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Trabalho Bimestral – 2º Bimestre – Processo Civil V – Procedimentos

Especiais
ANA BELLY PACHECO COIMBRA - R.A: 19.1554-5

Valor 1,0 Ponto

01) O que é esbulho judicial questionável via embargos de terceiro ʔ.


Esbulho judicial ou constrição judicial é um ato que pode ocorrer a qualquer
momento e em qualquer espécie de processo, por meio dele um terceiro
sofre alguma espécie de restrição de um bem de seu patrimônio.
Nos embargos de terceiro, este ato de esbulho vem através de ordem
judicial, cumprida por um oficial de justiça.
Em caso de ações possessórias a agressão à posse será praticada sem
qualquer respaldo jurisdicional, via particulares ou então até entes estatais.
Por fim, cabe esclarecer que o estado também poderá ser um esbulhador,
sem que haja a necessidade de uma ordem judicial.

02) Diferencie embargos de terceiro de Oposição.


Preliminarmente, nos embargos de terceiro o embargante em questão não
possui interesse em que haja uma solução ao fim da ação principal, haja
vista para ele é indiferente quem é o titular do direito material tratado na
demanda, trata-se de ação de conhecimento de rito especial.
Enquanto que na oposição, o terceiro ingressa na ação que está formada
pelo autor e o réu, pleiteando para si próprio o direito ou coisa debatida na
ação, deste modo, extinguindo a vontade das partes do processo principal.
Por fim, a principal diferença entre oposição e os embargos de terceiro é
que nos embargos há resistência do terceiro para com a constrição judicial,
a qual foi motivada por uma demanda proposta.

03) Qual o objetivo dos embargos de terceiro


Os embargos de terceiro, tem como finalidade desconstituir a constrição
judicial surgida por ordem emanada do processo principal com posterior
liberação do aludido bem.
Outrossim, pode ser uma medida utilizada de maneira preventiva, ou seja,
com o propósito de abster uma possível constrição.

04) Quem é o legitimado passivo nos embargos de terceiro ʔ


Poderá ter a legitimidade passiva para responder uma ação de embargos
de terceiro, quem teve deferida a seu favor a constrição judicial de aludido
bem de propriedade ou ainda de posse, ou ainda propriedade do terceiro
em ação própria, isto é, o embargado será o autor.

05) Qual o prazo para propositura dos embargos de terceiro ʔ


Justifique.
De acordo com o art. 675 do CPC:

“Art. 675. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no


processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a
sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de
execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação
por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da
assinatura da respectiva carta.
Parágrafo único. Caso identifique a existência de terceiro
titular de interesse em embargar o ato, o juiz mandará intimá-lo
pessoalmente.”

Deste modo, no caso de a apreensão ocorrer durante o curso do processo de


conhecimento, o terceiro poderá opor embargos, no entanto, só enquanto não ocorrer o
transito em julgado da sentença.
Ademais, em se tratando de fase de execução de sentença, que originasse em
decorrência de processo de execução, o terceiro terá o prazo de no máximo 5 (cinco)
dias após a adjudicação, da alienação por iniciativa própria ou da arrematação, desde
que seja antes da assinatura da respectiva carta.

06) Qual o juízo competente para processar e julgar embargos de


terceiro ʔ
Justifique.
De acordo com o art. 676 do CPC:
“os embargos serão distribuídos por dependência ao
juízo que ordenou a constrição e autuados em
apartado”
Ademais, dispõe o art. 1.049 do CPC:
Art. 1.049. Sempre que a lei remeter a procedimento previsto
na lei processual sem especificá-lo, será observado o
procedimento comum previsto neste Código.
Parágrafo único. Na hipótese de a lei remeter ao
procedimento sumário, será observado o procedimento comum
previsto neste Código, com as modificações previstas na
própria lei especial, se houver.

Assim, o juízo competente será o que determinou a apreensão do bem, vez


que, este estará mais familiarizado com o conteúdo da ação principal.

07) Quais os requisitos necessários para deferimento da liminar dos


embargos de terceiro ʔ
Justifique.
De acordo com o art. 1.051 do CPC:
“Art. 1.051. Julgando suficientemente provada a posse, o juiz
deferirá liminarmente os embargos e ordenará a expedição de
mandado de manutenção ou de restituição em favor do embargante,
que só receberá os bens depois de prestar caução de os devolver
com seus rendimentos, caso sejam afinal declarados improcedentes.”

Então, para que haja o deferimento dos embargos de terceiro, não é necessária uma prova
plena da posse, o juiz deverá acatar a plausibilidade, a verossimilhança presente nas alegações.

08) O que é a caução que pode ser deferida em embargos de terceiro ʔ


É medida que garante direito do Embargante ou do Embargado ʔ
Preliminarmente, esclarece-se quanto a caução, esta poderá ser solicitada
objetivando a proteção do credor da ação principal, com a finalidade de que
seu direito não reste prejudicado, por meio da aplicação dos embargos de
terceiro. Vejamos o que dispõe o art. 678, parágrafo único do CPC:
“O juiz poderá condicionar a ordem de manutenção ou de
reintegração provisória de posse à prestação de caução
pelo requerente, ressalvada a impossibilidade da parte
economicamente hipossuficiente’’.
09) Quem é o polo passivo na ação de oposição ʔ
O polo passivo na ação de oposição, serão o autor e réu da ação principal.

10) Qual o Juízo competente para processar e julgar a ação de


oposição ʔ
Por se tratar de uma ação que decorre da intenção de se opor à uma
intenção principal que já encontra-se em curso, então, o Juízo competente
para julga-la será o Juízo da ação-base.
Como dispõe o art. 685, caput do CPC.

11) Crie um exemplo prático para ilustrar a propositura dos embargos


de terceiro
Imaginemos uma situação hipotética onde devido à um processo de
execução, o juiz determina a penhora dos bens da parte executada, no
entanto, quando da penhora, por engano o oficial de justiça ao entrar na
residência do executado, penhora um bem pertencente à um terceiro.
Deste modo, este terceiro poderá arguir embargos de terceiro objetivando
reaver seu patrimônio.

12) Crie um exemplo prático para ilustrar a propositura de oposição .


Em uma outra situação, onde um bem está sendo discutido em processo, e
além do autor da ação e do réu, surge uma terceira parte, a qual não era
pertencente à nenhum polo da demanda original, essa terceira parte se diz
dono do bem discutido. Deste modo, esta terá o poder de arguir uma
oposição contra o autor e o réu, para que possa reivindicar aludido bem,
podendo fazê-lo de maneira parcial ou integral.

13) Quais as peculiaridades que se aplicam a às ações de família ʔ


Nas ações de família os mandados de citação são enviados ao réu sem a contrafé da petição
inicial, além de o interregno entre a data da citação e da audiência ser o prazo de 15 dias,
como dispõe o art. 695, §§1° e 2° do CPC.

14) Como se opera a interdisciplinaridade nas ações de família ʔ


De acordo com o art. 694 do CPC:
Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão
empreendidos para a solução consensual da controvérsia,
devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas
de conhecimento para a mediação e conciliação.
Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode
determinar a suspensão do processo enquanto os litigantes se
submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento
multidisciplinar.

Esclarece-se que esta equipe multidisciplinar que fará esforços junto do juiz,
deverá conter pessoas da área psicossocial e da saúde além de jurídica,
para tanto, o atendimento deverá ser orientado em casos que necessitem
tais acompanhamentos, como casos que envolvam violência doméstica,
maus tratos, transtornos psiquiátricos entre outros.

15) A audiência de conciliação e mediação é obrigatória nas ações que


discutem o direito de família ʔ
Tal obrigatoriedade ainda não é definida no nosso ordenamento, embora
cresça o entendimento doutrinário que seja, alguns estudiosos asseguram
que a audiência deverá ocorrer mesmo se não for da vontade das partes.
No entanto, o art. 695 do CPC, diverge com a opinião anterior em sua frase
“se for o caso”, vejamos:
“Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as
providências referentes à tutela provisória, o juiz ordenará a citação
do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694.”

Deste modo, cabe a cada juízo definir a obrigatoriedade de aludida audiência, vez que, cada
qual entenderá de acordo se esta trará benefícios ou prejuízos às partes.

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