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atuação do judiciário → árbitro/pessoa que não é juiz, mas possui conhecimento técnico
sobre o direito, é escolhido para decidir a situação; o titular do direito material deve ser
maior e capaz; o direito deve ser disponível), a mediação e a conciliação. Isto ocorre devido
ao custo pecuniário de um processo, dentre outros fatores. Apesar disso, não é possível
expõe: “As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito
do processo, sendo que um processo deve ser resolvido no tempo adequado, mas deve ser
dotado de justiça e efetividade, visto que pontos controversos devem ser analisados e entre
manifestar e contradizer o que dispõem → o devido processo legal leva em conta uma série
(...).
Além disso, é importante que exista a boa-fé, expressa pelo art. 5° CPC: “Aquele que
de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé”. O próprio
magistrado pode estabelecer punições para quem age de má-fé. Para quem não é parte do
processo, toma-se as devidas providências para que a conduta seja coibida.
Em síntese, o princípio da isonomia trata sobre a igualdade formal e material nos
processos (pois todos são iguais perante a lei, mas existem casos em que pessoas podem ser
tratadas de forma desigual na medida de sua desigualdade), o princípio do contraditório versa
que todos têm o direito de se defender em contraposição a acusação realizada e o princípio da
ampla defesa constitui o direito de poder provar acerca de alegações feitas (relaciona-se de
forma íntima com o contraditório). Sobre o contraditório, o art. 9° CPC versa: “Art. 9º Não se
proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Parágrafo único.
O disposto no caput não se aplica: I - à tutela provisória de urgência; II - às hipóteses de tutela
da evidência previstas no art. 311, incisos II e III ; III - à decisão prevista no art. 701” .
A tutela provisória de urgência ocorre em casos em que a decisão é realizada e a parte
é ouvida posteriormente. Ex: concessão de medicamento em casos de urgência. Há, nesse caso,
a postergação do contraditório. As hipóteses de tutela da evidência existem nos casos em que
não resta mais dúvida e algo é declarado como posto e analisado, visa evitar providências
desnecessárias. Na ação monitória (art. 701 CPC), uma pessoa, querendo pagar uma dívida de
imediato, não é condenada a ônus sucumbenciais se apresentar defesa, contudo, há acréscimo
de um valor caso perca a demanda.
O princípio da cooperação é identificado no art. 6º CPC: “Todos os sujeitos do
processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito
justa e efetiva”. A seguir, tem-se que: “É assegurada às partes paridade de tratamento em
relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos
deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo
contraditório (Art. 7º CPC)”.
O processo é visualizado em uma perspectiva coletiva e possui seu próprio contexto
social, econômico e estrutural, por isso, o art. 8° expõe: “Ao aplicar o ordenamento jurídico, o
juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a
dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a
legalidade, a publicidade e a eficiência (princípios que regem a atividade administrativa como
um todo - art. 37 CF)”.
A razoabilidade diz respeito à análise do que é necessário, ao que é preciso diante de
uma situação. Depois de decidido esse ponto, a proporcionalidade analisa qual a maneira
adequada de realizar algo, como uma sanção. A legalidade determina que o agente deve agir
sempre de acordo com o ordenamento (+ princípios, valores e entre outros), enquanto a
eficiência combina os fatores celeridade + satisfatividade do processo. A publicidade decorre
da circunstância de o processo ser público, pois em casos excepcionais se estabelece o segredo
de justiça caso o princípio da publicidade viole aspectos de intimidade e dignidade da pessoa
humana. Só pode ser divulgado se houver interesse social (...).
O art. 12 CPC determina a sequência de atos que o juiz deve seguir para que se
pronuncie uma sentença a partir de uma ordem cronológica de conclusão. Conclusão é ato
que a secretaria de justiça prática → não há mais nenhuma providência a seguir seguida,
com base nos arts. 485 e 932 ; V - o julgamento de embargos de declaração; VI - o julgamento
de agravo interno; VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional
de Justiça; VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência
penal; IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão
fundamentada”.
2. CONDIÇÕES DA AÇÃO
adota mais nenhuma classificação para as ações. O antigo CPC, no entanto, fazia uma
cautelares). Na classificação pelo provimento havia uma tri divisão → ações condenatórias,
declaratória queria apenas que o juiz declarasse a existência ou inexistência de uma relação
idade do citado, por exemplo. Elementos da ação → para a petição inicial, devem constar
3. COMPETÊNCIA INTERNA
No que tange às normas e territorialidade, a jurisdição civil será regida por normas
processuais brasileiras. Isso ocorre pois deve haver a manifestação da soberania estatal. Sobre
isso, o art. 13 CPC realiza a ressalva: “A jurisdição civil será regida pelas normas processuais
acordos internacionais de que o Brasil seja parte” → acordos e tratados entram no Brasil
como emenda constitucional. Há uma divisão didática entre jurisdição civil (conflito não
alcançam fatos pretéritos, apenas futuros. O art. 14 CPC dispõe: “A norma processual não
→ teoria de isolamento dos atos processuais. Na falta de um código específico (como ocorre
no caso do direito do trabalho), pode ser utilizado o próprio CPC para regulamentação,
como demonstra o art. 15: “Na ausência de normas que regulem processos eleitorais,
subsidiariamente”.
Adentrando a competência, esta pode ser relativa (o interesse é das partes envolvidas
no conflito) ou absoluta (o interesse é da justiça/social). Na CF, são citadas as questões da
justiça especial e justiça comum, a indicação de competência originária de alguns tribunais
(STF/art. 103 CF, STJ/art. 107 CF e tribunais regionais federais/art. 108 CF). A atribuição de
competência diretamente a tribunais não é regra geral do ordenamento, visto que, em regra, a
atribuição recai sobre os órgãos de primeiro grau de jurisdição. Sendo assim, em regra o
encaixe é atribuído primeiramente à justiça especial, não havendo, chega-se a justiça residual
de competência dos estados. É preciso inicialmente verificar se o caso não é de competência
de algum tribunal em específico.
Algumas atribuições acerca da competência são dispostas no art. 45 CPC:
“Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal
competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e
fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de
terceiro interveniente, exceto as ações: I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e
acidente de trabalho; II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho. § 1º Os autos não
serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual
foi proposta a ação. § 2º Na hipótese do § 1º, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em
razão da incompetência para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que
exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas. § 3º O
juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja
presença ensejou a remessa for excluído do processo”.
Ademais, o art. 44 dispõe: “Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição
Federal , a competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação
especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições
dos Estados”. O legislador se utiliza de diversos recursos: direito material sobre o litígio, local
onde os fatos que serão discutidos no processo ocorreram, local onde as pessoas que se
envolveram no litígio são residentes e entre outros. Apesar da variação, os recursos podem ser
encontrados em texto de lei (CPC).
Existem critérios para que se aplique nesse sentido, sendo estes: critério objetivo,
critério funcional e critério territorial. O critério objetivo leva em conta elementos do processo
em si, divide-se em: competência em razão da matéria (leva em consideração o direito
material a ser decidido no processo → ex: justiça estadual, entre as varas cíveis/10, possui as
varas de família e sucessões; parte da ideia de que alguns âmbitos merecem um setor
valor (é relativa; é raro a criação de competências específicas nesses casos, o que mais chega
perto são as competências dos juizados especiais; leva em conta o valor da causa; elemento
que deve constar da petição inicial → art. 291 CPC: “A toda causa será atribuído valor certo,
ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível”. + art. 319, art. 321) e
competência em razão da pessoa (competência absoluta que não pode ser inobservada,
qualidade/identificação de um litigante ou de ambos os litigantes, é verificado quem está
inserido no polo ativo e no polo passivo, se for ente da Fazenda Pública Estadual ou Municipal,
as outras varas não serão competentes).
O critério funcional leva em consideração a norma que criou o órgão e deve constar
para que o órgão serve (ideia de função/funcionamento). Este critério é de competência
absoluta, visto que o órgão é criado já para a atribuição que realiza. Pode ser que ocorra
competência funcional fora da CF.
Por outro lado, o critério territorial leva em conta o lugar e dá origem a
encontramos o foro geral e os foros especiais, de modo que se tenta encaixar a demanda no
O art. 45 CPC trata sobre a competência da Justiça Federal, sendo esta funcional
prevista diretamente no texto da constituição (art. 108 e art. 109 CF). Grande parte dos
casos que tramitam na Justiça Federal Cível possuem encaixe no art. 109, inciso I CF, o
qual estabelece que a União demanda e é demandada apenas na Justiça Federal. Assim, a
Justiça Federal é a justiça competente para saber de causas que envolvem a União, as
entidades autárquicas (entes com personalidade de direito público criados por lei/ ex:
INSS→ trata-se de uma desconcentração da atividade estatal, visto que o Estado poderia
tratar do assunto diretamente, mas um órgão específico atribui maior eficiência ao realizar
Federal, apenas deu mais clareza e especificou aspectos que não foram expostos de forma
são os conselhos federais criados após o regime militar para que fossem realizadas
planejamento personalizado para que ela liquide suas obrigações → é considerado que o juízo
incompetente. Sempre que houver caso de incompetência absoluta ou relativa, deve ser
não for realizada a contestação, a incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer
tempo e em qualquer grau, visto que é matéria que o juiz pode conhecer de ofício (motivo
incompetência relativa a não alegação acarreta em entendimento de que a parte abriu mão
pelo caput do art. 55 → “reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum
→ basta que coincida a causa de pedir ou o pedido) ou pela continência , os quais são
institutos do direito processual que servem para resultar em uma modificação no que tange ao
órgão competente para que haja alteração daquele incumbido pela causa. Ademais, restam
como recursos de mesma função o do foro de eleição e ações acessórias.
Para que haja harmonização da situação jurídica, os processos de ações conexas
devem ser reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. A
reunião deve ser feita no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente, pois leva em
conta a prevenção e a consideração de qual órgão conheceu primeiro a causa. A prevenção é
caracterizada pelo registro (cadastro do processo) e pela distribuição, sendo que a distribuição
se faz necessária quando houver mais de uma vara/juízo na localidade.
Nesse sentido, a modificação da competência também pode ocorrer a partir da
continência, matéria exposta pelo art. 56 CPC: “Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais
ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por
ser mais amplo, abrange o das demais”. Assim, entende-se que no caso deve haver as mesmas
partes, a mesma causa de pedir e o pedido de uma causa deve estar inserido dentro do pedido
de outra. Estes casos são raros, visto que em regra as pessoas costumam aguardar e propor a
ação por inteiro.
A modificação de competência por meio de foro de eleição (art. 62 e 63 CPC) ocorre
em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e
obrigações. O foro de eleição é determinado por uma cláusula que consta em contrato escrito
e deve possuir um negócio jurídico a ser contemplado. É importante lembrar que ocorreram
mudanças ao longo do tempo, uma vez que antes não havia nenhuma possibilidade de não ser
aplicado o foro de eleição. Posteriormente, foram verificadas situações de foro de eleição
abusivo e o Código de Defesa do Consumidor declarou a capacidade de atribuição de nulidade
de cláusulas contratuais abusivas. O CPC também propõe que o juiz pode declarar nulidade de
cláusulas abusivas por meio de ato de ofício, ou seja, ato praticado em virtude do cargo
ocupado, não sendo necessária a provocação prévia.
A partir disso, surge controvérsia nos casos em que juízes aplicam o que foi
disposto no CPC e se abstém da aplicação do foro de eleição, pois o juiz não pode declinar
estabelece no art. 63: “Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser
reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro
juiz verificar foro de eleição no processo recebido, este já o declina e o encaminha para o
domicílio do réu. Caso contrário, o juiz não tratará mais da matéria e dependerá da
provocação do réu mediante contestação. O novo CPC não estabelece que o foro de eleição
4. SUJEITOS DO PROCESSO
Os sujeitos do processo são aqueles que integram a relação processual, ou seja, as
partes e o juiz. No art. 70 CPC, é mencionada a capacidade processual, a qual se define como
pressuposto processual que diz respeito às partes: “toda pessoa que se encontre no exercício de
seus direitos tem capacidade para estar em juízo”. Nesse sentido, tem capacidade processual
quem tem capacidade civil, em outros termos, deve haver possibilidade de exercício de seus
próprios direitos. Isto pois uma criança, por exemplo, possui direitos, mas não está em exercício
pois não possui capacidade civil e será assistido por seus pais, tutor (caso de ausência dos pais
devido à idade) ou curador (caso de ausência dos pais que não ocorre relacionada à idade). A
criança pode ser parte do processo, mas não sozinha, devendo ser acompanhada perante
representação quando absolutamente incapaz e perante assistência quando relativamente
incapaz.
As pessoas físicas, pessoas jurídicas e entes personalizados têm capacidade de ser
parte, não importando se possuem capacidade civil ou não. Os entes personalizados podem ser
partes mesmo com sua característica de ausência de personalidade jurídica, como se pode
observar na massa falida resultante da decretação de falência de pessoa jurídica pode ser
representada por seu administrador judicial. Além disso, a herança jacente ocorre quando um
indivíduo falece e deixa bens, mas não deixa sucessores conhecidos e nem testamento. Um ano
depois, se não aparecer interessados após a publicação dos editais, se transforma em herança
vacante.
A seguir, o espólio que surge quando alguém morre também é um exemplo de
pode representar apenas seus interesses peculiares, caso seja caso de interesse de pessoa
jurídica de direito público, a representação é feita pela União, estado, DF e entre outros a
depender do caso) são citados posteriormente pelo Código. O art. 75 CPC define quem