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Princípio do Prejuízo
Nos termos do item anterior, temos mais um princípio que representa repúdio a
qualquer veneração às formalidades que não se mostrem imprescindíveis ao
esclarecimento da verdade. O Código previu que “nenhum ato será declarado nulo
se, da nulidade, não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa” (art. 563
do CPP).
Nos termos deste princípio, que é comumentente referido pela expressão francesa
pas de nullité sans grief, é pressuposto inafastável para a invalidação de qualquer
ato processual a ocorrência de efeitos prejudiciais ao processo ou às partes,
mostrando-se inábil, para o decreto de nulidade, a mera imperfeição do ato.
Princípio do Interesse
O postulado em análise, Princípio do Interesse, define basicamente que só pode
arguir a nulidade de algum ato aquele que, de fato, tiver interesse em tal. Assim
sendo, proíbe-se a arguição de nulidade pelo sujeito que a causou ou pelo sujeito
que por ela tenha sido favorecido de alguma forma, e também se veda a arguição
de nulidade referente à formalidade em cuja observância só a outra parte possa ter
interesse (art. 565 do CPP).
“Art. 565. Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado
causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja
observância só à parte contrária interesse”.
Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão
verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.”
A revelia possui três efeitos no Novo CPC, quais sejam: a presunção da veracidade
dos fatos alegados pelo autor, desnecessidade de intimação do réu revel e
julgamento antecipado por mérito.
Um dos efeitos mais importantes da revelia é a presunção da veracidade das
alegações fáticas pelo autor.
É importante dizer que essa presunção é relativa e pode ser afastada,
especialmente, mas não se limitando pelas hipóteses elencadas no art. 345 do
Código de Processo Civil.
Nos termos do art. 346 do CPC, sendo o réu revel e não tendo advogado constituído
nos autos, os prazos fluirão da data de publicação no órgão oficial, independente de
sua intimação.
Vale frisar, que nem toda intimação de ato processual se dá por diário oficial, como
nos casos de prazos determinados em audiência.
Quanto a sentença, divide-se em três correntes:
Importante ressaltar que, por força do art. 370 do CPC, o juiz poderá de ofício
determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
Em suma, a revelia pode ocorrer pela inércia do réu em não apresentar a
contestação ou apresentando-a de forma intempestiva ou em comarca diversa.
São os efeitos dela:
12) O que significa “contradita”. Qual o momento para sua arguição? Uma vez
indeferida, qual deverá ser a atitude da parte interessada?
R- Conforme matéria publicada no Site da Justiça do Trabalho, contradita de
testemunha é muito comum nas ações trabalhistas, é o ato pelo qual uma das
partes da ação tenta impedir a inquirição com o valor probatório de testemunha
apresentada pela parte contrária, por entender que ela é impedida, suspeita ou
incapaz, ou melhor dizendo, contraditar testemunha significa questionar a
parcialidade dela para fazer prova no processo.
De acordo com o Código de Processo Civil, o momento oportuno para se contraditar
a testemunha é logo após ela ser qualificada e antes que preste o compromisso de
dizer a verdade. Se julgar necessário, o juiz poderá admitir o depoimento de
testemunhas suspeitas, mas os depoimentos deverão ser prestados sem
compromisso legal, o que lhes confere menor poder de persuasão na formação da
convicção do julgador, pois serão meros informantes.
O momento para sua arguição, impugnação deve ser feita logo após o término da
qualificação e pode ser concernente aos incapazes, e uma vez indeferida, a parte
interessada deverá conforme o art.457 §1º CPC: “É lícito à parte contraditar a
testemunha, arguindo-lhe a incapacidade, o impedimento ou a suspeição, bem
como, caso a testemunha negue os fatos que lhe são imputados, provar a contradita
com, documentos ou com testemunhas, de até 3 (três) apresentadas no ato e
inquiridas em separado”
Referências:
BEZERRA LEITE, Carlos Henrique, Curso de Direito Processual do Trabalho, ed.
Saraiva, 19ª edição, 2021
https://portal.trt3.jus.br/internet/conheca-o-trt/comunicacao/noticias-juridicas/nj-juiza-
reconhece-suspeicao-de-testemunha-que-era-amiga-intima-do-reclamante#:~:text=
A%20contradita%20de%20testemunha%2C%20muito,%C3%A9%20impedida%2C
%20suspeita%20ou%20incapaz.
https://www.conjur.com.br/2018-jan-11/zambrano-pedido-liquido-paradigma-process
o-trabalho#:~:text=A%20principal%20novidade%20trazida%20pela,em%20todas%2
0as%20reclama%C3%A7%C3%B5es%20trabalhistas.
CLT