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FACULDADE DE DIREITO
LICENCIATURA EM DIREITO
Discente:
Manuel Émerson Elias Simango
Arbitragem institucional
A arbitragem institucional é realizada por meio de órgãos internacionais de resolução
extrajudicial de litígios, permitindo o acesso de pessoas de direito privado, nos litígios em
geral, de natureza comercial.
Estes órgãos podem ser públicos ou privados. Quando públicos, estes tribunais institucionais
são criados por tratados interestatais; quando privados, se constituem por actos negociais
celebrados por pessoas de direito privado.
Como exemplo de pessoas que têm acesso aos tribunais institucionais públicos como parte,
podemos citar os consórcios de empresas, as grandes empresas estrangeiras, as entidades
controladas por um Estado (sociedades de economia mista ou empresas públicas), os
organismos internacionais, os Estados enquanto em actividade mercantil, e todos os agentes
em actividade negocial comercial.
“São institucionais, porque estruturados através de regulamentos, estabelecendo seus
mecanismos de funcionamento, composição, procedimentos, regras aplicáveis, sedes etc”.
MEIOS EXTRAJUDICIAIS DE RESOLUÇÃO DE LITÍGIOS
Os meios de resolução alternativa de litígios são uma solução que torna a justiça mais
acessível, rápida e simples, sem custos ou pouco dispendiosa e com as mesmas garantias de
segurança dos tribunais. Havendo um problema relacionado com a contratação ou a utilização
de um serviço que não tenha sido resolvido com a empresa prestadora, o consumidor pode
recorrer, com vantagem, a estes meios alternativos.
Os meios extrajudiciais de resolução de litígios constituem, como o nome indica, uma
alternativa aos tribunais, à justiça do Estado, e abrange a Mediação, a Conciliação e a
Arbitragem.
Conciliação
A Conciliação é muito semelhante à mediação, pois é uma forma de resolução de conflitos
em que também se procura chegar a um acordo com a ajuda de um terceiro imparcial – o
conciliador. Mas, aqui, o conciliador assume uma posição mais activa do que o mediador,
tendo um papel mais interventivo na condução do processo e podendo propor soluções para o
conflito.
As propostas do conciliador não obrigam as partes, que também aqui têm plena liberdade de
chegar ou não a acordo.
Mediação
A Mediação constitui uma forma de resolução alternativa de conflitos, realizada por
entidades públicas ou privadas, através da qual as partes em litígio procuram voluntariamente
alcançar um acordo com a ajuda de um mediador de conflitos.
O mediador não impõe qualquer acordo ou decisão às partes. O seu papel é ajudá-las a chegar
a esse acordo e, assim, resolverem o conflito.
CONCLUSÃO
Da exposição feita ficou assente que, a arbitragem internacional tem um papel fundamental
na resolução de conflitos no âmbito internacional. É uma ferramenta essencial para os
contratantes que buscam uma solução célere, sigilosa, eficaz e especializada, evitando uma
justiça morosa.
O fato das partes terem autonomia para decidir sobre a instituição arbitral, definindo os
procedimentos que regerão o processo, estipulando prazo final para conclusão, bem como o
fato de poderem escolher os árbitros que julgaram o processo e o baixo custo processual,
despertam um enorme interesse e uma grande segurança por parte dos contratantes, sendo um
Instituto extremamente confiável.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROCAS, MANUEL PEREIRA (2013). Manual de Arbitragem: Estudos em
Homenagem à Professora Isabel Magalhães Collaço, vol. II, Coimbra: Almedina.
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Coimbra: Almedina.
CRETELLA JÚNIOR, José (1993). Comentários à Constituição Brasileira de 1988.
2. ed., Rio de Janeiro: Forense Universitária.
REZECK, José Francisco (1991). Direito Internacional Público. São Paulo: Saraiva.