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DATA: 07/05/2023
ORIENTADORA: Dra. Márcia Aguiar
ACADÊMICO: José Alberoni Coelho da Silva
ACADÊMICA: Cibely Nina Ferreira de Oliveira
A) DISSÍDIO COLETIVO
1. CONCEITO
2. NARTUREZA JURÍDICA
O dissídio coletivo de trabalho, para ser ajuizado, bem como ter o seu
mérito apreciado, exige a prévia tentativa de solução do conflito por meio da
negociação coletiva (art. 114, § 2º, da Constituição Federal de 1988).
3. PODER NORMATIVA
Para que a decisão possa ser estendida, na forma acima indicada, torna-se
preciso que 3/4 dos empregadores e 3/4 dos empregados, ou os respectivos
sindicatos, concordem com a extensão da decisão (art. 870 da CLT).
4. PRESSUPOSTO DE CABIMENTO
Com fulcro no art. 114, §§ 1º e 2º, da Lei Maior, para que o dissídio coletivo
tenha viabilidade jurídica, a negociação coletiva deverá ser esgotada ou frustrada:
“Art. 114. (...) § 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger
árbitros. § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à
arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de
natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas
as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as
convencionadas anteriormente”. A ideia é a de estimular a negociação coletiva por
meio de seus instrumentos normativos, quais sejam, o acordo coletivo de trabalho e
a convenção coletiva de trabalho. Na seara das formas de solução dos conflitos
coletivos de trabalho, a autocomposição prefere à heterocomposição.
5. CONDIÇÕES DA AÇÃO
Uma vez proferida a sentença normativa, esta deve ser observada pelos
empregadores abrangidos e representados pelas entidades sindicais que
participaram do dissídio coletivo.
6.PROCEDIMETO
“Quando o dissídio ocorrer fora da sede do Tribunal, poderá o presidente, se julgar conveniente, delegar
à autoridade local as atribuições de que tratam os arts. 860 e 862. Nesse caso, não havendo
conciliação, a autoridade delegada encaminhará o processo ao Tribunal, fazendo exposição
circunstanciada dos fatos e indicando a solução que lhe parecer conveniente.”
Têm legitimidade para instaurar o dissídio coletivo e nele figurarem como partes
autora (suscitante) e ré (suscitado), como regra geral, os Sindicatos, que são os
representantes legais da categoria, tendo uma espécie de mandato legal para
defendê-la (art. 8o, III, da CF).
Nos termos do art. 857, da CLT: “A representação para instaurar a instância em dissídio
coletivo constitui prerrogativa das associações sindicais, excluídas as hipóteses aludidas no
art. 856, quando ocorrer suspensão do trabalho. Parágrafo único. Quando não houver
sindicato representativo da categoria econômica ou profissional, poderá a representação ser
instaurada pelas federações correspondentes e, na falta destas, pelas confederações
respectivas, no âmbito de sua representação.
B) SENTENÇA NORMATIVA
1. COISA JULGADA
“Para nós, a sentença normativa faz coisa julgada material (e, logicamente, formal),
pois o art. 2o, I, c da Lei n. 7.701/88 dispõe expressamente que compete,
originariamente, à sessão especializada em dissídios coletivos ‘julgar as ações
rescisórias propostas contra sua própria sentenças normativas’, cabendo-lhe, nos
termos do inciso II, alínea b, do referido artigo, julgar em última instância, ‘os recursos
ordinários interpostos contra as decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do
Trabalho em ações rescisórias e mandados de segurança pertinentes a dissídios
coletivos’. Ora, se cabe ação rescisórias contra sentença normativa, então ela está apta
a produzir coisa julgada material (CPC, art. 269).”
2. ULTRATIVIDADE
4. RECURSO ORDINÁRIO
O recurso ordinário é o meio recursal no qual as partes podem discutir
novamente e de forma ampla, em termos de direito e de fatos, a matéria decidida em
primeira instância. Tem natureza ordinária e é de livre fundamentação pelas partes. É
cabível na fase de conhecimento; na fase executória o recurso adequado é o agravo
de petição.
De outro lado, pensamos que, a teor do disposto no inciso III do art. 8o da CLT
e do cancelamento da Súmula n. 310 pelo TST, a substituição processual da categoria
também abrange os não associados na ação de cumprimento.
C) AÇÃO DE CUMPRIMENTO
1. CONCEITO
Uma vez proferida a sentença normativa, esta deve ser observada pelos
empregadores abrangidos e representados pelas entidades sindicais que participaram
do dissídio coletivo.
2. NATUREZA JURÍDICA
O inquérito judicial para apuração de falta grave pode ser conceituado como
ação de conhecimento, de natureza desconstitutiva (constitutivo-negativa), de rito
especial, que tem por escopo a resolução de contrato individual de trabalho de um
empregado portador de estabilidade (garantia de emprego), após a comprovação
judicial de falta grave (justa causa) por ele cometida.
O inquérito judicial para apuração de falta grave encontra amparo nos arts. 494,
853 a 855 da CLT:
Art. 494. O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas
funções, mas a sua despedida só se tornará efetiva após o inquérito e que se verifique
a procedência da acusação. Parágrafo único. A suspensão, no caso deste artigo,
perdurará até a decisão final do processo.
Art. 853. Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra
empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por
escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da
suspensão do empregado.
4. COMPETÊNCIA
É nesse sentido que Cláudia de Abreu Lima Pisco, argumenta que o foro geral
é inoportuno quando se está diante de uma norma coletiva que beneficia vários
empregados cuja prestação de serviço ocorre em vários locais, como acontece na
eventualidade de essa norma ser ajustada por sindicatos de base territorial nacional
ou estadual.
5. PRESCRIÇÃO
No Código Civil (art. 189), a prescrição é o meio pela qual se extingue a pretensão de
um titular obter na Justiça um direito que lhe foi violado. Ou seja, a partir de uma violação, a
pessoa tem um prazo para poder entrar na Justiça contra a parte contrária.
Findo esse tempo, o titular não tem mais o direito de tentar resolver esse
conflito judicialmente.
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue,
pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
Segundo o Código Civil, essa pretensão não existe para sempre. André
precisa ingressar com o processo em um prazo determinado pela Lei. Caso não o
faça, o direito de cobrar Paulo judicialmente prescreverá. Esta é a prescrição.