Formas Consensuais de Características dos casos de mediação
Resolução de Conflito
Mediação - Lei 13.140/2015 – Lei da
Mediação
 Sobre a mediação como meio de
solução de controvérsias entre
particulares e sobre a autocomposição
de conflitos no âmbito da administração
pública. O MEDIADOR NÃO TEM
PODER DECISÓRIO.
Considera-se mediação a
atividade técnica exercida por terceiro
imparcial sem poder decisório, que,
escolhido ou aceito pelas partes, as
auxilia e estimula a identificar ou
desenvolver soluções consensuais para
a controvérsia.
A Mediação é uma forma de
solução
de conflitos na qual uma terceira
pessoa, neutra e imparcial, facilita o
diálogo entre as partes, para que elas
construam, com autonomia e
solidariedade, a melhor solução para o
conflito. O MEDIADOR É UM
AULIXIAR DAS PARTES.
Processo informal, voluntário,
onde um
terceiro interventor, neutro, assiste aos
disputantes na resolução de suas
questões.
Técnica lato senso que se destina
a aproximar pessoas interessadas na
resolução de um conflito a introduzi-las
a encontrar, por meio de uma conversa,
soluções criativas, com ganhos mútuos
e que preservem o relacionamento entre
elas..
 Casos com situações de tensões
 Originados em relações
continuadas
 Confidencialidade
 Temas que seria de difícil
compreensão para o juiz em sua
decisão
 Solução com maior rapidez
 Situações que os custos seriam
elevados por meio de decisão
judicial.
Princípios
Está amparado por princípios no
CDC – Lei
13.140/2015: Art. 166, independência,
imparcialidade, autonomia da vontade,
confidencialidade, oralidade,
informalidade e decisão informada.
Em relação aos princípios
processuais
na constituição, é visto, no Art. 5º, LIV
da CF: LIV - ninguém será privado da
liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal. Dá total proteção aos
direitos fundamentais das partes – no
sentido substancial. Já no sentido
formal, todos processos e
procedimentos estão previstos em leis,
e, por fim, está em sintonia com o
princípio democrático.
Já em relação ao princípio do
contraditório, existe participação e
possibilidade de influência na decisão
para ambas as partes, já que a
participação no processo, com réplica,
tréplica, produção de provas e
contraprovas, discussão processual e o
direito de recorrer, existe de forma
mais palpável. Audiência bilateral e
ciência da ação – participação nos atos
e produção de provas – contraditório
prévio à decisão.
 No que consiste a técnica
Rapport
(criar um sistema de ligação com as
partes para que os relatos sejam
espontâneos)?
R: A mediação se pauta por um
vínculo de confiança entre os
mediadores e partes, ao ponto de
ficarem à vontade para expor pontos de
vista, necessidades, interesses e
propostas para solucionar o conflito.
Consequentemente, o responsável pelo
procedimento age com o objetivo de
dar segurança e suporte aos
envolvidos, principalmente por meio
de DEMONSTRAÇÕES DE
EMPATIA.
Obs: É válido ressaltar que essa
receptividade jamais deve ser
confundida com um tratamento parcial,
porque o mediador deve buscar a
confiança de ambos os litigantes, sem
jamais favorecer um lado da disputa ou
tomar partido nas questões.
Técnica de Sessões Individuais (Cáucus).
Imagine uma situação em que as partes
estão muito agressivas e se
interrompem constantemente. Como o
mediador poderia restabelecer as
condições mínimas para que exista um
diálogo?
R: Uma possibilidade é aplicar as
técnicas de mediação de conflitos e
ouvir as partes individualmente. O
profissional, nesse caso, solicitaria que
um dos litigantes aguardasse por cerca
de 15 minutos, em uma sala de espera,
enquanto ouviria o outro. Logo após, a
situação se inverteria.
As sessões individuais ou cáucus
também podem ocorrer nos momentos
de formular propostas de acordo. Isso
porque, embora convencidas da
necessidade de uma solução consensual,
nem sempre as pessoas desejam
partilhar informações financeiras e
negociais.
É importante destacar que essa
técnica é utilizada com um
compromisso de confidencialidade,
uma vez que apenas
as informações autorizadas por uma
parte serão compartilhadas com a outra.
Brainstorming
Consiste em conceder liberdade
para que as pessoas forneçam ideias
para solucionar um problema, sem
firmar compromissos ou julgar
previamente as sugestões.
Posteriormente, as propostas são
checadas quanto a suaviabilidade,
restringindo-se a exposição aos itens
que podem ser um ponto de partida para
solução da disputa.
Por fim, é possível desdobrar as
ideias válidas em propostas de acordo,
de modo que elas sejam melhor
desenvolvidas e representem a vontade
de ambos os negociantes.
Como decifrar o que a parte
deseja,
efetivamente com a mediação, quando
ocorre a verbalização de intenções
opostas?
R: Compreender a essência do
que é dito e modificar a maneira como a
ideia é exposta. Isso pode ocorrer por
paráfrases que sintetizem o conteúdo da
fala ou exponham a questão livre de
emoções.
É comum que as partes façam
relatos longos, carregados de juízos de
valor, agressividade e outros elementos
que prejudicam o entendimento do
cerne da questão.
CASO TÍPICO DE
PARAFRASEAMENTO:
Um trabalhador não dirá, pura e
simplesmente, que gostaria de um
pedido de desculpas da empregadora,
mas que a empresa é incompetente,
incorreta, descuidada e coisas do
mesmo gênero.
Técnica do Resumo
Imagine que a demandante
reclame de atrasos na pensão do filho, e
o demandado do desempenho escolar
durante a guarda materna. Como
encontrar uma ponte para o diálogo
nesse contexto?
Na situação exposta, há um ponto
em comum, o qual sintetiza o interesse
dos litigantes. A mãe exige o
pagamento por se preocupar com as
necessidades do filho, assim como o pai
o faz em relação às boas notas.
Nesse caso o mediador poderia
resumir os dois relatos em uma
perspectiva que favoreça o diálogo.
Uma possibilidade seria afirmar o
seguinte: “vejo que ambos se
preocupam com os cuidados do menor”.
Mediação Judicial e o Novo Cpc.
Para o novo CPC no artigo 165 §
3º: mediação é o processo
autocompositivo (As partes que tomam
a decisão), cuja atuação se dá nos casos
em que as partes possuem vínculo
anterior, em que o mediador, de forma
indireta, os auxiliará a identificar por si
próprios a solução consensual do seu
conflito.
Por trás do Novo Código de
Processo
Civil, percebe-se que existe uma grande
preocupação em mudar o rumo do
Poder Judiciário, em razão de sua
existência não ser simplesmente para
oferecer soluções sentenciadas, mas
para ajudar as pessoas a encontrarem
suas próprias soluções, a se realizarem
mais por intermédio de uma atuação do
Estado.
É sabido que, no Poder Judiciário,
há
um excessivo congestionamento de
processos. No entanto, a mediação tem
um propósito maior, ou seja, seu
fundamento principal assim como
outros métodos adequados, é abrir a
oportunidade de o cidadão solucionar os
seus conflitos das mais variadas formas,
e não diretamente um desafogo desse
Judiciário. Por consequência, a
mediação diminui a incidência de
demandas heterocompositivas.
Há determinados momentos em
que o Poder Judiciário é imprescindível,
significa dizer que, ao falar em Estado e
em resolução de conflitos, não se abre
mão do Judiciário, pelo contrário, por
trás desses métodos adequados de
solução de conflitos há regulamentação
legislativa.
 O processo dificulta sobremaneira
a comunicação entre as partes, ou seja,
quando chega ao Poder Judiciário para
uma decisão, significa o envolvimento
litigioso em que a afetação dos ânimos
já é irreversível.

É um método heterocompositivo de
solução de conflitos por meio do qual
um terceiro imparcial, escolhido pelas
partes, decide a controvérsia.