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ESPÉCIES DE CITAÇÃO

Simone Helen Drumond Ischkanian

CITAÇÃO REAL: é o ato processual por meio do qual uma pessoa é notificada de um processo judicial ou
de algum ato processual, como uma audiência, por exemplo. Ela é dirigida pessoalmente à própria pessoa, seja
ela ré, testemunha, perito ou qualquer outra parte envolvida no processo

Citação Real: É o ato pelo qual uma pessoa é intimada a comparecer em juízo ou a tomar ciência de alguma
decisão ou ato processual. A citação real pode ocorrer em diferentes contextos processuais, como em
processos criminais, cíveis, trabalhistas, entre outros.

Como acontece (exemplo): Por exemplo, no caso de uma ação judicial, a citação real pode ser realizada por
um oficial de justiça que se dirige pessoalmente ao endereço da pessoa para entregar a citação. O oficial de
justiça informa à pessoa sobre o processo em que ela está envolvida, a data e o local da audiência ou outra
diligência que ela deve comparecer, e os seus direitos e obrigações no processo.

Fundamentação Legal: A citação real é regulamentada pelo Código de Processo Civil (CPC) no âmbito do
processo civil, pelo Código de Processo Penal (CPP) no processo penal, e por outras legislações específicas
em outras áreas do direito. No CPC, por exemplo, a citação real está prevista nos artigos 238 a 259.

Lei que fundamenta: No Brasil, a citação real é fundamentada principalmente no Código de Processo Civil
(Lei nº 13.105/2015), que regulamenta os procedimentos a serem seguidos nos processos civis. No processo
penal, a citação real é regulamentada pelo Código de Processo Penal (Decreto-Lei nº 3.689/1941), que
estabelece os procedimentos a serem seguidos nos processos criminais.

MANDATO: é um tipo de citação utilizado no processo penal, onde o réu é intimado a comparecer em juízo
sob ameaça de prisão em caso de não comparecimento voluntário. Em outras palavras, é uma ordem judicial
para que o réu compareça ao tribunal em uma data específica para responder às acusações feitas contra ele.

Institutos Legais: Os institutos legais são conceitos ou dispositivos previstos na legislação que regulamentam
determinadas situações jurídicas. Por exemplo, no contexto de citação mandato, os institutos legais podem

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incluir os procedimentos para a realização da citação, os direitos e deveres das partes envolvidas no processo,
entre outros aspectos.

Exemplo de como acontece: No processo penal, a citação mandato pode ocorrer da seguinte forma: após o
recebimento da denúncia ou queixa-crime, o juiz determina a citação do réu para que compareça em juízo para
responder às acusações. O réu é notificado por meio de mandado judicial ou carta precatória, informando-lhe
sobre a data, hora e local da audiência.

Fundamentação Legal: No Brasil, a citação mandato é prevista no Código de Processo Penal (CPP), mais
especificamente no artigo 361, que estabelece os procedimentos para a citação do réu no processo penal. Além
disso, o artigo 396-A do CPP prevê que a citação do réu deve ser acompanhada de cópia da denúncia ou
queixa-crime.

Lei que fundamenta: A citação mandato é fundamentada no Código de Processo Penal brasileiro, que é a Lei
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Este código estabelece os procedimentos a serem seguidos no processo
penal brasileiro, incluindo as regras para a citação do réu.

CARTA PRECATÓRIA: é um instrumento utilizado no sistema judiciário brasileiro para solicitar a prática
de atos processuais em uma comarca diferente daquela em que tramita o processo principal. Ela é utilizada
quando um juiz precisa que determinado ato seja realizado em outra jurisdição, seja para colher depoimentos,
realizar perícias, ou quaisquer outras diligências necessárias ao processo.

Carta Precatória: É o documento pelo qual um juiz solicita a outro juiz, localizado em uma comarca
diferente, a realização de um ato processual em seu nome. Esses atos podem incluir oitiva de testemunhas,
realização de perícias, cumprimento de mandados, entre outros.

Como acontece (exemplo): Por exemplo, se um processo está tramitando em uma comarca A, mas é
necessário colher o depoimento de uma testemunha que reside na comarca B, o juiz da comarca A pode
expedir uma carta precatória para o juiz da comarca B, solicitando que ele realize o ato de oitiva da
testemunha em seu nome.

Fundamentação Legal: A carta precatória encontra seu respaldo legal no Código de Processo Penal
brasileiro, mais especificamente nos artigos 222 a 225 do CPP. Esses artigos estabelecem os procedimentos e
as formalidades necessárias para a expedição e cumprimento das cartas precatórias.

Lei que fundamenta: A carta precatória é fundamentada no Código de Processo Penal brasileiro, que é a Lei
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Este código regulamenta os procedimentos a serem seguidos no processo
penal brasileiro, incluindo as regras para expedição e cumprimento das cartas precatórias.

CARTA DE ORDEM: é um instrumento utilizado no sistema judiciário brasileiro para solicitar a prática de
atos processuais em uma instância superior ou em outro tribunal. Ela é utilizada quando um juiz de instância
inferior precisa que determinado ato seja realizado em uma instância superior ou em outro tribunal, seja para
cumprir decisões judiciais, encaminhar processos ou realizar outras diligências necessárias ao processo.

Carta de Ordem: É o documento pelo qual um juiz de instância inferior solicita a um tribunal superior ou a
outro órgão judicial a prática de um ato processual em seu nome. Esses atos podem incluir o cumprimento de
decisões judiciais, a remessa de processos para instâncias superiores, entre outros.

Como acontece (exemplo): Por exemplo, se um juiz de uma vara criminal precisa que determinada decisão
seja cumprida em uma instância superior, ele pode expedir uma carta de ordem para o Tribunal de Justiça,
solicitando que a decisão seja cumprida por aquela instância.

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Fundamentação Legal: A carta de ordem encontra seu respaldo legal no Código de Processo Penal brasileiro,
mais especificamente nos artigos 192 a 195 do CPP. Esses artigos estabelecem os procedimentos e as
formalidades necessárias para a expedição e cumprimento das cartas de ordem.

Lei que fundamenta: A carta de ordem é fundamentada no Código de Processo Penal brasileiro, que é a Lei
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Este código regulamenta os procedimentos a serem seguidos no processo
penal brasileiro, incluindo as regras para expedição e cumprimento das cartas de ordem.

CARTA ROGATÓRIA: é um instrumento utilizado no sistema judiciário brasileiro para solicitar a


cooperação judicial de outro país em questões específicas relacionadas a processos judiciais em tramitação no
Brasil. Ela é utilizada quando um juiz brasileiro precisa que determinada diligência seja realizada em território
estrangeiro, como a oitiva de testemunhas, obtenção de provas ou cumprimento de decisões judiciais.

Carta Rogatória: É o documento pelo qual um juiz brasileiro solicita a um tribunal ou autoridade estrangeira
a prática de um ato processual em seu nome. Esses atos podem incluir a colheita de provas, oitiva de
testemunhas, cumprimento de ordens judiciais, entre outros.

Como acontece (exemplo): Por exemplo, se um processo penal em tramitação no Brasil requer a oitiva de
uma testemunha que reside em outro país, o juiz brasileiro pode expedir uma carta rogatória para a autoridade
competente desse país, solicitando que a testemunha seja ouvida e que as provas sejam colhidas conforme as
disposições legais brasileiras.

Fundamentação Legal: A carta rogatória encontra seu respaldo legal no Código de Processo Penal brasileiro,
mais especificamente nos artigos 27 a 31 do CPP. Esses artigos estabelecem os procedimentos e as
formalidades necessárias para a expedição e cumprimento das cartas rogatórias.

Lei que fundamenta: A carta rogatória é fundamentada no Código de Processo Penal brasileiro, que é a Lei
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Este código regulamenta os procedimentos a serem seguidos no processo
penal brasileiro, incluindo as regras para expedição e cumprimento das cartas rogatórias. Além disso, a
cooperação jurídica internacional é regulamentada pela Lei nº 13.445, de 24 de maio de 2017, conhecida
como Lei de Migração.

CITAÇÃO MILITAR: é um instituto jurídico utilizado no âmbito das Forças Armadas para notificar um
militar sobre determinados atos processuais ou administrativos que envolvem questões disciplinares ou penais
militares. Ela é uma etapa fundamental nos processos que envolvem militares, garantindo o direito à ampla
defesa e ao contraditório.

Citação Militar: É o ato pelo qual um militar é notificado oficialmente sobre um processo ou procedimento
que o envolve, seja de natureza administrativa ou penal militar. Essa notificação é necessária para que o
militar tenha ciência das acusações ou das medidas que estão sendo tomadas contra ele e possa se defender
adequadamente.

Como acontece (exemplo): Por exemplo, se um militar é acusado de cometer uma infração disciplinar ou
penal, ele pode ser citado para comparecer perante uma autoridade militar responsável pelo julgamento do
caso. A citação militar é feita mediante a entrega de um documento oficial, que informa ao militar sobre as
acusações, o local e a data em que ele deve comparecer para apresentar sua defesa.

Fundamentação Legal: A citação militar encontra respaldo legal na legislação específica das Forças
Armadas de cada país. No Brasil, é regulamentada pelo Código Penal Militar (Decreto-Lei nº 1.001/1969) e
pelo Código de Processo Penal Militar (Decreto-Lei nº 1.002/1969), que estabelecem os procedimentos a
serem seguidos nos processos disciplinares e penais militares.

Lei que fundamenta: No Brasil, a citação militar é fundamentada, principalmente, no Código de Processo
Penal Militar, que é o Decreto-Lei nº 1.002, de 21 de outubro de 1969. Além disso, outras leis e regulamentos
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militares também podem estabelecer procedimentos específicos relacionados à citação militar e aos processos
disciplinares e penais militares.

CITAÇÃO DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO: é um procedimento jurídico que ocorre quando um servidor


público é intimado para comparecer em juízo ou em outro ato processual em razão de sua condição de
servidor. Este procedimento é regulamentado pela legislação específica que trata do estatuto dos servidores
públicos e pelas normas processuais aplicáveis.

Citação do Funcionário Público: É o ato pelo qual um funcionário público é notificado oficialmente para
comparecer em juízo ou em outro ato processual. Isso pode ocorrer em diferentes situações, como quando o
funcionário é parte em um processo judicial, testemunha, perito ou está sendo investigado em procedimentos
administrativos ou judiciais.

Como acontece (exemplo): Por exemplo, se um servidor público é parte em um processo judicial, ele pode
ser citado para apresentar sua defesa ou para comparecer a uma audiência. A citação pode ser realizada por
meio de mandado judicial, por via postal ou por outro meio previsto na legislação processual.

Fundamentação Legal: A citação do funcionário público é fundamentada nas normas do processo civil, do
processo penal, do processo administrativo disciplinar e nas leis que regulamentam o estatuto dos servidores
públicos. No Brasil, o Código de Processo Civil e o Código de Processo Penal estabelecem os procedimentos
para a citação em processos judiciais, enquanto as leis específicas dos servidores públicos tratam das situações
relacionadas à citação em procedimentos administrativos disciplinares.

Lei que fundamenta: No Brasil, a citação do funcionário público está fundamentada, principalmente, no
Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015), no Código de Processo Penal (Decreto-Lei nº 3.689/1941) e
nas leis que regulamentam o estatuto dos servidores públicos federais, estaduais e municipais, como a Lei nº
8.112/1990 (que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União) e leis equivalentes nos
estados e municípios.

CITAÇÃO DO PRESO: é um procedimento jurídico no qual o detento é informado formalmente sobre o


processo criminal em que está envolvido, bem como sobre os atos processuais que devem ser realizados,
garantindo seu direito à ampla defesa e ao contraditório. Esse procedimento é realizado quando o indivíduo
está sob custódia do Estado, ou seja, quando está preso.

Citação do preso: É o ato pelo qual o preso é notificado oficialmente sobre o processo criminal em que está
envolvido e sobre os atos processuais que devem ser realizados. Isso é essencial para garantir que o preso
tenha conhecimento do processo e possa exercer seus direitos de defesa de forma adequada.

Como acontece (exemplo): Por exemplo, se um indivíduo é preso em flagrante delito e é posteriormente
denunciado pelo Ministério Público, ele será citado para comparecer em juízo para apresentar sua defesa. A
citação do preso pode ser feita pessoalmente, por meio de um oficial de justiça que se dirige até o
estabelecimento prisional onde o preso está custodiado, ou por meio de edital, quando o preso não puder ser
localizado.

Fundamentação Legal: A citação do preso encontra respaldo legal no Código de Processo Penal brasileiro,
mais especificamente nos artigos 351 a 372 do CPP. Esses artigos estabelecem os procedimentos e as
formalidades necessárias para a citação do acusado em processo criminal, incluindo aqueles que estão sob
custódia.

Lei que fundamenta: A citação do preso é fundamentada no Código de Processo Penal brasileiro, que é a Lei
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Este código regulamenta os procedimentos a serem seguidos no processo
penal brasileiro, incluindo as regras para a citação do acusado, mesmo quando este se encontra sob custódia.

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CITAÇÃO FICTA: também conhecida como citação presumida, ocorre quando não é possível realizar a
citação real da parte no processo, seja por impossibilidade de localização, recusa em receber a citação ou
outros motivos. Nesses casos, a citação é considerada realizada de forma presumida, com base em
determinadas situações previstas em lei. Vamos detalhar:

Como acontece (exemplo): Um exemplo comum de citação ficta é quando o réu não é encontrado no
endereço fornecido nos autos do processo, apesar de terem sido realizadas diversas tentativas de citação pelo
oficial de justiça. Nesse caso, a legislação prevê que a citação pode ser realizada por edital, publicado em
jornal de grande circulação ou no Diário Oficial, considerando-se o réu citado a partir da data da última
publicação do edital. Ou ainda, em alguns casos, a citação ficta pode ocorrer por meio de carta registrada,
quando é comprovado que a parte se recusou a receber a citação pessoalmente.

Fundamentação Legal: No Brasil, a citação ficta está regulamentada pelo Código de Processo Civil (CPC)
no âmbito do processo civil e pelo Código de Processo Penal (CPP) no processo penal. No CPC, por exemplo,
a citação ficta está prevista nos artigos 239 a 242.

Lei que fundamenta: A citação ficta no processo civil é fundamentada principalmente no Código de Processo
Civil (Lei nº 13.105/2015), que regulamenta os procedimentos a serem seguidos nos processos cíveis. No
processo penal, a citação ficta é regulamentada pelo Código de Processo Penal (Decreto-Lei nº 3.689/1941),
que estabelece os procedimentos a serem seguidos nos processos criminais.

CITAÇÃO FICTA POR EDITAL: ocorre quando não é possível localizar a parte no processo judicial,
mesmo após diversas tentativas de citação pessoal, seja por motivo de desconhecimento do paradeiro,
ocultação, mudança sem deixar novo endereço, entre outros. Nesses casos, a citação é realizada por meio da
publicação de um edital em jornal oficial ou em jornal de grande circulação na região onde se presume que a
parte possa ser encontrada.

Exemplo: Suponha que uma pessoa, chamada João, seja ré em um processo judicial e o oficial de justiça
tenha tentado citá-lo em seu endereço residencial diversas vezes, mas não conseguiu localizá-lo. Nesse caso, o
juiz determina a citação por edital.

Um edital é publicado em um jornal de grande circulação na área onde João pode ser encontrado, contendo
informações sobre o processo, o prazo para contestação e outros detalhes relevantes. Após a publicação do
edital, considera-se que João está citado e o prazo para apresentação de sua defesa começa a contar a partir da
última data de publicação do edital.

Fundamentação Legal: A citação ficta por edital é prevista no Código de Processo Civil (CPC) no âmbito do
processo civil e no Código de Processo Penal (CPP) no processo penal. No CPC, por exemplo, a citação por
edital está regulamentada nos artigos 257 a 259. Já no CPP, a citação por edital está prevista nos artigos 361 a
367.

Lei que Fundamenta: No Brasil, a citação ficta por edital é fundamentada principalmente no Código de
Processo Civil (Lei nº 13.105/2015), que regulamenta os procedimentos a serem seguidos nos processos
cíveis. No processo penal, a citação por edital é regulamentada pelo Código de Processo Penal (Decreto-Lei nº
3.689/1941), que estabelece os procedimentos a serem seguidos nos processos criminais.

CITAÇÃO FICTA POR HORA CERTA: ocorre quando o oficial de justiça não consegue citar a parte
pessoalmente em seu endereço habitual ou em outras tentativas realizadas. Nesse caso, o oficial de justiça
pode realizar a citação em hora certa, ou seja, em um horário determinado em que presume-se que a pessoa
estará presente em sua residência.

Exemplo: Suponha que uma pessoa, chamada Maria, seja ré em um processo judicial e o oficial de justiça
tenha tentado citá-la em seu endereço residencial em diferentes horários, porém, sem sucesso. Diante da

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impossibilidade de citá-la pessoalmente, o oficial de justiça pode determinar uma data e hora específicas para
realizar a citação em hora certa.

No dia e horário marcados, o oficial de justiça se dirige novamente ao endereço de Maria e, não a
encontrando, faz a citação na presença de duas testemunhas que atestem sua ausência, deixando o mandado
citatório no local. Posteriormente, Maria é considerada citada a partir da data da realização da citação em hora
certa.

Fundamentação Legal: A citação ficta por hora certa está prevista no Código de Processo Civil (CPC) no
âmbito do processo civil e no Código de Processo Penal (CPP) no processo penal. No CPC, por exemplo, a
citação por hora certa está regulamentada no artigo 252. Já no CPP, a citação por hora certa está prevista nos
artigos 362 a 364.

Lei que Fundamenta: No Brasil, a citação ficta por hora certa é fundamentada principalmente no Código de
Processo Civil (Lei nº 13.105/2015), que regulamenta os procedimentos a serem seguidos nos processos
cíveis. No processo penal, a citação por hora certa é regulamentada pelo Código de Processo Penal (Decreto-
Lei nº 3.689/1941), que estabelece os procedimentos a serem seguidos nos processos criminais.

RESUMO:

CITAÇÃO REAL (PESSOA):

O que é: A citação real é aquela em que a pessoa é notificada diretamente, de forma presencial, por um oficial de justiça
ou outro agente designado pelo tribunal.

Como acontece (exemplo): Um oficial de justiça comparece ao endereço da pessoa para entregar a citação
pessoalmente. Por exemplo, em um processo civil, o oficial de justiça vai até a residência do réu e entrega a citação
informando-o sobre a ação judicial, seus direitos e prazos.

Base Legal: No processo civil, a citação real é regida pelo Código de Processo Civil (CPC), principalmente nos artigos
238 a 259. No processo penal, é regida pelo Código de Processo Penal (CPP), nos artigos 352 a 372.

CITAÇÃO FICTA (PRESUMIDA):

O que é: A citação ficta ocorre quando não é possível realizar a citação real da pessoa devido a impossibilidade de
localização, recusa em receber a citação ou outros motivos. Nesses casos, a citação é considerada realizada de forma
presumida.

Como acontece (exemplo): Um exemplo é a citação por edital. Se não for possível localizar o réu após diversas
tentativas de citação pessoal, o juiz pode determinar a citação por edital, publicando-se um edital em jornal de grande
circulação ou no Diário Oficial. O réu é considerado citado a partir da data da última publicação do edital.

Base Legal: No processo civil, a citação ficta é regida pelo CPC, especialmente nos artigos 231 a 233, 248 a 250 e 257 a
259. No processo penal, é regida pelo CPP, nos artigos 351 a 372.

A Lei que fundamenta esses procedimentos varia de acordo com o país e o sistema jurídico específico. No Brasil, as
bases legais foram mencionadas anteriormente, referindo-se ao Código de Processo Civil (CPC) e ao Código de
Processo Penal (CPP).

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