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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO

Bacharelado em Direito

ROMULO LEÔNCIO RÉGIS

A EFICÁCIA DO INSTITUTO DA ARBITRAGEM COMO MEIO ALTERNATIVO


DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS

MONOGRAFIA/DISSERTAÇÃO/TESE

Duque de Caxias – Rio de Janeiro


2018
SUMÁRIO

Introdução ................................................................................................................................................ 1
Justificativa........................................................................................................................................... 2
Objetivos .......................................................................................................................................... 3
A Arbitragem como um canal de desafogamento do Poder Judiciário .................................................... 4
A caracterização do instituto da Arbitragem como jurisdição estatal ...................................................... 5
As vantagens do instituto da Arbitragem ................................................................................................. 6
A Arbitragem na atualidade: O perfil majoritário de quem utiliza as técnicas arbitrais .......................... 7
Desafio da aplicação das técnicas de Arbitragem no Brasil ..................................................................... 8
Reforma Trabalhista como receptora da Arbitragem nas relações trabalhistas........................ 12

A Eficácia do instituto da Arbitragem como meio alternativo de solução de conflitos ......................... 13


Conclusão ............................................................................................................................................... 15
Referências ............................................................................................................................................. 16
1

INTRODUÇÃO
A lei nº 9.307 de 23 de setembro de 1996 trouxe para o nosso ordenamento jurídico
uma nova forma de heterocomposição1 com o intuito de promover as partes, de forma
extrajudicial, a resolução de litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis conforme
previsto no seu primeiro artigo da lei2. A ideia do legislador em criar uma redação
regulamentando esse instituto era de criar as partes uma opção a mais para a solução de suas
demandas que não fosse tão burocrática, trazendo para os cidadãos de forma simples, decisões
mais rápidas que apresenta a mesma força de uma sentença proferida por um juiz togado do
Poder Judiciário. A eficácia desse instituto é tão real que a técnica da arbitragem no Brasil já
era utilizada desde a vigência da primeira parte do Código Comercial (parte revogada) no qual
estipulava em um de seus artigos que o juízo arbitral tinha o poder de decidir questões entre
sócios de um determinado grupo societário ou companhia3. Espero que no decorrer dessa
leitura, você, caro leitor, possa refletir de forma positiva na essência e na importância desse
instituto como meio hábil para o desafogamento do Poder Judiciário.

1
Heterocomposição é a solução encontrada a partir da decisão de um terceiro, que pode ser o Estado-Juiz,
mediante a jurisdição, ou um árbitro, assim entendido como uma pessoa natural ou jurídica que seja escolhida
pelas partes em conflito para a resolução da lide. MENDES, Aluisio G. de Castro. Teoria Geral do Processo
vol. 1. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, p. 57.

2
Art. 1º: “As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a
direitos patrimoniais disponíveis”. BRASIL. Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. Brasília, DF: Senado
1996. Dispõe sobre a arbitragem.

3
Art. 294: “Todas as questões sociais que se suscitarem entre sócios durante a existência da sociedade ou
companhia, sua liquidação ou partilha, serão decididas em juízo arbitral”. BRASIL. Lei nº 556, de 25 de junho
de 1850. Dom PEDRO SEGUNDO, Assembleia Geral, 1850. Dispõe sobre a relação entre os comerciantes.
2

JUSTIFICATIVA
Diante de uma notória dificuldade na administração pública no que se refere ao
acúmulo de demandas pendentes de julgamento bem como a demora na execução de
aleatórios procedimentos para o bom andamento de um processo, fica evidente que a
arbitragem torna-se uma opção agradável e lógica para a resolução de conflitos assim como a
mediação e conciliação se bem for observado os ensinamentos encontrados em livros de
direito, a própria lei da arbitragem e dados estatísticos que relatam a quantidade absurda de
processos em andamento, mas há um questionamento não teórico e sim prático no que diz
respeito a essa técnica: Há aceitação na aplicação deste método perante a sociedade de acordo
com o cenário e cultura do povo brasileiro? Ela deveria ser um canal de desafogamento do
Poder Judiciário? Tendo em vista que a lei apresentada nesta pesquisa tem o objetivo de expor
uma alternativa a mais para fins de resolução de demandas, necessário se faz o estudo do
objeto apresentado em tela para refletir sobre o motivo dessa técnica não ser tão difundida
quanto a negociação, mediação e conciliação, ambas, técnicas que são mais divulgadas
mediante políticas sociais e demais mídias.
3

OBJETIVOS
A presente monografia tem por missão identificar se há aceitação do instituto da
arbitragem pela maioria das pessoas que buscam resolver suas demandas, analisar quais tipos
de pessoas ou até mesmo classes procuram por essa técnica de heterocomposição,
compreender o instituto da arbitragem como jurisdição estatal e ainda sim por quais motivos
os usuários dessa lei entendem que esse método é a melhor escolha e a mais vantajosa para a
solução de seus conflitos.
4

A ARBITRAGEM COMO UM CANAL DE DESAFOGAMENTO DO PODER


JUDICIÁRIO

A Arbitragem não consiste em retirar o poder do juiz público, mas sim em ser mais uma
fonte de solução de conflitos, dando aos adeptos desta técnica as melhores formas possíveis
de se resolver determinado litígio. A lei própria que versa sobre o instituto da arbitragem
aderiu dentre alguns artigos em conformidade com o Código de Processo Civil (2015) a ideia
de uma cooperação entre Arbitragem e Poder Judiciário como, por exemplo, na abertura de
uma concessão para a propositura de medida liminar judicial diante de uma matéria cuja
competência original é oriunda de Arbitragem bem como o procedimento reverso, ou seja, se
o(s) árbitro(s) pretende manter a decisão proferida judicialmente conforme podemos ver nos
artigos 22-A e B da lei em tela, a saber:
Art. 22-A. Antes de instituída a arbitragem, as partes poderão recorrer ao Poder Judiciário para a
concessão de medida cautelar ou de urgência.

Parágrafo único. Cessa a eficácia da medida cautelar ou de urgência se a parte interessada não
requerer a instituição da arbitragem no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data de efetivação da
respectiva decisão.

Art. 22-B. Instituída a arbitragem, caberá aos árbitros manter, modificar ou revogar a medida
cautelar ou de urgência concedida pelo Poder Judiciário.

Parágrafo único. Estando já instituída a arbitragem, a medida cautelar ou de urgência será


requerida diretamente aos árbitros.

No site do Superior Tribunal de Justiça consta uma matéria na qual a presidente do STJ
destaca a importância da arbitragem como uma solução eficaz diante os milhões de processos
que estão atualmente tramitando no Poder Judiciário. Ainda sim, ressalta-se na matéria que a
arbitragem “É uma via alternativa que deve ser mais usada. Nós temos a tarefa de
expandir o uso da arbitragem no Brasil e isso é uma tarefa de todos, uma forma de
diminuir a cultura da litigiosidade, que ainda é muito forte".4

4
STJ. Especialistas debatem concepções acerca da arbitragem no Brasil e na França. Disponível em
http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunicação/noticias/Notícias/Especialistas-debatem-concepções-
acerca-da-arbitragem-no-Brasil-e-na-França Acesso em 21 Set. de 2018.
5

A CARACTERIZAÇÃO DO INSTITUTO DA ARBITRAGEM COMO


JURISDIÇÃO ESTATAL

No campo do Direito Processual Civil existem os mais variados entendimentos no


campo da teoria geral dos processos quando o assunto é Arbitragem; Perguntas como “A
Arbitragem realmente pode ser entendida como jurisdição?”, “A Arbitragem é jurisdição
estatal ou privada?”, “Se a Arbitragem é meio extrajudicial para resolução de conflitos, o
quê podemos entender ou como podemos conceituar a palavra Jurisdição?”, essas e mais
outras perguntas podem ser encontradas em inúmeros livros doutrinários bem como suas
edições, mas uma coisa podemos afirmar: De fato, a Arbitragem possui princípios e regras
que podem ser equiparadas aos moldes de um processo qualquer que esteja neste
momento sob o Poder Judiciário. Analisando o conceito de Jurisdição, Chiovenda declara
que:

é a função do Estado que tem por escopo a atuação da vontade concreta da lei por
meio da substituição, pela atividade dos órgãos públicos, da atividade de particulares
ou de outros órgãos públicos, já no afirmar a existência da vontade da lei, já no
torná-la, praticamente, efetiva5.

Quanto ao a ideia de colocarmos a Arbitragem com status de jurisdição o ilustre Prof.


Carlos Alberto Carmona declara que:

se o poder estatal é exercido, sub specie jurisdictionis, com o objetivo de pacificar


pessoas e eliminar conflitos com justiça, e se afinal a arbitragem também visa a esse
objetivo, boa parte do caminho está vencida, nessa caminhada em direção ao
reconhecimento do caráter jurisdicional da arbitragem6

Quanto à caracterização do instituto da arbitragem no que diz respeito aos direitos


processuais estabelecidos na Constituição Federa de 1988, um dos princípios que é
notório para uma causa justa, correta e moral é o Princípio da Ampla Defesa e do
Contraditório, significa dizer que as partes de um processo em regra sempre serão ouvidas
e que, salvo as formas ilícitas para a produção de provas, as partes são livres para buscar
meios a confirmarem a veracidade suas alegações. Selma Ferreira Lemes afirma em uma
de suas doutrinas que parte simbólica de onde se originam os princípios que se aplicam a
todas as ordens de jurisdição, dos quais grande parte ressoa na instância da arbitragem,
tais como o princípio dispositivo, o princípio do contraditório, liberdade de defesa, direito
de ser ouvido, conciliação e etc.7, fazendo assim uma grande alusão a equiparação dos
princípios da Arbitragem aos moldes do Código de Processo Civil, que por ventura está
pautado nos princípios estabelecidos na Constituição (e esta, onde está estruturada a
jurisdição estatal).

5
CHIOVENDA, Giuseppe. Instituições de direito processual civil. v. II, p. 11. Trad. de J. Guimarães Menegale
(Trad.). São Paulo: Saraiva, 1965.

6
Cfr. “Prefácio”, in A arbitragem no processo civil brasileiro, pp. 7-8.

7
Cfr. “Os princípios jurídicos da Lei de Arbitragem”, n. 4, esp. p. 89.
6

AS VANTAGENS DO INSTITUTO DA ARBITRAGEM

Como descrito em um dos tópicos anteriores, infelizmente existe uma demanda enorme na
busca pela resolução de conflitos perante o Poder Judiciário de forma que desencadeou um
caos na celeridade dos processos quando o assunto a ser debatido se trata acerca da duração
razoável que um processo deva ter; Mas na verdade, o que originou isso não foram os
magistrados, não foram os serventuários, tampouco a lei, existe algo enraizado na cabeça da
população brasileira que contribuiu para o que vivemos hoje e isso podemos conceituar como
“Cultura Litigiosa” que consiste na ideia de um indivíduo associar um problema a ser
debatida diretamente ligada a força do Poder Judiciário, ou seja, é como se nunca existisse
outros meios para a solução de seus problemas, como, por exemplo: serviços de cartórios
extrajudiciais, negociação, conciliação, mediação e arbitragem. Existem vantagens na escolha
da arbitragem em muitos aspectos. As partes podem convencionar até quanto tempo poderá
ser dada uma sentença arbitral fazendo com que haja uma rapidez na demanda8, podem em
conjunto escolher qual (ais) pessoa (s) deverão estar fazendo o papel do Árbitro de forma que
a decisão a ser proferida por ele (s) tem um consentimento/aceitação maior entre as partes9
independente de não haver recurso (embora exista a oportunidade de alegação de nulidades na
sentença arbitral de acordo com os casos narrados em lei10), podem contar com o sigilo,
confidencialidade no procedimento arbitral tendo como exceção as causas que envolvam a
Administração Pública, pois esta deverá respeitar o princípio da publicidade dos atos
conforme está determinado em nossa legislação11.

8
Art. 11º: “Poderá, ainda, o compromisso arbitral conter: III - o prazo para apresentação da sentença arbitral;”.
BRASIL. Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. Brasília, DF: Senado 1996. Dispõe sobre a arbitragem.

9
Art. 13º: “Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes. § 1º As partes nomearão
um ou mais árbitros, sempre em número ímpar, podendo nomear, também, os respectivos suplentes. § 2º Quando
as partes nomearem árbitros em número par, estes estão autorizados, desde logo, a nomear mais um árbitro. Não
havendo acordo, requererão as partes ao órgão do Poder Judiciário a que tocaria, originariamente, o julgamento
da causa a nomeação do árbitro, aplicável, no que couber, o procedimento previsto no art. 7º desta Lei”.
BRASIL. Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. Brasília, DF: Senado 1996. Dispõe sobre a arbitragem.

10
Art. 33: “ A parte interessada poderá pleitear ao órgão do Poder Judiciário competente a declaração de
nulidade da sentença arbitral, nos casos previstos nesta Lei. BRASIL. Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.
Brasília, DF: Senado 1996. Dispõe sobre a arbitragem.

11
Art. 2º: “A arbitragem poderá ser de direito ou de eqüidade, a critério das partes. § 3o A arbitragem que
envolva a administração pública será sempre de direito e respeitará o princípio da publicidade”. BRASIL. Lei nº
9.307, de 23 de setembro de 1996. Brasília, DF: Senado 1996. Dispõe sobre a arbitragem.
7

A ARBITRAGEM NA ATUALIDADE: O PERFIL MAJORITÁRIO DE QUEM


UTILIZA AS TÉCNICAS ARBITRAIS

Não podemos mencionar aqui com total exatidão quais pessoas são usuárias das técnicas da
arbitragem, mas podemos apontar e esclarecer fatos vantajosos acerca do instituto que nos
levará facilmente a identificar alguma dessas pessoas. As pessoas que são envolvidas com a
atividade econômica organizada normalmente estão diante de contratos societários, seja por
abertura, dissolução, incorporação, pessoas que compram e vendem ações, pessoas que estão
sujeitas a entrarem e a serem excluídas de uma sociedade, concluindo, existe uma infinidade
de fatos que podem ocorrer com os chamados empresários, contudo, cabe aqui mencionar
uma declaração que se tornou popular: Tempo é dinheiro; Pessoas que são donas do próprio
negócio ou parte dele geralmente é o tipo de pessoas que não gozam de disponibilidade de
tempo durante o seu dia a dia profissional e até mesmo pessoal, e isso não exclui os
microempreendedores individuais, os chamados “MEI”, que diante da crise brasileira a
existência deles em nosso país têm sido vantajosa quanto ao equilíbrio da movimentação de
renda e negócios nesses últimos tempos. A respeito da celeridade na resolução dos conflitos,
por meio da arbitragem, Adriana Braguetta afirma que “nenhum empresário tem condições de
esperar 15 anos por uma decisão de mérito no Poder Judiciário12”. Ainda baseando-me na
Braghetta, de acordo com ela:

“a convenção determina que os laudos proferidos pelos PAÍSES SIGNATÁRIOS


sejam reconhecidos pelas mais de 140 nações que a assinaram. Braghetta informou
que a arbitragem é largamente utilizada em contratos de âmbito internacional, como
por exemplo, na assinatura de empréstimos junto ao FMI – Fundo Monetário
Internacional13”.

12
Instituto dos Advogados Brasileiros. País é o terceiro no mundo que mais utiliza a arbitragem para
solução de conflitos. Disponível em https://www.iabnacional.org.br/noticias/pais-e-o-terceiro-no-mundo-que-
mais-utiliza-a-arbitragem-para-solucao-de-conflitos Acesso em 21 Out. de 2018.

13
Instituto dos Advogados Brasileiros. Op. Cit.
8

DESAFIOS DA APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE ARBITRAGEM NO BRASIL

Por mais que a intenção da lei seja boa em ter o objetivo de fornecer aos cidadãos uma forma
a mais para a resolução de seus conflitos e por mais que o instituto da Arbitragem venha estar
em grande desenvolvimento em nosso país, infelizmente a arbitragem sofre com alguns
desafios para que a sua aplicação se torne algo popular no Brasil. Existem muitos fatores
externos a própria técnica que acarreta na não popularidade do instituto; Antes de fato
começarmos a buscar respostas para o que aconteceu ou acontece atualmente que ocasiona um
certo esquecimento ou desconhecimento dessa técnica será de boa importância falarmos um
pouco de 2 (dois) institutos presentes até mesmo no Poder Judiciário, a Mediação e a
Conciliação. Uma das técnicas tem o objetivo de fazer com que as partes possam chegar a um
acordo sem que o terceiro que preside a sessão possa opinar, o mesmo apenas atuará como um
facilitador (a) para a resolução daquele litígio. Na outra técnica, o terceiro além de conduzir a
sessão, tem o poder para oferecer as partes uma solução que fica a critério das partes do
processo em aceitar ou não, dando assim um fim naquele conflito. Todas as duas formas
descritas acima são formas alternativas de resolução de conflitos, cada técnica tem suas
particularidades e limitações, mas ambas têm o mesmo objetivo, que é de promover a paz
entres as pessoas da melhor forma possível. Com base nos relatos acima surge um
questionamento que é uma das missões dessa monografia: Por quê a Arbitragem não é tão
usada assim pela população? A princípio podemos dar a resposta de maneira simples ao ponto
de eu resumir em apenas uma palavra-chave, divulgação. Os operadores do direito participam
de simpósios, palestras, passam aproximadamente 5 (cinco) anos de sua vida na faculdade de
Direito, leem muitos livros, mas em comum acordo podem concordar que instituto da
arbitragem não é muito propagado em seus cursos, seja pela didática em sala de aula, seja até
mesmo por juízo de importância da matéria, se invertermos o lado da moeda neste momento
do raciocínio, (claro, não fazendo críticas tampouco querer desviar do objetivo da presente
monografia, mas sim promover o incentivo a relativizar os fatos narrados até aqui), se nem
mesmo as pessoas que estudam e se formam em Direito detêm todo conhecimento ou se tem
algum conhecimento no que diz respeito a Arbitragem, é logicamente aceitável afirmarmos
que um cidadão leigo não tem a menor ideia do que seja a tal técnica da arbitragem, no
mínimo, em uma primeira conclusão, poderia dizer que “Arbitragem” teria alguma coisa
haver com os juízes de futebol ou outro esporte que necessite de uma pessoa para estar
9

apitando no jogo e aplicar faltas/expulsões e foi justamente isso que ocorreu quando no
momento em que eu estava simplesmente por amor ao debate, fazendo uma pesquisa de
conhecimento com algumas pessoas na rua com uma simples pergunta: Para você, o quê é o
instituto da Arbitragem? A tradicional Revista da EMERJ já falou através de seus redatores
acerca dessa linha de raciocínio, declarando que:

“Assim, considerando a ignorância e o descrédito da lei de arbitragem, é fácil


perceber que o novo modelo não logrou alcançar a efetividade desejada, o que nos
conduz, enquanto operadores do direito, a provocar uma profunda reflexão sobre o
tema, despertando atenção especial para um projeto de “oxigenação” deste diploma,
a fim de que não seja sepultado de uma vez”14.

A realidade é que a técnica é boa, mas é repassada a população em massa de forma errônea
nas relações de consumo de bens e/ou serviços com a chamada “Cláusula Arbitral” que por
sua vez é bem comum encontrá-las em um simples contrato de adesão. Na legislação
pertinente aos direitos dos consumidores reina o entendimento que diz que o Consumidor é a
parte mais fraca do negócio jurídico frente a empresa, a hipossuficiência se demonstra no
CDC de diversas formas, entretanto, vamos colocar em tela especialmente o acesso à
informação, a presunção da falta de conhecimento por parte do cidadão quanto as questões
relativas de foro, dentre outras hipóteses que exige do contratante um mínimo de
conhecimento. Como dito em parte da monografia, a falta de divulgação acaba fazendo com
que a Arbitragem tenha uma visão negativa perante a sociedade, dando descrédito a técnica
por falta de consenso na hora da implementação da técnica por parte das empresas e
principalmente pela questão da divulgação. No objetivo de dar uma sustância nas
argumentações acima, a seguir colocarei a disposição um julgado de 2016 proferido pelo
Superior Tribunal de Justiça onde na sessão de julgamento o Ministro Luis Felipe Salomão
desenvolve o entendimento que só terá eficácia a cláusula compromissória já prevista em
contrato de adesão se o consumidor vier a tomar a iniciativa do procedimento arbi tral, ou
se vier a ratificar posteriormente a sua instituição, no momento do litígio em concreto ,
tornando assim mais difícil a aplicação da técnica para a população em massa, a saber:

14
Revista da EMERJ. A Jurisdicionalidade da Arbitragem. Disponível em
http://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista15/revista15_189.pdf Acesso em 22 Out. de
2018.
10

Superior Tribunal de Justiça


RECURSO ESPECIAL Nº 1.189.050 - SP (2010/0062200-4)

RELATOR: MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO


RECORRENTE: JOSÉ BENEDITO DOS SANTOS
ADVOGADO:JERYCEIA ALVES CHAVES
RECORRIDO: MRV SERVIÇOS DE ENGENHARIA LTDA
ADVOGADO: RENATO PIRES BELLINI E OUTRO(S)
EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E CONSUMIDOR. CONTRATO
DE FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO. CONTRATO DE ADESÃO.
CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM. POSSIBILIDADE,
RESPEITADOS DETERMINADAS EXCEÇÕES.
1. Um dos nortes a guiar a Política Nacional das Relações de
Consumo é exatamente o incentivo à criação de mecanismos
alternativos de solução de conflitos de consumo (CDC, art. 4°, §
2°), inserido no contexto de facilitação do acesso à Justiça, dando
concretude às denominadas "ondas renovatórias do direito" de
Mauro Cappelletti.
2. Por outro lado, o art. 51 do CDC assevera serem nulas de
pleno direito "as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de
produtos e serviços que: VII - determinem a utilização compulsória
de arbitragem". A mens legis é justamente proteger aquele
consumidor, parte vulnerável da relação jurídica, a não se ver
compelido a consentir com qualquer cláusula arbitral.
3. Portanto, ao que se percebe, em verdade, o CDC não se opõe
a utilização da arbitragem na resolução de conflitos de consumo,
ao revés, incentiva a criação de meios alternativos de solução dos
litígios; ressalva, no entanto, apenas, a forma de imposição da
cláusula compromissória, que não poderá ocorrer de forma
impositiva.
4. Com a mesma ratio, a Lei n. 9.307/1996 estabeleceu, como
regra geral, o respeito à convenção arbitral, tendo criado, no que
toca ao contrato de adesão, mecanismos para proteger o aderente
vulnerável, nos termos do art. 4°, § 2°, justamente porque nesses
contratos prevalece a desigualdade entre as partes contratantes.
5. Não há incompatibilidade entre os arts. 51, VII, do CDC e 4º, § 2º,
da Lei n. 9.307/96. Visando conciliar os normativos e garantir a
maior proteção ao consumidor é que entende-se que a cláusula
compromissória só virá a ter eficácia caso este aderente venha a
tomar a iniciativa de instituir a arbitragem, ou concorde,
expressamente, com a sua instituição, não havendo, por
conseguinte, falar em compulsoriedade. Ademais, há situações
em que, apesar de se tratar de consumidor, não há
vulnerabilidade da parte a justificar sua proteção.
11

6. Dessarte, a instauração da arbitragem pelo consumidor vincula


o fornecedor, mas a recíproca não se mostra verdadeira, haja
vista que a propositura da arbitragem pelo policitante depende da
ratificação expressa do oblato vulnerável, não sendo suficiente a
aceitação da cláusula
realizada no momento da assinatura do contrato de adesão. Com
isso, evita-se qualquer forma de abuso, na medida em o
consumidor detém, caso desejar, o poder de libertar-se da via
arbitral para solucionar eventual lide com o prestador de serviços
ou fornecedor. É que a recusa do consumidor não exige qualquer
motivação. Propondo ele ação no Judiciário, haverá negativa (ou
renúncia) tácita da cláusula compromissória.
7. Assim, é possível a cláusula arbitral em contrato de adesão de
consumo quando não se verificar presente a sua imposição pelo
fornecedor ou a vulnerabilidade do consumidor, bem como quando
a iniciativa da instauração ocorrer pelo consumidor ou, no caso de
iniciativa do fornecedor, venha a concordar ou ratificar
expressamente com a instituição, afastada qualquer possibilidade
de abuso.
8. Na hipótese, os autos revelam contrato de adesão de consumo
em que fora estipulada cláusula compromissória. Apesar de sua
manifestação inicial, a mera propositura da presente ação pelo
consumidor é apta a demonstrar o seu desinteresse na adoção da
arbitragem - não haveria a exigível ratificação posterior da cláusula
-, sendo que o recorrido/fornecedor não aventou em sua defesa
qualquer das exceções que afastariam a jurisdição estatal, isto é:
que o recorrente/consumidor detinha, no momento da pactuação,
condições de equilíbrio com o fornecedor - não haveria
vulnerabilidade da parte a justificar sua proteção; ou ainda, que
haveria iniciativa da instauração de arbitragem pelo consumidor ou,
em sendo a iniciativa do fornecedor, que o consumidor teria
concordado com ela. Portanto, é de se reconhecer a ineficácia da
cláusula arbitral.
9. Recurso especial provido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros da QUARTA


Turma do Superior Tribunal de Justiça acordam, na conformidade dos votos e das
notas taquigráficas, por unanimidade, dar provimento ao recurso especial, nos termos
do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Raul Araújo, Maria Isabel Gallotti
(Presidente), Antonio Carlos Ferreira e Marco Buzzi votaram com o Sr. Ministro
Relator.
Brasília (DF), 1º de março de 2016(Data do Julgamento)
MINISTRO LUIS FELIPE
SALOMÃO
Relator
12

REFORMA TRABALHISTA COMO RECEPTORA DA ARBITRAGEM NAS


RELAÇÕES TRABALHISTAS

Não é novidade que a aprovação e promulgação da Lei nº 13.467, de 13 de Julho de 2017,


mais conhecida como a “Reforma Trabalhista” foi objeto de tamanha polêmica em nosso
cenário atual, porém, dentre as alterações na CLT, uma delas podemos dizer que torna-se algo
novo, prático e menos burocrático para as resoluções de conflitos entre empregadores e
empregados, que diz respeito a possibilidade da convenção de arbitragem nas relações
trabalhistas. A Lei nº 9.307/96 é clara em seu art.1º ao dizer que a arbitragem é válida apenas
para direitos disponíveis15, entretanto, o legislador reformista abre a possibilidade de ser
utilizado esse recurso quando o empregado ganhar salário superior a duas vezes o limite
máximo dos benefícios previdenciários (a partir de janeiro/2017, o valor do maior benefício
previdenciário é R$ 5.531,31)16. Conforme texto a seguir, podemos verificar por completo o
artigo que trata com descrição a introdução da arbitragem nas relações trabalhistas, vejamos:

“Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior
a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de
Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem,
desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa,
nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.”

Por mais que haja contradição de ideias a respeito do instituto da arbitragem, bem como o uso
de tal técnica no Direito do Trabalho (algo que seria impossível antes da reforma trabalhista),
é importante ser ratificado aqui que a Arbitragem não é uma técnica obrigatória, ou seja,
necessita da manifestação de vontade de ambas as partes para a validação dos efeitos e
conforme art.138 do Código Civil, são anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações
de vontade emanarem de erro substancial17 que poderia ser percebido por pessoa de diligência
normal, em face das circunstâncias do negócio.

15
Art. 1º: “As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a
direitos patrimoniais disponíveis;”. BRASIL. Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. Brasília, DF: Senado
1996. Dispõe sobre a arbitragem
16
LIMA, Francisco Meton Marques de. Reforma trabalhista: entenda ponto por ponto. São Paulo: LTr, 2017,
p. 81

17
Art. 139: “O erro é substancial quando:I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração,
ou a alguma das qualidades a ele essenciais; II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem
se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante; III - sendo de direito e não
implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico”. BRASIL. Lei nº
10.406, de 10 de janeiro de 2002. Brasília, DF: Senado 2002. Institui o Código Civil.
13

A EFICÁCIA DO INSTITUTO DA ARBITRAGEM COMO MEIO ALTERNATIVO


DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS

Todo conteúdo que foi pesquisado, analisado e escrito até esse momento da monografia teve o
objetivo de consolidar determinado raciocínio lógico-básico para que pudéssemos chegar a
este importante e principal capítulo do trabalho. Quando no decorrer da idealização do artigo
surgiu a ideia de mencionar o título do trabalho como a eficácia do instituto da arbitragem
como meio alternativo de solução de conflitos, o objetivo principal não era de explanar a
Arbitragem como a melhor solução para o desafogamento do Poder Judiciário, de apresentá-la
como a melhor alternativa entre as técnicas extrajudiciais de resolução de conflitos, tampouco
de trazer contradições negativas ao tema, o objetivo principal se resume simplesmente em
abordar pontos importantes do instituto para que a técnica seja vista de uma maneira digamos
um pouco mais positiva, tanto entre os operadores do direito quanto a uma pessoa leiga que
deseja saber mais acerca do assunto através de uma linguagem não tão técnica, mas objetiva e
de forma bem resumida para um melhor proveito da sua leitura e compreensão das
informações que estão colocadas à disposição nesta presente monografia acadêmica. A seguir
estarei separando por tópicos os aspectos da arbitragem que se resume basicamente no
capítulo “As Vantagens do Instituto da Arbitragem” com mais detalhes:

 Do Árbitro

As pessoas que aderem à técnica da arbitragem gozam das opções de poder em conjunto
escolher qual (ais) pessoa (s) deverão estar fazendo o papel do Árbitro de forma que a decisão
a ser proferida por ele (s) tem um consentimento/aceitação maior entre as partes; Conforme o
Art.13 da Lei nº 9.307/96, pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das
partes, dando para elas a opção de nomearem um ou mais árbitros, sempre em número ímpar
para que não haja um empate nos votos (Caso em que a arbitragem não alcançaria seu efeito
maior, o de promover um processo com um resultado concreto de resolver o conflito das
partes em dar uma sentença que manifeste o direito, dando o fim aquela demanda), as partes
podem nomear, também, os respectivos suplentes, que quando as partes nomearem árbitros
em número par, estes estão autorizados, desde logo, a nomear mais um árbitro. Não havendo
acordo, requererão as partes ao órgão do Poder Judiciário a que tocaria, originariamente, o
julgamento da causa a nomeação do árbitro, aplicável, no que couber, o procedimento
previsto no art. 7º da Lei da Arbitragem.

 Das Regras Processuais Convencionadas entre as Partes

Com base no Art.11 da Lei nº 9.307/96 as partes são autorizadas a convencionar entre elas até
quanto tempo poderá ser dada uma sentença arbitral fazendo com que haja uma rapidez na
demanda, local ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem, a autorização para que o árbitro
ou os árbitros julguem por equidade, se assim for convencionado pelas partes, o prazo para
apresentação da sentença arbitral, a indicação da lei nacional ou das regras corporativas
aplicáveis à arbitragem, quando assim convencionarem as partes, a declaração da
responsabilidade pelo pagamento dos honorários e das despesas com a arbitragem e a fixação
dos honorários do árbitro, ou dos árbitros.
14

 Do Sigilo no processo de Arbitragem

Com a exceção dos casos em que a Administração Pública faça parte da demanda, o sigilo no
processo de arbitragem fica subentendido como regra na técnica; Assim como existem
pessoas que não demonstram problema algum em dar uma entrevista acerca do seu caso no
Poder Judiciário, existem também pessoas que desejam um pouco de privacidade em suas
ações, seja pelo objeto da demanda ser algo que cause constrangimento, seja para manter a
privacidade em segurança acerca de um assunto em particular, existem inúmeros motivos para
se exigir privacidade em uma ação e a arbitragem pode proporcionar isso. No que diz respeito
a Administração Pública, ela não pode gozar do sigilo nos processos de arbitragem, pois a
mesma está subordinada aos parâmetros do Art.37, caput da Constituição Federal no que diz
respeito a publicidade18 dos atos da Administração Pública, dando o artigo constitucional a ela
a obrigatoriedade da chamada transparência em todos os seus atos aos seus cidadãos.

18
Art. 37: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte:”. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do
Brasil. Brasília, DF: Senado 1988.
15

CONCLUSÃO

No decorrer da leitura desta monografia podemos concluir que o instituto da arbitragem é uma
opção a mais para a solução de suas demandas que não fosse tão burocrática, trazendo para os
cidadãos de forma simples, decisões mais rápidas que apresenta a mesma força de uma
sentença proferida por um juiz togado do Poder Judiciário; Que o próprio site do STJ já se
manifestou favoravelmente a respeito da Arbitragem declarando a importância da arbitragem
como uma solução eficaz diante os milhões de processos que estão atualmente tramitando no
Poder Judiciário e que, ainda sim, é uma via alternativa que deve ser mais usada, tendo eles a
tarefa de expandir o uso da arbitragem no Brasil, sendo essa tarefa de todos, uma forma de
diminuir a cultura da litigiosidade, que ainda é muito forte. Vimos também que para alguns
doutrinadores, a arbitragem pode sim, ser caracterizada como jurisdição estatal; Com base nas
pesquisas realizadas para a estruturação desta monografia, foi observado no capítulo “Desafio
da aplicação das técnicas de Arbitragem no Brasil” que a falta de divulgação, a forma errada
de implementação da técnica por algumas empresas e o preconceito são fatores essenciais
para que a Arbitragem não seja um meio alternativo de resolução de conflitos tão eficaz assim
no Brasil. Aprendemos que essa recente Reforma Trabalhista trouxe para o nosso
ordenamento jurídico uma adaptação da técnica da arbitragem para as questões trabalhistas
(algo que a princípio é polêmico para parte da população, mas que se usada corretamente, será
vantajoso ao Poder Judiciário e para as partes no que diz respeito a celeridade processual). Por
fim, o objetivo principal do trabalho, tendo como tópico especial o capítulo “A Eficácia do
Instituto da Arbitragem como meio alternativo de solução de conflitos” não era de explanar a
Arbitragem como a melhor solução para o desafogamento do Poder Judiciário, de apresentá-la
como a melhor alternativa entre as técnicas extrajudiciais de resolução de conflitos, tampouco
de trazer contradições negativas ao tema, mas sim de simplesmente abordar pontos
importantes do instituto para que a técnica seja vista de uma maneira mais positiva, tanto
entre os operadores do direito quanto a uma pessoa leiga que deseja saber mais acerca do
assunto através de uma linguagem não tão técnica, mas objetiva e de forma bem resumida
para um melhor proveito da sua leitura e compreensão das informações que estão colocadas à
disposição nesta presente monografia acadêmica.
16

REFERÊNCIAS

Legislação:

BRASIL. Lei da Arbitragem. Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. Brasília, DF: Senado
1996.

BRASIL. Código Comercial. Lei nº 556, de 25 de junho de 1850. Dom PEDRO SEGUNDO,
Assembleia Geral, 1850.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,
DF: Senado 1988.

BRASIL. Código Civil. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Brasília, DF: Senado 2002.

Documento eletrônico:

Instituto dos Advogados Brasileiros. País é o terceiro no mundo que mais utiliza a
arbitragem para solução de conflitos. Disponível em
<http://www.iabnacional.org.br/noticias/pais-e-o-terceiro-no-mundo-que-mais-utiliza-a-
arbitragem-para-solucao-de-conflitos> Acesso em 21 Out. de 2018.

Revista da EMERJ. A Jurisdicionalidade da Arbitragem. Disponível em


<http://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista15/revista15_189.pdf>
Acesso em 22 Out. de 2018.

STJ. Especialistas debatem concepções acerca da arbitragem no Brasil e na França.


Disponível em
<http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunicação/noticias/Notícias/Especialistas-
debatem-concepções-acerca-da-arbitragem-no-Brasil-e-na-França> Acesso em 21 Set. de
2018.

Jurisprudência:

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial nº 1.189.050 - SP (2010/0062200-


4). Relator: Ministro Luis Felipe Salomão. Recorrente: José Benedito dos Santos. Advogado:
Jeryceia Alves Chaves. Recorrido: MRV Serviços de Engenharia LTDA. Advogado: Renato Pires
Bellini e outro(s). Brasília (DF), 1º de março de 2016.

Doutrina:

CHIOVENDA, Giuseppe. Instituições de direito processual civil. v. II, p. 11. Trad. de J.


Guimarães Menegale (Trad.). São Paulo: Saraiva, 1965.

LIMA, Francisco Meton Marques de. Reforma trabalhista: entenda ponto por ponto. São
Paulo: LTr, 2017, p. 81

MENDES, Aluisio G. de Castro. Teoria Geral do Processo vol. 1. Rio de Janeiro: Lumen
Juris, 2009, p. 57
17

Cfr. “Prefácio”, in A arbitragem no processo civil brasileiro, pp. 7-8.

Cfr. “Os princípios jurídicos da Lei de Arbitragem”, n. 4, esp. p. 89.

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