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Direito Processual Civil - Aula 01

Fernando Gajardoni

Normas fundamentais de direito processual civil


Neoprocessualismo
Aduzem os defensores da existência do Neoprocessualismo que o CPC deve ser
aplicado de acordo com a CF. Art. 1º diz expressamente que o processo civil será
interpretado e aplicado de acordo com a CF (art. 8º também: “Ao aplicar o ordenamento
jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e
promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a
razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.”)
Acontece que isso não é novo, Neoprocessualismo não é novo, interpretar o processo
civil de acordo com a CF existe no Brasil há uns 60 anos.
A partir do art. 2º o CPC fala da existência das normas fundamentais de processo civil.
a) Impacto nos Tribunais Superiores (RE e Resp) (súmula 636 STF)
O STF não admite acesso ao RE se a ofensa à constituição for reflexa, ocorre que o
novo CPC traz um monte de normas constitucionais, o que vai permitir doravante que
essa temática seja tratada por RE e por REsp.
Ex.: ao se desrespeitar o contraditório está se ofendendo a CF e também o CPC,
ampliou o acesso aos tribunais superiores.
Normas princípios e normas regras: faces distintas da mesma moeda. Norma é diferente
de texto legal. Texto legal é o dispositivo, a partir dele é feito um processo de
interpretação e a partir daquele texto legal se extrai a norma (processo hermenêutico).
Normas princípios: abstratas, normas estruturantes, “normas vigas”, evita a ocorrência
de omissões legislativas.
Não partem do princípio do tudo ou nada, aplica-se ou não aplica-se. Vai se utilizar
muito o “depende”, por exemplo o princípio da dignidade humana traz diversas
interpretações.
Normas regras: verdadeiras escolhas binárias. São concretas, contemplativas de direitos
subjetivos, elas sim podem ser interpretadas na base do tudo ou nada. Aqui é possível
existir conflito, pois são dispositivos fechados, concretos.
Arts. 1 ao 12 : tem várias normas princípios e normas regras. Ex.: art. 12 fala em
julgamento por ordem cronológica dos processos. Isso não é abstrato, não estrutura, não
é edificante, não influencia nenhuma outra regra do sistema.
Mas a grande maioria dos arts. 1 ao 12 contemplam normas princípios.
Princípios podem ser analisados em dimensão objetiva e subjetiva;
Objetiva: vetor legislativo e hermenêutico (interpretativo).
Princípio do contraditório: serve como vetor interpretativo da lei.
Vetor legislativo: o legislador é obrigado a seguir os princípios. Ex.: regramento
extenso da fundamentação das decisões judiciais, art. 486. Processo civil tem que ser
democrático, tem que ter a participação das partes e a manifestação das mesmas levadas
em consideração.
Princípios podem ser interpretados sob uma ótica subjetiva: acabam sendo a afirmação
de uma posição jurídica de vantagem.
Base principiológica: base de interpretação do novo CPC.
4. Classificação dos princípios
a) Princípios informativos ou formativos (são verdadeiros axiomas jurídicos, tem
aplicação universal, não precisam de uma explicação mais elaborada).
i) Lógico – o processo tem que ter uma ordem estrutural logica, ordem que permita
ação, reação e decisão. Pedido, resposta e decisão.
ii) Econômico – ideário existente nos sistemas processuais de que com o menor
sacrifício se alcance o melhor resultado, menor sacrifício de dinheiro, esforço,
liberdades individuais, etc...
iii) Jurídico – estabelece que o processo espelha aquilo que o ordenamento jurídico quer
que ele espelhe, o regramento processual não pode se distanciar do próprio ordenamento
jurídico, ex: se o ordenamento é democrático, o processo civil deve ser democrático.
iv) Político – o processo é um mecanismo de afirmação da vontade da lei e do Estado.
Através da lei o Estado diz quem está certo, quem está errado.
b) Princípios gerais/genéricos ou fundamentais: artigos 1 ao 12 do CPC, implícitos ou
explícitos. Princípios do sistema em que há um conteúdo político ideológico, objeto de
escolhas de um povo, escolhas legislativas. São variáveis de pais para pais, pois aqui
recai o conteúdo político ideológico de um povo. (explícitos/implícitos). Além dos
princípios elencados nos arts. 01 ao 12 o CPC tem vários conteúdos principiológicos,
ex.: 926 do CPC.
i) Constitucionais (Art. 5º da CF)
ii) Infraconstitucionais (NCPC – 1º a 12 e outros)
Demanda/inércia/dispositivo e impulso oficial – art. 2º do CPC
O pontapé inicial, a provocação do Estado tem que ser feita pela parte, depois o Estado
age por impulso oficial.
Salvo exceções legais.
a) Reflexos no 141 e 492 NCPC (Ex. danos sociais – Recl. 13.200)
Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado
conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar
a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.

Dano social: fixação de valor pelo juiz, caráter sancionatório, para punir as condutas
exemplarmente negativas. Ex.: plano de saúde que reiteradamente se nega a pagar
procedimento médico; indivíduo que coloca fogo na bandeira nacional, etc...
Juízes começaram a aplicar dano social em ação individual mesmo quando não tinha
pedido pra isso. STJ entendeu que ofende o princípio da demanda, inercia, isso é
intolerável.
b) Mitigação pelo 322, § 2º, NCPC (interpretação dos pedidos)
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de
sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
§ 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio
da boa-fé.

O CPC/73 entendia que o pedido devia ser interpretado restritivamente. O novo CPC
acaba com esse entendimento, fala expressamente que os pedidos se interpretam
conforme o conjunto da postulação, sempre verificada a boa-fé.

Ex.: pedido para tirar o nome do SPC e dano material, não pede para declarar a inexistência da
dívida, agora o juiz pode declarar a inexistência da dívida mesmo não existindo o pedido.

c) Mitigação pelos poderes instrutórios do juiz (370 NCPC)


Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas
necessárias ao julgamento do mérito.
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou
meramente protelatórias.

b) Exceções: 322, § 1º, 323, 712, 730, 738


Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas,
essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do
autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do
processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.
Art. 712. Verificado o desaparecimento dos autos, eletrônicos ou não, pode o juiz, de ofício,
qualquer das partes ou o Ministério Público, se for o caso, promover-lhes a restauração.
Art. 730. Nos casos expressos em lei, não havendo acordo entre os interessados sobre o modo
como se deve realizar a alienação do bem, o juiz, de ofício ou a requerimento dos interessados
ou do depositário, mandará aliená-lo em leilão, observando-se o disposto na Seção I deste
Capítulo e, no que couber, o disposto nos arts. 879 a 903.
Art. 738. Nos casos em que a lei considere jacente a herança, o juiz em cuja comarca tiver
domicílio o falecido procederá imediatamente à arrecadação dos respectivos bens.
Parágrafo único. Havendo autos suplementares, nesses prosseguirá o processo.

Não existe mais o exemplo clássico (989) do juiz abrir inventário de oficio.

Ação/inafastabilidade do controle judicial/Acesso à justiça (3º NCPC e 5º XXXV


CF)
a) Exceções constitucionais (142, § 2º e 217, § 2º, CF).
Caso da proibição do HC para militares e necessidade de: 217, § 1º O Poder Judiciário
só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se
as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.
b) Requerimento administrativo (STF, RE 631.240) (Exibição - STJ)
O esgotamento da via administrativa não é condição para acesso ao judiciário. Nos
últimos 05 anos isso tem mudado. Para aquilatar o interesse processual, primeiro a parte
deve ter seu pedido indeferido pelo órgão administrativo.
RE 631.240 benefício do INSS. Na questão do direito previdenciário o STF entendeu
que é necessário a negativa do requerimento administrativo. Essa agora é regra: precisa
pedir primeiro para o INSS.
STJ entendeu que exibição de documentos só cabe mediante negativa da exibição do
documento (tem que ter requerimento administrativo negado, se não, não preenche o
interesse processual).
c) Reflexos no 140 e 373 NCPC
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do
ordenamento jurídico.
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.

Na primeira fase do direito romano o juiz podia decidir o non liquet, não tem lei, não
decido. No Brasil isso não pode.

Art. 373, § 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova
de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte
a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

d) Liminares e PP (Leis 9.494/97 e 8.437/92) (1.059 NCPC) (ADC4)


Permanece a vedação de concessão de liminares contra o poder público. Não é possível
conceder liminar contra o poder público em matérias de compensação em matéria
tributária, desembaraço de mercadoria de procedência estrangeira, equiparação de
servidores públicos e aumentos e vantagens de servidor público.
Sepúlveda Pertence: em princípio não pode, mas no caso do caso concreto o juiz pode
analisar e conceder...
e) Reconhecimento da arbitragem e de sua natureza jurisdicional (189, IV, 237, IV, 337,
§ 6º, 485, VII, 515, VII, 960, § 3º, NCPC).
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os
processos:
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a
confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.

Art. 237. Será expedida carta:


I - de ordem, pelo tribunal, na hipótese do § 2o do art. 236;
II - rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica
internacional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro;
III - precatória, para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine o cumprimento,
na área de sua competência territorial, de ato relativo a pedido de cooperação judiciária
formulado por órgão jurisdicional de competência territorial diversa;
IV - arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na
área de sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária
formulado por juízo arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória.

Art. 337, § 6o A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma


prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.

515, VII – sentença arbitral é título judicial.

f) Mediação/conciliação (154, VI, 381, II, 165/174, 334, 565, NCPC)

Razoabilidade temporal (4º NCPC e 5º, LXXVIII, CF)


a) Distinção com direito à celeridade (garantias processuais)
O CPC não garante celeridade, garante duração razoável. Está mais preocupado com
qualidade do que com rapidez.
b) Reflexos no 233/236, 311, 332, 356, etc, NCPC
Tutela da evidencia: entrega da tutela independentemente do periculum in mora.
Normalmente o tempo privilegia quem está errado.
Art. 332, amplia as hipóteses de julgamento liminar de improcedência (antigo 285-A).
É um mecanismo de tentar receber de modo mais rápido a tutela judicial.
356 – julgamento antecipado parcial. Dispositivo com a finalidade de acelerar o
procedimento judicial.
c) Indenização e MS contra letargia?
d) Princípio da efetivação (processo de resultados) (139, IV, NCPC)
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias
necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham
por objeto prestação pecuniária;

Estabelece a atipicidade dos meios executivos. Existia para as obrigações de dar, fazer,
mas agora inclusive nas obrigações de pagar. Ex.: suspende a CNH do devedor, já que
ele não pagou o financiamento do carro.

Art. 1.015, na execução e cumprimento de sentença sempre cabe agravo de instrumento.

Boa-fé (5º NCPC) (422 CC)


a) Elevação ao status de princípio (14, II, CPC/73)
b) Dispensa do elemento anímico (boa-fé objetiva)
c) Preservação de 02 valores: previsibilidade e confiança (partes/juiz)
d) Exemplos (venire contra factum proprio) (surrectio/supressio) (duty do mitigate the
loss, dever de reduzir o prejuízo) (comportamentos processualmente contraditórios)
(adimplemento substancial). Limites?
Ex.: juiz defere a produção da prova pericial, prova oral. Causa nas partes uma
confiança de que vai ser produzida a prova. Depois de deferida a prova, e ter causado a
expectativa, não pode indeferir a prova posteriormente.
A boa-fé tem que ser observada com relação ao juiz, partes, todos os sujeitos
processuais.
e) Reflexos no 79, 322, § 2º, 489, § 3º, etc., NCPC
Cooperação (6º, NCPC)
a) Democratização do processo – processo dialógico
Estabelecer no Brasil, um modelo cooperativo de processo.
b) Juiz assimétrico no decidir. Juiz isonômico no conduzir
Na hora de decidir o juiz manda. Mas o que o princípio quer é que enquanto o juiz
conduza o processo ele seja isonômico. Quais provas serão produzidas, como será feito
o saneamento, etc...As atividades de condução do processo podem ser divididas com as
partes. Juiz debate quanto ao deferimento das provas, fixa com as partes os pontos
controvertidos, etc...
c) Reflexos no 378/379, 191, 357, § 3º, etc., NCPC
Art. 378. Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o
descobrimento da verdade.

Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:
I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;
II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;
III - praticar o ato que lhe for determinado.

Art. 191: calendarização do processo.

Art. 357, § 3o Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o


juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes,
oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas
alegações.

d) Cooperação do juiz com as partes e vice-versa:


e) dever de esclarecimento (esclarecimento dúvidas); dever de consulta (oitiva prévia
das partes); dever de prevenção (advertência); dever de auxílio (ajuda na busca do
mérito).
Tirar com as partes as dúvidas que eles têm quanto aos fatos, quanto ao direito. Dever
de consulta é a necessidade de o juiz não decidir nada sem antes consultar as partes.
Prevenção: advertência, advertir a parte de que ela não está exercendo o melhor
comportamento, e o contrário também. Dever de auxilio, juiz ajudar a parte.
f) Cooperação de uma parte para com a outra?

Isonomia (7º, NCPC e 5º, caput, e I, CF)


Igualdade material: nos termos da lei pode ter tratamento diferenciado.
Igualdade formal: tratar todo mundo igual, não é a promessa do CPC e nem da CF.
a) Garantia de igualdade material: a lei pode equilibrar algo que era desiquilibrado.
Ex.: ação de divórcio será proposta no domicilio de quem ficou com os filhos.
b) Reflexos no 53, I, 63, § 3º, 144/145, 180/183/186, 373, § 1º, 926/927, 1.048, e etc,
NCPC
180: prazo em dobro para MP, advocacia pública (183) e defensoria pública (186).
926/927: precedentes vinculantes. Recurso repetitivo, jurisprudência dominante,
assunção de competência, IRDR, etc...a ideia é tentar acabar com a loteria
jurisprudencial.
c) violação da isonomia: súmula 45 STJ e 53, III, “f” e 98, § 8º, NCPC
45 STJ: em reexame necessário não se agrava situação da fazenda pública. O reexame é
só a favor do Estado.
Serventias extrajudiciais: criaram regra de competência em favor delas. Tem que ser no
local da serventia.
Art. 98, parágrafo 8º: Na hipótese do § 1o, inciso IX, havendo dúvida fundada quanto ao
preenchimento atual dos pressupostos para a concessão de gratuidade, o notário ou
registrador, após praticar o ato, pode requerer, ao juízo competente para decidir questões
notariais ou registrais, a revogação total ou parcial do benefício ou a sua substituição pelo
parcelamento de que trata o § 6o deste artigo, caso em que o beneficiário será citado para, em
15 (quinze) dias, manifestar-se sobre esse requerimento.

d) A regra da ordem cronológica e seus problemas (12 e 153, NCPC).


Cronologia deverá ser observada “preferencialmente”.
Contraditório (9º e 10, NCPC)
a) Conceito (tripé)
Tão importante que foi estabelecido em 02 artigos. Observação de 03 preceitos:
conhecimento (para que se exerça o contraditório é preciso saber o que se está
acontecendo); direito de participar (a parte tem o direito de se manifestar, a participação
se dá através da participação e da produção da prova, assim a parte vai ter participação
em contraditório); capacidade de influência (a participação da parte deve ser
considerada, deve ser objeto de apreciação judicial, os argumentos do juiz devem ser
explicitados, o 486 quer viabilizar o contraditório).
i) conhecer (236/275 NCPC)
ii) participar (9º, NCPC) (oportunidade – diferente do crime)
iii) influir (10 e 486, § 1º, NCPC)
O juiz não pode decidir em grau algum de jurisdição com base em fundamento da qual
as partes não tenham se manifestado, ainda que o juiz possa conhecer de oficio. Pode
conhecer de oficio, mas precisa escutar as partes. Conhecer de oficio é conhecer sem
provocação das partes, mas não sem ouvir as partes. Processo cooperativo, dialógico,
democrático.
b) Exceções (9º, NCPC) (contraditório diferido/ postecipado)
Situações em que o contraditório será postergado: liminares, inaudita altera pars, tutela
de urgência, evidencia, monitória.
c) Implicações práticas do 10 NCPC (vedação de decisões surpresa) (questões
cognoscíveis de ofício) (julgamento liminar de improcedência).
d) compatibilização do contraditório com o 4º NCPC (contraditório útil). Somente será
garantido (o contraditório) quando for útil ao processo.

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