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Procuração – é o meio pelo qual um indivíduo atribuir a outro poderes que o irão
dar a permissão de o representar em determinados locais.
O ordenamento jurídico angolano define a procuração como sendo o acto pelo
qual alguém atribui a outrem, voluntariamente, poderes representativos, art. 263º do
Código Civil.
Para Tiago Fachini, a procuração nada mais é do que um instrumento de
mandato, por meio do qual alguém concede poderes a outrem, por um prazo ou período
pré-definido.
Para Jose Antunes, a procuração é um negócio jurídico através do qual o
representado (dominus) atribui a outrem poderes representativos. Aquele a quem os
poderes são atribuídos designa-se por procurador, que assim fica legitimado para
praticar atos jurídicos em nome do representado, os quais irão produzir efeitos na esfera
jurídica do representado.
Ela pode ser:
1. Procuração simples
É a forma mais sucinta de procuração e costuma ser utilizada em situações de pouca
complexidade jurídica.
Contudo, embora de uso geral, a procuração simples não pode ignorar os requisitos
básicos estipulados pelo Código Civil para esse tipo de mandato.
Receber citação;
Confessar;
Reconhecer a procedência do pedido;
Transigir;
Desistir ou renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação;
Receber e dar quitação;
Firmar compromisso;
Assinar declaração de hipossuficiência econômica.
IRREVOGÁVEL
Mas já será irrevogável, que não se pode anular, definitiva, se tiver sido conferida
no interesse do procurador ou de terceiros, ficando o representado impossibilitado de
revogar ou anular livremente a procuração, a menos que obtenha aquiescência do
interessado.
A procuração designada “irrevogável” vem prevista no n.º 3 do artigo 265.º do
Código Civil «se a procuração tiver sido conferida também no interesse do procurador
ou de terceiros, não pode ser revogada sem acordo do interessado, salvo acordo justa
causa». Procuração irrevogável é, em síntese, aquela que não pode ser livremente
revogada pelo representado, por ter sido conferida também no interesse do procurador
ou de terceiros. Só podendo “extinguir-se” ou ser revogada com acordo do interessado
(o procurador ou o terceiro), ou ocorrendo justa causa, isto é, quando isso resultar da
relação subjacente à outorga dos poderes de representação, ou seja, da relação que
justifica e fundamenta a procuração
De notar que a morte ou interdição do mandante (dominus) não faz caducar o
mandato quando tenha sido conferido no interesse do mandatário ou de terceiros,
continuando a ter efeitos post mortem. Começaram em vida do representado e
sobrevivem à sua morte.
Com reserva: é a transferência provisória dos poderes recebidos (é essa que você
deverá juntar para os advogados que te ajudarão a atuar no processo).
Sem reserva: é a transferência definitiva dos poderes recebidos (equivale à
renúncia de poderes).
O outorgante pode impedir o procurador de realizar o substabelecimento. Para isso,
deve incluir uma cláusula no documento impossibilitando a ação. Casos em que não
exista tal exigência, o substabelecimento poderá ser feito.
PROCURAÇÕES FORENSES
Procuração forense = “procuração” + “forense”:
Procuração (em geral): é o ato pelo qual alguém atribui a outrem,
voluntariamente, poderes representativos (art. 262.º, n.º 1 do CC).
Forense: a palavra forense deriva de “foro”, relativo ao próprio do foro judicial
〈vocabulário forense〉, relativo aos tribunais 〈prática forense〉, em que se aplicam
técnicas e métodos científicos na investigação e resolução de crimes 〈ciência forense;
medicina forense〉
As procurações forenses são aquelas passadas aos Advogados para o exercício
do contrato de mandato forense em sentido amplo celebrado entre ambos, para
praticar um ou mais atos jurídicos em nome (e por conta) daquele (cliente).
A procuração forense a um documento que comprova que um mandante
transferiu para um advogado ou solicitador o poder de representá-lo legalmente,
podendo esse poder estar relacionado com poderes gerais ou especiais. Tudo depende
da vontade do mandante.
https://www.sociedadescomerciais.pt/procuracao-com-poderes-especiais/
https://www.e-konomista.pt/procuracao-forense/Flávio Mouta Mendes
https://www.sociedadescomerciais.pt/procuracao/
https://www.sociedadescomerciais.pt/procuracao-vs-mandato-separacao-ou-unidade/