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Trabalho Bimestral – 2º Bimestre – Processo Civil V – Procedimentos Especiais

Monica de Carvalho Mailkut


7º período A

01) O que é esbulho judicial questionável via embargos de terceiro?


Durante o exercício de sua jurisdição, o magistrado pode determinar uma constrição
judicial, que ao atingir bens de terceiro alheio causa esbulho, que pode dar-se por meio de e
penhora, depósito, arresto, sequestro, alienação judicial, arrecadação, arrolamento..., e para
restituição da posse faz-se necessário os embargos de terceiro, ademias, o Estado também
pode ser um esbulhador independentemente de decisão judicial.

02) Diferencie embargos de terceiro de Oposição.


Apesar das semelhanças entre ambos, no embargo de terceiro, o embargante se
insurge contra uma constrição judicial que tenha atingido algum de seus bens, enquanto na
oposição o opoente ingressa na demanda pleiteando para si próprio o direito ou coisa
debatida na ação, de interesse do autor e réu.

03) Qual o objetivo dos embargos de terceiro.

Havendo constrição judicial, ou vislumbrado risco desta, o embargo de terceiro tem o


objetivo evitar que os efeitos de uma ação ultrapassem as pessoas que a compõe e atinjam os
bens de terceiro, permitindo que este se manifeste no processo acerca do prejuízo
experimentado.

04) Quem é o legitimado passivo nos embargos de terceiro?


O embargado será aquele que tiver obtido vantagem da decisão judicial que atingiu a
posse ou propriedade de terceiro, destarte que teve a constrição deferida em seu benefício
será legitimado no polo passivo dos embargos de terceiro.

05) Qual o prazo para propositura dos embargos de terceiro? Justifique.


Consoante o disposto no Art. 675 do CPC o terceiro poderá embargar a qualquer
momento quando do processo de conhecimento, desde que não possua sentença transitada
em julgado. Já nos casos do processo de execução tem o prazo de 05 (cinco) dias a contar da
assinatura da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, desde que
ainda não assinada a respectiva carta, todavia, caso o magistrado vislumbre interesse de
terceiro sobre o bem poderá mandar intimá-lo pessoalmente para que se manifeste acerca do
ato.

06) Qual o juízo competente para processar e julgar embargos de terceiro? Justifique.
Os embargos de terceiro serão apensados aos autos principais, ou seja, aquele em que
se deu a constrição, endereçados ao mesmo juízo que deu a determinação judicial, conforme
redação legal do art. 676 do CPC.

07) Quais os requisitos necessários para deferimento da liminar dos embargos de


terceiro? Justifique.
Dispõe o Art. 677 do CPC que incumbe ao embargante o ônus da prova, o qual deve
provar sumariamente sua posse ou domínio, poderá alegar ainda o domínio alheio.

08) O que é a caução que pode ser deferida em embargos de terceiro? É medida que
garante direito do Embargante ou do Embargado?
A caução prevista no parágrafo único do Art. 678 do CPC, seguindo o princípio da
causalidade, tem por objetivo a proteção do embargado, todavia, caso os embargos sejam
procedentes, o valor depositado a título de caução deverá ser liberado ao embargante.

09) Quem é o polo passivo na ação de oposição?

O polo passivo da oposição será composto pelas partes da demanda, autor e réu, uma
vez que o debate sobre o bem principal da ação será oposta a eles.

10) Qual p Juízo competente para processar e julgar a ação de oposição?

Dado que o juiz da ação principal possui familiaridade com os fatos, a oposição deve
ser endereçada a este e julgadas simultaneamente pela mesma sentença, conforme determina
o Art. 685, caput, do CPC.

11) Crie um exemplo prático para ilustrar a propositura dos embargos de terceiro.

Realizada a aquisição de um edifício, e não finalizada a escritura pública, o terceiro


toma conhecimento de que o vendedor está sendo processado e o referido imóvel foi para
penhora, imediatamente contatou um advogado e opôs embargos de terceiros, demonstrando
por meio de escritura particular e extratos bancários a posse do bem.

12) Crie um exemplo prático para ilustrar a propositura de oposição.

A autora propôs ação de divórcio litigioso c/c partilha de bens contra o réu, e o veículo
de propriedade de seu cliente foi indicado para partilha, ao entrar em contato com o réu este
recusou-se a confessar que não quitou as parcelas do automóvel, posteriormente devolvido a
seu cliente, que não efetivou nova transferência junto ao Detran. Para não perder o referido
veículo, foi procurado para ingressar com a ação de oposição contra a autora e réu da ação
principal.

13) Quais as peculiaridades que se aplicam a às ações de família?

Após o recebimento da inicial, o juiz mandará citar o réu par audiência de conciliação,
o qual deve ser citado com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data da audiência,
além disso o mandado de citação deve estar desacompanhado da cópia da inicial, o qual ficará
disponível para consulta do réu caso queira, tudo como manda o Art. 695 do CPC.
14) Como se opera a interdisciplinaridade nas ações de família?

A todo momento a solução consensual da demanda deve ser estimulada, e para tal,
poderão ser empreendidos esforços de equipe multidisciplinar, que atuará de acordo com a
necessidade das partes, como por exemplo em casos de violência doméstica, maus tratos e
demais litígios existentes entre as partes, conforme preceitua o Art. 694 do CPC.

15) A audiência de conciliação e mediação é obrigatória nas ações que discutem o direito
de família?
Existem entendimentos divergentes quanto a obrigatoriedade da realização de
audiência de conciliação e mediação, o entendimento que vem sendo adotado pelos tribunais
em geral é de que, independente da vontade das partes, a tentativa de acordo deve ser
realizada com fundamento no Art. 694 do CPC, para que as partes possuam uma oportunidade
de tentar solucionar o processo de forma consensual.

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