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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DESEMBARGADOR(A) DA 29ª CÂMARA DE

DIREITO PRIVADO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE ALAGOAS.

Processo nº: 0001234-56.2022.8.26.888

EMBARGANTE: CLEBER DE FREITAS

EMBARGADO: AM EXPRESSO TRANSPORTE DE BENS

CLEBER DE FREITAS, já devidamente qualificado nos autos do processo em

epígrafe, vem, por meio de seu advogado, opor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO,

com fundamento no art. 1.022 do Código de Processo Civil, em face do acórdão

proferido por essa Corte em 07/11/2020, pelas razões a seguir expostas:


I – DOS FATOS

A parte Embargante opôs Embargos à Execução, alegando que o valor de R$

1.500,00 penhorado no processo, é relativo à verba salarial, afirmando ainda que

não possui condições de se sustentar sem o valor. Sobreveio sentença de

improcedência do pedido. Inconformado, Cleber de Freitas promoveu recurso de

apelação, tendo sido prolatado o acórdão ora embargado.

II – DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

O acórdão proferido por essa Egrégia Corte apresenta contradição, omissão e

obscuridade, o que justifica a oposição dos presentes Embargos de Declaração.

II.1 – DA CONTRADIÇÃO

O acórdão proferido por essa Egrégia Corte apresenta contradição no que se refere

à aplicação do art. 833, IV do Código de Processo Civil. O referido dispositivo legal é

claro ao definir quais bens ou valores são impenhoráveis, incluindo os salários, as

remunerações e os proventos de aposentadoria, bem como as quantias recebidas

por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os

ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal.


No entanto, o acórdão embargado negou provimento ao recurso de apelação

interposto pelo Embargante, mantendo a penhora realizada, em desacordo com o

referido dispositivo legal.

Nesse sentido, requer-se o acolhimento dos presentes Embargos de Declaração,

para que seja sanada a contradição existente no acórdão proferido por essa Egrégia

Corte, com a determinação de desconstituição da penhora realizada nos autos, em

consonância com o disposto no art. 833, IV do Código de Processo Civil.

II.2 – DA OMISSÃO

O acórdão proferido por essa Egrégia Corte apresenta omissão no que se refere à

análise dos documentos juntados pelo Embargante às fls. 235/240 dos autos, que

comprovam que as verbas penhoradas são, de fato, decorrentes da relação de

trabalho.

Tais documentos demonstram que os valores penhorados se enquadram como

vencimentos, alcançados, assim.

A omissão em questão se refere à falta de análise dos documentos juntados pelo

Embargante às fls. 235/240 dos autos, que comprovam que as verbas penhoradas

são decorrentes da relação de trabalho e se enquadram como vencimentos. O


Embargante argumenta que o acórdão proferido pela Corte deixou de considerar

esses documentos, o que configuraria uma omissão.

A análise desses documentos poderia ser relevante para a solução da questão em

debate, já que eles indicam a natureza das verbas penhoradas e sua origem. Caso

fique comprovado que se trata de vencimentos decorrentes da relação de trabalho,

isso poderia influenciar na decisão final do processo, uma vez que tais verbas têm

proteção legal e podem estar sujeitas a limitações quanto à sua penhorabilidade.

Portanto, a omissão apontada pelo Embargante pode ser considerada como um

possível erro na análise do caso pela Corte, e poderia justificar a apresentação dos

Embargos de Declaração, a fim de que essa questão seja esclarecida e os

documentos juntados sejam devidamente considerados na decisão final.

No caso em questão, o Embargante alega que o acórdão proferido pela Egrégia

Corte apresenta omissão ao deixar de analisar os documentos que comprovam que

as verbas penhoradas são decorrentes da relação de trabalho. Segundo o

Embargante, tais documentos demonstram que os valores penhorados se

enquadram como vencimentos.

Nesse sentido, é importante ressaltar que a omissão pode acarretar prejuízos às

partes envolvidas no processo, pois a falta de análise de informações relevantes

pode levar a decisões equivocadas. Portanto, é fundamental que o juiz ou tribunal


responsável pelo julgamento do caso análise de forma criteriosa todas as provas e

documentos apresentados pelas partes, a fim de que a decisão seja justa e correta.

III- DOS PEDIDOS

Considerando o exposto, o Embargante requer:

A) O acolhimento dos presentes Embargos de Declaração, para sanar a omissão

verificada no acórdão proferido por essa Egrégia Corte.

B) A reforma do acórdão embargado, a fim de que seja reconhecido o caráter

alimentar das verbas penhoradas, e, por conseguinte, seja determinado o

desbloqueio do valor constante na conta corrente do Embargante.

C) A intimação do Embargado para que, querendo, apresente contrarrazões aos

presentes Embargos de Declaração.

D) A condenação do Embargado ao pagamento das custas processuais e honorários

advocatícios.

Termos em que,

Pede e espera pelo deferimento.

Cariri do Oeste-AL, DATA(...)


ADVOGADO (...) OAB (...)

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