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PROF. ALUISIUS OENNING.

Princípios já comentados: imparcialidade do juiz, igualdade, contraditório,


princípio da ação, devido processo legal, publicidade dos atos processuais.

PRINCÍPIO DA BOA-FÉ PROCESSUAL: o princípio da boa fé, ele exige que


todos os participantes do processo atuem com boa fé, ou seja, é a intenção de
se portar com justiça lealdade, da pureza das intenções, sinceridade, para isso
O CPC enumera no artigo 80 as hipóteses em que haverá má fé.

Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:

I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei


ou fato incontroverso;

II - alterar a verdade dos fatos;

III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;

IV - opuser resistência injustificada ao andamento do


processo;

V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou


ato do processo;

VI - provocar incidente manifestamente infundado;

VII - interpuser recurso com intuito manifestamente


protelatório.

PRINCÍPIO DA EFETIVIDADE:

É o direito a um processo efetivo, tem fundamento constitucional no artigo 37,


pois o estado tem o dever de prestar justiça efetiva com base na duração
razoável no processo e da celeridade.
PROF. ALUISIUS OENNING.

PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO:

O princípio da adequação, nada mais é do que a tentativa de adequação das


normas, regras processuais e procedimentos, adaptando-os às
peculiaridades de cada caso concreto, conferindo efetividade da tutela
jurisdicional.

Assim, “O princípio da adequação não se refere apenas à estruturação do


procedimento. A tutela jurisdicional há de ser adequada; o procedimento
(processo) é apenas uma forma de encarar esse fenômeno

Tecidas tais considerações podemos resumir o entendimento de que a


adequação jurisdicional nada mais é do que a permissão legal ao juiz, ou órgão
jurisdicional, para buscar adaptar o procedimento às necessidades da causa que
estejam sob sua responsabilidade em julgar.

Exemplo: Audiência por videoconferência, pois as comarcas são distantes.

PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO E O MODELO DE PROCESSO CIVIL


BRASILEIRO

O princípio da cooperação ele vem expressamente consagrado no artigo sexto


do CPC, onde diz que todos devem cooperar para O processo sair em tempo
razoável tendo uma decisão de mérito justa e efetiva, também a relação desse
princípio com o princípio da efetividade.

1. Por exemplo: a pessoa detém documento de uma propriedade de


herança, juiz solicita que este documento seja apresentado sob pena de
multa, ou seja, ele obriga a parte a cooperar com o processo para que o
processo não venha a demorar.
PROF. ALUISIUS OENNING.

O princípio da cooperação torna devidos os comportamentos necessários à obtenção


de um processo leal e cooperativo.

Disso surgem DEVERES DE CONDUTA para as partes e para o Estado.

PARTES:
a) dever de esclarecimento: os demandantes devem redigir a sua demanda
com clareza e coerência, sob pena de inépcia;
b) dever de lealdade: as partes
não podem litigar de má-fé (arts. 79-81 do CPC), além de ter de observar o
princípio da boa-fé processual (art. Sº, CPC);
c) dever de proteção: a parte não pode causar danos à parte adversária (punição
ao atentado, art. 77, VI,CPC; há a responsabilidade objetiva do exequente nos
casos de execução injusta, arts. 520, I, e 776, CPC).

Quanto ao dever do ESTADO:

Deve zelar pelo efetivo contraditório

PRINCÍPIO DO RESPEITO AO AUTO REGRAMENTO DA VONTADE NO


PROCESSO:

A liberdade é um dos principais e mais antigos direitos fundamentais.

E o direito processual civil também é regido por esse princípio da Liberdade.

É correto que esse princípio da Liberdade não tem no direito processual civil a
mesma definição de que todos são livres, mas sim a definição de conceder as
partes certa Liberdade processual como por exemplo na realização de
acordos na vontade da parte em praticar determinado ato processual.
PROF. ALUISIUS OENNING.

Enfim esse princípio Visa a obtenção de um ambiente processual em que é um


direito fundamental de auto regular-se ou seja a Liberdade, possa ser exercida
pelas partes sem restrições injustificadas.

Exemplos:

I) O CPC é estruturado de modo a estimular a solução do conflito por


autocomposição: a) dedica um capítulo inteiro para regular a mediação
e a conciliação (arts. 165-175);
II) O CPC prevê um número bem significativo de negócios processuais
típicos, tais como: a eleição negocial do foro (art. 63); o negócio tácito
de que a causa tramite em juízo relativamente incompetente (art. 65);
escolha consensual de mediador, conciliador ou câmara privada de
mediação ou conciliação (art. 168); o calendário processual (art. 191,
CPC); a renúncia ao prazo (art. 225); o acordo para a suspensão do
processo (art. 313, II); a renúncia tácita à convenção de arbitragem
(art. 337, § 6º); o adiamento negociado da audiência (art. 362, I, CPC);
organização consensual do processo (art. 357, § 2º); a convenção
sobre ônus da prova (art. 373, §§ 3º e 4º); a escolha consensual do
perito (art. 471); desistência da execução ou de medida executiva (art.
775); a desistência do recurso (art. 998); a renúncia ao recurso (art.
999); a aceitação da decisão (art. 1.000) etc

PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO JULGAMENTO DO MÉRITO:

De acordo com esse princípio o órgão julgador a justiça deve priorizar a decisão
de mérito é o que consta no artigo 4 do CPC.

Resumidamente, se uma ação foi ajuizada ela deve ser julgada


obrigatoriamente, seja o pedido inicial seja em recurso.
PROF. ALUISIUS OENNING.

PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA PROTEÇÃO DA CONFIANÇA

O princípio da proteção da confiança leva em conta a boa-fé do cidadão que


acredita e espera que os atos praticados pelo poder público sejam lícitos e,
nessa qualidade, serão mantidos e respeitados pela própria Administração e por
terceiros.

Influi no grau de confiança que o indivíduo tem no Ordenamento Jurídico.

Exemplo: Um ordenamento jurídico que se altera muitas vezes, em um lapso


temporal curto, afeta a confiança individual acerca do ordenamento.

Logo, o que o estado usa para conferir a confiança aos indivíduos, o estado se
utiliza de uma característica peculiar que é a coisa julgada ponto somente
decisões judiciais podem se tornar indiscutíveis s pela coisa julgada, ou seja tal
decisão irá se manter logo trará confiança ao sistema e ao indivíduo.

PRINCÍPIO DE RESPEITO AOS PRECEDENTES:

Garante ao jurisdicionado ao indivíduo a segurança de que a conduta por ele


adotada com base na jurisprudência dos tribunais já consolidada não será
alterada ou qualificada de forma diferente da forma que vem senda entendida.

Esse princípio também se correlaciona com o princípio da confiança e garante


ao jurisdicionado um modelo seguro acerca de sua conduta.

Resumidamente, esse princípio afirma que os juízes dos tribunais devem


obedecer às súmulas e precedentes dos tribunais superiores. Sob pena de
afetar o princípio de respeito aos precedentes.

Processo Conceito:
PROF. ALUISIUS OENNING.

O processo civil é o rumo do direito que contém as regras e os princípios que


tratam da jurisdição civil, ou seja, a aplicação da lei a casos para a solução de
conflitos pelo estado, então podemos dizer que o processo civil é conflito de
interesses + pretensão levada ao estado juiz.

Constituição e processo.

Existe um liame entre a disciplina do processo civil e a Constituição federal


que é o regime constitucional em que o processo se desenvolve todo o direito
processual tem suas linhas fundamentais traçadas pelo direito constitucional o
qual vai fixar a estrutura dos órgãos da justiça a distribuição da justiça e a
efetividade do direito estabelece alguns princípios constitucionais.

O processo civil como norma infraconstitucional, abaixo da Constituição, se


submente as normas gerais da CF/88. Art. 1º CPC.

Constituição significa ordem jurídica fundamental do estado e da


sociedade, a Constituição não é apenas Constituição do estado, mas sim
compreende estruturas fundamentais da sociedade. Logo, o processo civil
deve se subordinar aos valores e princípios constitucionais como aqueles que
fundamentam a República: soberania cidadania segurança jurídica estado
democrático de direito dignidade da pessoa humana valores do trabalho livre
iniciativa no moralismo político, pois a Constituição da direção ao ordenamento
jurídico, logo processo civil se submete a todas as determinações emanadas
pela Constituição federal.

A maior parte dos princípios que regem o processo civil está na Constituição
federal e alguns deles foram reproduzidos nos primeiros artigos do CPC, como
princípios são diretrizes que devem nortear a aplicação e a interpretação das
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normas é praticamente impossível estudar e compreender o processo civil sem


recorrer a Constituição federal.

Como por exemplo a garantia do acesso à justiça, isonomia, contraditório.

Direito material e direito processual

A lei atribui inúmeros direitos a coletividade normas de direito material são


aquelas que indicam quais os direitos de cada, por exemplo determinada
pessoa tem o direito de postular pensão alimentícia, determinada pessoa tem
direito de reivindicar a Posse de determinado bem.

Já as normas do processo (processuais) são meramente instrumentais, isto


é instrumento para fazer valer o direito material desrespeitado pois através
do processo o estado vai fazer a sua jurisdição para fazer valer o direito material.

• Direito material: interesse primário direito individual de cada um


• Direito processual: instrumento para fazer valer o direito material

Instrumentalidade do processo: o processo é justamente o instrumento de


jurisdição o meio de que o juiz se vale para aplicar a lei ao caso concreto a
prestação jurisdicional depende do processo.

Ou seja, a instrumentalidade do processo tem relação com o direito material pois


o direito processual só será efetivo se funcionar como um instrumento adequado
para a solução do conflito.

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