Você está na página 1de 74

NOÇÕES DE

ARBITRAGEM
Lei nº 9.307/96
c/alterações da
Lei nº 13.129/15
Arbitragem – Destaques Históricos

•Antiguidade > sacerdotes > pretor romano/árbitro > Montesquieu


•1494 - Portugal e Espanha - Tratado de Tordesilhas
•A maioria das constituições brasileiras previam arbitragem
•1923 - Brasil assina o Protocolo de Genebra
•1850 - Ccom. com arb. obrigatória para questões comerciais
•1916 - CC
•1973 - Código de Processo Civil
•1988 - Constituição Federal, artigo 114 – Arbitragem em Dissídio
Coletivo Trabalhista
•1989 - Consenso de Washington (enxugamento do Estado)
•1995 – Brasil assina a Convenção Interamericana sobre
Arbitragem Comercial Internacional e a Convenção
Interamericana sobre Eficácia Extraterritorial das Sentenças e
Laudos Arbitrais Estrangeiros
Arbitragem – Destaques Históricos

• 1995 - Lei nº 9.099, de 26 de setembro


• 1996 - Lei nº 9.307 de 23 de setembro
• 2002 – Brasil ratifica a Convenção da Organização das Nações
Unidas (ONU) sobre o Reconhecimento e Execução de Sentenças
Arbitrais Estrangeiras, chamada comumente de Convenção de
Nova Iorque, assinada pelo Brasil no ano de 1958. Esta
convenção é considerada atualmente imprescindível para o uso
da arbitragem internacional.
• 2003 - Decreto n.º 4.719, que promulgou o Acordo sobre
Arbitragem Comercial Internacional do MERCOSUL, cujo
objetivo é regular a arbitragem entre as pessoas de direito
privado dos países signatários
• Diversas legislações prevendo a possibilidade de arbitragem
• 2015 - Alterações da Lei nº 9.307/96 pela Lei nº 13.129
Conceito de Arbitragem
Forma de resolução de conflitos extrajudicial ou semijudicial

adstrita a direitos patrimoniais disponíveis,

em que a decisão, irrecorrível,

é tomada por terceira pessoa, ou pessoas, designadas como


árbitros,

onde estas, bem como sua instauração, regras de julgamento e


de processo, são escolhidas livremente pelas partes,

por meio de um procedimento, em regra, sigiloso,

buscando-se junto ao Poder Judiciário, tão somente, decisões


antecipatórias ou o cumprimento coercitivo da decisão não
adimplida.
Objeto de Arbitragem

Direitos patrimoniais disponíveis devem ser


entendidos como aqueles que possuem por
objeto um ou mais bens, materiais ou
imateriais, inerentes ao patrimônio de alguém,
tratando-se de bens que possam ser
apropriados ou alienados, independentemente
de ordem judicial.
João Roberto Parizatto

Na definição de Clóvis Beviláqua, patrimônio é


o “complexo das relações jurídicas de uma
pessoa, que tiverem valor econômico”.
Objeto de Arbitragem

A Lei confere aos árbitros poderes para


solução de conflitos de qualquer natureza
envolvendo direitos disponíveis nas áreas:

• Comercial
• Civil
• Consumidor
Objeto de Arbitragem

Exemplos de Conflitos:
•Contratos de compra e venda
•Contratos de locação, arrendamento, parcerias
•Cobrança, renegociação de dívidas
•Ressarcimento de danos materiais e morais
•Colisão de veículos
•Despejos
•Contratos internacionais

•Exceto – família, criminal, tributário,


previdenciário
Condomínios Edilícios - Convenção
Este Condomínio e seus condôminos, de acordo com aprovação especial da assembleia de
condôminos realizada na data de XX/XX/XXXX, resolverão futuros conflitos decorrentes
da aplicação desta convenção ou do regimento interno por meio de procedimento arbitral,
junto à Câmara de Mediação e Arbitragem de Florianópolis (CAMAF), de acordo com o seu
Regulamento de Arbitragem e a Lei Federal 9.307/96, sempre que as partes entendam
necessário um pronunciamento jurisdicional.

Da mesma forma, fica autorizado o condomínio, desde já e por meio do(a) seu(ua)
síndico(a) firmar cláusula compromissória ou compromisso arbitral com terceiros, para
presentes e eventuais litígios que digam respeito a direitos patrimoniais disponíveis,
independente da data dos contratos ou do surgimento do conflito.

O Condomínio declara estar ciente e de acordo com o Regulamento de Arbitragem


da Câmara eleita.
Condomínios Edilícios

12) Diante da força coercitiva condominial


com cláusula arbitral, qualquer condômino
que ingressar no agrupamento condominial
está obrigado a obedecer às normas ali
constantes, de modo que eventuais conflitos
condominiais deverão ser resolvidos por meio
de arbitragem, excluindo-se a participação do
Poder Judiciário.
Interesse Público X Disponibilidade

Interesse público - é sempre indisponível pela


administração pública, porque ele é de titularidade da
coletividade, e não do poder público.
X
Bens públicos disponíveis
Podem ser objeto de negociação pelo poder público, por
meio de institutos regidos pelo Direito Privado, como
compra e venda, locação, permuta, doação. Isto
porque, enquanto não têm destinação pública, são
passíveis de valoração econômica.
Interesse Público X Disponibilidade

A Administração Pública, ao recorrer à arbitragem


para solucionar litígios que tenham por objeto direitos
patrimoniais disponíveis, atende ao interesse
público, preservando a boa-fé dos atos praticados pela
Administração Pública, em X homenagem ao princípio
Bens públicos disponíveis
da segurança jurídica.
Capacidade de Ser Parte (art. 1º)

Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão


valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a
direitos patrimoniais disponíveis.
§ 1º A administração pública direta e indireta
poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos
relativos a direitos patrimoniais disponíveis.
§ 2º A autoridade ou o órgão competente da
administração pública direta para a celebração de
convenção de arbitragem é a mesma para a realização
de acordos ou transações.
Previsões Legais sobre Arbitragem na
Administração Pública

•Lei Mineira de Arbitragem (Lei n. 19.477/2011);

•a Lei de PPPs (Lei n. 11.079/2004);

•a Lei n. 9.478/97 que trata acerca política energética


nacional.

•Lei n. 9.472/97, sobre telecomunicações,

•Lei n. 9.537/97 de transportes aquaviários e terrestres,


Previsões Legais sobre Arbitragem na
Administração Pública

•a Lei n. 8.987/95 que dispõe acerca da concessão


e permissão na prestação de serviços públicos;

Art. 23-A. O contrato de concessão poderá prever o


emprego de mecanismos privados para resolução
de disputas decorrentes ou relacionadas ao
contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada no
Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei
no 9.307, de 23 de setembro de 1996.
(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
13) Não existe óbice legal na estipulação da
arbitragem pelo poder público, notadamente
pelas sociedades de economia mista, para
resolução de conflitos relacionados a direitos
disponíveis.
Arbitragem Trabalhista Individual
Lei nº 13.467/2017 – Reforma Trabalhista

“Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja


remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo
estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência
Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de
arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou
mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na
Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.”
•R$ 5.839,45 – Teto do INSS (R$ 11.678,90)
•Direito patrimonial disponível: art. 611-A da CLT ou não contigo
no art. 611-B
•E o compromisso arbitral ?
Capacidade de Ser Árbitro (art. 13)

Art. 13. Pode ser árbitro qualquer pessoa


capaz e que tenha a confiança das partes.

§ 6º No desempenho de sua função, o árbitro


deverá proceder com imparcialidade,
independência, competência, diligência e
discrição.
Regras Materiais de Julgamento (art. 2º)

Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de


eqüidade, a critério das partes.
§ 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras
de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde
que não haja violação aos bons costumes e à ordem
pública.
§ 2º Poderão, também, as partes convencionar que a
arbitragem se realize com base nos princípios gerais
de direito, nos usos e costumes e nas regras
internacionais de comércio.
§ 3o A arbitragem que envolva a administração
pública será sempre de direito e respeitará o
princípio da publicidade.
Equidade

“A eqüidade é a que se funda na circunstância


especial de cada caso concreto, concernente ao que
for justo e razoável. E, certamente, quando a lei se
mostrar injusta, o que se poderá admitir, a
eqüidade virá corrigir seu rigor, aplicando o
princípio que nos vem do Direito Natural, em face
da verdade sabida ou da razão absoluta. Objetiva-
se, pois, no princípio que modera ou modifica a
aplicação da lei, quando se evidencia de excessivo
rigor, o que seria injusto”.

De Plácio e Silva
Bons Costumes

Conjunto de valores determinantes da conduta


humana, consoante a moral e as exigências
sociais.

Um costume é uma ação que se repete sem


que haja regulamentação tratando sobre o
assunto. Nasce naturalmente, e continua vivo
devido à regularidade de seu uso.
Bons Costumes

No direito existem três tipos de costumes, sendo eles:


•Costumes Secundum legem: sua utilização encontra amparo na
lei. Quando não há acordo entre as partes em um processo
judicial, o juiz poderá decidir com base neste tipo de costume;

•Costumes Praeter legem: se utiliza quando não há previsão


legal. O jurista resolve a lacuna que há na legislação por meio da
aplicação deste tipo de costume, nos termos do artigo 4º da
LICC ;

•Costumes Contra legem: este se classifica como contrário a lei.


Trata-se de prática realizada pela sociedade como nova forma de
conduta, porém que contradizem a lei, no entanto são recorrentes
quando a aplicação da lei em desuso. Alguns dizem que tem
fundamento no art. 5º da LICC.
Ordem Pública

“... as regras que se referem às bases


econômicas ou políticas da vida social, as de
organização e utilização da propriedade, as de
proteção à personalidade, entre tantas outras
(...)”.

Carlos Alberto Carmona


Princípios Gerais de Direito

“Princípios gerais de direito são os valores que


determinam a formação do direito, abrangendo não os
ditames do direito positivo, mas o substractum, sua
própria essência informativa.”
Ernane Fidelis dos Santos

Exemplos:
•Princípio da Imparcialidade do Juiz
•Princípio da Igualdade das Partes
•Princípio do Contraditório e Ampla Defesa
Regras de Procedimento (art. 21)

Art. 21. A arbitragem obedecerá ao procedimento estabelecido pelas


partes na convenção de arbitragem, que poderá reportar-se às regras
de um órgão arbitral institucional ou entidade especializada,
facultando-se, ainda, às partes delegar ao próprio árbitro, ou ao
tribunal arbitral, regular o procedimento.

§ 2º Serão, sempre, respeitados no procedimento arbitral os princípios do


contraditório, da igualdade das partes, da imparcialidade do árbitro e
de seu livre convencimento.

§ 4º Competirá ao árbitro ou ao tribunal arbitral, no início do


procedimento, tentar a conciliação das partes, aplicando-se, no que
couber, o art. 28 desta Lei.
Revelia (art. 22)

Art. 22. (...)


§ 3º A revelia da parte não impedirá que seja
proferida a sentença arbitral.

Revelia é um termo jurídico que expressa o


estado ou qualidade de revel, ou seja, é alguém
que não comparece em julgamento (ou
comparece e não apresenta defesa), após
citação.
Início da Arbitragem e Interrupção da
Prescrição (art. 19)

Art. 19. Considera-se instituída a arbitragem quando


aceita a nomeação pelo árbitro, se for único, ou por
todos, se forem vários.

§ 2o A instituição da arbitragem interrompe a


prescrição, retroagindo à data do requerimento de sua
instauração, ainda que extinta a arbitragem por
ausência de jurisdição.

•Já eram previstas as Hipóteses do artigo 202 do


CC/2002 para ato judicial
Medidas Cautelares (art. 22-A)

Art. 22-A. Antes de instituída a arbitragem, as partes


poderão recorrer ao Poder Judiciário para a concessão de
medida cautelar ou de urgência.
Parágrafo único. Cessa a eficácia da medida cautelar ou de
urgência se a parte interessada não requerer a instituição
da arbitragem no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data
de efetivação da respectiva decisão.
Art. 22-B. Instituída a arbitragem, caberá aos árbitros
manter, modificar ou revogar a medida cautelar ou de
urgência concedida pelo Poder Judiciário.
Parágrafo único. Estando já instituída a arbitragem, a
medida cautelar ou de urgência será requerida diretamente
aos árbitros.
06) O prévio ajuizamento de medida de
urgência perante o Poder Judiciário não
afasta a eficácia da cláusula compromissória
arbitral.
Carta Arbitral (art. 22-C)

Art. 22-C. O árbitro ou o tribunal arbitral


poderá expedir carta arbitral para que o órgão
jurisdicional nacional pratique ou determine o
cumprimento, na área de sua competência
territorial, de ato solicitado pelo
árbitro.
Prazo para Decisão Arbitral (art. 23)

Art. 23. A sentença arbitral será proferida no prazo


estipulado pelas partes. Nada tendo sido
convencionado, o prazo para a apresentação da
sentença é de seis meses, contado da instituição da
arbitragem ou da substituição do árbitro.
§ 1o Os árbitros poderão proferir sentenças
parciais.
§ 2o As partes e os árbitros, de comum acordo, poderão
prorrogar o prazo para proferir a sentença final.
Como Utilizar a Arbitragem ? (art. 3º)

Art. 3º As partes interessadas podem submeter


a solução de seus litígios ao juízo arbitral
mediante convenção de arbitragem, assim
entendida a cláusula compromissória e o
compromisso arbitral.
01) A convenção de arbitragem, tanto na
modalidade de compromisso arbitral
quanto na modalidade de cláusula
compromissória, uma vez contratada pelas
partes, goza de força vinculante e de caráter
obrigatório, definido ao juízo arbitral eleito a
competência para dirimir os litígios relativos
aos direitos patrimoniais disponíveis,
derrogando-se a jurisdição estatal.
Antes do Conflito:

Cláusula Compromissória

• Vazia
• Cheia
• Escalonada
• Dispute Board
• Convenção de Condomínio
Cláusula Compromissória Vazia

Qualquer conflito decorrente do presente contrato,


inclusive no que tange à sua execução ou
interpretação, será resolvido por ARBITRAGEM,
conforme dispõe a Lei 9.307 de 23 de setembro de
1996.
Como forma de concordância expressa, nos termos do
parágrafo 2 do artigo 4 da Lei 9.307/96, as partes
designadas assinam a presente cláusula de caráter
autônomo em relação às demais.

____________________ ____________________
PARTE 1 PARTE 2
Cláusula Compromissória Cheia

Qualquer conflito decorrente do presente contrato, inclusive no


que tange à sua execução ou interpretação, será resolvido por
ARBITRAGEM, conforme dispõe a Lei 9.307 de 23 de setembro
de 1996, elegendo, as partes contratantes, a Câmara de
Mediação e Arbitragem de Florianópolis como Entidade com
competência exclusiva para a escolha dos árbitros,
administração e prolação de decisão sobre o referido conflito,
por meio dos procedimentos e prazos previstos em suas regras.
Como forma de concordância expressa, nos termos do parágrafo
2 do artigo 4 da Lei 9.307/96, as partes designadas assinam
a presente cláusula de caráter autônomo em relação às demais.

____________________ ____________________
PARTE 1 PARTE 2
02) Uma vez expressada a vontade de
estatuir, em contrato, cláusula
compromissória ampla, a sua destituição
deve vir através de igual declaração expressa
das partes, não servindo, para tanto, mera
alusão a atos ou a acordos que não tenham o
condão de afastar a convenção das partes.
03) A previsão contratual de convenção de
arbitragem enseja o reconhecimento da
competência do Juízo arbitral para decidir
com primazia sobre Poder Judiciário, de
ofício ou por provocação das partes, as
questões relativas à existência, à validade e
à eficácia da convenção de arbitragem e do
contrato que contenha a cláusula
compromissória.
05) A Lei de Arbitragem aplica-se aos
contratos que contenham cláusula arbitral,
ainda que celebrados antes da sua edição.
(Súmula 485/STJ)
Como Utilizar a Arbitragem ?

Depois do Conflito: Compromisso Arbitral

• Documento particular assinado pelas partes


e pelos árbitros, onde estarão estipuladas
todas as regras de funcionamento da
arbitragem.
Requisitos Obrigatórios do Compromisso
Arbitral

Art. 10. Constará, obrigatoriamente, do compromisso


arbitral:
I - o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes;
II - o nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos
árbitros, ou, se for o caso, a identificação da entidade à
qual as partes delegaram a indicação de árbitros;
III - a matéria que será objeto da arbitragem; e
IV - o lugar em que será proferida a sentença arbitral.
Requisitos Facultativos do Compromisso
Arbitral

Art. 11. Poderá, ainda, o compromisso arbitral conter:


I - local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem;
II - a autorização para que o árbitro ou os árbitros
julguem por eqüidade, se assim for convencionado
pelas partes;
III - o prazo para apresentação da sentença arbitral;
IV - a indicação da lei nacional ou das regras
corporativas aplicáveis à arbitragem, quando assim
convencionarem as partes;
Requisitos Facultativos do Compromisso
Arbitral

V - a declaração da responsabilidade pelo pagamento


dos honorários e das despesas com a arbitragem; e
VI - a fixação dos honorários do árbitro, ou dos
árbitros.
Parágrafo único. Fixando as partes os honorários do
árbitro, ou dos árbitros, no compromisso arbitral,
este constituirá título executivo extrajudicial; não
havendo tal estipulação, o árbitro requererá ao órgão
do Poder Judiciário que seria competente para julgar,
originariamente, a causa que os fixe por sentença.
COMPROMISSO ARBITRAL

Processo:
Causa:
Data de Prot. :

COMPROMITENTES

REQUERENTE:, Privado, , 0, residente e domiciliado(a)


na(o) 0, no bairro de(o) 0, na cidade de Florianópolis - 0 - CEP
88000-000, inscrito(a) no CPF sob n 0.

REQUERIDO(A):, Privado, , 0, residente e domiciliado(a) na(o) 0,


no bairro de(o) Florianópolis, na cidade de 0 - 0 - CEP 88000-
000, inscrito(a) no CPF sob n ZZZ.
COMPROMISSO ARBITRAL

ENTIDADE DESIGNADA PARA O PROCESSO DE ARBITRAGEM

As partes supra qualificadas, de comum acordo e por meio da


livre manifestação de suas vontades, firmam, nos termos da Lei
nº 9.307/96, de 23.09.1996, o presente TERMO DE
COMPROMISSO ARBITRAL, e submetem a solução do litígio
abaixo discriminado à Câmara de Mediação e Arbitragem de
Florianópolis (CAMAF), sociedade civil com personalidade
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, inscrita no CNPJ
sob nº 04.930.109/0001-89, localizada na Av. Rio Branco 404,
Torre II, sala 1203, Florianópolis - SC, 88015-200 – Centro –
Florianópolis/SC , outorgando a este os poderes para indicar os
árbitros e seus substitutos, e sujeitando-se aos seus
regulamentos.
COMPROMISSO ARBITRAL

LOCAL DE DESENVOLVIMENTO E PROLAÇÃO DA SENTENÇA

O presente procedimento arbitral se desenvolverá, até a sua decisão


final, na(o) SEDE DA ENTIDADE ELEITA, tendo como local de
prolação da sentença arbitral a cidade de FLORIANÓPOLIS, onde a
respectiva decisão deverá ser levada ao conhecimento das partes por
meio de comprovante de recebimento.

MATÉRIA OBJETO DA ARBITRAGEM

O (a) requerente requer decisão arbitral sobre XXXX, bem como a


condenação do(a) requerido(a) ao pagamento das custas processuais
e honorários.
COMPROMISSO ARBITRAL

PRAZO PARA PROLAÇÃO DA SENTENÇA

A sentença arbitral será proferida no prazo máximo em 180


dias a contar da assinatura do compromisso arbitral;

CONVENÇÃO DE JULGAMENTO

As partes acordam que o litígio será julgado por equidade;


COMPROMISSO ARBITRAL

RESPONSABILIDADE POR DESPESAS E HONORÁRIOS


ARBITRAIS

As partes acordam, ainda, que as despesas processuais e os


honorários arbitrais, estes no valor de R$0, serão suportados
pela parte ao final vencida. Havendo acordo ou procedência
parcial do pedido, as despesas processuais e honorários
arbitrais serão divididos igualmente entre as partes. Aos
valores referentes às despesas podem se somar outros durante o
processo arbitral.
COMPROMISSO ARBITRAL

DISPOSIÇÕES SOBRE PROCEDIMENTO

Audiência de conciliação: Visando a celeridade processual, as


partes acordam realizar a audiência de conciliação no dia
10/01/04 às 10:00 horas;

Instrução e julgamento: Não sendo alcançada a conciliação,


comprometem-se as partes a trazerem na audiência de
instrução e julgamento que será designada as provas que
pretendem produzir, tais como documentos, testemunhas, se as
tiverem, e outras. Poderão, ainda, se acharem necessário,
comparecerem acompanhadas por advogado, mesmo não sendo
obrigatório;
COMPROMISSO ARBITRAL

Prazo para manifestação: As partes se manifestarão sobre os


documentos eventualmente juntados na própria audiência,
podendo, todavia, requerer prazo para fazê-lo.

Assim, por estarem justos e contratados, firmam este


instrumento de compromisso, na presença de duas
testemunhas a tudo presentes, para que este surta seus efeitos
legais e jurídicos.

Florianópolis, Data.

Assinaturas
Sentença Irrecorrível (art. 18)

Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de direito, e


a sentença que proferir não fica sujeita a
recurso ou a homologação pelo Poder
Judiciário.
09) A atividade desenvolvida no âmbito da
arbitragem possui natureza jurisdicional, o
que torna possível a existência de conflito de
competência entre os juízos estatal e arbitral,
cabendo ao Superior Tribunal de Justiça o
seu julgamento.
Embargos Declaratórios (art. 30)

Art. 30. No prazo de 5 (cinco) dias, a contar do recebimento


da notificação ou da ciência pessoal da sentença arbitral,
salvo se outro prazo for acordado entre as partes, a parte
interessada, mediante comunicação à outra parte, poderá
solicitar ao árbitro ou ao tribunal arbitral que:

I - corrija qualquer erro material da sentença arbitral;


II - esclareça alguma obscuridade, dúvida ou contradição
da sentença arbitral, ou se pronuncie sobre ponto omitido
a respeito do qual devia manifestar-se a decisão.
Parágrafo único. O árbitro ou o tribunal arbitral decidirá no
prazo de 10 (dez) dias ou em prazo acordado com as partes,
aditará a sentença arbitral e notificará as partes na forma
do art. 29.
Ação Anulatória (art. 33)

Art. 33. A parte interessada poderá pleitear ao


órgão do Poder Judiciário competente a
declaração de nulidade da sentença arbitral,
nos casos previstos nesta Lei.
Ação Anulatória (art. 33)

Art. 32. É nula a sentença arbitral se:


I - for nula a convenção de arbitragem;
II - emanou de quem não podia ser árbitro;
III - não contiver os requisitos do art. 26 desta Lei;
IV - for proferida fora dos limites da convenção de arbitragem;
VI - comprovado que foi proferida por prevaricação, concussão ou
corrupção passiva;
VII - proferida fora do prazo, respeitado o disposto no art. 12,
inciso III, desta Lei; e
VIII - forem desrespeitados os princípios de que trata o art. 21, §
2º, desta Lei.
Ação Anulatória (art. 33)

§ 1o A demanda para a declaração de nulidade da sentença


arbitral, parcial ou final, seguirá as regras do procedimento
comum, previstas na Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973
(Código de Processo Civil), e deverá ser proposta no prazo de até
90 (noventa) dias após o recebimento da notificação da
respectiva sentença, parcial ou final, ou da decisão do pedido de
esclarecimentos.
§ 2o A sentença que julgar procedente o pedido declarará a
nulidade da sentença arbitral, nos casos do art. 32, e
determinará, se for o caso, que o árbitro ou o tribunal profira
nova sentença arbitral.
§ 3o A decretação da nulidade da sentença arbitral também
poderá ser requerida na impugnação ao cumprimento da
sentença, nos termos dos arts. 525 e seguintes do Código de
Processo Civil, se houver execução judicial.
Reconhecimento de Sentença Arbitral
Estrangeira (art. 34 e 35)

Art. 34. A sentença arbitral estrangeira será reconhecida


ou executada no Brasil de conformidade com os tratados
internacionais com eficácia no ordenamento interno e, na
sua ausência, estritamente de acordo com os termos desta
Lei.
Parágrafo único. Considera-se sentença arbitral estrangeira
a que tenha sido proferida fora do território nacional.

Art. 35. Para ser reconhecida ou executada no Brasil, a


sentença arbitral estrangeira está sujeita, unicamente, à
homologação do Superior Tribunal de Justiça.
Preciso de Advogado ?

Não é exigido na arbitragem, mas é


aconselhável fazer-se acompanhar por
advogado.
DEFENSORIA PÚBLICA

LEI COMPLEMENTAR Nº 575, de 02 de agosto de 2012

CRIA A DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SANTA CATARINA,


DISPÕE SOBRE SUA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO E
ESTABELECE OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Art. 4º São funções institucionais da Defensoria Pública, a serem


exercidas exclusivamente em benefício de seus assistidos, nos
termos do art. 2º desta Lei Complementar, dentre outras:

I - prestar orientação jurídica e exercer a defesa dos assistidos, em


todos os graus;

II - promover, prioritariamente, a solução extrajudicial dos


litígios, com vistas à composição entre as pessoas em conflito
de interesses, por meio de mediação, conciliação, arbitragem e
demais técnicas de composição e administração de conflitos;
Justiça em Números

•Em 2016, o Poder Judiciário "lidou" com


121 milhões de processos
•24,4 milhões baixados
•73,3 milhões em tramitação
•24,0 milhões novos

Fonte: Justiça em Números 2017 - CNJ


FECEMA em Números

•A partir de 2007 – controle eletrônico de processos (6.749)


•De 2007 a 2017 – 39.698 processos (Salto de > 200%)
(30.852 PF, 8.846 PJ)
•Economia de > R$ 70 milhões para o Estado
Vantagens da Arbitragem

• CELERIDADE: prazo máximo de seis


meses.

• SIMPLICIDADE: A arbitragem é
determinada por um processo mais
simplificado, menos burocratizado, com
facilidade na apresentação e apreciação de
provas.
Vantagens da Arbitragem

• ECONOMIA: As partes negociam entre si,


acertando os honorários dos árbitros e as
custas do processo. A relação custo-benefício
é a maior economia proporcionada pela
arbitragem.

• SIGILO: As partes assinam com a Entidade


Especializada um pacto de privacidade, dando
total sigilo a tudo que se refere ao processo.
Somente às partes em litígio interessa se o
processo se tornará público ou não.
Vantagens da Arbitragem

• DEMOCRACIA: As partes podem escolher a


forma de julgamento e os árbitros que atuarão
no processo.
Regras de Processo
Lei – Regras de Comércio – Costumes – Equidade

• CONVENIÊNCIA: Afasta o Judiciário e


sentença válida e executável nos demais países
que ratificaram a mesma convenção
internacional.
Vantagens da Arbitragem

• EFICÁCIA: Dispensa a homologação da


sentença arbitral na Justiça Comum

• SERIEDADE: Os árbitros são equiparados


aos funcionários públicos no que diz respeito
à legislação penal, evitando a ocorrência de
casos de suspeição e de impedimentos.
Vantagens da Arbitragem

• EXPERIÊNCIA: O árbitro pode ser um


especialista no objeto sobre o qual se instaurou
o conflito, garantindo às partes um julgamento
baseado na experiência profissional do julgador.

• PRESERVAÇÃO DE RELAÇÕES: A arbitragem


possui maior possibilidade de preservação das
relações existentes, uma vez que as partes
pretendem a manutenção de suas relações
negociais.
Florianópolis – SC Brusque – SC
ACIF – Associação Comercial e Industrial de Florianópolis CMABq – Câmara de Mediação e Arbitragem de Brusque

Florianópolis – SC Joinville – SC
CAMAF – Câmara de Mediação e Arbitragem de Florianópolis CMAJ – Câmara de Mediação e Arbitragem de Joinville
Chapecó – SC
Tubarão – SC
CAMASSC – Câmara de Mediação do Sul de Santa Catarina CMARB.SC – Centro de Mediação e Arbitragem de Santa Catarina

Palhoça – SC
Timbó – SC
CAMCDL-PH – Câmara de Arbitragem e Mediação da Câmara de
Dirigentes Logistas de Palhoça CMATI – Câmara de Mediação e Arbitragem de Timbó e Região

Itajaí – SC Balneário Camboriú – SC


CAMESC – Câmara de Mediação e Arbitragem de Santa Catarina CONCILIAR – Câmara Sul Brasileira de Justiça Arbitral

Jaraguá do Sul – SC Joinville – SC


CBSUL – Câmara Brasil Sul de Mediação e Arbitragem CONVERSATIO – Centro de Mediação

Blumenau – SC Curitiba – PR
CMAB – Câmara de Mediação e Arbitragem de Blumenau e SFERA – Instituto de Conciliação, Mediação e Arbitragem
Região
Entre em contato com a FECEMA

Em Florianópolis
Av. Rio Branco 404, Torre II, sala 1203
Centro - Florianópolis - SC
(48) 3222-0770
www.fecema.org.br
ALGUMAS DAS 14 TESES
SOBRE ARBITRAGEM DO
STJ
(2019)
04) O Poder Judiciário pode, em situações
excepcionais, declarar a nulidade de cláusula
compromissória arbitral, independentemente
do estado em que se encontre o procedimento
arbitral, quando aposta em compromisso
claramente ilegal.
07) O árbitro não possui poder coercitivo
direto, sendo-lhe vedada a prática de atos
executivos, cabendo ao Poder Judiciário a
execução forçada do direito reconhecido na
sentença arbitral.
08) No âmbito do cumprimento de sentença arbitral
condenatória de prestação pecuniária, a multa de
10% do artigo 475-J do CPC deverá incidir se o
executado não proceder ao pagamento espontâneo no
prazo de 15 dias contados da juntada do mandado de
citação devidamente cumprido aos autos (em caso de
título executivo contendo quantia líquida) ou da
intimação do devedor, na pessoa de seu advogado,
mediante publicação na empresa oficial (em havendo
prévia liquidação da obrigação certificada pelo juízo
arbitral). (Tese julgada sob o rito do artigo 543-C do
CPC/1973 - Tema 893).
10) Não configura óbice à homologação de sentença
estrangeira arbitral a citação por qualquer meio de
comunicação cuja veracidade possa ser atestada, desde
que haja prova inequívoca do recebimento da
informação atinente à existência do processo arbitral.
11) A legislação consumerista impede a
adoção prévia e compulsória da arbitragem no
momento da celebração do contrato, mas não
proíbe que, posteriormente, em face de
eventual litígio, havendo consenso entre as
partes, seja instaurado o procedimento
arbitral.
14) A legitimidade para a impetração de
mandado de segurança objetivando assegurar
o direito ao cumprimento da sentença arbitral
relativa ao Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS) é somente titular de cada
conta vinculada, e não da Câmara Arbitral ou
do próprio árbitro.

Você também pode gostar