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A intervenção de terceiros no novo

CPC
Neste artigo será tratado a forma pela qual o Novel
Diploma trata a questão da Intervenção de Terceiros, apontando
as diferenças com relação ao Estatuto anterior, bem como as
alterações e novidades trazidas em seu Título III do Livros III,
especialmente sobre as novas modalidades inseridas, quais
sejam, o Incidente de Desconsideração de Personalidade
Jurídica e oAmicus Curiae:

1.Noções Gerais

Intervenção de Terceiros pode ser conceituada como


oportunidades legalmente concedidas à pessoa não
participante de determinada relação jurídica processual para
nela atuar ou ser convocado a atuar, na defesa de interesses
jurídicos próprios.

No Novo CPC, a Intervenção de Terceiros está contida


dentro da parte geral do Código, no Livro III, Título III, estando
disciplinada a partir do artigo 119. Em função dessa localização
que o legislador a deu no Diploma, é possível concluir que a
partir de agora a Intervenção de Terceiros será aplicável
a todos os procedimentos, diferentemente do que ocorria no
CPC/1973, onde em regra admitia-se a Intervenção apenas no
processo de conhecimento de procedimento comum ordinário,
havendo restrições no procedimento comum sumário (por força
do disposto no artigo 280 do CPC/73 que excetuava a
assistência), nos procedimentos especiais e na execução.

Desta forma, o CPC/2015 acaba ampliando as hipóteses


de cabimento deste instituto, o que pode facilitar o cotidiano
dos operadores do Direito, muito embora, em algumas
situações, tal fato fez com que o jurista deva ter maior atenção
na forma em que milita dentro de determinada demanda, como
será demonstrado a seguir.

1.1.CPC/1973 X CPC/2015

Como já mencionado, no Estatuto de 2015 de plano a


possibilidade de se valer da Intervenção de Terceiros abarca
todos os procedimentos, diferente do que ocorria no Código de
1973 , onde esta estava cingida ao procedimento comum
ordinário.

Além disso, foram alteradas as modalidades existentes,


seja pela sua supressão e pela criação de novas modalidades.

No CPC de 1973, eram as seguintes modalidades


existentes:

 Assistência;

 Oposição;

 Nomeação à Autoria;

 Denunciação da Lide

 Chamamento ao processo.

Por sua vez, no Novo CPC, a Oposição deixou de ser


uma modalidade de Intervenção de Terceiros passando a ser um
procedimento especial disciplinado no artigo 682 e seguintes do
NCPC. A modalidade da Nomeação à Autoria deixou de existir,
onde por força do artigo 339 do NCPC, quando o réu alegar em
sede de preliminar a ilegitimidade de parte, deverá indicar o
sujeito passivo da relação jurídica, sempre que tiver de
conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais
e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de
indicação. Por fim, houve a inserção de duas modalidades
novas: o Incidente de Desconsideração de Personalidade
Jurídica, disciplinado nos artigos 133 ao 137 do NCPC e
do Amicus Curiaetratado no artigo 138 deste Código.

Resumidamente, a Intervenção de Terceiros a partir do


CPC/2015 passará a ter as seguintes modalidades:

 Assistência;

 Denunciação da Lide;

 Chamamento ao Processo;

 Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica;

 Amicus Curiae.
1.2.Intervenções Espontâneas X Intervenções
Provocadas

Antes de se analisar as modalidades de Intervenção de


Terceiros, é interessante trazer à tela a presente divisão
doutrinária das Intervenções.

Por Intervenções Espontâneas, entende-se que são


àquelas de iniciativa de um terceiro que não faz parte da
relação processual, sendo o caso da Assistência e do Amicus
Curiae.

Já as Intervenções Provocadas ocorrem quando uma


parte do processo chama um terceiro estranho à relação para
integra-la, sendo, portanto, o que ocorre na Denunciação da
Lide, Chamamento ao Processo, Incidente de Desconsideração
de Personalidade Jurídica e também no Amicus Curiae, sendo
este portanto uma figura híbrida.

Postas tais questões iniciais, passa-se a seguir à análise


das modalidades em sí:

2.Da Assistência

A Assistência pode ser entendida como a modalidade de


Intervenção de Terceiros Espontânea, cuja finalidade é que um
terceiro estranho a relação processual auxilie a parte em uma
causa em que tenha interesse jurídico.

Tal modalidade poderá ser admitida em qualquer


procedimento e em todos os graus de jurisdição.

Feito o pedido de assistência, as partes terão o prazo de


15 dias para impugna-lo, onde havendo a impugnação, o juiz
decidirá o incidente sem suspender o processo.

Não sendo realizada a impugnação neste prazo, ou não


sendo o caso de rejeição liminar (quando faltar ao terceiro
interesse jurídico) o pedido será deferido e o assistente
ingressará no processo, recebendo-o no estado em que se
encontre, ou seja, não haverá novamente a prática de atos já
realizados quando do seu ingresso na demanda.
Assistência pode se dar de duas formas: simples e
litisconsorcial.

2.1.Da Assistência Simples

A Assistência Simples é aquela realizada por terceiro que


pretende, apenas, auxiliar uma das partes da vitória do feito,
estando disciplinada nos artigos 121 à 123 do NCPC.

O assistente simples exercerá os mesmos poderes e


estará sujeito aos mesmos ônus processuais que o assistido, ou
seja, não poderá exercer os atos praticados pelo assistido, por
exemplo, caso o assistido não recorra de determinada decisão,
o assistente não poderá recorrer.

Todavia, ressalta-se que, embora a atuação do assistente


esteja adstrita aos atos praticados pelo assistido, poderá o
assistente ser considerado o substituto processual do assistido
caso este seja revel ou omisso.

Além disso, ainda que haja a Assistência simples, a parte


principal poderá reconhecer a procedência do pedido, desistir
da ação ou renunciar ao direito que se funda a ação ou transigir
sobre direitos incontroversos.

Por fim, havendo o transito em julgado da sentença do


processo em que o assistente interviu, este não poderá discutir
a justiça da decisão em processo posterior salvo se alegar e
provar que, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir
na sentença em decorrência do estado em que recebeu o
processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido e no
caso de provar que desconhecia a existência de alegações ou
de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.

2.2.Da Assistência Litisconsorsial

Disposta no artigo 124 do NCPC, a Assistência


Litisconsoricial restará configurada quando o terceiro intervir
no processo com a intenção de formar um litisconsórcio
ulterior, sempre que a sentença irá influir na relação jurídica
entre ele e o adversário do assistido.
Isto ocorre, pois o assistente litisconsorcial tem relação
direta com a parte adversa doassistido. Neste caso o assistente
defende direito seu em juízo, em litisconsórcio com o assistido.

É a clássica situação de uma ação de despejo entre


locador e locatário, e que ainda há um contrato de sublocação.
Neste caso, o sublocatário poderá intervir como assistente
litisconsorcial do locatário, já que será influenciado pelo
resultado da sentença a ser proferida na demanda.

3.Da Denunciação da Lide

Tratada nos artigos 125 ao 129 do NCPC, a Denunciação


da Lide é a modalidade de intervenção provocada onde o Autor
e Réu pretendem resolver demanda regressiva contra um
terceiro, onde aquele que eventualmente perder a demanda já
aciona um terceiro para que este o indenize em ação de
regresso. Simplificadamente, pode-se dizer que a Denunciação
da Lide nada mais é do que uma ação de regresso incidente a
um processo já existente.

O CPC/2015 inova nesta modalidade ao deixar de torna-


la obrigatória, e sendo cabível apenas em duas hipóteses:

 ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo


domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa
exercer os direitos que da evicção lhe resultam, sendo
permitida, neste caso, uma única denunciação sucessiva,
promovida pelo denunciado, contra seu antecessor
imediato da cadeia dominial ou quem seja responsável por
indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo
promover nova denunciação;

 àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a


indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for
vencido no processo.

O Novo CPC ainda inova ao trazer que, caso a


denunciação da lide seja indeferida, deixe de ser promovida ou
não for permitida, o direito regressivo poderá ser exercido por
ação autônoma, que, inclusive, poderá ser distribuída por
dependência.
Poderá o direito de regresso também ser discutido em
ação autônoma quando, na denunciação sucessiva, no caso do
denunciado sucessivo, quer não pode promover nova
denunciação.

No tocante a citação do denunciado, esta deverá ser


requerida na petição inicial, sendo o denunciante o autor ou na
contestação no caso do denunciante ser o réu, sendo este o
momento processual para exercer exerce-la.

Sendo deferido, o juiz, de ofício, mandará proceder a


respectiva anotação pelo distribuidor nos termos do parágrafo
único do artigo 286 do NCPC.

No caso da denunciação ser feita pelo autor, o


denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do
denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial,
devendo, desta forma, ser procedida à citação do réu.

Porém sendo ela feita pelo réu, o artigo 128 do NCPC, traz
3 consequências que podem ocorrer:

 Denunciado contestar o pedido do Autor: nesta hipótese,


o processo prosseguirá, formando na ação principal um
litisconsórcio entre o denunciante e denunciado;

 Denunciado for revel: ocorrendo tal situação, o


denunciante poderá deixar de prosseguir com sua defesa,
eventualmente oferecida, bem como abster-se de recorrer,
restringindo sua atuação à ação regressiva;

 Denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na


ação principal: neste caso, o denunciante poderá
prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal
reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de
regresso. Todavia, pontua-se que a que a confissão do
denunciado não prejudica a defesa do denunciante (réu)
na ação contra o autor

O julgamento da demanda principal será conjunto com a


denunciação à lide, e, sendo o pedido da ação principal julgado
procedente, poderá o autor requerer o cumprimento da
sentença também contra o denunciado, nos limites da
condenação deste na ação regressiva.
A denunciação da lide, embora seja ação autônoma,
possui dependência em relação à ação principal, ou seja, só
haverá necessidade de julgar a denunciação se a ação principal
for julgada contra o denunciante, situação em que o juiz terá
que analisar o direito de regresso do denunciante e, relação ao
denunciado.

Em relação a sucumbência, se a ação principal foi


improcedente, então significa que a denunciação da lide foi
desnecessária e assim o denunciante pagará as verbas de
sucumbência em relação ao denunciado.

Por fim, pontua-se que, com o CPC/2015, não é mais


cabível a denunciação per saltum, ou seja, quando o
adquirente, denominado evicto, quiser exercer os direitos
resultantes da evicção, poderá notificar qualquer componente
da cadeia negocial, ou seja, o alienante imediato ou alienantes
mediatos, demandando assim em face daquele que não possui
qualquer relação jurídica de direito material, admitida na
sistemática do CPC/1973 por força do artigo 456 do Código Civil,
que foi revogado pelo artigo 1072 do NCPC.

1. Do Chamamento ao Processo
Tratado nos artigos 130 ao 132 do NCPC, Trata-se de
direito do réu de chamar, para ingressar no polo passivo da
demanda, os corresponsáveis por determinada obrigação.

Diferencia-se da denunciação da lide, uma vez que nesta


se tem a ação de regresso e deve-se demonstrar que o
denunciado é que deverá responder pela condenação, no
chamamento ao processo a condenação é automática, estando,
portanto, ligado a ideia de solidariedade.

Não é uma modalidade de intervenção obrigatória,


podendo ser feito apenas pelo Réu, tendo por fim a economia
processual, visto que não seria necessário um novo processo de
cognição exauriente para regular a corresponsabilidade.

Tem cabimento nas seguintes hipóteses:

 Do afiançado, na ação em que o fiador for réu;

 Dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou


alguns deles;
 Dos demais devedores solidários, quando o credor exigir
de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.

O chamamento ao processo deve ser realizado pelo réu


no ato da contestação, sob pena de preclusão. Se não realizar o
pedido na contestação, em caso de sucumbência, terá que
ajuizar nova ação contra os corresponsáveis.

Além disso, a citação deverá ser promovida em 30 dias


sob pena de ficar sem efeito o chamamento, sendo tal prazo é
peremptório, portanto, e corre a partir do despacho do juiz que
deferir a citação dos corresponsáveis. O prazo de 30 (trinta)
dias, todavia, não é para a realização do ato em si, mas sim
para que o réu implemente as condições necessárias a
realização da citação, como pagamento de custas, cópias,
endereços e etc.

Por fim, a sentença de procedência valerá como título


executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que
possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um
dos codevedores, na proporção da sua quota.

1. Do Incidente de Desconsideração da Personalidade


Jurídica
A desconsideração da personalidade jurídica é instituto
previsto no Código de Defesa do Consumidor (art. 28) e no
Código Civil (art. 50), que autoriza imputar ao patrimônio
particular dos sócios, obrigações assumidas pela sociedade,
quando e se a pessoa jurídica houver sido utilizada
abusivamente, como no caso de desvio de finalidade, confusão
patrimonial, liquidação irregular, dentre outros.

O instituto contempla, também, a


chamada desconsideração inversa, em que se imputa ao
patrimônio da sociedade o cumprimento de obrigações pessoais
do sócio.

A inovação do CPC/2015, foi regular em nível processual


tal matéria.

Tal incidente é cabível em todas as fases do processo de


conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução de
título extrajudicial, sendo instaurado a pedido da parte ou do
Ministério Público, nos casos em que lhe couber intervir no
processo, devendo haver para tanto, a observância dos
requisitos legais dos artigos 28 do CDC e/ou 50 do Código Civil.

Uma vez instaurado, o incidente deverá ser


imediatamente comunicado ao distribuidor para as anotações
devidas, sendo que, qualquer alienação feita após isso, será
considerada fraude à execução.

Vale ressaltar que tal modalidade de intervenção terá


grande impacto na área empresarial, sobretudo na recuperação
judicial, pois em havendo o concurso de credores, aquele que
pedir por primeiro o incidente também terá a preferência sobre
os bens encontrados.

Outro ponto que merece ser destacado é que, embora o


Novo CPC não traga isso de forma expressa, no incidente de
desconsideração é cabível o pedido das tutelas provisórias de
urgência, isso porque como estas estão dispostas na parte
geral do Código, têm aplicabilidade a todas as fases e
procedimentos do Diploma, contanto que preenchidos seus
requisitos para ser concedida, devendo apenas o pedido ser
feito.

A instauração do incidente será dispensada se a


desconsideração da personalidade jurídica for requerida na
petição inicial, hipótese em que o sócio ou pessoa jurídica será
citado.

Por outro lado, uma vez instaurado o incidente, o sócio ou


pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as
provas cabíveis no prazo de 15 dias. Aqui pontua-se uma
observação: para se evitar problemas, como a possível
dilapidação do patrimônio ou a ocultação de bens, com o
contraditório prévio trazido pelo artigo 135, é recomendável já
se pedir juntamente com o incidente a tutela antecipada, por
exemplo, no pedido do incidente já pedir em sede de tutela de
urgência o bloqueio on-line dos bens.

Sendo citado, o sócio ou pessoa jurídica será parte no


processo, não podendo se defender por meio de Embargos de
Terceiro, mas tão apenas pela manifestação a que diz respeito
o artigo 135 do NCPC, onde poderá se defender tanto
demonstrando que não estão presentes os requisitos para a
desconsideração, manifestando-se no sentido de obter
provimento jurisdicional favorável ao responsável originário,
bem como em nome dos princípios do contraditório, ampla
defesa e devido processo legal, alegar outras matérias afetas
ao mérito do incidente, tais como excesso de execução,
cálculos incorretos, dentre outros.

Finda a instrução o incidente será resolvido, em regra,


por decisão interlocutória que pode ser recorrida mediante o
recurso de Agravo de Instrumento, nos termos do artigo 1015 do
NCPC. Porém caso a decisão que resolver o incidente for
proferida pelo relator, caberá o recurso de Agravo Interno.

Finalmente, uma vez acolhido o pedido de


desconsideração, a alienação ou oneração de bens, havida em
fraude á execução, será ineficaz em relação ao requerente.

1. Do Amicus Curiae
Outra inovação trazida pelo CPC/2015, o Amicus
Curiae é uma modalidade de intervenção, tanto espontânea
quanto provocada, onde um terceiro, sem interesse jurídico, irá
instruir o poder judiciário para que a decisão por este proferida
seja mais qualificada, motivada. Ou seja. O Amicus Curiae irá
qualificar o contraditório trazendo mais subsídios para a
decisão do juiz, apresentando dados proveitosos à apreciação
da demanda, defendendo, para tanto, uma posição institucional.

A partir do Novo Código, tal intervenção poderá ser


aplicada em todos os graus de jurisdição.

Ressalta-se que o Amicus Curiae não pode ter interesse


jurídico na causa, apenas institucional, pois se assim fosse,
estaríamos diante de outra modalidade de intervenção, a
Assistência.

Será admitido pelo juiz ou relator, considerando a


relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da
demanda ou a repercussão social da controvérsia, de ofício ou a
requerimento das partes, mediante decisão irrecorrível,
cabendo ao juiz ou relator definir os poderes do Amicus Curiae.

Por fim, pontua-se que tal intervenção não implica em


alteração de competência nem autoriza a interposição de
recurso, salvo o caso de Embargos de Declaração ou no caso da
decisão julgar o incidente de resolução de demandas
repetitivas.

Esta foi uma breve explicação de como o Novo Código de


Processo Civil trata as formas de intervenção de terceiros
dentro do processo civil, em especial após as alterações que
foram promovidas com sua edição.

Referencias Bibliográficas:

TARTUCE, Fernanda – Resumão Jurídico – Novo CPC. 1


ed. 4ª Tiragem. São Paulo: Barros Fischer e Associados,
Novembro de 2015.

OAB/RS, ESA – Novo Código de Processo Civil


Anotado. Porto Alegre. Rio Grande do Sul, 2015

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