Você está na página 1de 5

Direito

Processual
Civil
TJRJ

SIMULADO 10 – GABARITO
1. O juiz não pode decidir com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes
oportunidade de se manifestar, salvo quando se tratar de matéria que deve ser decidida de ofício.
Comentários

Assertiva incorreta, pois mesmo quando a matéria puder ser decidida de ofício o juiz deve ouvir previamente
as partes. A assertiva está Errada.

Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a
respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se
trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

2. A competência para decidir causa que diga respeito a imóvel situado em mais de um Estado é
firmada com base no local em que se encontre a maior área.
Comentários

Não, pois, de acordo com o artigo 60, aplicam-se as regras de prevenção para as causas em que se discute a
respeito de imóvel situado em mais de um Estado. Quer dizer, será competente o juízo que primeiro
conhecer da ação. Assertiva Errada.

Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, seção ou subseção
judiciária, a competência territorial do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do
imóvel.

3. Quando admitir a intervenção de amicus curiae, o juiz deve definir os seus poderes, podendo
autorizar o amicus a recorrer mesmo quando não se tratar de decisão que julga o incidente de resolução
de demandas repetitivas.
Comentários

É certo dizer que o juiz deve definir os poderes do amicus, de acordo com o § 2º do artigo 138, no entanto,
o poder de recorrer está expressamente delimitado pelo próprio Código: quer dizer, o juiz não pode alterar
a legitimidade recursal do amicus, que se aplica apenas às hipóteses mencionadas no § 1º do artigo 138, que
diz respeito à interposição de embargos de declaração e de recurso em face da decisão que julga incidente
de resolução de demandas repetitivas. Essas hipóteses não podem ser modificadas pelo juiz. Portanto, a
assertiva está Errada.

Art. 138. § 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência
nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de
declaração e a hipótese do § 3º.

Estratégia
Concursos @PROFTORQUES PÁG . 1
Direito
Processual
Civil
TJRJ

§ 2º Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir


os poderes do amicus curiae .

§ 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de


demandas repetitivas.

4. Os motivos de impedimento e suspeição não se aplicam apenas ao juiz, mas se aplicam a todos os
agentes imparciais do processo, como os membros do Ministério Público e os escrivães.
Comentários

Correto, é o que diz o artigo 148 do CPC/2015. O impedimento e a suspeição asseguram a imparcialidade do
agente público, por isso as mesmas regras se aplicam a qualquer sujeito imparcial. A assertiva está Certa.

Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:

I - ao membro do Ministério Público;

II - aos auxiliares da justiça;

III - aos demais sujeitos imparciais do processo.

5. Nas hipóteses em que cessar a eficácia da tutela provisória cautelar, a parte beneficiária da medida
fica impedida de renova o pedido de tutela, salvo quando houver novo fundamento.
Comentários

Correto. O artigo 309 estabelece as situações em que ocorre a cessação da eficácia e, de acordo com o
parágrafo único, quando houver cessação da eficácia é vedada a renovação do pedido de tutela cautelar,
salvo se houver novo fundamento para o pedido. Logo, a assertiva está Certa.

Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:

I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;

II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;

III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o
processo sem resolução de mérito.

Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à
parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.

6. Um dos requisitos para a cumulação de pedidos é que o mesmo procedimento seja adequado para
o julgamento de todos. Sempre que os procedimentos forem distintos para cada um dos pedidos, o juiz

Estratégia
Concursos @PROFTORQUES PÁG . 2
Direito
Processual
Civil
TJRJ

deverá determinar a correção da inicial para que o autor escolha um dos pedidos, sob pena de
indeferimento da inicial.
Comentários

Está errado porque mesmo quando os procedimentos forem distintos é admissível a cumulação desde que
o autor opte por empregar o procedimento comum, de acordo com o § 2º do artigo 327. Quer dizer, pedidos
com procedimentos diferentes podem ser cumulados desde que adotado o procedimento comum, então
não há um dever de escolha de apenas um deles, como diz a assertiva. A assertiva está Errada.

Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários
pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.

§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:

I - os pedidos sejam compatíveis entre si;

II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;

III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.

§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida
a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das
técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam
um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o
procedimento comum.

7. É admissível a produção antecipada da prova quando isso puder viabilizar a autocomposição entre
as partes e quando a produção antecipada puder evitar o ajuizamento da ação. Essas previsões viabilizam
a composição extrajudicial de conflitos, um dos princípios que rege o Código de 2015.
Comentários

De fato, conforme o artigo 381, admite-se a produção antecipada de prova quando isso puder viabilizar
solução extrajudicial do conflito e quando isso evitar o ajuizamento de ação, promovendo soluções
extrajudiciais do conflito. Portanto, a assertiva está Certa.

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:

II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio


adequado de solução de conflito;

III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

Estratégia
Concursos @PROFTORQUES PÁG . 3
Direito
Processual
Civil
TJRJ

8. No âmbito da impugnação ao cumprimento de sentença, a Fazenda Pública goza de privilégios


especiais, como o prazo mais extenso para impugnar e a ampla possibilidade de rediscussão da decisão
exequenda.
Comentários

Errado. A Fazenda Pública tem direito a prazo mais extenso para impugnar, no entanto, a Fazenda não pode
rediscutir a decisão exequenda em sede de cumprimento. O mérito do processo não deve ser rediscutido no
cumprimento, isso violaria a própria concepção do sistema. Assertiva Errada.

Art. 535. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por
carga, remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias e nos
próprios autos, impugnar a execução, podendo arguir:

I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;

II - ilegitimidade de parte;

III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;

IV - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;

V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;

VI - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação,


compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes ao trânsito em julgado
da sentença.

9. A ausência de recolhimento do porte de remessa e de retorno, quando exigível, pode levar à


deserção do recurso.
Comentários

Certo, de acordo com o artigo 1.007, segundo o qual o recorrente deve comprovar o recolhimento do
preparo, que inclui o porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. Assim, a assertiva está Certa.

Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido


pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno,
sob pena de deserção.

10. Nos mandados de segurança coletivo, a coisa julgada pode atingir categorias não substituídas pela
impetrante, desde que haja semelhança de fundamentos para os direitos envolvidos.
Comentários

Estratégia
Concursos @PROFTORQUES PÁG . 4
Direito
Processual
Civil
TJRJ

Errado, pois a decisão do mandado de segurança coletivo se restringe à categoria que é substituída pela
impetrante, não podendo se estender a outras categorias não abrangidas. Isso está previsto no artigo 22 da
Lei nº 12.016/2009. A assertiva está Certa.

Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente
aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. (Vide ADIN 4296)

Estratégia
Concursos @PROFTORQUES PÁG . 5

Você também pode gostar