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pela decisão proferida em processo alheio, ele se tornará parte legítima para ingressar no
processo. Trata-se, portanto, de um fato jurídico processual que implica a modificação de
processo que já existe.
*CLASSIFICAÇÃO:
A intervenção de terceiros por inserção é aquela que ocorre dentro da mesma relação jurídica
processual primitiva. Por exemplo, no caso da assistência, o assistente ingressa na mesma
relação jurídico-processual.
ASSISTÊNCIA
#ESPÉCIES:
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
a) incidente – constitui uma demanda incidente, pois agrega uma nova à já existente, dado o
pedido incidental que é agregado ao feito.
A denunciação da lide poderá ser exercida no mesmo processo nas hipóteses acima. Contudo,
ela pode ser manejada em ação regressiva autônoma quando for indeferida a denunciação da
lide, não for exercido o direito ou não for permitido o ingresso na ação principal. Portanto, a
ação regressiva não constitui um ônus processual, mas apenas uma faculdade. Caso a parte
não promova a denunciação, terá apenas perdido a oportunidade de observação de regresso
no mesmo processo. A denunciação da lide poderá ocorrer tanto pelo autor como pelo réu.
Caso a denunciação da lide ocorra pelo autor, ela deverá ser feita com o ajuizamento da inicial;
caso seja feita pelo réu, ela deverá ocorrer com a contestação.
CHAMAMENTO AO PROCESSO
#HIPÓTESES:
Admite-se o chamamento ao processo dos demais fiadores quando a ação for proposta
apenas contra um deles.
AMICUS CURIAE
O amicus curiae atua no processo para a defesa de determinado ponto de vista. Poderá ser
utilizado para ampliar a legitimidade democrática da decisão judicial com a pluralização do
debate. Assim, o amicus curiae trará elementos importantes para o julgamento da demanda.
Segundo Fredie Didier Jr., o amicus curiae é o terceiro que, espontaneamente, a pedido da
parte ou por provocação do órgão jurisdicional, intervém no processo para fornecer subsídios
que possam aprimorar a qualidade da decisão.
ATOS/FATOS JURÍDICOS
O processo constitui um encadeamento de atos que são organizados para se chegar à decisão
final. Esses atos encadeados são os atos processuais, que são praticados em ordem de acordo
com as regras do procedimento. Os atos jurídicos processuais assumem diversas classificações.
Temos os atos jurídicos processuais em sentido estrito que envolvem os atos processuais que
conhecemos, tais como a citação, a contestação, a juntada de documentos, o testemunho etc.
Temos atos-fatos processuais que independem de qualquer manifestação de vontade, mas que
trazem consequências para o mundo jurídico, como é o caso da revelia, decorrente não da
manifestação, mas da omissão da parte.
Dada a importância do art. 190, vamos colocá-lo como um capítulo próprio para uma análise
acurada. O art. 190, do CPC, prevê que é possível que as partes estipulem mudanças no
procedimento, uma vez que as partes são colocadas como gestores do procedimento. De
acordo com a doutrina, negócio processual é o fato jurídico voluntário, em cujo suporte fático
se reconhece ao sujeito o poder de regular, dentro dos limites fixados no próprio ordenamento
jurídico, certas situações jurídicas processuais ou alterar o procedimento. Esses negócios
jurídicos processuais (também conhecidos como acordos processuais) podem ser formulados
pelas partes ou com participação do juiz. A importância dessa classificação está no fato de que
não é necessária a participação do juiz, de forma que o ato é válido independentemente de
homologação do juiz.
De acordo com o parágrafo único do art. 190 – acima citado - o juiz deverá, de ofício ou a
requerimento das partes, controlar a validade desses negócios (“dessas convenções”), devendo
recusá-las, em três situações:
nulidade do negócio jurídico processual (por exemplo, coação, dolo, lesão, etc.)
convenção entre litisconsortes para estipular o tempo das alegações finais orais
As cláusulas gerais são normas com diretrizes indeterminadas, que não trazem expressamente
uma solução jurídica (consequência). A norma é inteiramente aberta. Uma cláusula geral, em
outras palavras, é um texto normativo que não estabelece, a priori, o significado do termo
(pressuposto), tampouco as consequências jurídicas da norma (consequente). Sua ideia é
estabelecer uma pauta de valores a ser preenchida de acordo com as contingências históricas.
O art. 190 estabelece alguns requisitos para que o negócio seja firmado validamente:
versar sobre direitos que permitam a autocomposição, vale dizer, apenas poderá envolver
direitos disponíveis.
CALENDÁRIO PROCEDIMENTAL
Outro instituto novo que temos no CPC é a denominada calendarização processual. Veja o que
nos diz a doutrina: como técnica processual voltada para a gestão eficiente do tempo no
processo (arts. 4ºa 8º, CPC), o novo Código prevê a possibilidade de calendarização do
procedimento. Vale dizer: o juiz e as partes, em regime de diálogo, podem acertar datas para a
realização dos atos processuais. As partes podem, portanto, fixar um calendário para a prática
de atos processuais, proporcionando mais agilidade na condução do processo e economia de
tempo, isso ocorre porque é desnecessária a intimação das partes para a realização de atos
cujas datas estejam definidas no calendário. O resultado dessa prática será reduzir o trabalho
burocrático no cartório e eliminar o tempo morto do processo. Trata-se de uma espécie típica
de negócio jurídico processual. Além de maior celeridade, entende-se que a calendarização
processual irá permitir maior segurança jurídica em razão da previsibilidade da duração do
processo.