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Ação Revisional de Contrato Bancário

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA


VARA DAS RELAÇÕES DE CONSUMO DOS FEITOS CÍVEIS E COMERCIAIS
- COMARCA DE CRUZ DAS ALMAS – BA

ANDRE CARLOS, solteiro, empresário, residente e domiciliado na


Rua SÃO PAULO, nº. 100. Apto. 1201, em Cidade CRUZ DAS ALMAS – CEP nº 55666-
777, possuidor do CPF nº. 555.444.333-22, comparece,
com o devido respeito e máxima consideração à presença de Vossa Excelência, não se
conformando, venia permissa maxima, com a sentença meritória exarada às fls. 89/96,
para interpor, tempestivamente (CPC, art. 1.003, § 5º), com suporte no art. 1.009 e
segs. do Código de Processo Civil, o presente recurso de
APELAÇÃO CÍVEL
Tendo como recorrido BANCO DO BRASIL, instituição de direito privado, inscrita no
CNPJ/MF sob n° 00.111.222/0000-33, com sede em Cidade CRUZ DAS ALMAS na
Rua D, nº. 120 - CEP nº. 66777-888, em virtude dos argumentos fáticos e de direito
expostos nas RAZÕES ora acostadas.

Outrossim, ex vi legis, solicita que Vossa Excelência declare


os efeitos com que recebe o recurso evidenciado, determinando, de logo, que a Apelada
se manifeste sobre o presente (CPC, art. 1.010, § 1º) e, depois de cumpridas as
formalidades legais, seja ordenada a remessa desses autos, com as Razões de Apelação,
ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado.

Respeitosamente, pede deferimento.

Cruz das almas 20 de outubro de 2022..

Cristiane gama Costa

Advogado – OAB(BA) 112233

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

Em que pese à reconhecida cultura do eminente Juízo de origem e à proficiência com


que esse se desincumbe do mister judicante, há de ser reformada a decisão ora
recorrida, porquanto proferida em completa dissonância para com as normas aplicáveis
à espécie, inviabilizando, portanto, a realização da Justiça.

(1) – DA TEMPESTIVIDADE
(CPC, art. 1.003, § 5º)
O presente recurso há de ser considerado tempestivo, vez que a
sentença em questão fora publicada no Diár

io da Justiça nº. 0000, em sua edição do dia 00/11/2222, o qual circulou no dia
11/00/2222.

Nesse ínterim, à luz da regência da Legislação Adjetiva Civil


(art. 1.003, § 5º), este recurso é interposto dentro do lapso de tempo fixado em lei.

(2) – PREPARO
(CPC, art. 1.007, caput)

O Recorrente acosta o comprovante de recolhimento do


preparo (CPC, art. 1.007, caput), cuja guia, correspondente ao valor de R$ 00,00
( .x.x.x. ), atende à tabela de custas deste Tribunal.

(3) – SÍNTESE DO PROCESSADO


(CPC, art. 1.010, inc. II)
( 3.1. ) Objetivo da ação em debate

A querela em ensejo diz respeito à propositura de Ação


Revisional de Contrato de Abertura de Crédito Rotativo (cheque especial), cujo âmago
visa a análise de cláusulas contratuais (e ausência dessas) e seus efeitos nos encargos do
pacto.

Consta da peça vestibular que os litigantes firmaram contrato


de empréstimo Data vênia, ínclitos julgadores, analisando apenas os números, já se
observa irregularidades quanto às cobranças, vez que a apelante financiou a quantia de
R$4.380,00 ( quatro mil trezentos e oitenta reais) que seria pago em 36 ( trinta e seis)
prestações mensais iguais no valor de R$ 224,98 (duzentos e vinte e quatro reais e
noventa e oito centavos). Observa-se, então, que ao final do financiamento o valor do
débito chegará à exorbitante quantia de R$ 8.099,28 (oito mil noventa e nove reais e
vinte e oito centavos), o que significa juros exorbitantes e leoninos sobre o capital
financiado.

Resultou que, após pouco mais de 02(dois anos) da


celebração do empréstimo, mesmo com sucessivas amortizações do empréstimo, a
dívida continua em um patamar ilegal, absurdo e insustentável de R$ 00.000,00
( x.x.x. ), segundo consta da prova pericial realizada (fls. 31/58). Essa mesma perícia
destacou ( fl. 56) que no empréstimo houvera a cobrança de juros capitalizados
diariamente quando em resposta ao quesito formulado pelo Apelante.
Contornos da sentença guerreada

O d. Juiz de Direito da 00ª Vara Cível de Cidade Cruz das


Almas julgou totalmente improcedentes os pedidos formulados pelo Recorrente,
motivo qual, à luz do quanto disposto em seus fundamentos, na parte dispositiva,
deliberou-se que:
( a ) Em se tratando de empréstimo financeiro firmado após o advento da Medida
Provisória nº 2.170-36/2001, é admissível a capitalização de juros em periodicidade
inferior a um ano;
( b ) os encargos moratórios são devidos, porquanto estabelece o Código Civil que as
dívidas não quitadas no vencimento sofrem tais efeitos contratuais;
( c ) condenação do ônus de sucumbência.

(4) – PRELIMINARMENTE AO MÉRITO


(CPC, art. 1009, § 1º)

NULIDADE DA SENTENÇA
Error in procedendo

4.1. Cerceamento de defesa


Ausência de produção de provas requeridas

O Recorrente, com a peça inaugural, requereu,


expressamente e fundamentadamente, a produção de prova pericial, pleiteando,
inclusive, fosse saneado o processo e destacada tal prova. Na hipótese, necessitava-se
provar fatos, quais sejam: a cobrança (ocorrência de fato) de encargos ilegais no
período de normalidade, os quais, via reflexa, acarretaria na ausência de mora do
Apelante.

Outrossim, procurava-se comprovar, com a produção da


prova em liça (perícia contábil), a eventual cobrança de encargos moratórios indevidos
(período de inadimplência), o que na sentença foi rechaçado justamente pelo motivo do
Apelante “não haver comprovado” a ocorrência de tal anomalia, quando extraímos da
sentença a seguinte passagem:

“No caso dos autos, verifica-se que o pacto foi celebrado em 00/00/0000, e já em
agosto do mesmo ano veio o mutuário a propôs(sic) a presente ação revisional, sem,
contudo, demonstrar, ainda que de forma indiciária, qualquer cumulação proibida de
encargos contratuais, conforme ressai da análise dos extratos de movimentação da
conta 999.001.0000442233-2, alusiva aos meses de abril, maior e junho do mesmo
ano. Assim sendo, não se desincumbindo a parte autora do ônus de provar os fatos
constitutivos de seu alegado direito, só resta ao Estado Juiz desacolher o pedido. “
( destacamos )

Percebe-se, portanto, in casu, não foi oportunizada ao


Apelante a produção da prova técnica. Essa certamente iria corroborar sua tese
sustentada da cobrança de encargos abusivos pela Apelada.

No caso em vertente, a produção da prova pericial se mostra


essencial para dirimir a controvérsia fática, maiormente quanto à existência ou não da
cobrança de encargos abusivos, ou seja, contrários à lei.

De outro norte, a parte em uma relação processual, sobretudo


ao autor da querela, tem o direito e ônus (CPC, art. 373, inc. I) de produzir as provas
que julgar necessárias e imprescindíveis à demonstração cabal da veracidade de seus
argumentos.
Embora o juízo a quo tenha entendido, concessa venia,
equivocadamente que a questão dos autos seria de direito, conclui-se que a questão da
cobrança de encargos ilegais (e não de sua licitude ou ilicitude) requer a verificação por
um expert.

Não se descura que o Juiz é o destinatário da prova, cabendo-


lhe indeferir aquelas que entender inúteis ou desnecessárias ao deslinde da questão
posta sob sua apreciação, a teor do disposto no art. 370 do CPC.

Entrementes, no estudo do caso em vertente, ao ser prolatado


o "decisum" combatido, incorreu em verdadeiro cerceio do direito de defesa do
Apelante, posto que o feito não se encontrava “maduro” o suficiente para ser decidido.

Diante da ausência de elementos técnicos quanto à incidência


de juros remuneratórios acima do patamar legal, a prática de capitalização diária de
juros e, mais, da descabida cobrança de encargos moratórios, cumpria ao julgador
deferir a produção da prova pericial, única capaz de elucidar tais fatos.

Dessarte, a ação demandava uma instrução probatória


mais acurada, especialmente em relação à cobrança de encargos abusivos durante o
período de normalidade contratual e à cobrança ilegal de encargos moratórios, e só o
que consta dos autos não autorizava o julgamento antecipado havido.

Nesse sentido:

DIREITO PROCESSO CIVIL. DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO


REVISIONAL DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULO.
Parte autora que requereu inúmeras vezes a produção de prova pericial, pleito não
apreciado pelo Juízo que, contudo, proferiu sentença julgando improcedente o pleito
exordial por falta de prova dos fatos constitutivos do direito do autor. O julgamento
antecipado da lide, na forma do artigo 355 do Código de Processo Civil, só deve ter
lugar quando inteiramente desnecessária a produção de provas, o que não ocorreu no
caso em tela, pois a controvérsia posta nos autos demanda a apuração por um expert
acerca das impugnações feitas pelo autor quanto aos juros e tarifas previstas no
instrumento contratual e aqueles efetivamente cobrados do autor, bem como para
apurar o valor real da dívida. Cerceamento de defesa configurado. Artigo 370 do Código
de Processo Civil. O indeferimento de realização de provas deve ser feito de forma
fundamentada, somente quando forem inúteis ou meramente protelatórias, o que não é
o caso dos autos. Sentença que se anula, para determinar o retorno dos autos ao Juízo
de origem, para que seja produzida a prova pericial requerida pelo demandante.
Recurso provido. [ ...

RECURSO DE APELAÇÃO.
Regularização de solo cumulada com revisional de contrato, anulação de cláusulas
contratuais e consignação em pagamento ilegitimidade passiva verificada. Julgamento
antecipado dos pedidos. Fato controvertido. Requerimento de produção de prova
pericial. Cerceamento de defesa configurado. Nulidade da sentença. 01. Inexistência de
relação de pertinência subjetiva entre o conflito trazido a juízo e a qualidade para litigar
a respeito dele na condição de demandado. Ilegitimidade passiva da ré daterra
empreendimentos imobiliários Ltda configurada. 02. O julgamento antecipado dos
pedidos, nos casos em que há controvérsia de fato não solucionada pelos elementos de
prova existentes nos autos, caracteriza cerceamento de defesa e enseja a nulidade da
sentença. Recurso conhecido e parcialmente provido. [ ... ]

De outro importe, era necessário que o Juiz a quo proferisse


despacho saneador (CPC, art. 357), destacando a(s) prova(s) a ser(em) produzida(s)(ou
rechaçando-as) e, inclusive, apontar os pontos controvertidos da querela, o que não
ocorreu.

Quanto ao julgamento antecipado da lide, como na hipótese,


somente poderia ocorrer quando:

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução
de mérito, quando:

I - não houver necessidade de produção de outras provas;

II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de
prova, na forma do art. 349.
( os destaques são nossos )

Entrementes, a questão em debate, para constatar fatos, a


produção de prova pericial. Portanto, por esse ângulo, o caso não seria de julgamento
antecipado.

Nem mesmo a produção de prova técnica simplificada


fora oportunizada (CPC, art. 464, § 2º).

De outro bordo, mister que o magistrado tivesse


registrado, motivadamente, as razões que o levaram a não se utilizar da prova contábil
(CPC, art. 370, parágrafo único).

Assim, a regra processual, abaixo em ênfase, pressupõe que a


sentença não poderia ter sido proferida sem a prolação de despacho saneador, em que
se decidissem as questões processuais pendentes, se deliberasse sobre as provas a
serem produzidas, designando-se audiência de instrução e julgamento, se necessário.

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Art. 357 - Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em
decisão de saneamento e de organização do processo:
(...)
II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória,
especificando os meios de prova admitidos;
(...)
V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.
(...)
§ 3º - Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o
juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes,
oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes ...”

Se for o caso de exame pericial, o momento de deferi-lo, com a nomeação


do perito e abertura de prazo para indicação de assistente pelas partes, é, também, a
decisão de saneamento (vide, infra, nº 629 e segs. [ .... ]

Pela necessidade do despacho saneador, vejamos o seguinte


julgado:

CIVIL E PROCESSO CIVIL. RECURSO DE APELAÇÃO. AÇÃO REVISIONAL


DE CLÁUSULAS EM MÚTUO BANCÁRIO JULGADA IMPROCEDENTE NA
ORIGEM. AUSÊNCIA DE ANÚNCIO DO JULGAMENTO ANTECIPADO DA
LIDE. NECESSIDADE DE DESPACHO SANEADOR E APRECIAÇÃO DE
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. VIOLAÇÃO DO DEVIDO
PROCESSO LEGAL, AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO. NULIDADE
VERIFICADA. SENTENÇA DESCONSTITUÍDA.
1. Consoante relatado acima, cuida-se de apelação cível interposta por interposta por
Jorge Luiz laurentino Rocha em face de sentença proferida pelo juízo de direito da 1ª
Vara Cível da Comarca de CRUZ DAS ALMAS que julgou improcedente a ação
revisional de contrato movida pela recorrente em desfavor. A apelante pede,
preliminarmente, para que a sentença seja anulada, pois, segundo a mesma, o juiz de
primeiro grau não teria anunciado o julgamento antecipado da lide nem lhe
oportunizado produzir prova pericial contábil para aferir a ilegalidade dos encargos
contratuais, sendo que foi surpreendida com a decisão que julgou improcedente a lide,
apesar de requerimento contido em sede de réplica pugnando pela produção de prova.
2. Analisando os autos, confere-se que, de fato, em nenhum momento o juiz a quo
informou às partes sobre sua decisão de julgar antecipadamente a lide, o que, por si só,
segundo entendimentos deste tribunal, já poderia ser considerado um cerceamento de
defesa, causando a anulação da sentença. Ademais, verifica-se dos autos que outras
questões deveriam antes ter sido solucionadas por ocasião de despacho saneador que
deixou de ser proferido, notadamente quanto à preliminar de ilegitimidade passiva
arguida pela contestante/apelada. Este ponto inclusive não foi sequer tratado na
sentença. 3. Seguindo o entendimento deste tribunal de justiça, o julgamento é nulo,
pois ao julgar antecipadamente o mérito, sem prévio anúncio, sem sanear o processo e
fixar pontos controvertidos, a sentença violou a garantia de contraditório e maculou o
devido processo legal. 4. Recurso conhecido e provido. Sentença desconstituída e
retorno dos autos à origem para regular processamento.
Desse modo, impõe-se reconhecer a impossibilidade do
julgamento antecipado do mérito, visto que, havendo controvérsia a respeito de fatos,
cuja prova não se encontra nos autos, imprescindível que o juízo a quo viabilize ao
Apelante a produção da prova requerida. Ao caso em liça, imprescindível a prova
pericial, porquanto, nos termos do art. 373, I, do Código de Processo Civil, tal ônus
pertence ao Apelante, não podendo ter sido proferida sentença sem a sua realização,
incorrendo, por esse norte, no notório cerceamento de defesa. Portanto, por entender
que, na espécie, é imprescindível a realização de prova pericial para delimitar a
existência, ou não, da cobrança de encargos abusivos na relação contratual em espécie,
além da circunstância de que a "vexata quaestio" não é exclusivamente de direito e,
também, fática, imperioso é o decreto de nulidade do "decisum" fustigado, com a
finalidade de se reabrir a instrução probatória.
Com tais fundamentos, deve ser acolhida a presente preliminar de
nulidade da sentença, por cerceamento de defesa, cassando-se a sentença vergastada e
determinando o retorno dos autos ao juízo de primeiro grau, a fim de que se produza
prova pericial contábil.

4.2. Ausência de fundamentação

É consabido que o magistrado deve julgar o mérito nos


limites do quanto fora proposto em juízo. Assim, defeso examinar-se matéria alheia que
exige a iniciativa da parte.
Por isso:

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado
conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.

Ora, a sentença é nula por não apreciar toda matéria


ventilada e requerida na inicial, quando, no tocante aos juros capitalizados, o Apelante
pediu a procedência de seus pedidos argumentando que:

“Todavia, no pacto em debate houvera sim cobrança indevida da capitalização de


juros, porém fora adotada outra forma de exigência irregular; uma “outra
roupagem”.
Entrementes, o ajuste da periodicidade da capitalização dos juros fora na forma
diária, pois sua cláusula 7ª assim reza: (...)
É cediço que essa espécie de periodicidade de capitalização (diária) importa em
onerosidade excessiva ao consumidor.
Obviamente que uma vez identificada e reconhecida a ilegalidade da cláusula que
prevê a capitalização diária dos juros, esses não poderão ser cobrados em qualquer
outra periodicidade (mensal, bimestral, semestral, anual). É que, lógico, inexiste
previsão contratual nesse sentido; do contrário, haveria nítida interpretação
extensiva ao acerto entabulado contratualmente.
Com efeito, a corroborar as motivações retro, convém ressaltar os ditames
estabelecidos na Legislação Substantiva Civil:
CÓDIGO CIVIL
Art. 843. A transação interpreta-se restritivamente, e por ela não se transmitem,
apenas se declaram ou reconhecem direitos.
Diante disso, conclui-se que uma vez declarada nula a cláusula que estipula a
capitalização diária, resta vedada a capitalização em qualquer outra modalidade.”
Dessarte, nesse aspecto, tocante aos juros capitalizados,
abordou-se a inviabilidade da capitalização diária. Todavia,
ao contrário disso, o Magistrado a quo, ao examinar a questão em espécie, conduziu-se
por outros argumentos distintos, sem apreciar aqueles levantados na exordial:
“Quanto à capitalização de juros, sua aplicabilidade restou autorizada desde a edição
da MP 1.963-17/2000, reeditada sob o nº. 2.170-36/2001, bem como em decorrência
da redação contida na Súmula 539 e 541 do STJ, condicionada apenas à expressa
pactuação entre as partes ...

Seguramente essa deliberação merece reparo.

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