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Art. 3o (...)
Ex2: O juiz não pode indeferir a petição inicial sem antes dar oportunidade
que a parte a emende.
Ex3: A apelação contra qualquer sentença que extinga o processo sem
exame do mérito tem juízo de retratação.
Ex4: Art. 1029, §3º - facilitar decisão de mérito deste recurso. É um marco
na concretização desse princípio.
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos
previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o
presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições
distintas que conterão:
§ 3o O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça
poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou
determinar sua correção, desde que não o repute grave.
Também reproduzido na Lei 13.015/14 que cuida dos Recursos Repetitivos do
âmbito trabalhista.
ATENÇÃO: Essa dilatação de prazo não pode ser feita depois que o prazo acabou.
O juiz tem que dilatar os prazos antes dele começar a correr. Ele não pode superar
a preclusão dilatando o prazo.
“A autorização legal para ampliação de prazos pelo juiz não se presta
a afastar preclusão temporal já consumada” (enunciado 129 do FPPC)
(Uniformização da Jurisprudência)
Art. 927. Os juízes e os tribunais
§ 1o Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 e no art.
489, § 1o, quando decidirem com fundamento neste artigo.
O ARTIGO 10 deve ser aplicado não só quando o juiz decide mas também no
processo de formação do precedente.
O código novo prestigia muito o sistema de precedentes judiciais. Por causa disso
o código novo exige que a formação do precedente seja uma formação cuidadosa. Deste
modo todos os fundamentos relevantes para a formação do precedente sejam
submetidos ao contraditório, para que ele nasça com maior legitimidade e robustez.
Entenda que o dispositivo fala CONTRA, assim, se a decisão for a favor de uma das
partes sem que esta parte tenha sido ouvida. É por isso que o código admite a
improcedência liminar, que é uma rejeição da petição inicial logo de cara, sem mesmo
citar o réu.
Apelação contra decisão que julga improcedente liminarmente o pedido permite
a retratação dando maior diálogo aos sujeitos juiz e réu.
O parágrafo único quer dizer que não precisa ouvir a parte se for proferir contra
ela uma decisão provisória. Se a decisão é provisória, nem sempre há necessidade de
ouvir a outra parte. Apenas decisões definitivas devem sem exceção ouvir a outra
parte quando lhe for prejudicial.
O parágrafo único não é exaustivo. Há outros exemplos no código que possibilita
a decisão provisória sem ouvir o réu (ex: liminar possessória / liminar em mandado de
segurança/ liminar de despejo).
b.2.) Princípio da eficiência como norma processual recai sobre o Juiz como
administrador do processo. Essa gestão de processo não deixa de ser uma atividade
administrativa voltada ao processo.
Impõe que o Juiz gerencie o processo com eficiência.
Observar a eficiência é obter o máximo de uma finalidade com um mínimo de
recursos. Da mesma forma é preciso atingir essa finalidade da melhor forma possível.
Há uma relação com o princípio da eficiência com o antigo princípio da economia
processual. Para Fredie o princípio da eficiência é economia processual com outro
nome remodelado.
A Constituição Federal menciona a palavra Eficiência. Quando muda o nome para
eficiência traz-se junto toda a carga que já existe no Direito Administrativo no sentido
de impor ao juiz um dever de gerir bem o processo de acordo com as boas práticas da
administração. Fazer com que o juiz se comporte como um bom administrador.
Com esse princípio é possível realizar adequações atípicas no processo, ainda que
sem autorização legal. Reunir processos mesmo que não sejam conexos desde que
necessitem de uma mesma prova pericial.
Ex: Calendário processual e conexão probatória.
Diferença entre eficiência e efetividade – vide caderno.
2 – NORMA PROCESSUAL
2.1. Vacatio de 1 ano
2.2. O CPC em seu artigo 15 se aplica ao processo trabalhista, eleitoral e
administrativo. É lei de aplicação subsidiária nestes três ramos do direito.
2.3. Eliminação do procedimento sumário.
Agora é só o procedimento comum e pronto.
Problema 1: E as causas de rito sumário em andamento? Continuarão no rito
sumário até a sentença.
Problema 2: Muitas leis extravagantes faziam referência ao procedimento
sumário (Lei da usucapião especial, lei da ação discriminatório), e agora?
Todas as remissões ao procedimento sumário feitas na legislação extravagante,
consideram-se com remições feitas ao procedimento comum.
2.4. Norma temporal de aplicação
Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável
imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos
processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a
vigência da norma revogada.
Os atos a praticar, serão afetados pela norma nova mas os atos já praticados não
serão afetados. Do mesmo modo as situações jurídicas (direitos) não podem ser
afetadas pela Lei nova (direito adquirido).
Ex: Código reduz do quadruplo para o dobro o prazo para os entes público
contestar. Se o prazo estiver correndo e o código viger na fluência do prazo já há o
direito de contestar em prazo em quádruplo.
3 – COMPETÊNCIA
3.1. Perpetuação da Jurisdição
A causa deve se perpetuar naquele juízo e fatos supervenientes não vão alterar o
juízo onde a causa está. Estabilização do processo.
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da
distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do
estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando
suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
Imagine que um juiz estadual receba um pedido para o qual ele tenha
competência. Vem a Unão e pede para intevir no feito. O Juiz estadual envia o processo
para o juízo Federal que vai analisar a possibilidade da intervenção. Se entender que a
União não intervém, deverá devolver os autos para a Justiça Estadual que deverá aceitar
o julgamento do feito e não suscitar conflito.
CONTINÊNCIA:
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente (ação maior)
tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida
(ação menor) será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
PREVENÇÃO
AS Causas conexas devem ser reunidas no juízo prevento. No CPC/73 havia dois
critérios de prevenção (ver caderno). O Código novo unificou os critérios no art. 59. Só
há um critério de determinação do juízo prevento.
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento
o juízo.
FORO DE ELEIÇÃO
Foro de eleição internacional: Consagra-se uma prática comercial internacional
acabando com a ideia de que foro de eleição internacional viola a soberania estrangeira.
Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o
processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de
eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional,
arguida pelo réu na contestação.
O CPC/15 deixa claro que a decisão sobre a competência deve ser feita
imediatamente pelo juiz. Não pode esperar para decidir sobre a competência. A
alegação de incompetência tende a ser uma decisão interlocutória. Rejeita ou remete
os autos. O Código novo diz que só cabe agravo de instrumento nos casos listados
expressamente. Porém não estão na lista decisões interlocutórias de incompetência.
Cabe recurso imediato sobre decisão de incompetência?
Professor afirma que o rol das hipóteses de Agravo de Instrumento é taxativo, mas
não significa que permita interpretação por analogia.
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá
imediatamente a alegação de incompetência.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA
1 – Agora fica claro que o MP não intervirá em qualquer conflito de competência.
Somente nos conflitos de competências de causas que ele já intervém. No CPC/73 o MP
intevém em qualquer conflito de competência.
2 – Deixa-se claro que o juiz que não aceitar o processo declinado por outro deve suscitar
conflito.
3- Há possibilidade do relator do conflito de competência julgá-lo monocraticamente
em determinadas situações:
Art. 955 (caput)
Parágrafo único. O relator poderá julgar de plano o conflito de
competência quando sua decisão se fundar em:
I - súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça
ou do próprio tribunal;
II - tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente
de assunção de competência.
4 – CONDIÇÕES DA AÇÃO
Correspondência do art. 13 do CPC/73 com novidades. Esse ponto reforça o
princípio da primazia da decisão de mérito.
Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da
representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará
prazo razoável para que seja sanado o vício.
§ 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na
instância originária:
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;
II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber;
III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo,
dependendo do polo em que se encontre.
§ 2o Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal
de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator:
I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente;
II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a
providência couber ao recorrido.
Fim da aula 9