Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso significa que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a
qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos
ficam desabilitados. Por essa razão, fique atento: sempre
que possível, opte pela versão digital. Bons estudos!
Nesta webaula será apresentada características sobre a suspensão e da extinção do processo de execução,
execução de decisão provisória e formas especiais de cumprimento de títulos judiciais.
A suspensão da execução vem regulada nos arts. 921 a 923 do CPC. Os arts. 313 e 315 do CPC são as hipóteses de
suspensão do processo previstas na parte geral do código: a morte ou a perda de capacidade processual de uma
das partes
por convenção, arguição de impedimento ou suspensão quando o executado não possuir bens
penhoráveis; se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 dias,
não requerer a adjudicação
nem indicar outros bens penhoráveis.
A execução ficará suspensa pelo prazo de um ano (art. 921, §1º). Decorrido o prazo de um ano sem localização de
bens passiveis de penhora, o juiz determinará o arquivamento dos autos (§2º), mas nada impede seu posterior
desarquivamento
se, a qualquer tempo, forem encontrados bens penhoráveis (§3º). Transcorrido o prazo de um
ano previsto no §1º sem que haja manifestação do exequente, começará a fluir o prazo de prescrição
intercorrente.
“Não existindo bens, o processo fica suspenso pelo prazo de um ano, durante o qual não corre o prazo de prescrição
intercorrente. Decorrido o prazo, para que a prescrição continue suspensa, é preciso que o exequente se manifeste,
realizando
as diligências necessárias e tomando as providências para que a execução possa ter andamento. Se ele o fizer,
manifestando-se em termos de prosseguimento, a prescrição não corre, ainda que o processo venha a ser suspenso por
mais
um período, por continuarem inexistindo bens, Todavia se, passado um ano não houver manifestação do exequente,
a execução continuará suspensa, mas o prazo de prescrição intercorrente terá início. Consumada a prescrição, o juiz
poderá decretá-la de ofício, depois de ouvir as partes, que terão prazo de 15 dias para manifestar-se.
”
— Fonte: GONÇALVES, 2016, p. 823-824.
Com o parcelamento do débito (previsto no art. 916 do CPC) a execução também deve ser suspensa até o
adimplemento das parcelas.
“Convindo às partes, o juiz declarará suspensa a execução durante o prazo concedido pelo exequente para que o executado
cumpra voluntariamente a obrigação.
”
— Fonte: BRASIL, 2015, [s.p.].
Toda forma de atividade jurisdicional realizada em oposição à vontade do réu, ou seja, o cumprimento forçado da
obrigação contida em um título, não importando qual foi a maneira pela qual foi realizada.
Artigo 520, caput do novo CPC - cumprimento provisório de sentença que reconheça a exigibilidade de
obrigação de pagar quantia certa.
Será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo (artigos 523 ao 527 do CPC/2015)
o cumprimento provisório de sentença impugnada por recurso desprovido de efeito
suspensivo.
No cumprimento provisório da sentença, o executado poderá apresentar impugação, se quiser, nos termos
do art. 525 CPC (como os 15 dias após o cumprimento definitivo voluntário).
Fonte: Shutterstock.
Fica sujeito ao seguinte regime: (art. 520, incisos I, II, III e IV, do CPC).
Corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar
os danos que o executado haja sofrido;
Fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as
partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos;
Se a sentença objeto de cumprimento provisório de sentença for modificada ou anulada apenas em parte,
somente nesta ficará sem efeito a execução; e,
Este artigo 521 do CPC/2015 trata das hipóteses em que essa caução deverá ser dispensada, ou seja, quando:
I – o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem - a origem do crédito alimentar pode
ser qualquer uma: direito de família, responsabilidade civil, verbas trabalhistas etc. Tendo o crédito
o caráter de
subsistência (necessidades básicas), o credor terá direito à dispensa da caução, independentemente de debate
acerca da necessidade (é entendida como presumida), ou de limite de valor (como era na lei anterior);
III – pender o agravo do art. 1.042 (redação dada pela Lei Federal n. 13.256/2016) - na pendência de recurso de
agravo contra decisão que inadmitiu recurso especial ou extraordinário, pode
o juiz dispensar a caução diante da
baixa probabilidade de êxito do recurso.
Artigo 521, único do Novo CPC - Inovação significativa - A exigência de caução e o manifesto risco de grave dano de
difícil ou incerta reparação.
Fonte: Shutterstock.
“Não sendo eletrônicos os autos, a petição será acompanhada de cópias das seguintes peças do processo, cuja
autenticidade poderá ser certificada pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal:
I – decisão exequenda;
V – facultativamente, outras peças processuais consideradas necessárias para demonstrar a existência do crédito.”
Muito embora não conste do rol do parágrafo único do artigo em comento, o requerimento de cumprimento
provisório de sentença deverá ser instruído, com demonstrativo discriminado e atualizado do crédito,
segundo a redação do
artigo 524, 'caput' do NCPC, permitindo, assim, ao devedor, conhecer o exato
montante da dívida.
A multa e os honorários a que se refere o §2 do art. 523 são devidos no cumprimento provisório da sentença
condenatória ao pagamento de quantia certa (§2 do art. 520 do NCPC).
Considerações iniciais
Para que seja iniciado o cumprimento de sentença, é necessária a presença de três requisitos: a) o título
executivo judicial; b) o inadimplemento do devedor; c) a iniciativa do exequente (513, §1º, do CPC).
Para que seja iniciado o cumprimento de sentença, é necessária a presença de três requisitos: a) o título
executivo judicial; b) o inadimplemento do devedor; c) a iniciativa do exequente (513, §1º, do CPC).
b. Cumprimento de sentença: obrigação de fazer, não fazer e entrega de coisa certa (Art. 536 e seguintes
NCPC).
c. Cumprimento de sentença de quantia certa contra fazenda pública (Art. 534 e seguintes NCPC).
“A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por carga, remessa ou
meio eletrônico, para, querendo, no prazo de trinta (trinta) dias e nos próprios autos, impugnar a execução”,
podendo arguir
as matérias elencadas nos incisos do art. 535, do CPC.
Se a Fazenda Pública não apresentar impugnação, será expedido o precatório ou a requisição de pequeno valor.
Os precatórios referentes a créditos alimentares terão preferência sobre os demais, conforme súmula nº 144 do
STJ: “Os créditos de natureza alimentícia gozam de preferência, desvinculados os precatórios da ordem
cronológica dos créditos de natureza diversa”.
“A requisição de pequeno valor (RPV) contra a Fazenda Pública da União abrange as obrigações de até 60 salários mínimos,
conforme art. 17, §1º, da Lei n.º 10.259/2001. No caso de execução contra Fazenda Pública Municipal e Estadual,
o valor do
RPV varia de acordo com a legislação editada por cada ente federado. Enquanto os entes federados não editarem a lei
regulando o valor do RPV, será considerado como tal a obrigação até 30 salários mínimos no caso da Fazenda
Municipal e
de até 40 salários mínimos no caso das Fazendas Estaduais e Federais.
”
— Fonte: GONÇALVES, 2016, p. 816.
De acordo com a Lei n. 10.259/2001( art. 17) na obrigação limitada aos valores do RPV, haverá intimação da
Fazenda Pública para, no prazo de 30 dias, opor impugnação; não opondo, o juiz emitirá a requisição de
pagamento, que deverá
ser cumprida pela Fazenda Pública no prazo de dois meses, sob pena de sequestro de
bens.
““[...] a execução da obrigação de alimentos, provisória ou definitiva, se dará, na forma do artigo 528 NCPC, em fase de
cumprimento de sentença quando se tratar de título judicial. Abrem-se aí duas possibilidades: a) seguimento
pelo
procedimento que autoriza a prisão civil; b) ou pelo procedimento mediante penhora de bens.” (OLIVEIRA, 2008, [s.p.])
— Fonte: OLIVEIRA, R. A. O cumprimento da sentença da obrigação de alimentos. In: Consultor jurídico, [on-line], fev. 2018. Disponível em:
”
https://bit.ly/2ySESGZ. Acesso
em: 8 abr. 2020.
Competência
“Restou estatuído pelo artigo 516, inciso II, do Código de Processo Civil que o cumprimento de obrigação de
alimentos se dará no juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição ou no juízo do atual domicílio do
credor
(artigo 528, parágrafo 9º).”
Intimação
“Exige-se a intimação pessoal do devedor, não se aplicando, portanto, às regras previstas nas disposições
gerais que permitem a intimação na pessoa do advogado ou por meio eletrônico. Tal se deve em razão das
graves implicações
decorrentes do inadimplemento do devedor, que poderá ter sua prisão civil decretada.”
“Uma vez intimado, o devedor deverá justificar o inadimplemento mediante a comprovação de fato que tenha
gerado a impossibilidade absoluta de pagar, caso contrário terá, como já visto, a prisão civil decretada pelo
prazo de
um a três meses. Não basta, portanto, a alegação genérica de que se acha sem condições de pagar o
débito, sendo seu ônus a prova de fato inequívoco que o tenha impossibilitado.”
“No primeiro caso, o prazo, após intimação do devedor, será de três dias para pagar ou provar a
impossibilidade, sob pena de prisão de um a três meses, além de o juiz mandar protestar o pronunciamento
judicial (parágrafos
1º e 3º do referido artigo). Restou normatizado o entendimento (da Súmula 309 do STJ) de
que o débito alimentar que autoriza a prisão civil é o que compreende até as três prestações anteriores ao
ajuizamento
da execução e as que vencerem no curso do processo (parágrafo 7º do artigo 528).”
“[...] em se tratando de débito superior a três prestações, não será admissível a prisão civil (artigo 528,
parágrafo 8º), devendo a execução se dar na forma do artigo 523 (obrigação de pagar quantia certa), fazendo-
se
a intimação do executado para pagar o débito em 15 dias, acrescido de multa e honorários de 10% se não
ocorrer o pagamento voluntário, sob pena de penhora de bens (parágrafo 3º).”
“Tendo o credor optado pelo rito da penhora de bens (artigo 528, parágrafo 8º c.c. artigo 523), e decorrido o prazo
para cumprimento pelo devedor, a multa incidirá sobre a totalidade do débito. Caso tenha ocorrido o
pagamento
parcial, a multa e os honorários incidirão sobre o restante (artigo 523, parágrafo 2º). Em seguida, será expedido
mandado de penhora e avaliação, que poderá ter seu cumprimento mediante bloqueio on-line
da conta bancária
do devedor.”
Fonte: Shutterstock.
Incompatibilidade de Ritos
“Não se tem admitido o seguimento da execução mediante a cumulação simultânea desses dois procedimentos
em único processo, ou seja, sob pena de prisão civil e também penhora de bens, por incompatibilidade de ritos
(Agravo de Instrumento 2026620-59.2016.8.26.0000, TJ-SP).”
“De outro modo, ajuizado o cumprimento de sentença sob o rito da prisão civil, não incidirá o acréscimo da multa
prevista no artigo 523, porquanto descabida dupla sanção. Nada impede, contudo, que no decorrer do processo
o
credor requeira, caso não ocorra o cumprimento da obrigação, a conversão do rito para o procedimento de
penhora de bens (artigo 530).”