio oficial de comunicação sobre
alguma política econômica implementada em nosso país nesses três primeiros meses de 2023, indicando
sua conexão com alguma das correntes de pensamento econômico estudadas na Aula 3.

Escolas de pensamento econômico no mundo atual

Os efeitos da recente crise financeira mundial permitem mostrar a vigência das escolas de pensamento
econômico no mundo atual. Assim, após o estouro da “bolha financeira” com a quebra do Lehman Brothers
em setembro de 2008, os governos dos Estados Unidos e dos países desenvolvidos aumentaram o gasto
público socorrendo bancos, empresas e mutuários de créditos hipotecários, o que minimizou, em parte, a
grande queda da atividade econômica.

Esse tipo de política compensatória lembra em muito a recomendação da escola keynesiana de utilizar o gasto
público como estabilizador da economia. Por outro lado, esses mesmos países, por meio de seus bancos
centrais, injetaram grandes quantidades de dinheiro para aumentar o crédito e reativar suas combalidas
economias, em operações denominadas “afrouxamento quantitativo”. Esse tipo de política monetária
expansionista está inspirado nos preceitos da escola monetarista, que relaciona a atividade econômica à
quantidade de moeda (ou crédito) existente.

No Brasil, o impacto da crise foi relativamente menor, mas ainda assim significou uma redução da atividade
econômica, minimizada pela diminuição temporária do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aplicado
aos veículos e eletrodomésticos, o que permitiu reduzir seu preço de mercado e compensar a queda nas
vendas. Esse tipo de desoneração tributária programada pode ser visto como uma forma de estimular a
atividade econômica pelo lado da demanda agregada, similar ao aumento do gasto público recomendado pela
escola keynesiana. Por outro lado, o Banco Central do Brasil também aumentou a quantidade de crédito no
mercado brasileiro, a partir da redução dos juros básicos (taxa Selic) e do mínimo legal de reservas bancárias
(reservas compulsórias), aplicando, também, dessa forma, a receita monetarista de saída da crise.

Como pode ser visto, no mundo atual, tanto no Brasil como no resto do mundo, o pensamento de antigas
escolas econômicas continua vivo, coexistindo com a implementação das políticas econômicas. Afinal, como
o próprio John Maynard Keynes afirmou, “Homens práticos, que se julgam imunes a quaisquer influências
intelectuais, geralmente são escravos de algum economista já falecido” (Teoria geral do emprego, do juro e da
moeda, 1936).

REFERÊNCIAS:
VASCONCELLOS, Marco A. S., GARCIA, Manuel E. Fundamentos de economia 6º ed. Editora Saraiva, 2019.
Disponível em: Minha Biblioteca.
Identifique pelo menos uma notícia divulgada em meio oficial de comunicação sobre alguma política
econômica implementada em nosso país nesses três primeiros meses de 2023, indicando sua conexão
com alguma das correntes de pensamento econômico estudadas na Aula 3.

1 – ASPECTOS DA POLÍTICA ECONÔMICA IMPLEMENTADA NO BRASIL EM 2023

1.1 As incertezas externas são relevantes – e o cenário pode mudar de forma abrupta. Enuncia-
se um ano com desaceleração do crescimento global, puxado pela menor expansão das economias
desenvolvidas. A política monetária global avançará ainda mais em terreno restritivo, fazendo o (duro)
trabalho necessário para promover a convergência inflacionária ao longo do horizonte relevante para a política
monetária. Com o fim (bastante atabalhoado) da política de Covid-zero, a China tende a ser vetor positivo
para o crescimento global em 2023, com expansão do PIB superior à observada em 2022. A intensidade da
retomada chinesa segue em aberto, com duas correntes de pensamento que diferem no comportamento cíclico
do consumo privado e na importância das restrições sanitárias para a postura defensiva dos consumidores que
foi observada após a eclosão da Covid – não é claro qual será o real impacto do abandono da política de
Covid-zero sobre o consumo das famílias chinesas.

1.2 No Brasil, a mudança de governo veio acompanhada de novas diretrizes econômicas – com
preferência revelada por expansão dos gastos públicos. A agenda social ganha renovado protagonismo,
mas vem acompanhada de uma narrativa – em nossa visão equivocada – que contrapõe responsabilidade
social e gestão responsável do Erário. Os primeiros sinais do governo, alguns até anteriores à posse, indicam
uma clara predisposição ao aumento dos gastos, sem clara compensação do lado das receitas. O Teto dos
Gastos será substituído por outra regra fiscal, e o resultado das “Medidas de Recuperação Fiscal” é
absolutamente incerto. O governo sugere disposição em avançar na reforma tributária, tendo como provável
resultado um aumento da carga líquida de impostos. A agenda de eficiência, com racionalização dos
dispêndios e avaliação criteriosa de políticas públicas, está ficando em 2º plano.

1.3 A falta de coordenação entre as políticas fiscal e monetária será um grande desafio neste
governo. Com importante ajuste monetário prévio e com um mundo, em condições normais, liquidamente
desinflacionário, muitos analistas esperavam um relevante ciclo de redução da taxa Selic em 2023. Sempre
tivemos a opinião, na BRCG, de que as dúvidas de coordenação entre as políticas monetária e fiscal seriam
muito maiores do que o mercado imaginava, exigindo a manutenção dos juros estáveis em 13,75%a.a.a até o
fim deste ano. Os eventos e sinalizações recentes sugerem que o nosso cenário, não-consensual há alguns
meses, está se tornando o central. Temos ressalvas quanto à necessidade de elevação dos juros em 2023, como
já defendem alguns, mas estamos convictos de que o espaço para cortes de juros só aparecerá em 2024 – e
será menor e mais atrasado do que muitos imaginam.

1.4 A inflação ficará acima da meta durante todo o horizonte relevante. Mesmo com taxa Selic
em terreno restritivo, esperamos uma lenta convergência da inflação às metas. Projetamos IPCA de 4,8% em
2023 e de 3,4% em 2024, com a taxa Selic caindo para 11,50% no decorrer do ano que vem (a partir do 2º
trimestre de 2024). Intervenções nos preços (especialmente de bens administrados) e medidas de natureza
fiscal (como a manutenção de desonerações tributárias) tornam a avaliação do cenário particularmente difícil -
efeitos positivos sobre a inflação de curto prazo podem ser anulados, a médio prazo, por uma piora na
percepção de disciplina fiscal, levando à desancoragem das expectativas de inflação.

1.5 Constrói-se um cenário de parco crescimento, o que amplia a probabilidade de “ativismo


governamental”. Esperamos, na BRCG, crescimento do PIB de somente 0,6% em 2023, refletindo a política
monetária restritiva e a transição de prioridades do governo durante este ano. As políticas fiscais
expansionistas tendem a maximizar o crescimento da absorção interna, o que não necessariamente se
converterá em expansão do PIB. Os desafios estruturais da economia brasileira seguem relevantes, com baixa
produtividade e competitividade. As políticas públicas sinalizadas não atacam os fatores determinantes de
nosso pouco dinamismo, e, a depender do que for feito, podem reforçar nossa mediocridade. Seguimos presos
em uma armadilha de ineficiência e baixo crescimento.
2 – CONEXÃO COM AS CORRENTES DE PENSAMENTO ECONÔMICO

2.1 Escola clássica (Liberal)


2023 Constrói-se um cenário de parco crescimento, o que amplia a probabilidade de “ativismo
governamental”, Esta perspectiva remota as políticas para aumentar a liberdade e a prosperidade Escola
clássica (Liberal). Eles lutavam para aumentar os poderes das classes comerciais.

2.1.1 Adam Smith (1723-1790) - Para os economistas clássicos, como Adam Smith , David Ricardo
e John Stuart Mill , a economia é o estudo do processo de produção, distribuição, circulação e consumo dos
bens e serviços (riqueza). Este contexto vai de encontro a este contexto das perspectiva de 2022-2023 a China
tende a ser vetor positivo para o crescimento global em 2023, com expansão do PIB superior à observada em
2022. A intensidade da retomada chinesa segue em aberto, com duas correntes de pensamento que diferem no
comportamento cíclico do consumo privado e na importância das restrições sanitárias para a postura defensiva
dos consumidores que foi observada após a eclosão da Covid – não é claro qual será o real impacto do
abandono da política de Covid-zero sobre o consumo das famílias chinesas.

2.1.2 David Ricardo (1772-1823) sugeria que os países poderiam se especializar na produção dos
bens em que tivesse um custo de oportunidade menor para produzi-lo. A ideia de Ricardo se associava ao
conjunto de benefícios do livre comércio e ao prejuízo de políticas protecionistas, podemos evidenciar este
contexto nas políticas públicas sinalizadas não atacam os fatores determinantes de nosso pouco dinamismo, e,
a depender do que for feito, podem reforçar nossa mediocridade. Seguimos presos em uma armadilha de
ineficiência e baixo crescimento.

2.1.3 Jean-Baptiste Say (1768-1832) o que o Brasil contextualiza em suas ações para 2023,
evidencia que para o economista francês Jean-Baptiste Say é mais voltado aos negócios, sendo o responsável
por, entre outras coisas, reunir os fatores de produção, estabelecer o valor dos salários, o juro pago, aluguel e
lucros que lhe pertencem.

2.1.4 Thomas Malthus (1766-1834) os avanços tecnológicos, principalmente no combate às doenças


e também no setor agrícola, foram desconsideradas por Malthus. Esses avanços possibilitaram ao Brasil em
2023 um grande aumento na produção de alimentos e, consequentemente, contribuíram para o crescimento
populacional.

2.2 Escola Clássica (Liberal) – Utilitarismo é uma teoria em ética normativa que explica o que é
uma ação correta e o que é uma ação errada. Em resumo, essa ideiana economia do Brasil para 2023
evidencia o certo é tudo o que gera mais felicidade e errado o que gera menos felicidade. E felicidade é
entendida como bem-estar, prazer, aquilo que buscamos em nossas vidas.
2.2.1 Jeremy Bentham (1748-1832) a moralidade é a tentativa de criar a maior quantidade de
felicidade possível neste mundo. Ao decidir o que fazer, deveríamos, portanto, perguntar qual curso de
conduta promoveria a maior quantidade de felicidade para todos aqueles que serão afetados. Neste contexto a
economia brasileira em 2023 ruma oscilando em fundamentos administrativos, mas fincado em abraçar novas
alianças para o crescimento dinamico economico do país.

2.2.2 John Stuart Mill (1806-1873) o positivismo também incorporou, na teoria de Comte,
elementos políticos e ganhou, nos trabalhos de John Stuart Mill, um escopo mais ético e moral. No que tange
a economia brasileira isso acabou reforçando o molde de uma teoria política positivista em 2023, fundada na
ordem e no conhecimento para se alcançar o progresso.

2.3 Escola Neoclássica (Neoliberal)


No Brasil em 2023 ainda projeta-se perspectivas que evidenciam a transferência de serviços públicos
ao setor privado; Redução dos encargos e direitos sociais como um todo; A abertura da economia para a
entrada de empresas multinacionais; Defesa dos princípios econômicos do capitalismo e também ênfase na
globalização.

2.3.1 William S. Jevons 1835-1882, Inglaterra Theory of Political Economy (1871) o objetivo de
Jevons é trazer a economia para a condição de ciência pela aplicação de uma proposta metodológica de lógica
indutiva contida em seu tratado sobre o método científico (The Principles of Science). Neste senti as
perspectivas que envolvem a educação para 2023 e seus recursos econmicos evidenciam que a lei do valor é a
lei econômica da produção mercantil que condiciona a produção e troca de cada mercadoria de acordo com o
seu gasto socialmente necessário de trabalho. A lei do valor é a lei do equilíbrio espontâneo da sociedade
mercantil-capitalista.

2.3.2 Carl Menger 1840-1921, Áustria • Grundsätze der Volkswirstschaftslehre (1871) ou


Principles of Economics explicar o sistema de preços do Brasil em 2023 destaca um resultado de interações
voluntárias e propositais entre compradores e vendedores, cada qual guiado por suas próprias e subjetivas
avaliações sobre a capacidade de vários bens e serviços em satisfazer seus objetivos (o que hoje chamamos de
utilidade marginal).

2.3.3 Léon Walras 1834-1910, Suíça •Eléments d’Économie Politique Pure (1874) a livre
iniciativa em 2023 como instrumento para alcançar a justiça social e a justificava matematicamente, unindo as
teorias de produção, troca, moeda e capital, contextualizam os idéias ambíguos da política econômica atual.

2.3.4 Alfred Marshall (1842-1924), o capitalismo brasileiro em 2023 é acompanhado por um aumento dos
problemas sociais e por péssimas condições de trabalho, de moradia e de vida – circunstâncias que atuaram durante
algum tempo no sentido de degradar o caráter de boa parte da população.
2.4 Teoria Keynesiana - John Maynard Keynes (1883-1946) atualmente no Brasil a Teoria Geral
do Emprego, do Juro e da Moeda define a característica da escola de pensamento keynesiana, ao identificar o
investimento produtivo como um fenômeno monetário, associado à poupança, o que abria espaço para a
entrada do Estado como forma de gerar demanda e assim garantir o pleno emprego,

2.5 Críticas à Economia Política Marxistas a economia marxista geralmente nega o trade-off de
tempo por dinheiro. Na politica economica do Brasil em 2023 podemos evidenciar o ponto de vista marxista,
que é o trabalho que define o valor das mercadorias. As relações de troca dependem de que haja trabalho
prévio para a determinação de preços.

2.6 Institucionalistas Thornstein Veblen (1857-1929) e John Kenneth Galbraith a escola


historiográfica que se opõe ao materialismo histórico por justamente colocar as instituições em evidência, ao
invés das classes sociais. No Brasil em 2023 de forma não objetiva o Institucionalismo não se restringe ao
estudo histórico, ele é aplicado com muita relevância nas análises econômicas e de direito.

2.7 Período Recente Ragnar Frish (1895-1973) e Jan Tinbergen (1903-1994) a teoria
microeconómica, em consonância as perspectivas econômicas do Brasil em 2023 explica como uma economia de mercado funciona
a partir da análise do comportamento dos agentes econômicos, quer na perspetiva do equilíbrio geral.

2.8 Economia Positiva e Economia Normativa

Economia Positiva Economia Normativa


Trata questões difíceis de responder mas que podem Envolve preceitos éticos e normas de equidade.
ser resolvidas com recurso à análise e a evidência Contém juízo de valor sobre alguma medida
empírica. econômica.
Constrói-se um cenário de parco crescimento, o que amplia
a probabilidade de “ativismo governamental”. Esperamos, na As políticas públicas sinalizadas não atacam os fatores
BRCG, crescimento do PIB de somente 0,6% em 2023, determinantes de nosso pouco dinamismo, e, a depender do que
refletindo a política monetária restritiva e a transição de for feito, podem reforçar nossa mediocridade. Seguimos presos
prioridades do governo durante este ano. As políticas fiscais em uma armadilha de ineficiência e baixo crescimento.
expansionistas tendem a maximizar o crescimento da absorção
interna, o que não necessariamente se converterá em expansão
do PIB. Os desafios estruturais da economia brasileira seguem
relevantes, com baixa produtividade e competitividade. As
políticas públicas sinalizadas não atacam os fatores
determinantes de nosso pouco dinamismo, e, a depender do que
for feito, podem reforçar nossa mediocridade. Seguimos presos
em uma armadilha de ineficiência e baixo crescimento.

A inflação ficará acima da meta durante todo o horizonte


relevante. Mesmo com taxa Selic em terreno restritivo,
esperamos uma lenta convergência da inflação às metas. Intervenções nos preços (especialmente de bens administrados)
Projetamos IPCA de 4,8% em 2023 e de 3,4% em 2024, com a e medidas de natureza fiscal (como a manutenção de
taxa Selic caindo para 11,50% no decorrer do ano que vem (a desonerações tributárias) tornam a avaliação do cenário
partir do 2º trimestre de 2024). Intervenções nos preços particularmente difícil - efeitos positivos sobre a inflação de
(especialmente de bens administrados) e medidas de natureza curto prazo podem ser anulados, a médio prazo, por uma piora
fiscal (como a manutenção de desonerações tributárias) tornam na percepção de disciplina fiscal, levando à desancoragem das
a avaliação do cenário particularmente difícil - efeitos positivos expectativas de inflação.
sobre a inflação de curto prazo podem ser anulados, a médio
prazo, por uma piora na percepção de disciplina fiscal, levando
à desancoragem das expectativas de inflação.
A falta de coordenação entre as políticas fiscal e monetária
será um grande desafio neste governo. Com importante ajuste
monetário prévio e com um mundo, em condições normais,
liquidamente desinflacionário, muitos analistas esperavam um Os eventos e sinalizações recentes sugerem que o nosso cenário,
relevante ciclo de redução da taxa Selic em 2023. Sempre não-consensual há alguns meses, está se tornando o central.
tivemos a opinião, na BRCG, de que as dúvidas de coordenação Temos ressalvas quanto à necessidade de elevação dos juros em
entre as políticas monetária e fiscal seriam muito maiores do 2023, como já defendem alguns, mas estamos convictos de que
que o mercado imaginava, exigindo a manutenção dos juros o espaço para cortes de juros só aparecerá em 2024 – e será
estáveis em 13,75%a.a.a até o fim deste ano. Os eventos e menor e mais atrasado do que muitos imaginam.
sinalizações recentes sugerem que o nosso cenário, não-
consensual há alguns meses, está se tornando o central. Temos
ressalvas quanto à necessidade de elevação dos juros em 2023,
como já defendem alguns, mas estamos convictos de que o
espaço para cortes de juros só aparecerá em 2024 – e será menor
e mais atrasado do que muitos imaginam.

No Brasil, a mudança de governo veio acompanhada de


novas diretrizes econômicas – com preferência revelada por
expansão dos gastos públicos. A agenda social ganha renovado O Teto dos Gastos será substituído por outra regra fiscal, e o
protagonismo, mas vem acompanhada de uma narrativa – em resultado das “Medidas de Recuperação Fiscal” é absolutamente
nossa visão equivocada – que contrapõe responsabilidade social incerto. O governo sugere disposição em avançar na reforma
e gestão responsável do Erário. Os primeiros sinais do governo, tributária, tendo como provável resultado um aumento da carga
alguns até anteriores à posse, indicam uma clara predisposição líquida de impostos.
ao aumento dos gastos, sem clara compensação do lado das
receitas. O Teto dos Gastos será substituído por outra regra A agenda de eficiência, com racionalização dos dispêndios e
fiscal, e o resultado das “Medidas de Recuperação Fiscal” é avaliação criteriosa de políticas públicas, está ficando em 2º
absolutamente incerto. O governo sugere disposição em avançar plano.
na reforma tributária, tendo como provável resultado um
aumento da carga líquida de impostos. A agenda de eficiência,
com racionalização dos dispêndios e avaliação criteriosa de
políticas públicas, está ficando em 2º plano.

As incertezas externas são relevantes – e o cenário pode


mudar de forma abrupta. Enuncia-se um ano com
desaceleração do crescimento global, puxado pela menor
expansão das economias desenvolvidas. A política monetária A intensidade da retomada chinesa segue em aberto, com duas
global avançará ainda mais em terreno restritivo, fazendo o correntes de pensamento que diferem no comportamento cíclico
(duro) trabalho necessário para promover a convergência do consumo privado e na importância das restrições sanitárias
inflacionária ao longo do horizonte relevante para a política para a postura defensiva dos consumidores que foi observada
monetária. Com o fim (bastante atabalhoado) da política de após a eclosão da Covid – não é claro qual será o real impacto
Covid-zero, a China tende a ser vetor positivo para o do abandono da política de Covid-zero sobre o consumo das
crescimento global em 2023, com expansão do PIB superior à famílias chinesas.
observada em 2022. A intensidade da retomada chinesa segue
em aberto, com duas correntes de pensamento que diferem no
comportamento cíclico do consumo privado e na importância
das restrições sanitárias para a postura defensiva dos
consumidores que foi observada após a eclosão da Covid – não
é claro qual será o real impacto do abandono da política de
Covid-zero sobre o consumo das famílias chinesas.

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