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MANAUS/AM
2024
ANA LUZIA AMARO
ANA PAULA MESQUITA
DILANI MC COMB
ERICK MIRANDA MESQUITA
GABRIEL DE CARVALHO
MÁRCIA AMANDA DA SILVA PEREIRA
MARLON SEABRA
SIMONE HELEN DRUMOND ISCHKANIAN
MANAUS AM
2024
SUMARIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 03
ESTUDOS DE CASO.................................................................................................................22
EXEMPLOS PRÁTICOS........................................................................................................23
DADOS ESTATÍSTICOS..........................................................................................................24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS....................................................................................... 27
INTRODUÇÃO
8.4 Remate:
8.4.1 Número de árbitros: Determinado pelo acordo das partes, podendo ser
um árbitro único ou um tribunal arbitral composto por três árbitros, conforme
autonomia conferida pelo artigo 13 da Lei de Arbitragem (Lei nº 9.307/1996).
8.4.2 Árbitros suplentes: A designação de árbitros suplentes não é prevista
de forma específica na lei, mas pode ser incluída pelas partes no contrato de arbitragem
ou compromisso arbitral, ou ainda, conforme regulamentos de instituições arbitrais
como a CAMARB, que preveem a substituição de árbitros em casos de impedimento ou
recusa.
As partes têm autonomia para determinar o número de árbitros e podem prever
a designação de árbitros suplentes para garantir a continuidade e a integridade do
processo arbitral, respeitando as disposições legais e regulamentares aplicáveis.
9. ESTUDOS DE CASO
Os estudos de caso são uma excelente forma de entender a aplicação prática
dos princípios e normas relacionados ao tribunal de arbitragem. Abaixo, apresento dois
estudos de caso hipotéticos que envolvem questões comuns em arbitragens,
demonstrando como os tribunais arbitrais poderiam lidar com essas situações:
9.1 Estudo de caso 1: Impedimento do árbitro
9.1.1 Contexto: Em uma arbitragem envolvendo uma disputa comercial, um
dos árbitros indicados por uma das partes é sócio de uma empresa que possui relações
comerciais significativas com a outra parte no processo.
9.1.2 Questão: Há impedimento do árbitro devido ao seu relacionamento
comercial com uma das partes?
9.1.3 Decisão do Tribunal Arbitral: O tribunal arbitral deve avaliar se o
relacionamento comercial entre o árbitro e uma das partes é suficientemente
significativo para gerar dúvidas sobre sua imparcialidade e independência. De acordo
com o Art. 14 da Lei nº 9.307/1996, pode ser arguida a suspeição ou o impedimento do
árbitro. Se o tribunal concluir que há risco de parcialidade ou conflito de interesses, o
árbitro deve ser substituído.
CONCLUSÃO
FIGUEIRA JR., Joel Dias. Arbitragem, jurisdição e execução. São Paulo: RT, 1999.
FREIRE, Rodrigo Cunha Lima. Condições da ação. 2. ed. São Paulo: RT, 2001.
LARA, Cipriano Gomez. Teoria General del Processo. México: Textos Universitários,
1976.
MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Elementos de direito administrativo. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 1991.
ANEXOS
CÓDIGO CIVIL E A ARBITRAGEM
O Código Civil e a arbitragem são dois temas distintos, mas que se relacionam
em alguns aspectos. Vou explicar um pouco sobre cada um:
CÓDIGO CIVIL - é um conjunto de normas que regulam as relações civis
entre pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas. Ele aborda diversos temas, como:
Direito das obrigações
Direito das coisas (propriedade, posse, direitos reais)
Direito de família
Direito das sucessões
Direito das empresas e sociedades
O Código Civil brasileiro (Lei nº 10.406/2002) é a principal fonte do direito
civil no país e serve como base para diversas outras áreas do direito.
ARBITRAGEM - é um método alternativo de resolução de conflitos em que
as partes envolvidas escolhem um terceiro imparcial, o árbitro, para decidir a disputa.
Esse método é regulado pela Lei nº 9.307/1996 (Lei de Arbitragem).
As partes podem optar pela arbitragem para resolver conflitos de diversas
naturezas, como:
Questões contratuais
Disputas societárias
Conflitos envolvendo propriedade intelectual
Litígios familiares, desde que sejam de direitos patrimoniais disponíveis
RELAÇÃO ENTRE CÓDIGO CIVIL E ARBITRAGEM - O Código Civil
não proíbe o uso da arbitragem para resolver conflitos que estejam sob sua égide. Pelo
contrário, a arbitragem é reconhecida como meio válido e eficaz para a solução de
disputas civis, comerciais e empresariais.
Algumas questões que podem ser resolvidas por meio da arbitragem envolvem
direitos patrimoniais disponíveis, ou seja, direitos que podem ser objeto de transação
pelas partes, conforme previsto no Código Civil.
O Código Civil e a arbitragem são duas áreas do direito que, apesar de
distintas, podem se inter-relacionar em diversos aspectos. Enquanto o Código Civil
estabelece as regras e princípios gerais do direito civil, a arbitragem oferece um meio
alternativo e voluntário de resolução de conflitos que pode ser utilizado para questões
civis, comerciais e empresariais.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (CPC) E A ARBITRAGEM
O Código de Processo Civil (CPC) e a arbitragem são duas áreas do direito que
tratam da resolução de conflitos, mas de formas diferentes. Vamos entender como eles
se relacionam:
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (CPC)
O Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015) é o conjunto de normas que
regulamenta o processo judicial civil no Brasil. Ele estabelece as regras e procedimentos
que devem ser seguidos para a resolução de conflitos por meio do Poder Judiciário. O
CPC aborda temas como:
Jurisdição e competência
Partes e procuradores
Atos processuais
Procedimentos ordinário, sumário e especial
Recursos
Execução de sentença, entre outros
RELAÇÃO ENTRE CPC E ARBITRAGEM
1. Autonomia da vontade: Tanto o CPC quanto a Lei de Arbitragem
reconhecem o princípio da autonomia da vontade das partes. Isso significa que as partes
têm liberdade para escolher o meio de resolução de conflitos que considerem mais
adequado: judicial ou arbitral.
2. Tutela judicial: O CPC estabelece que certas matérias não podem ser
objeto de arbitragem, como aquelas que envolvem direitos indisponíveis. Assim,
questões relacionadas a direitos de personalidade, família e trabalhistas, por exemplo,
não podem ser submetidas à arbitragem.
3. Homologação de sentença arbitral: O CPC também trata da homologação
de sentenças arbitrais estrangeiras e nacionais. Uma vez proferida a sentença arbitral,
ela pode ser homologada pelo Judiciário para que tenha eficácia de título executivo
judicial.
4. Medidas cautelares: O CPC prevê a possibilidade de as partes requererem
medidas cautelares antes ou durante o processo judicial. Na arbitragem, também é
possível a concessão de medidas cautelares pelo árbitro ou pelo tribunal arbitral.
O Código de Processo Civil e a arbitragem são instrumentos complementares
na resolução de conflitos. Enquanto o CPC estabelece as regras e procedimentos para o
processo judicial, a arbitragem oferece uma alternativa mais rápida, flexível e
especializada para a resolução de controvérsias. A escolha entre um método e outro
dependerá das circunstâncias do caso e da vontade das partes envolvidas.
CÓDIGO PENAL E A ARBITRAGEM
O Código Penal e a arbitragem são áreas distintas do direito que tratam de
temas diferentes, mas, em certos contextos, podem se relacionar indiretamente. Vamos
entender como esses dois campos se interligam:
CÓDIGO PENAL - O Código Penal brasileiro, estabelecido pelo Decreto-Lei
nº 2.848/1940, é o conjunto de normas que define os crimes e suas respectivas penas no
ordenamento jurídico brasileiro. Ele aborda temas como:
Crimes contra a pessoa (homicídio, lesão corporal, etc.)
Crimes contra o patrimônio (roubo, furto, extorsão, etc.)
Crimes contra a administração pública
Crimes contra a dignidade sexual
Crimes ambientais, entre outros
RELAÇÃO ENTRE CÓDIGO PENAL E ARBITRAGEM
1. Natureza disponível dos direitos: A arbitragem é geralmente utilizada para
resolver disputas relacionadas a direitos patrimoniais disponíveis. Isso significa que
questões relacionadas a crimes, que são de natureza pública e envolvem direitos
indisponíveis, não podem ser submetidas à arbitragem. Portanto, crimes como
homicídio, lesão corporal, furto, entre outros, são excluídos do âmbito da arbitragem.
2. Conflitos de natureza civil: Em situações em que um mesmo fato pode
gerar tanto responsabilidade penal quanto civil (por exemplo, um acidente de trânsito
que resulta em danos materiais), as partes podem optar por resolver a parte civil do
conflito por meio de arbitragem, enquanto a responsabilidade penal permanece sob a
jurisdição do Estado.
3. Homologação de sentença arbitral: O Código de Processo Penal (CPP)
prevê a possibilidade de homologação de sentença estrangeira que reconheça a
existência de uma condenação criminal. No entanto, sentenças arbitrais não são objeto
de homologação no âmbito penal, pois a arbitragem não é um meio adequado para
julgar crimes.
O Código Penal e a arbitragem, em geral, operam em esferas diferentes do
direito. Enquanto o Código Penal trata da definição e punição de crimes, a arbitragem é
voltada para a resolução de conflitos de natureza civil, especialmente aqueles
relacionados a direitos patrimoniais disponíveis.
A arbitragem e o Código Penal não se sobrepõem diretamente, mas é
importante entender as limitações de cada um e saber quando é apropriado recorrer a um
ou outro, dependendo da natureza da controvérsia.
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL (CPP) E A ARBITRAGEM
A arbitragem e o Código de Processo Penal (CPP) são áreas do direito que, em
princípio, operam em esferas distintas. Enquanto a arbitragem é um método alternativo
de resolução de conflitos de natureza civil, o CPP regula o processo penal, ou seja, os
procedimentos adotados para a investigação e julgamento dos crimes. Vamos explorar
como esses dois campos se relacionam:
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL (CPP)
O Código de Processo Penal brasileiro (Decreto-Lei nº 3.689/1941) é o
conjunto de normas que estabelece os procedimentos a serem seguidos no âmbito do
processo penal. Ele aborda temas como:
Inquérito policial
Ação penal
Prisão e medidas cautelares
Procedimentos do júri
Recursos no processo penal
Execução penal, entre outros
ARBITRAGEM E CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
1. Natureza incompatível: A arbitragem é geralmente utilizada para resolver
disputas de natureza civil, especialmente aquelas relacionadas a direitos patrimoniais
disponíveis. Por outro lado, o processo penal trata de crimes, que são questões de
natureza pública e envolvem direitos indisponíveis. Portanto, crimes não podem ser
objeto de arbitragem.
2. Crimes de menor potencial ofensivo: No Brasil, os crimes de menor
potencial ofensivo são aqueles com pena máxima de até 2 anos. Para esses casos, existe
a possibilidade de transação penal ou composição civil dos danos, previstas na Lei nº
9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais Criminais). Embora não seja arbitragem, essa
forma de resolução de conflitos possui características semelhantes, pois envolve um
acordo entre as partes para evitar o processo judicial.
3. Medidas cautelares: O CPP prevê a possibilidade de adoção de medidas
cautelares, como a prisão preventiva, para garantir a ordem pública, a instrução criminal
ou a aplicação da lei penal. Na arbitragem, também é possível a concessão de medidas
cautelares pelo árbitro ou pelo tribunal arbitral, mas com finalidades e procedimentos
diferentes dos adotados no processo penal.
4. Homologação de sentenças: O CPP prevê a homologação de sentenças
estrangeiras que reconheçam a existência de uma condenação criminal. No entanto,
sentenças arbitrais não são objeto de homologação no âmbito penal, pois a arbitragem
não é um meio adequado para julgar crimes.
A arbitragem e o Código de Processo Penal operam em esferas distintas do
direito. Enquanto a arbitragem é um mecanismo alternativo para resolver disputas civis,
o CPP regula o processo penal, que envolve a investigação e punição de crimes.
Portanto, é importante distinguir entre esses dois campos e saber quando é apropriado
recorrer a um ou outro, conforme a natureza da controvérsia.