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Fernando Gajardoni
Dano social: fixação de valor pelo juiz, caráter sancionatório, para punir as condutas
exemplarmente negativas. Ex.: plano de saúde que reiteradamente se nega a pagar
procedimento médico; indivíduo que coloca fogo na bandeira nacional, etc...
Juízes começaram a aplicar dano social em ação individual mesmo quando não tinha
pedido pra isso. STJ entendeu que ofende o princípio da demanda, inercia, isso é
intolerável.
b) Mitigação pelo 322, § 2º, NCPC (interpretação dos pedidos)
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de
sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
§ 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio
da boa-fé.
O CPC/73 entendia que o pedido devia ser interpretado restritivamente. O novo CPC
acaba com esse entendimento, fala expressamente que os pedidos se interpretam
conforme o conjunto da postulação, sempre verificada a boa-fé.
Ex.: pedido para tirar o nome do SPC e dano material, não pede para declarar a inexistência da
dívida, agora o juiz pode declarar a inexistência da dívida mesmo não existindo o pedido.
Não existe mais o exemplo clássico (989) do juiz abrir inventário de oficio.
Na primeira fase do direito romano o juiz podia decidir o non liquet, não tem lei, não
decido. No Brasil isso não pode.
Art. 373, § 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova
de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte
a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
Estabelece a atipicidade dos meios executivos. Existia para as obrigações de dar, fazer,
mas agora inclusive nas obrigações de pagar. Ex.: suspende a CNH do devedor, já que
ele não pagou o financiamento do carro.
Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:
I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;
II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;
III - praticar o ato que lhe for determinado.