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Competência, Responsabilidade Patrimonial,

Processo e Procedimentos Cautelar na Execução

Direito Processual Civil – Processo de Execução e Procedimentos


Especiais

PROF. Adenilson
Competência
 De acordo com o Código de 2015, a depender da situação, a
execução por título extrajudicial poderá ser proposta seguintes
foros: art. 781

 Regras gerais:
 a) de domicílio do executado;
 b) de eleição;
 c)de situação dos bens sujeitos à execução;
 d)do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que
deu origem ao título, mesmo que nele não resida o executado.
 Especificidades:

 a)devedorcom mais de um domicílio: a ação pode ser proposta


em qualquer deles;

 b)devedor com domicílio incerto: a ação pode ser proposta no


local em que ele for encontrado ou do domicílio do exequente;

 c)pluralidadede devedores com domicílios distintos: o exequente


pode escolher o foro de domicílio de qualquer um deles.
O CPC não estabelece nenhuma ordem de preferência.

a execução ser promovida no foro que melhor atenda aos


interesses do exequente. foros concorrentes.

 Obs.havendo cláusula de eleição de foro no título executivo, é


ele que deve prevalecer, em homenagem à autonomia da vontade
das partes
 pode ocorrer a prorrogação/modificação da competência
executiva por:

 disposição legal, nas hipóteses de conexão (art. 54)

 vontade das partes, que podem eleger foro (art. 63)

 deixar de alegar a incompetência relativa (art. 65).


 Prevenção
 proposta ação executiva em determinado juízo ocorre a
prevenção

 será ele competente para:


 os atos executivos em geral,
 processar e julgar outras demandas vinculadas à execução por
uma das hipóteses descritas no art. 286, tais como embargos à
execução e embargos de terceiro.
 Obs.
a prevenção do juízo da execução não tem o condão de alcançar
atos constritivos a serem efetuados em outro foro ou comarca,

 exceto
quando se tratar de comarcas contíguas, de fácil
comunicação, e nas que se situem na mesma região
metropolitana (art. 782, § 1º)

 Naexecução de títulos extrajudicial, a incompetência absoluta ou


relativa do juízo da execução deve ser alegada em sede de
embargos (art. 917, V
DA RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL

 Por responsabilidade patrimonial entende-se a sujeição do patrimônio de


alguém ao cumprimento de uma obrigação.

 a sua esfera patrimonial invadida para que seja assegurada a satisfação do


credor.

 o devedor responda com o seu patrimônio pelo cumprimento das obrigações


assumidas.

 O art. 789 do CPC traz a regra geral da responsabilidade patrimonial:


 todos os bens estão sujeitos, os que existiam no momento em que a
obrigação foi contraída e os que não existiam ainda, e só vieram a ser
adquiridos posteriormente

 são sujeitos à execução os bens que podem ser penhorados, isto é,


aqueles corpóreos ou incorpóreos, que tenham valor econômico,

 Como exceção a lei elegem alguns bens que são impenhoráveis. art.
833 CPC
 Mitigação da impenhorabilidade: ex.:

 Se houver várias cadernetas de poupança, cujo total ultrapasse 40


salários mínimos, essa quantia será considerada impenhorável, mas
não o que excedê-la, considerada a soma total dos valores
depositados

 Não será oponível a impenhorabilidade dos vencimentos e ganhos


do devedor, seja qual for o seu valor, nem a das cadernetas de
poupança até 40 salários mínimos, se a dívida for de natureza
alimentar, qualquer que seja sua origem.
 Lei n. 8.009/90, trata da impenhorabilidade do bem de família.

 impenhorável o imóvel residencial da família ou entidade familiar, por


dívidas de qualquer natureza, civil, comercial, fiscal ou previdenciária,
salvo as exceções previstas no art. 3º da lei.

 A impenhorabilidade não abrange a vaga de garagem que possua matrícula


própria no registro de imóveis, que pode ser objeto de penhora autônoma,
(Súmula 449 do Superior Tribunal de Justiça).
Processo e Procedimentos Cautelar na Execução
 Para melhor compreensão do procedimento cautelar e preciso entender
o procedimento constante no Livro V da Parte Geral concernente à
tutela provisória. Art. 294 do CPC

 tutela provisória é um conjunto de tutelas diferenciadas, que podem


ser postuladas nos processos de conhecimento e de execução,

 É tutela diferenciada, em que a cognição do juiz não é exauriente, mas


sumária, fundada em verossimilhança ou em evidência, razão pela qual
terá natureza provisória, podendo ser, a qualquer tempo, revogada ou
modificada.
 e que podem estar fundadas tanto na urgência quanto na evidência.

 As tutelas de urgência, por sua vez, podem ter tanto natureza


satisfativa quanto cautelar. art. 294:

 As tutelas provisórias é gênero a qual são espécies a tutela de


urgência e evidencia

 A tutela de urgência tem como sub espécie a tutela antecipada e a


cautelar art. 294 § único
 é possível conceituá-la como a tutela diferenciada, emitida em
cognição superficial e caráter provisório,

 que satisfaz antecipadamente ou assegura e protege uma ou mais


pretensões formuladas, e que pode ser deferida em situação de
urgência ou nos casos da evidência.

 diferentemente do que ocorria no sistema anterior, do CPC de 1973,


não há mais a possibilidade de processo cautelar autônomo.
 Para que seja deferido as tutelas provisórias o requerente devem
preencher os requisitos.

 Art. 300 do CPC autoriza o juiz, desde que preenchidos os


requisitos, a conceder tutelas provisórias, nos processos de
conhecimento ou de execução.

 Os requisitos são
 o fumus boni juris, isto é, a probabilidade do direito,
 o periculum in mora, risco de que sem a medida o litigante possa sofrer
perigo de prejuízo irreparável ou de difícil reparação.

 Atinente a execução a tutela que mais se amolda é a de urgência de


natureza cautelar.

 Essa espécie de tutela provisória garante e assegura o provimento final

 possibilita que o juiz determine as medidas necessárias para assegurar e


garantir a eficácia do provimento principal. Instrumento do instrumento.
Fundamento art. 5º, XXXV
 Na cautelar, o juiz não defere, ainda, os efeitos pedidos, mas apenas
determina uma medida protetiva, assecurativa, que preserva o direito do
autor, em risco pela demora no processo.

 Ex.: que o autor corra um grave risco de não receber determinado valor, por
meio de tutela cautelar, o autor pode arrestar bens do devedor,
preservando-os em mãos de um depositário art. 301 CPC

 Além disso pode o juiz tomar medidas atípicas para efetivação das tutelas.
Art. 297 139 CPC
Tutela provisória de natureza cautelar - Procedimento

 é possível requerer-se a concessão de tutela provisória cautelar de forma


incidental ou em caráter antecedente, ´Parag. Único art. 294

 Se antecedente, deve ser observado o procedimento estabelecido nos arts.


305 e ss.

 O juiz fará o exame de admissibilidade da inicial, mandará que o réu seja


citado para oferecer contestação e indicar as provas que pretende
produzir art. 306
 A falta de contestação implicará revelia art. 307

 Apresentada a contestação, o processo seguirá o procedimento


comum. art. 307 Parag. Único

 Obs. Ainda que em caráter antecedente o pedido de tutela provisória


cautelar jamais formará um processo autônomo.
 a partir do momento em que deferida e efetivada a tutela cautelar, o
autor deverá formular, na mesma relação processual e no prazo de 30
dias, o pedido principal.

 cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente:

 se o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;

 Se não efetivar a medida em 30 dias;


 se houver sentença desfavorável Art. 309.


 Petição inicial: requisitos art. 300, 305 C/C 319 do CPC .

 A regra geral de competência é a do art. 299 do CPC

 necessidade de indicá-los, na inicial a lide o fundamento da ação


principal. Sumaria ou exaustiva art. 305 c/c 319 CPC

 Obs. A indicação da lide principal, feita na inicial cautelar


antecedente, vincula o autor.
 Demonstração do fumus boni juris e o periculum in mora, que embasam
a sua pretensão cautelar.

 O juiz não fará uma cognição exauriente e definitiva, mas sumária e


provisória.

 Mesmo em caráter antecedente o autor já deverá atribuir valor à causa,


condizente com o benefício econômico correspondente ao pedido
principal, art. 308 CPC
 O juiz pode conceder a tutela provisória liminarmente ou após
justificação prévia, art. 300, § 2º.

 para assegurar o juiz, permite que se fixe caução, real ou fidejussória art.
300, § 1º, CPC

 A efetivação poderá ser por meio de:


 arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra
alienação de bem, ou qualquer outra medida idônea para a asseguração
de direito.
 O arresto: se caracteriza pela constrição bens do devedor, suficientes para,
assegurar o pagamento da dívida.

 O sequestro: é medida cautelar de constrição de bens determinados e


específicos, discutidos em processo judicial, que correm o risco de perecer
ou de danificar-se.

 Arrolamento: Consiste na enumeração dos bens, para que se possam


conhecer quais aqueles que integravam o patrimônio da parte contrária no
momento em que a medida foi requerida,

 Registro do protesto contra a alienação de bens: para que todos que


tenham interesse em adquiri-lo tomem conhecimento da medida.

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