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AULA 12

UNIDADE 01
Direito coletivo do trabalho: origens históricas dos sindicatos.
A especificidade dos sindicatos na sociedade brasileira.
Conceitos, características e natureza sócio-juridica do contrato coletivo de
trabalho.

UNIDADE 02
Contrato coletivo de trabalho e formas de solução dos conflitos trabalhistas:
convenção, acordo, negociações coletivas e formas alternativas de resolução de
conflitos.

UNIDADE 03
A extensão do campo da negociação coletiva nas sociedade contemporâneas.
Conflitos do trabalho e direito de greve na sociedade brasileira.

FÓRMULAS AUTÔNOMAS: negociação direta.


FÓRMULAS PARAETERÔNOMAS: autocomposição mediada ou autocomposição
assistida, pelas quais um terceiro imparcial promove o diálogo e o consenso.

Conciliação e a mediação: indefinição conceitual. Para uns o mediador é mero


facilitador e o conciliador é mais ativo, oferece alternativa, opções. Outros entendem
em sentido oposto.

CPC/2015: esclareceu os conceitos.


Dois critérios: modo de atuação do terceiro imparcial e tipo de conflito envolvido
(André Gomma).
Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos,
responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo
desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a
autocomposição.
§ 1º A composição e a organização dos centros serão definidas pelo respectivo tribunal,
observadas as normas do Conselho Nacional de Justiça.
§ 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo
anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a
utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes
conciliem. (CONFLITOS MAIS RESTRITOS/PONTUAIS – UNIDIMENSIONAIS OU DE
VÍNCULO ÚNICO – INSERÇÃO SUPERFICIAL) .
§ 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo
anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os
interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação,
identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.
(CONFLITOS MAIS AMPLOS/COMPLEXOS – MULTIDIMENSIONAIS OU DE
MÚLTIPLOS VÍNCULOS – INSERÇÃO PROFUNDA)

MEDIAÇÃO NA NEGOCIAÇÃO COLETIVA: prevista na Lei n.º 10.192/2001.


Mediador designado de comum acordo entre as partes ou indicado pelo Ministério do
Trabalho e Previdência Socia.
Mediador: prazo de 30 dias para conclusão do processo de negociação.
Frustrada a negociação: lavrada a ata que instruirá a ação de Dissídio Coletivo.
FÓRMULAS HETERÔNOMAS: intervenção de terceiro imparcial que se insere na
contenda para decidir o conflito. São fórmulas heterônomas a arbitragem e a jurisdição.

Arbitragem: terceiro imparcial, escolhido pelos próprios litigantes, insere-se no


conflito, por iniciativa dos litigantes e com arrrimo em convenção por eles empreendida
para estimular a concórdia e, sem intervenção estatal, dirimir litigios embasados em
direitos patrimoniais disponíveis.

Decisão: eficácia de sentença judicial (art. 475-N do CÇC/1973 e art. 515, VII, do
CPC/2015.
Interessado: ação de cumprimento prevista no art. 872 da CLT.
Disciplina legal:
§2º do art. 114 da CF
Lei nº 9307/96 (Lei que regulamenta a Arbitragem)
Lei nº 7783/89 (Lei de greve)
Lei nº 10.101/2000 (PLR)

Jurisdição: atividade estatal


Definição: Estado-juiz, no exclusivo exercício de seu poder-dever de dizer o direito,
soluciona o conflito, atendendo a iniciativa de um dos litigantes.
Características:
Juiz natural.
Conciliação/decide o conflito.
Executa a decisão.
Dissídio Coletivo: desavença, divergência, entre os sujeitos coletivos.
Insistência pela autocomposição por intermédio da greve.
Ajuizamento de ação coletiva tendente a obter uma sentença que estabeleça novas e
melhores condições de trabalho (poder normativo).
PODER NORMATIVO » SENTENÇA NORMATIVA.
SÚMULA 190 do TST:
PODER NORMATIVO DO TST. CONDIÇÕES DE TRABALHO.
INCONSTITUCIONALIDADE. DECISÕES CONTRÁRIAS AO STF (mantida) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Ao julgar ou homologar ação coletiva ou acordo nela havido, o Tribunal Superior do
Trabalho exerce o poder normativo constitucional, não podendo criar ou homologar
condições de trabalho que o Supremo Tribunal Federal julgue iterativamente
inconstitucionais.

Classificação dos dissídios coletivos:


de natureza econômica ou de interesses: instituição de novas e melhores condições de
trabalho. Podem ser originários ou de revisão.
de natureza juridica ou de interpretação: discussão no tocante à aplicação ou
interpretação de normas pre-existentes. Não podem ser de caráter genérico. Ex.: ação
coletiva que tem por objeto declaração sobre a paralisação do trablho decorrente de
greve.

OJ 07 da SDC do TST:
DISSÍDIO COLETIVO. NATUREZA JURÍDICA. INTERPRETAÇÃO DE NORMA DE
CARÁTER GENÉRICO. INVIABILIDADE. (inserida em 27.03.1998)
Não se presta o dissídio coletivo de natureza jurídica à interpretação de normas de
caráter genérico, a teor do disposto no art. 313, II, do RITST.
Disciplina legal:
§2º do art. 114 da CF
arts. 856 a 875 da CLT
Lei nº 4725/1965
Lei nº 7783/89
Regimento Interno do TST e dos TRT's
Precedentes Normativos
Instauração do Dissídio Coletivo:
-§2º do art. 616 da CLT;
-deve ser instaurado dentre de 60 dias para preservar a data-base da categorias;
-protesto judicial para preservar a data-base, na hipótese de impossibilidade real de
encerramento da negociação
Pressupostos processual de acesso previsto no §2º do art. 114 da CF: recusa das
partes à negociação ou à arbitragem e comum acordo (EC 45/2004).
ADI 3.392: comum acordo
Julgada improcedente em maio/2020.
Legitimidade: entidades sindicais, empresas e associações patronais.
MPT tem legitimidade par ajuizar a ação em caso de greve em atividade essencial (§3º
do art. 114 da CF).

Procedimento
Petição inicial.
Presidente do Tribunal designa audiência de conciliação.
Não aceitas as propostas, o Presidente submete aos interessados uma solução.
Havendo acordo, o Presidente o submeterá à homologação do tribunal.
Não havendo acordo, o Presidente submete a julgamento, após diligências e ouvido o
MPT.
Presidente pode delegar à autoridade local (Juiz de Vara) a atribuição de conciliar, mas a
homologação é competencia funcional do Tribunal.
Não havendo acordo, a autoridade delegada encaminha o processo ao Tribunal.
Sentença normativa vigora a partir da data de publicação, quando ajuizado o dissídio
após o prazo de 60 dias ou quando não houver acordo, convenção ou sentença normativa
em vigor, da data do ajuizamento ou, ainda, a partir da data final da vigência do acordo,
convenção ou sentença normativa, quando observado o prazo de 60 dias.

Extensão da Sentença Normativa: Tribunal pode estender aos demais empregados da


empresa que forem da mesma profissão, a todos os empregados da mesma categoria
profissional da jurisdição do TRT, mediante concordãncia de três quartos
dos empregadores e de três quartos dos empregados ou dos respectivos sindicatos.

Cumprimento da Sentença Normativa: imperativa e aplica-se aos sujeitos coletivos


constantes e àqueles por força da extensão judicial.

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