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• Modificação da competência

Só pode haver modificação de competência de foro nos casos em que for


relativa; a absoluta nunca.

As causas de modificação de competência são: a prorrogação, a


derrogação, a conexão e a continência.

PRORROGAÇÃO:
É consequência natural de a incompetência relativa não poder ser
conhecida de ofício (Súmula 33 do STJ), cumprindo ao réu alega- la como
preliminar de contestação, sob pena de haver preclusão.
Se o réu não se manifestar, aquele foro que era originariamente
incompetente (mas de incompetência relativa) tornar-se-á plenamente
competente, não sendo mais possível a qualquer dos litigantes ou ao juiz
(preclusão pro judicato) tornar ao assunto. A esse fenômeno dá-se o nome
de prorrogação de competência.

DERROGAÇÃO:
Ocorre quando há eleição de foro, isto é, quando, por força de
acordo de vontades (contrato), duas ou mais pessoas escolhem qual
será o foro competente para processar e julgar futuras demandas

As regras de eleição de foro não prevalecem sobre as da


conexão: isto é, a existência de foro de eleição não impedirá a
reunião de ações conexas, para julgamento conjunto

CONEXÃO

É um mecanismo processual que permite a reunião de duas ou


mais ações em andamento, para que tenham um julgamento
conjunto.
A principal razão é que não haja decisões conflitantes.
A reunião ainda se justifica por razões de economia processual,
já que uma única sentença irá servir para os dois processos.

CONTINÊNCIA:

relação entre duas ou mais ações quando houver identidade de


partes e de causa de pedir, sendo que o objeto de uma, por ser
mais amplo, abrange o das outras.

a reunião só se dará se a ação continente,(mais ampla), for


proposta posteriormente à ação contida(menos ampla).

Também serve para evitar decisões conflitantes.


A diferença da CONEXÃO é que temos um processo com objeto mais
amplo, que abrange os demais.

• INTERVENÇÃO DE TERCEIROS:

São terceiros aqueles que não figuram como partes: autores.


LOGO, INTERVENÇÃO: É quando aquele que não figurava até então no
processo passe a figurar

TERCEIRO PRECISA TER INTERESSE NA CAUSA, PRECISO ESTAR VINCULADO


DE ALGUMA FORMA.
NÃO É POSSÍVEL QUE HAJA A INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
ABSOLUTAMENTE ALHEIOS AO PROCESSO.

• INTERVENÇÃO DE TERCEIROS VOLUNTÁRIA E


PROVOCADA
VOLUNTÁRIA: Ela cabe ao próprio terceiro, é ele quem a manifesta.
PROVOCADA: A iniciativa não vem do terceiro, mas de uma das
partes, que pede ao juiz que convoque o terceiro

• A INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NÃO CRIA UM


NOVO PROCESSO

Só há intervenção de terceiros se o terceiro ingressa em processo


em andamento.

• FORMAS DE INTERVENÇÃO

Assistência: Terceiro ingressa ao processo de forma voluntária.

Assistência simples: terceiro que tenha interesse jurídico em que


a sentença seja favorável a uma das partes, possa requerer o
seu ingresso, para auxiliar aquele a quem deseja que vença.
O requisito indispensável é que o terceiro tenha interesse jurídic
Exemplo: O sublocatário pode ingressar como assistente
simples do locatário nas ações de despejo, tem interesse jurídico
em que a sentença seja favorável ao locatário, porque, se
desfavorável, o despejo será decretado; rompida a locação, a
sublocação também o será, porque são interligadas.

a) que o terceiro tenha uma relação jurídica com uma das partes;
b) que essa relação seja diferente da que está sendo discutida no
processo, pois se
for a mesma ele deveria figurar como litisconsorte, e não como
assistente;

c) que essa relação jurídica possa ser afetada reflexamente pelo


resultado do
processo.

A assistência litisconsorcial:
forma de intervenção atribuída ao titular ou cotitular da relação
jurídica que está sendo discutida em juízo. O ASSISTENTE
NESSE CASO, PASSA A INTEGRAR O POLO DA RELAÇÃO PROCESUAL
Exemplo: condômino que entra no processo para ajudar o outro na defesa
da coisa comum ; devedor/credor solidário

DIFERENÇA BÁSICA:
SIMPLES: O ASSISTENTE APENAS ACOMPANHA O PROCESSO
SEM PRATICAR ATOS DE PARTE, (TERCEIRO COM INTERESSE
JURIDICO NA CAUSA E SEUS EFEITOS REFLEXOS).

LITISCONSORCIAL: O ASSISTENTE PASSA A INTEGRAR O


POLO DA RELAÇÃO PROCESSUAL.

• Poderes do assistente simples no processo:


a) apresentar contestação em favor do réu que for revel,
caso em que passará a ser considerado seu substituto
processual
b) apresentar arguição de impedimento;
c) apresentar réplica, se o autor a quem assiste não o
fizer;
d) juntar novos documentos pertinentes ao
esclarecimento dos fatos
e) requerer provas e participar da sua produção,
arrolando testemunhas,
f) interpor recurso

• Poderes do assistente litisconsorcial no processo:

Adquire o tratamento de Parte, como se fosse autor ou


réu da ação, vai participar da ação como dono do direito
material daquela causa.

MOMENTO DO INGRESSO DO ASSISTENTE:

O assistente simples e o litisconsorcial podem


ingressar a qualquer tempo no processo, enquanto
ainda não tiver havido o trânsito em julgado da
sentença

• Denunciação da lide – Art. 125 CPC

Características:
a) pode ser provocada tanto pelo autor
quanto pelo réu
b) não implica a formação de um processo
autônomo, mas o juiz na sentença, terá de decidir não apenas a lide
principal, mas a secundária.
c) Todas as hipóteses de denunciação são associadas ao direito
de regresso.

• HIPÓTESES DE CABIMENTO:

RISCO DE EVICÇÃO – ART. 125. I


EVICÇÃO = PERDA DE UM BEM, POR ORDEM JUDICIAL.

Art. 125. É admissível a denunciação da lide,


promovida por qualquer das partes:

I - Ao alienante imediato, no processo relativo à


coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a
fim de que possa exercer os direitos que da evicção
lhe resultam;

Exemplo 1: O terceiro, que se intitula proprietário, ajuizará ação


para reaver o bem em face do adquirente, que é quem o tem consigo.
Citado, o adquirente estará correndo risco de evicção, porque, se
procedente a reivindicatória, terá de restituir o bem. Para que, caso
a evicção se consume, ele possa, no mesmo processo, exercer o
direito de regresso contra o alienante, que terá de restituir o
dinheiro, fará a ele a denunciação da lide.

Exemplo 2: Imagine-se que A tenha adquirido um imóvel de B. Ao


tentar nele ingressar, descobre que está ocupado por C. O
adquirente deverá ajuizar ação reivindicatória em face do terceiro.
Mas há sempre um risco de que a sentença venha a ser de
improcedência (por exemplo, se o ocupante comprova que ingressou
na coisa a tempo suficiente para adquiri-la por usucapião, caso em
que se terá tornado o novo proprietário). Se isso ocorrer, o adquirente
terá sofrido evicção, pois ficará sem o bem e sem o dinheiro. Para
poder exercer o direito de regresso, pode, já na petição inicial, fazer
a denunciação da lide ao alienante

• 2º hipótese de cabimento

Art. 125. É admissível a denunciação da lide,


promovida por qualquer das partes:

II- àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo


contrato, a indenizar, em ação regressiva, o
prejuízo de quem for vencido no processo.

Exemplo 1: João tem um seguro de automóvel que cobre danos causados a


terceiros. Nesse caso, João pode denunciar a lide à seguradora, trazendo-a
para o processo. Se João for condenado a indenizar Maria, a seguradora será
a responsável por pagar a indenização.

CHAMAMENTO AO PROCESSO.

o réu fiador ou devedor solidário, originariamente demandado, trará para compor


o polo passivo, em litisconsórcio com ele, o afiançado ou os demais devedores
solidários.

A posição dos chamados é a de litisconsortes do réu originário. Em caso de


procedência, todos serão condenados a pagar ao autor.

Chamamento ao processo e denunciação à lide diferença

A diferença entre o chamamento e a denunciação da lide, é que na denunciação há a ação de


regresso e deve-se mostrar que o denunciado é que deverá responder pela condenação, já no
chamamento, uma vez provado que terceiro também é responsável pelo débito, a condenação
é automática, estando relacionado à uma ideia de solidariedade.

Ainda no tocante a diferença, os chamados aos processos figuram como litisconsortes. O


chamamento não é uma ação de regresso do chamante contra os chamados, mas um meio
pelo qual o afiançado ou demais devedores solidários passam a integrar o polo passivo.

O AUTOR OBVIAMENTE NÃO IRÁ RECLAMAR, POIS AO FIM DO PROCESSO, em decorrência do


CHAMAMENTO, O AUTOR PODERÁ COBRAR DE TODOS OS DEVEDORES SOLIDÁRIOS.

MACETE:

CHAMAMENTO = JUMENTO = FIADOR. Ou seja, o JUMENTO do fiador e do devedor solidário


As hipóteses em que cabe o chamamento são (art. 130 NCPC):

• Do afiançado, na ação em que apenas o fiador for réu;


• Dos demais fiadores, quando ação for proposta contra apenas um ou alguns
deles;
• Dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o
pagamento da dívida comum.

É possível ajuizar ação de cobrança apenas em face do fiador?


Mesmo que haja benefício de ordem, é possível ajuizar a ação de cobrança apenas
em face do fiador porque, sendo ele citado, poderá chamar ao processo o devedor
principal, com o que se formará um litisconsórcio passivo entre ambos.

nova modalidade de chamamento – FORA DO ARTIGO 130.

NO DIREITO DE FAMÍLIA – ALIMENTOS (PENSÃO ALIMENTÍCIA).

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns


aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo
compatível com a sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de sua educação.

Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não


estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão
chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas
obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção
dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão
as demais ser chamadas a integrar a lide.

MOMENTO PARA REALIZAR O CHAMAMENTO: CONTESTAÇÃO, ART. 131.

Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu
na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito
o chamamento.
• Amicus curiae
Amicus= Amigo
Curiae=Tribunal

O amicus curiae é o terceiro que, não tem interesse jurídico próprio, mas possa ser
atingido pelo desfecho da demanda em andamento. PORÉM SEM INTERESSE.

o amicus curiae funciona como um auxiliar do juízo porque, nas causas de maior
relevância ou de maior impacto, ou que possam ter repercussão social, permitirá que
o Judiciário tenha melhores condições de decidir, levando em consideração a
manifestação dele, que figura como porta-voz de interesses institucionais, e não apenas
de interesses individuais das partes.

Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a


especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da
controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a
requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar
ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou
entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo
de 15 (quinze) dias de sua intimação.

requisitos relativos ao terceiro que intervenha como amicus curiae são:


a) que seja terceiro, não se podendo admitir quem a qualquer título já integra a lide;

b) pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada:

c) a representatividade adequada: é preciso que fique evidenciado o interesse institucional.

AMICUS CURIAE X ASSISTÊNCIA SIMPLES:


• ASSISTÊNCIA:
a) Terceiro interessado
b) Alheio ao processo
c) Espontaneamente solicita ingressar ao processo para auxiliar
UMA DAS PARTES ( não o Juiz) pelo seu próprio interesse.
• AMICUS CURIAE:

a. Intervenção espontânea e provocada


b. SEM INTERESSE JURÍDICO
c. AUXILIAR O JUIZ (PODER JUDICIÁRIO)

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