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Ação Revisional
Proc. nº. 0011223-44.2016.5.66.7777
Autor: Antônio das Quantas
Réu: Banco Zeta S/A
APELAÇÃO,
tendo como recorrido BANCO ZETA S/A (“Apelada”), instituição de direito privado, inscrita no
CNPJ/MF sob n° 00.111.222/0000-33, com sede em São Paulo(SP) na Rua Y, nº. 0000 - CEP
nº. 66777-888, em virtude dos argumentos fáticos e de direito expostos nas RAZÕES
acostadas.
Outrossim, ex vi legis, solicita que Vossa Excelência declare os
efeitos com que recebe o recurso evidenciado, determinando, de logo, que a Apelada se
manifeste sobre o presente (CPC, art. 1.010, § 1º) e, depois de cumpridas as formalidades
legais, seja ordenada a remessa desses autos, com as Razões de Apelação , ao Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.
Beltrano de Tal
Advogado – OAB(PR) 112233
RAZÕES DE APELAÇÃO
(1) – DA TEMPESTIVIDADE
(CPC, art. 1.003, § 5º)
(2) – PREPARO
(CPC, art. 1.007, caput)
Nesse sentido:
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
Revisional de contrato bancário c/c repetição de indébito (esquema nhoc). Julgamento
antecipado da lide. Cerceamento de defesa. Ocorrência. Produção de prova pericial.
Necessidade. Decisão cassada. Necessário oportunizar as partes a produção de provas
a fim de que possam comprovar seu direito. Tratando-se de revisional de contrato
bancário importante é a prova pericial para que se possa averiguar a incidência ou não
do sistema nhoc, juros capitalizados e demais tarifas contratadas (consideradas provas
complexas), no intuito de que o juízo possa com tranquilidade julgar a lide, sob pena de
cercear o direito de defesa das partes. Agravo de instrumento provido. (TJPR; Ag Instr
1384134-8; Santa Fé; Décima Sexta Câmara Cível; Rel. Des. Paulo Cezar Bellio; Julg.
28/10/2015; DJPR 24/11/2015; Pág. 462)
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução
de mérito, quando:
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de
prova, na forma do art. 349.
( os destaques são nossos )
Art. 357 - Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em
decisão de saneamento e de organização do processo:
(...)
II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória,
especificando os meios de prova admitidos;
(...)
V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.
(...)
§ 3º - Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o
juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as
partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes ...”
Art. 141 - O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe
vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da
parte.
“ Em boa hora, consagra o dispositivo do NCPC projetado ora comentado, outra regra
salutar no sentido de que a adequação da fundamentação da decisão judicial não se
afere única e exclusivamente pelo exame interno da decisão. Não basta, assim, que se
tenha como material para se verificar se a decisão é adequadamente fundamentada (=
é fundamentada) exclusivamente a própria decisão. Esta nova regra prevê a
necessidade de que conste, da fundamentação da decisão, o enfrentamento dos
argumentos capazes, em tese, de afastar a conclusão adotada pelo julgador. A
expressão não é a mais feliz: argumentos. Todavia, é larga e abrangente para acolher
tese jurídica diversa da adotada, qualificação e valoração jurídica de um texto etc.
Vê-se, portanto, que, segundo este dispositivo, o juiz deve proferir decisão afastando,
repelindo, enfrentando elementos que poderiam fundamentar a conclusão diversa.
Portanto, só se pode aferir se a decisão é fundamentada adequadamente no
contexto do processo em que foi proferida. A coerência interna corporis é necessária,
mas não basta. “ (WAMBIER, Teresa Arruda Alvim ... [et al.]. – São Paulo: RT, 2015, p.
1.473)
(itálicos e negritos do texto original)
Não fosse isso o bastante, urge transcrever igualmente as lições de
Luiz Guilherme Marinoni:
No mesmo sentido:
(5) – NO MÉRITO
(CPC, art. 1.010, inc. II)