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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

1) Formação do Processo e petição inicial

● Denomina-se efeito regressivo a faculdade que alguns recursos atribuem ao órgão a


quo de reconsiderar a decisão atacada. Ou seja, faculta-se ao juízo prolator da
decisão a possibilidade de retratação, que só pode ser exercido se o recurso for
tempestivo.

No caso, o efeito regressivo está previsto no art. 332, §3º, CPC:

Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da
citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça
em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde
logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos
termos do art. 241 .
§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação
do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar
contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.

LEMBRANDO: Hipóteses de retratação no NCPC:

1) Art. 331: apelação contra INDEFERIMENTO DA PI (5 dias);

2) Art. 332, p. 3º: apelação contra IMPROCEDÊNCIA LIMINAR do pedido (5 dias);

3) Art. 485, p. 7º: apelação nos casos de JULGAMENTO da ação SEM RESOLUÇÃO DO
MÉRITO (5 dias);

4) Art. 1018, p. 1º: AGRAVO DE INSTRUMENTO (a qualquer momento, enquanto pendente


de julgamento o processo de origem e o agravo);

5) Art. 1021, p. 2º: AGRAVO INTERNO (15 dias);


§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o
recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator
levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.

6) Art. 1030, II: RE ou REsp cujo acórdão recorrido divergir do entendimento do STF ou STJ
exarado nos regimes de repercussão geral ou recursos repetitivos;
II – encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o
acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior
Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de
recursos repetitivos;

7) Art. 1042, p. 4º: AGRAVO em REsp e RE (15 dias).


§ 4º Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido ao tribunal
superior competente.

NÃO CABE RETRATAÇÃO no caso de APELAÇÃO INTEMPESTIVA, mesmo que o juízo


reconheça erro em sua sentença pela improcedência liminar do pedido.
ENUNCIADO 68 da 1ª Jornada – A intempestividade da apelação desautoriza o órgão a
quo a proferir juízo positivo de retratação.

● Em caso de apelação, parte contrária é citada para contrarrazoar o recurso


● Mesmo quando, diante da deficiente qualificação do requerido, por não dispor o
autor de todos os dados, for possível a citação daquele, a petição inicial deverá ser
admitida.

● CPC. Art. 529. Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente
de empresa ou empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá
requerer o desconto em folha de pagamento da importância da prestação
alimentícia.

§ 1º Ao proferir a decisão, o juiz oficiará à autoridade, à empresa ou ao empregador,


determinando, sob pena de crime de desobediência, o desconto a partir da primeira
remuneração posterior do executado, a contar do protocolo do ofício.
§ 2º O ofício conterá o nome e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do
exequente e do executado, a importância a ser descontada mensalmente, o tempo de sua
duração e a conta na qual deve ser feito o depósito.
§ 3º Sem prejuízo do pagamento dos alimentos vincendos, o débito objeto de execução
pode ser descontado dos rendimentos ou rendas do executado, de forma parcelada, nos
termos do caput deste artigo, contanto que, somado à parcela devida, não ultrapasse
cinquenta por cento de seus ganhos líquidos.

Art. 528, § 8º O exequente pode optar por promover o cumprimento da sentença ou decisão
desde logo, nos termos do disposto neste Livro, Título II, Capítulo III, caso em que não será
admissível a prisão do executado, e, recaindo a penhora em dinheiro, a concessão de efeito
suspensivo à impugnação não obsta a que o exequente levante mensalmente a importância
da prestação.
● Art. 323 CPC/2015 - Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em
prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido,
independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na
condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo,
deixar de pagá-las ou de consigná-las.renunciou ou reconheceu.

Consideram-se incluídos no pedido, ainda que não expressamente apontados pelo autor: os
juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência (art. 322, p.1º, CPP); as
prestações vincendas ao longo do processo, na ação que tiver por objeto cumprimento de
obrigação em prestações sucessivas (art. 323, CPP)
Não caracterizando, portanto, sentença ultra petita (quando o juiz ultrapassa dos limites do
pedido), a condenação ao pagamento das parcelas vincendas no curso da demanda.

● Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários
pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a
cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das
técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se
sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições
sobre o procedimento comum.
§ 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326 .


● § 2º, CPC: Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento,
será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem
prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos
procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não
forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum;
● B - Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que
o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior;
● C - Art. 329. O autor poderá: II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o
pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório
mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze)
dias, facultado o requerimento de prova suplementar;

● Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz
litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o
disposto nos .
§ 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que
proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação.
§ 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para
viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1º.
§ 3º A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço
judiciário.

Citação válida (ainda que o juiz seja incompetente):


​ induz litispendência;
​ torna litigiosa a coisa;
​ constitui em mora.
Despacho que determina a citação (ainda que o juiz seja incompetente):
​ interrompe a prescrição, retroagindo à data da propositura da ação.

● Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no
prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se
§ 1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso
(incorreta letra B)
súmula nº 267, STF: “Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de
recurso ou correição”.

Indeferida a petição inicial e interposta a apelação em face da sentença:


- se houver retratação pelo juiz, o réu é citado para contestar a ação;
- se não houver retratação, o réu é citado para responder o recurso.
Nesse ultimo caso, enviados os autos ao juízo de segundo grau:
- se o tribunal reformar a decisão, o réu é intimado para contestar a ação, iniciando-se o
prazo na data de retorno dos autos ao juízo de origem;
- se o tribunal mantiver o indeferimento, o réu é intimado do trânsito em julgado da
sentença.

● Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações
sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de
declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a
obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de
consigná-las.

● Art. 324. O pedido deve ser determinado.


§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva
ser praticado pelo réu.

● Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários
pedidos, ainda que entre eles não haja conexão. (Porém, é necessário que sejam
compatíveis)
● Art. 328. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não
participou do processo receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de
seu crédito.

● Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos ou
que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de
mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a
complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.

● Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação


da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja
sanado o vício.

CONEXÃO = mesmo pedido ou causa de pedir;


CONTINÊNCIA = mesmas partes e causa de pedir

● Art. 322. O pedido deve ser certo. § 1o Compreendem-se no principal os juros


legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários
advocatícios.
● O CPC/ 2015 não considerou implícito o requerimento de multa. Por se tratar de
uma sanção, o requerimento para sua aplicação deve ser expresso.

● Art. 324. O pedido deve ser determinado.


§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva
ser praticado pelo réu.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção
● As ações universais são aquelas que têm por objeto uma universalidade de fato ou
uma universalidade de direito. A universalidade de fato é composta por uma série de
bens individuais que em seu conjunto possuem uma destinação comum (ex:
biblioteca, rebanho). Já a universalidade de direito é formada pelos bens, direitos e
obrigações (complexo de relações jurídicas) pertencentes a uma determinada
pessoa (ex: espólio, massa falida).

Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação
do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:

I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;

II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em
julgamento de recursos repetitivos;

III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção


de competência;

IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.

§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo,
a ocorrência de decadência ou de prescrição.

§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos
termos do art. 241 .

§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.

§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do


réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no
prazo de 15 (quinze) dias.

Art. 329. O autor poderá:

I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de


consentimento do réu;

II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com


consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no
prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.
desistir da ação - até o fim do prazo para resposta do réu, pode desistir sem concordância
do réu. Depois do fim do prazo da resposta do réu, só com a anuência dele.
● Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo
econômico imediatamente aferível.
● Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos
valores de todos eles;

● Não mais subsiste o incidente de impugnação ao valor da causa, de modo que a


forma e o momento oportuno para impugnação pelo demandado do valor dado à
causa na petição inicial é em preliminar de contestação. ​CORRETA

● Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à


causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for
o caso, a complementação das custas.
● Cumulação imprópria = pedido alternativo e pedido eventual/subsidiário

● Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será


VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.

● Art. 322. O pedido deve ser certo.


§ 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de
sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
§ 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio
da boa-fé.

● Art. 292: § 3o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando
verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito
econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das
custas correspondentes.

● Cumulação de pedidos
1) Própria (autor deseja que todos os pedidos sejam acolhidos)
1.1 Simples:pedidos são independentes entre si
1.2 Sucessiva: pedidos são dependentes (há relação de prejudicialidade entre eles)
2) Imprória (autor não pretende que todos os pedidos sejam acolhidos)
2.1 Alternativa: autor pede uma coisa OU outra
2.2 Subsidiária ou eventual: pedido principal + pedido secundário (no caso de rejeição do
principal)

● Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos
arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o
julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a
emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado.
● Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz
litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o
disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Civil).

Art. 398,CC. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em


mora, desde que o praticou.

● Art. 313, § 2o Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar conhecimento da morte, o


juiz determinará a suspensão do processo e observará o seguinte:
[...]
II - falecido o autor e sendo transmissível o direito em litígio, determinará a intimação de seu
espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, pelos meios de divulgação
que reputar mais adequados, para que manifestem interesse na sucessão processual e
promovam a respectiva habilitação no prazo designado, sob pena de extinção do processo
sem resolução de mérito.

● Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo
o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano
irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e de suspeição.

● Art. 315. Se o conhecimento do mérito depender de verificação da existência de fato


delituoso, o juiz pode determinar a suspensão do processo até que se pronuncie a
justiça criminal.
§ 1o Se a ação penal não for proposta no prazo de 3 (três) meses, contado da intimação do
ato de suspensão, cessará o efeito desse, incumbindo ao juiz cível examinar
incidentemente a questão prévia.
§ 2o Proposta a ação penal, o processo ficará suspenso pelo prazo máximo de 1 (um) ano,
ao final do qual aplicar-se-á o disposto na parte final do § 1o.

● Art. 689. Proceder-se-á à habilitação nos autos do processo principal, na instância


em que estiver, suspendendo-se, a partir de então, o processo.
Art. 691. O juiz decidirá o pedido de habilitação imediatamente, salvo se este for
impugnado e houver necessidade de dilação probatória diversa da documental, caso
em que determinará que o pedido seja autuado em apartado e disporá sobre a
instrução.

● Quais são os efeitos da citação válida- art. 240? LILICA


LI (litispendência)
LI (litigiosa a coisa)
CA (constitui em mora).

Em todos os casos? NÃO, pois existem duas exceções previstas no CC.


1) art. 398, CC-Ato ilícito: a mora é constituída desde a prática do ato ilícito (e não com a
citação válida)
2) art. 397, CC-Obrigação com termo: a mora é constituída de pleno direito (e não com a
citação válida)
Obrigação sem termo: a mora é constituída mediante interpelação judicial ou
extrajudicial (e não com a citação válida)

-A citação válida torna o juízo prevento? NÃO! A prevenção ocorre com o registro ou
distribuição da petição (art. 59)

Prazos de suspensão do processo:


• Convenção das partes: 6 meses [pode ter jrenovação]
• Espera de julgamento de outra causa: 1 ano
• Mulher for mãe: 30 dias
• Homem for pai: 8 dias
• Incapacidade/irregularidade representação: juiz determina prazo razoável
• Morte de procurador: 15 dias
Morte da parte ré: 2 a 6 meses [juiz intima autor para que busque citar espólio/herdeiros]
• Ate ajuizamento de ação penal: 3 meses
• Até julgamento de ação penal: 1 ano
• IRDR: até o julgamento da matéria idêntica

● Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor
puder cumprir a prestação de mais de um modo.
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe
assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não
tenha formulado pedido alternativo.

2) Jurisdição (art. 16 a 25 CPC)

● Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando
autorizado pelo ordenamento jurídico. Parágrafo único. Havendo substituição
processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial.

Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a


sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.

Obs: assistente pode intervir no processo, recebe o processo na forma em que se


encontra e é fundamental que possua interesse jurídico e que seja ele atingido pela
sentença proferida.
● O princípio da inafastabilidade da jurisdição não permite a imposição genérica de
condições de acesso ao Judiciário. Todavia, nada impede que se criem condições
para ações específicas. Por exemplo, é plenamente possível que, para que se
admita o manejo específico da reclamação (mas não de outra ação), exija-se o
esgotamento das vias administrativas, quando se tratar de ato ou omissão da
Administração Pública (art. 7º, §1º, da Lei n. 11.417/2006).

● O julgamento por autoridade competente se refere ao princípio do juiz natural (art.


5º, XXXVII e LIII, CF). A indelegabilidade guarda relação com a impossibilidade de
se transferir a jurisdição, por ato voluntário e de escusa, a outro poder (aspecto
externo) ou órgão do mesmo poder (aspecto interno).

● Há doutrina a dizer que se adjetivou a jurisdição de voluntária, no início, justamente


sobre este entendimento: seria uma jurisdição facultativa. Todavia, há muito se
entende que ela, na verdade, nada tem de facultatividade; é, sim, obrigatória. Basta
ver a interdição ou o divórcio consensual quando haja filhos menores; são hipóteses
de obrigatória chancela jurisdicional.

● “Cumpre observar que regras gerais, abstratas e impessoais não agridem o princípio
do juiz natural, de forma que a criação de varas especializadas, câmaras
especializadas nos tribunais, foros distritais e as regras de competência por
prerrogativa de função são absolutamente admissíveis” (NEVES. Daniel Amorim
Assumpção. Manual de direito processual civil. 9. ed. São Paulo: JusPodivm, 2017.
p. 94).

● Princípio da indeclinabilidade, a prestação jurisdicional não é discricionária e sim


obrigatória para o Estado.

● Princípio da inevitabilidade, a jurisdição é atividade pública que cria um estado de


sujeição obrigatória às partes do processo.

● Princípio da inafastabilidade não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou


lesão a direito.

● Princípio da investidura significa que a jurisdição só será exercida por quem tenha
sido regularmente investido na autoridade de juiz.

● Princípio da identidade física do juiz: o juiz, titular ou substituto, que concluir a


audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por
qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que passará os autos ao seu
sucessor.

● PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE: Significa que cabe ao réu formular toda sua


defesa na contestação

● PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL (PRINCÍPIO DA DEMANDA): Uma vez


provocada a jurisdição, constitui interesse público ver a demanda resolvida,de modo
que o magistrado deve conduzir o processo ao desfecho final
● PRINCÍPIO DA PERSUASÃO RACIONAL: Relacionado com o princípio da
motivação, prevê que o juiz apreciará a prova constante dos autos,
independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as
razões da formação de seu convencimento.

● Princípio da indelegabilidade, a jurisdição não pode ser delegada (atribuída) a outro


Poder (aspecto externo) ou a outro órgão jurisdicional (aspecto interno).

● Princípio dispositivo, da demanda, inércia e impulso oficial (artigo 2ª CPC início): o


início do processo depende sempre de iniciativa da parte, exceção:
​ 1. Princípio inquisitorial: permite ao juiz indagar questões de ordem pública.
​ 2. Princípio do impulso oficial: Após o ajuizamento da ação, cabe ao juiz dar
continuidade ao procedimento, em cada uma de suas etapas, até a conclusão.

● Princípio inquisitivo (artigo 2ª CPC final) O PROCESSO SE DESENVOLVE POR


IMPULSO OFICIAL, SALVO AS EXCEÇÕES PREVISTAS EM LEI.

● PRINCÍPIO DA ADSTRIÇÃO ou da CONGRUÊNCIA (artigo 492 CPC): O


magistrado está vinculado àquilo que foi proposto pelas partes no processo, de
modo que não poderá analisar de ofício questões que a lei atribua a iniciativa da
parte. Esse princípio prestigia o modelo dispositivo de processo.

● Solução dos conflitos: Jurisdição + 4 equivalentes jurisdicionais:


​ 1 – Autotutela: conflitos autogeridos pelas próprias parte
​ 2 – Autocomposição (conciliação - participação mais efetiva do conciliador que pode
sugerir soluções, transação, submissão e renúncia).
​ 3 – Mediação: o mediador facilita o diálogo entre as partes, mas são elas que
apresentam as soluções
​ 4 – Arbitragem: as partes indicam árbitros que irão dar a solução para o caso ao
invés de levá-lo ao Judiciário.

● De acordo com a doutrina, não viola o princípio do juiz natural a criação de varas
especializadas ou câmaras de recesso, porquanto são elas criadas por meio de
regras anteriores, impessoais, genéricas e abstratas.

● art. 217, §1º, da Constituição: O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à


disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instancias da justiça
desportiva, regulada em lei.

● ainda há bastante controvérsia sobre a natureza da arbitragem: se é jurisdição


propriamente dita (sendo uma exceção aos princípios da indelegabilidade e do
monopólio), se é equivalente jurisdicional, se é forma privada de composição de
litígios etc. Contudo, a alternativa é definitivamente incorreta pela parte final; nem
todas as formas de direitos podem ser tuteladas pela via da arbitragem, mas tão
somente os direitos patrimoniais disponíveis (art. 1º, caput, da Lei n. 9.307/96).


● Teses do STJ:
Boletim nº 122
Tese 01) A convenção de arbitragem, tanto na modalidade de compromisso arbitral
quanto na modalidade de cláusula compromissória, uma vez contratada pelas
partes, goza de força vinculante e de caráter obrigatório, definindo ao juízo arbitral
eleito a competência para dirimir os litígios relativos aos direitos patrimoniais
disponíveis, derrogando-se a jurisdição estatal.

Tese 09) A atividade desenvolvida no âmbito da arbitragem possui natureza


jurisdicional, o que torna possível a existência de conflito de competência entre os
juízos estatal e arbitral, cabendo ao Superior Tribunal de Justiça - STJ o seu
julgamento.

Nota: Ao se analisar a Tese nº 09 do STJ conclui-se que a Corte adota a vertente


que reconhece a natureza jurisidicional da arbitragem. Em sede doutrinária, é o
entendimento de Fredie Didier Jr.

● Casos em que é necessário esgotar a instância administrativa: Questões


previdenciárias, Justiça Desportiva e Reclamação de Súmula

● Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.

● Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a
violação do direito.

● Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não
obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que
lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais
e acordos bilaterais em vigor no Brasil.

Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a


homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos
no Brasil.

● Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o


julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro
em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação.

● Informativo 619 do STJ, que afirma a a possibilidade da fungibilidade de ação


possessória em indenizatória, mesmo não tendo havido o pedido expresso na inicial,
além do que o Tribunal considerou não haver violação do Princípio da
Congruência/Adstrição;

As ações possessórias podem ser convertidas umas nas outras de ofício pelo Juiz

Art. 554, do CPC. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não
obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente
àquela cujos pressupostos estejam provados.
● Sentença extra petita: ocorre quando o juiz violar a regra que impede decisão
diversa da que foi pedida. Portanto, se o juiz concede algo que não foi pedido eu
tenho uma sentença extra petita. O problema aqui está na natureza do que foi
pedido.

● Sentença ultra petita: o juiz concede o que foi pedido, mas em uma dimensão maior.
Na decisão será concedido aquilo que foi pedido, porém em uma extensão maior. O
problema aqui está na extensão.
● Sentença citra (ou infra) petita: não conceder tudo que foi pedido é absolutamente
natural. Acolher a pretensão parcialmente não significa necessariamente error in
procedendo. O que a decisão não pode deixar de fazer é analisar tudo que foi
pedido. A sentença citra ou infra petita diz respeito a não análise (não julgamento)
do que foi pedido. É uma sentença omissa. O problema dessa sentença citra petita
está ligado à garantia de que o cidadão tem que obter uma tutela jurisdicional, seja
de procedência ou de improcedência. Se eu bati às portas do Judiciário, descrevi
uma lide e fiz pedidos, todas as minhas pretensões devem ser analisadas; mas se
eu vou obter tudo o que eu quero são “outros quinhentos”.

● Exceções ao princípio da adstrição ou congruência:

Existem exceções, previstas em Lei, ao princípio da congruência.


1) Pedidos implícitos: o magistrado poderá conceder o que não foi demando pelo
autor.
2) Fungibilidade: o magistrado poderá conceder tutela diferente da requerida nas
ações possessórias e cautelares.
3) Demandas cujo objetivo é uma obrigação de fazer ou não fazer: o magistrado
poderá conceder tutela diversa.
4) O Supremo Tribunal Federal também admite o afastamento do princípio da
congruência ao declarar inconstitucionalidade de uma norma, em atenção a pedido
formulado pelo autor, todavia, utilizando-se de fundamentos diferentes daqueles que
foram suscitados.

Art. 554, do CPC. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não
obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente
àquela cujos pressupostos estejam provados.

● Inércia da jurisdição: Art. 2º, CPC. O processo começa por iniciativa da parte e se
desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.

● Isonomia: Art. 7º, CPC. É assegurada às partes paridade de tratamento em relação


ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus,
aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo
efetivo contraditório.

● Primazia da decisão de mérito: deve, o juiz, priorizar a prestação da jurisdição


julgando o mérito da ação, sempre que for possível suprindo e sanando
irregularidades processuais.
Art. 4º, CPC. As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral
do mérito, incluída a atividade satisfativa.

Art. 282, § 2º, CPC Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite
a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou
suprir-lhe a falta.

Art. 317, CPC. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá
conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.

● Teoria da asserção:

Para essa teoria, a legitimidade ad causam deve ser analisada à luz das afirmações
feitas pelo autor na petição inicial, devendo o julgador considerar a relação jurídica
deduzida em juízo in status assertionis, isto é, à vista do que se afirmou.

Em outras palavras, se o autor afirma que é titular daquele direito, para fins de
legitimidade deve-se tomar essa afirmação como sendo verdadeira. Ao final do
processo, pode-se até reconhecer que ele não é realmente titular, mas aí já será
uma decisão de mérito. Para fins de reconhecimento de legitimidade e
processamento da ação, basta que o autor se afirme titular.

o STJ tem adotado essa a respeito das condições da ação, entendendo ser cabível
o julgamento COM ou SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, pela CARÊNCIA DE AÇÃO,
a depender do momento processual em que tal decisão seja proferida:

-Se antes da produção das provas: SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO

- Se depois da produção das provas: COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, acolhendo


ou rejeitando o pedido. (CASO DA QUESTÃO "Após a instrução probatória")

Tal posicionamento se filia a corrente intermediária entre a teoria abstrativista e a


teoria eclética, chamada de TEORIA DA ASSERÇÃO.

Portanto, para o STJ, se o juiz realizar cognição profunda sobre as alegações do


autor, após esgotados os meios probatórios, terá, na verdade, proferido juízo sobre o
mérito da questão.

● Teoria Abstrativista: O direito de ação existe quando o juiz profere uma sentença de
mérito, favorável ou desfavorável ao autor. As condições da ação podem ser
analisadas a qualquer tempo, e condicionam a existência do próprio direito de ação.
Quando ausentes, acarretam a extinção do processo sem julgamento do mérito.

● Teoria Eclética: defende que a existência do direito de ação independe da existência


do direito material, mas do preenchimento de certos requisitos formais, chamados
“condições da ação” (possibilidade jurídica do pedido, legitimidade das partes e
interesse de agir – lembrando que o NCPC não considera a possibilidade jurídica do
pedido como condição da ação, mas sim como causa de mérito, acarretando a
improcedência do pedido). Para essa teoria, ADOTADA PELO CPC, as condições da
ação NÃO se confundem com o mérito e, quando ausentes, geram uma sentença
terminativa de carência de ação (art. 485, VI, Novo CPC) sem a formação de coisa
julgada material.

● Tópicos importantes da Ação Monitória (700 a 702 cpc):

1) Cabível contra Fazenda Pública (Art. 700, § 6º)


2) Se o réu cumprir o mandado no prazo - ISENÇÃO DAS CUSTAS (Art. 701, § 1º)
3) Se for EVIDENTE o direito do autor: prazo de 15 DIAS para o réu e
HONORÁRIOS DE 5% do valor da causa (Art. 701)
4) Réu que de má-fé opuser embargos à ação monitória: MULTA de até 10% do
valor da causa (Art. 702, § 11)

● Art. 558. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as


normas da Seção II deste Capítulo quando a ação for proposta dentro de ano e dia
da turbação ou do esbulho afirmado na petição inicial.
Parágrafo único. Passado o prazo referido no caput , será comum o procedimento,
não perdendo, contudo, o caráter possessório.

● Art. 554
§ 1º No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de
pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no
local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do
Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência
econômica, da Defensoria Pública.
§ 2º Para fim da citação pessoal prevista no § 1º, o oficial de justiça procurará os
ocupantes no local por uma vez, citando-se por edital os que não forem
encontrados.

● Art. 556. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse,
demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da
turbação ou do esbulho cometido pelo autor.

● Art. 557. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu,
propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em
face de terceira pessoa.
Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação de
propriedade ou de outro direito sobre a coisa.

● Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de:


I - condenação em perdas e danos;
II - indenização dos frutos.
Parágrafo único. Pode o autor requerer, ainda, imposição de medida necessária e
adequada para: I - evitar nova turbação ou esbulho; II - cumprir-se a tutela provisória
ou final.
3) Ação

Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território
nacional, conforme as disposições deste Código.

Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando
autorizado pelo ordenamento jurídico.

Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como


assistente litisconsorcial.

Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:

I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;

II - da autenticidade ou da falsidade de documento.

Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a
violação do direito.

ElemenTos: são Três (partes, pedido, causa de pedir)


ConDições: são Duas (interesse e legitimidade)
OBS: Possibilidade jurídica do pedido é P de Passado... nao existe mais

● Ação de conhecimento: certificação de direito. Podem ser: condenatórias,


constitutivas e declaratórias.

● Ação de execução: efetivação de direito.

● Ação cautelar: proteger a efetivação de um direito. (Tutela de urgência cautelar.)

● O tema “teorias da ação” apresenta cinco principais teorias: a) teoria civilista ou


imanentista; b) concreta; c) abstrata; d) eclética e) asserção.

TEORIA CIVILISTA OU IMANENTISTA: Por essa teoria, entendia-se que o direito


de ação era o próprio direito material reagindo a uma violação por ele sofrida. Como
se vê, tal teoria asseverava, portanto, que direito de ação e direito material eram
uma coisa só.

TEORIA CONCRETA: Nessa teoria, o direito de ação e o direito material eram vistos
como sendo coisas diferentes, o que já demonstrava uma superação do modelo
civilista.
No entanto, o direito de ação, para essa teoria, É O DIREITO A UM JULGAMENTO
FAVORÁVEL, ou seja, só haverá “direito de ação” se o autor se sagrar vencedor da
demanda.

Em síntese, o direito material é pressuposto do direito de ação (vejam a diferença


para a teoria civilista: enquanto para esta, direito material e direito de ação eram a
mesma coisa, para a teoria concreta somente haveria direito de ação se houvesse,
antes, direito material).

​ TEORIA ABSTRATA: O direito de ação é o direito de provação, não um direito a
uma decisão favorável (como na teoria concreta). AQUI NÃO SÃO NECESSÁRIAS
CONDIÇÕES DA AÇÃO.

​ TEORIA ECLÉTICA: ADOTADA PELO CPC .A teoria eclética é bem trabalhada
pelo italiano Enrico Tullio Liebman. Pode-se dizer que é uma junção da teoria
concreta com a teoria abstrata.

​ Para Liebman, o direito de ação é um direito a uma decisão de mérito. É por isso
que as condições da ação são necessárias para que o mérito seja apreciado.
Portanto, se a parte não for legítima, o processo será extinto sem resolução de
mérito em razão da ilegitimidade (faltou uma condição da ação).

​ Ocorre a CARÊNCIA quando o mérito não é analisado, tendo em vista a ausência de
uma das condições da ação, e a IMPROCEDÊNCIA quando o mérito é analisado,
mas o pedido não é acolhido.

​ Reconhece que o direito de ação é autônomo, não dependendo da existência do
direito material, mas do preenchimento de alguns requisitos formais, cuja análise
não se confunde com a apreciação do mérito.

​ ATENÇÃO: não há no NCPC o rótulo “condição da ação”. Assim como não
existe mais o termo “carência de ação”. O “pedido juridicamente possível”
também deixou de ser condição da ação para ser mérito. Portanto, nos termos
do art. 17, CPC, condições da ação são somente LEGITIMIDADE E INTERESSE
DE AGIR.

​ TEORIA DA ASSERÇÃO: Pela teoria da asserção as condições da ação devem ser
analisadas abstratamente de acordo com as alegações deduzidas pelo autor em sua
petição inicial. Portanto, se o juiz verificar que ausente alguma das condições da
ação (interesse de agir ou legitimidade da parte), o processo será extinto sem
resolução de mérito. No entanto, se a ausência só for percebida mais à frente, o
processo será extinto com resolução de mérito, sendo julgados os pedidos
improcedentes. A teoria está sendo adotada pelo STJ em alguns julgados e tem
ganhado força na jurisprudência.

Na AÇÃO DECLARATÓRIA pede-se o reconhecimento da existência, da inexistência


de uma relação jurídica ou o modo de ser dessa relação ou a declaração de
autenticidade ou da falsidade de documento. Não se busca a efetivação de direito
algum, nem direito à prestação, nem direito potestativo.

● Declaratória:

A ação declaratória é a única que tem previsão expressa:

CPC, art. 19: O interesse do autor pode limitar-se à declaração:


I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
II - da autenticidade ou da falsidade de documento.

Art. 20, CPC/15. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha
ocorrido a violação do direito.

Súmula 181 do STJ: É admissível ação declaratória, visando a obter certeza quanto
à exata interpretação de cláusula contratual

Na AÇÃO DECLARATÓRIA pede-se o reconhecimento da existência, da inexistência


de uma relação jurídica ou o modo de ser dessa relação ou a declaração de
autenticidade ou da falsidade de documento. Não se busca a efetivação de direito
algum, nem direito à prestação, nem direito potestativo.

A ação declaratória é aquela que tem por único escopo o de declarar a existência, a
inexistência ou modo de ser de uma relação jurídica. Ela é necessária diante de
estado de dúvida: não se sabe se a relação jurídica existe ou não; não se sabe qual
a maneira correta de interpretar aquela relação jurídica. Em regra, a sentença
declaratória é autossatisfativa/ autoexecutável: desnecessidade de processo de
execução ou cumprimento de sentença. Em outras palavras, a sentença
declaratória, por si só, satisfaz o direito da parte prescindindo de prestação ou
providência do adversário. Se a sentença declarar que fulano é meu pai, não precisa
de mais nada: terei direito de herdar e terei direito aos alimentos, sem que haja outra
providência. Ir ao cartório alterar o registro é mera providência administrativa. Por
isto, regra geral, as pretensões declaratórias são imprescritíveis.

É IMPRESCRITÍVEL

● Constitutiva:

A ação constitutiva é aquela cujo único propósito é o de criar, modificar ou extinguir


a relação jurídica. Se a relação jurídica existir, o propósito é extingui-la ou
modificá-la; se não existir, o objetivo é criá-la. A ação constitutiva relaciona-se aos
chamados direitos potestativos. Regra geral, a sentença constitutiva é
autossatisfativa: desnecessidade de processo de execução ou cumprimento de
sentença - não depende de nenhuma providência do adversário para que a relação
jurídica seja criada, modificada ou extinta. Só o divórcio já resolve, não precisa da
aceitação da esposa.

O direito potestativo submete-se, SE HOUVER PREVISÃO LEGAL, a prazos


DECADENCIAIS.

● Condenatória:

A ação condenatória é a que se afirma a titularidade de um direito a uma prestação


e pela qual se busca a certificação e a efetivação desse mesmo direito, com a
condenação do réu ao cumprimento da prestação devida. O seu
inadimplemento/não cumprimento gera a incidência de sanção, ou seja, de algo que
obrigue o devedor a cumprir a obrigação/prestação. A sentença não é o suficiente
para a satisfação do direito do autor (não é autossatisfativa). Os direitos a uma
prestação relacionam-se a PRAZOS PRESCRICIONAIS que, como prevê o artigo
189 do CC, começam a correr da lesão ou inadimplemento.

● Art. 18, do NCPC. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico.

● Art. 18, parágrafo único, do NCPC. Havendo substituição processual, o substituído


poderá intervir como assistente litisconsorcial.

● Propositura da ação -------> Protocolo da Inicial (art.312)


Determinação da Competência --------> Registro ou Distribuição (art.43)
Efeitos contra o réu --------> citação válida (art. 312 c/c 240)

● Regra geral: o pedido deve ser certo e determinado.


​ Exceção ao pedido certo = pedido implícito
​ Exceção ao pedido determinado = pedido genérico

● A falta de condição da ação, ainda que não tenha sido alegada em preliminar de
contestação, poderá ser suscitada pelo réu nas razões ou em contrarrazões
recursais. Pois se trata de matéria de ordem pública, podendo ser alegada, até o
trânsito em julgado, em qualquer tempo e grau de jurisdição.

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● Ajuizada ação coletiva atinente à macrolide geradora de processos multitudinários,


suspendem-se as ações individuais, no aguardo do julgamento da ação coletiva.
(REsp 1110549/RS, Rel. Min. Sidnei Beneti, Segunda Seção, julgado em
28/10/2009)
Porém, depende de o réu da ação coletiva peticionar nos processos individuais para
gerar esse efeito ou de decisão determinando a suspensão

Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art. 81, não
induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga
omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os
autores das ações individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a
contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva.
Quando o indivíduo está demandando individualmente e lhe vem a notícia de que está
tramitando uma ação coletiva com o mesmo objeto, que pode lhe atingir, ele tem um prazo
de 30 dias para decidir:

i- em suspender sua ação individual (right to opt in) OU

ii- em continuar com a sua ação individual. É o chamado right to opt out, pois está se
autoexcluindo dos efeitos da ação coletiva. Eventual procedência, portanto, não lhe
beneficia.

O mais interessante para o autor é suspender sua ação individual, pois terá duas chances
de ganhar.

Se suspender a ação privada, evita uma série de atos. Daí quando vier a decisão da ação
coletiva, se esta for procedente, aquela ação individual será convertida em liquidação de
sentença. Não vai mais precisar condenar o réu na ação individual. O an debeatur já foi
decidido, agora será discutido o quantum debeatur.

Se for julgada improcedente, a ação individual retoma o seu andamento, por conta da coisa
julgada secundum eventus in utilibus (vincula só se for favorável).

Ocorre que aqui há um problema. Nessa ação individual, o autor da ação vai ter que ser
informado da existência de demanda coletiva (fair notice), podendo sê-lo pelo réu, juiz,
poder judiciário, ele próprio diz que tem conhecimento, etc.

Por isso, o processo coletivo não evitou a existência de processos individuais e não levou a
suspensão dos processos individuais pela intenção do autor. Por isso o STJ, por meio da 2ª
seção, Resp. 1.110.549/RS, asseverou que a suspensão dos processos individuais passa a
ser obrigatório.

(...) Ajuizada ação coletiva atinente à macrolide geradora de processos multitudinários,


suspendem-se as ações individuais, no aguardo do julgamento da ação coletiva.
Entendimento que não nega vigência aos arts. 51, IV e § 1º, 103 e 104 do Código de
Defesa do Consumidor; 122 e 166 do Código Civil; e 2º e 6º do Código de Processo Civil,
com os quais se harmoniza, atualizando-lhes a interpretação extraída da potencialidade
desses dispositivos legais ante a diretriz legal resultante do disposto no art. 543-C do
Código de Processo Civil, com a redação dada pela Lei dos Recursos Repetitivos (Lei n.
11.672, de 8.5.2008). (...) (REsp 1110549/RS, Rel. Min. Sidnei Beneti, Segunda Seção,
julgado em 28/10/2009).
Mais recentemente, o STJ manteve o mesmo posicionamento.

● Art. 108. No curso do processo, somente é lícita a sucessão voluntária das partes
nos casos expressos em lei.

Art. 109. A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título
particular, não altera a legitimidade das partes.

§ 1º O adquirente ou cessionário não poderá ingressar em juízo, sucedendo o


alienante ou cedente, sem que o consinta a parte contrária.

§ 2º O adquirente ou cessionário poderá intervir no processo como assistente


litisconsorcial do alienante ou cedente.

§ 3º Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes originárias ao


adquirente ou cessionário.

● "Não cabe a cobrança de custas processuais complementares após homologação


de pedido de desistência, formulado antes da citação da parte adversa, por ocasião
de sua intimação para complementar as custas iniciais.

A regra do art. 90 do CPC (a desistência da ação não exonera a parte autora do


pagamento das custas e despesas processuais) não se aplica à hipótese em que o
não pagamento do encargo é exteriorizado por meio da desistência da ação, antes
da citação do réu, situação para a qual a lei processual prevê consequência jurídica
própria, relativa ao cancelamento da distribuição, estabelecida no art. 290 do CPC
(será cancelada a distribuição do feito se a parte, intimada na pessoa de seu
advogado, não realizar o pagamento das custas e despesas de ingresso em 15
dias).

● Entendimento do STJ em caso de recolhimento parcial das custas iniciais.

• Em caso de ausência total de recolhimento das custas, o autor deve ser intimado, por
meio do seu advogado, para realizar o pagamento, no prazo de 15 dias, sob pena de
cancelamento da distribuição. Aplica-se o art. 290 do CPC;

• Na hipótese de pagamento parcial das custas, deverá haver a intimação pessoal do autor
(não basta a intimação por advogado) para complementar o valor, no prazo de 5 dias, sob
pena disso caracterizar abandono da causa (art. 485, III e § 1º, do CPC). Não se aplica o
art. 290 do CPC.

A intimação pessoal do autor da ação é obrigatória para a complementação das custas


iniciais, restringindo-se à aplicação do cancelamento de distribuição estabelecida no art.
290 do CPC às hipóteses em que não é feito recolhimento algum de custas processuais.
STJ. 2ª Turma. AREsp 2.020.222-RJ, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado em 28/3/2023
(Info 765).
● A) Art. 72,Parágrafo único, do CPC: A curatela especial será exercida pela
Defensoria Pública, nos termos da lei.
● B) Art. 20, do CPC: É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha
ocorrido a violação do direito.
● C) Art. 124, do CPC: Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente
sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do
assistido.
● D) Art. 138, § 3º, do CPC: O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o
incidente de resolução de demandas repetitivas.
● E) Súmula 481-STJ: Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou
sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos
processuais.

● Art. 34. Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida
apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade
jurisdicional.

● Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica


de conclusão para proferir sentença ou acórdão.
§ 1º A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição
para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores.
§ 2º Estão excluídos da regra do caput:
I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência
liminar do pedido;
II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em
julgamento de casos repetitivos;
III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas
repetitivas;
IV - as decisões proferidas com base nos e ;
V - o julgamento de embargos de declaração;
VI - o julgamento de agravo interno;
VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça;
VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal;
IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão
fundamentada.

● ANTIGO CPC/73

P ossibilidade jurídica do pedido


L egitimidade ativa e passiva (contestação)
I nteresse de agir

CPC/15
L egitimidade
I nteresse de agir
DE QUALQUER MODO, o interesse de agir permanece em ambos, não dando margem pra
recurso.
● Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa
por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e
regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo
arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal;
e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em
qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.

● Prazo impróprio é aquele que não apresenta consequência pelo seu


descumprimento.

● Preclusão temporal (quando a parte deixar de praticar determinado ato); Preclusão


Consumativa (esta ocorre quando o ato já foi praticado uma vez, não sendo possível
repeti-lo).

LER ARTIGO 485

4) Pressupostos Processuais

Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado;

II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores;

III - o Município, por seu prefeito ou procurador;

III - o Município, por seu prefeito, procurador ou Associação de Representação de


Municípios, quando expressamente autorizada; (Redação dada pela Lei nº 14.341, de 2022)

IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar;

V - a massa falida, pelo administrador judicial;

VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador;


VII - o espólio, pelo inventariante;

VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não
havendo essa designação, por seus diretores;

IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade


jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens;

X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial,


agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;

XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico.

§ 1º Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo


no qual o espólio seja parte.

§ 2º A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a


irregularidade de sua constituição quando demandada.

§ 3º O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica


estrangeira a receber citação para qualquer processo.

§ 4º Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato
processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas
respectivas procuradorias.

§ 5º A representação judicial do Município pela Associação de Representação de


Municípios somente poderá ocorrer em questões de interesse comum dos Municípios
associados e dependerá de autorização do respectivo chefe do Poder Executivo municipal,
com indicação específica do direito ou da obrigação a ser objeto das medidas judiciais.

● Art. 10, CPC. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em
fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se
manifestar, AINDA que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

● Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente
ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência;
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;
III - à decisão prevista no art. 701.

● Art. 2º, CPC. O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso
oficial, salvo as exceções previstas em lei.

● Art. 11, CPC. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente
das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.

● Art. 4º, CPC. As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral
do mérito, INCLUÍDA a atividade satisfativa
5) Sujeitos do Processo

● A) Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em
fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se
manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

● B) Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no


processo:
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica
parte no processo;

● C) Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:


I - ao membro do Ministério Público;
II - aos auxiliares da justiça;
III - aos demais sujeitos imparciais do processo.

● D) Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:

§ 2º O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão do


processo, ouvindo o arguido no prazo de 15 (quinze) dias e facultando a produção
de prova, quando necessária.

● E) Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,


incumbindo-lhe:
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de
prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior
efetividade à tutela do direito;

Que Deus e Nossa Senhora nos abençoem!

● Artigo 225 CPC: "A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente
em seu favor, desde que o faça de maneira expressa"

Para complemento:

- A desistência impede uma nova interposição do recurso de que se desistiu, mesmo


se ainda dentro do prazo. Esse recurso, uma vez renovado, será considerado
inadmissível, pois a desistência é fato impeditivo que, uma vez verificado, implica
inadmissibilidade do procedimento recursal. Perceba, então, a diferença: a
desistência não extingue o procedimento recursal por inadmissibilidade, mas, uma
vez interposto novamente o recurso revogado, esse novo procedimento recursal, e
não o primeiro, será havido por inadmissível.

- Desistência do Recurso dispensa homologação (art. 998 do CPC);


● Art. 315. Se o conhecimento do mérito depender de verificação da existência de fato
delituoso, o juiz pode determinar a suspensão do processo até que se pronuncie a
justiça criminal.

§ 1º Se a ação penal não for proposta no prazo de 3 (três) meses, contado da


intimação do ato de suspensão, cessará o efeito desse, incumbindo ao juiz cível
examinar incidentemente a questão prévia.

§ 2º Proposta a ação penal, o processo ficará suspenso pelo prazo máximo de 1


(um) ano, ao final do qual aplicar-se-á o disposto na parte final do § 1º

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