PROSPECÇÃO POR LUMINESCÊNCIA

Antes disso:
Relembrarmos de algumas propriedades físicas dos
minerais:
Densidade relativa; Brilho; Dureza;
Tenacidade; Clivagem; Fratura; Cor; Cor do traço;
Magnetismo;

Agora vamos acrescentar mais algumas

propriedades físicas não muito comentadas:
Eletricidade; Radioatividade; Fluorescência e
Fosforescência
 PROSPECÇÃO POR LUMINESCÊNCIA

fluorescência - que é a luminosidade dos

minerais em diferentes cores enquanto são
irradiadas pela LUV. A luminosidade cessa
quando cessa a irradiação da LUV. Subdivide-se
em LUVSW e LUVLW.

fosforescência - é a luminosidade que alguns

minerais apresentam quando são irradiados
(excitados) por uma fonte luminosa, quando
cessa a irradiação a fosforescência permanece.
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triboluminescência - é a luminosidade apresentada

pelos minerais em ambiente escuro quando são
excitados por fricção ou percussão. A
triboluminescência não apresenta valor prático para a
prospecção.
termoluminescência - é a luminosidade apresentada
por minerais quando aquecidos. Em geral a
luminosidade é fraca, só observada em ambiente escuro
e de duração limitada. Variados minerais quando
aquecidos entre 300-600°C apresentam luminescência.
Por exemplo: fluorita, calcita, feldspatos, wolastonita,
cerâmica, vidro, etc...
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FLUORESCÊNCIA
existem quase 200 minerais que podem fluorescer
POR LUVSW ( 2.530 ) e LUVLW (3.650 A°)
Os minerais fluorescem (~300) dentro do espectro de
cores “vermelha-laranja-amarela-verde - azul e violeta”.
O urânio fluoresce com cores entre laranja-amarela e
verde.
Os minerais que fluorescem LUVSW < LUVLW
A presença de elementos traços funciona como ativador
ou inibidor da fluorescência. Ativadores TR, Ni, Mn, Cu
e Ag, já os inibidores são o Fe e Bi.
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Minerais com brilho metálico e traço colorido

não fluorescem.

Além de minerais, também certos fungos,

excrementos de aves, carapaças quitinosas,
pedaços de vidros ou plástico, gorduras, óleos
também podem apresentar fluorescência.
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CORES DE FLUORESCÊNCIA
Dentro do alcance da LUV os minerais ocorrem com cores
vermelha, laranja, amarela, verde, azul e violeta.
Os minerais de urânio se limitam a parte média do espectro, ou
seja: laranja, amarela e verde.
Os minerais radioativos portadores de Th, óxidos (menos os
portadores de TR são fluorescentes. Com exceção quando da
aplicação de testes especiais como serão vistos mais adiante.
Muitos destes minerais que não apresentam fluorescência
quando sob a forma de compostos de U e Th, secundários,
apresentam fluorescência.
Quando se prospecta TR é necessário que se retire o filtro
protetor. Por exemplo: Monazita e Bastenezita com TR. Sob a
excitação da LUV apresentam fluorescência que varia desde
verde a amarela esverdeada. Na monazita sedimentar isto é
muito comum.
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COMPORTAMENTO DE ALGUNS MINERAIS RADIOATIVOS
AUTUNITA - é seguramente o mineral de urânio mais brilhante,
trata-se de um fosfato, com espectro entre as cores amarela-
verde. E é um mineral reconhecível a distância considerável.
TORBENITA - Fostato de Cu e F.
URANOFANO - Silicato, usualmente apresenta fluorescência
amarela esverdeada fraca ou NF.
SCHOECKINGERITA - Sulfato, carbonático, fluoresce amarelo-
esverdeado, brilhante, ocasionalmente verde azulado claro, é
muito mole e pulveriza-se rapidamente e dissolve-se facilmente
em água.
CARNOTITA - é um vanadato, não fluoresce. Removido o filtro,
assume cor amarelada forte em contraste com outro mineral.
TYAYAMUNITA - é um vanadato, NF, tem a sua cor amarelada
intensamente aumentada com o filtro removido, semelhante a
carnotita.
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TESTE DAS AURÉOLAS
Usa-se cápsulas de metal, no caso de não se possuir
tampinhas de garrafa (de lata), queimada para extrair a
tinta e a eventual cortiça. Cobre-se o fundo da tampa
com NaF ou LiF. Com o auxílio de solventes procede-se
a fusão desta camada. Sobre a camada fundidacoloca-
se alguns grãos do mineral a ser identificado. Faz-se
então o aquecimento (com cuidado) aumentando-se a
temperatura (T).
Minerais de Urânio:
com fundente de NaF - LUVSW - amarela a verde
intenso
com fundente de LiF -LUVSW - azul intensa a verde
*teores de Pb, Cu, Fe e Mn inibem a fluorescência.
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FUSÃO de NAF + K2CO3

NaF + K2CO3 + Na2CO3 + material a ser

estudado. Fundido em cadinho de platina ou
sobre placa de carvão vegetal + LUVSW:
Th - verde
U - verde amarela intensa
Zr - amarela
 Estudo de caso e aplicações da
Luminescência
• Segundo Bouzari et al (0000) o emprego da Luminescência
em minerais resistatos pode ser muito eficiente para
determinar os tipos de minerais resistatos em vários tipos de
alteração e mineralizações em depósitos Pórfiros Cu-Au e
estabelecer uma assinatura de minerais indicadores de
pórfiros;
• Contribuem para determinar parâmetros físicos e
composições químicas de minerais resistatos;
• Identificar importantes minerais indicadores e estabelecer
propriedades físicas para distinguí-los daqueles minerais
resistatos que estão diretamente associados com os
depósitos Porfiros Cu-Au;
• Estabelecem critérios para usar os minerais resistatos como
uma ferramenta de exploração em depósitos dessa natureza
• Minerais resistatos comuns em
depósitos porfíticos:
• Rutilo (4.2); Apatita (3.2); Granada (~3.9);
Zircão (4.6); Monazita (~5.1); Titanita
(~3.5); Tourmalina (~3); Jarosita (~3)

– Entre parenteses a densidade dos minerais

• Conclusões desses autores:
• A apatita alterada mostra luminescencia amarela esverdeada devido a
excitação do Fe2+;
• Apatita fortemente alterada mostra luminescencia verde escura a cinza
devido a perda de Mn2+, produzindo uma textura complexa com os
resquícios da apatita verde luminescente;
• Preliminarmente os dados de microssonda sugerem que a apatita na rocha
alterada tem ampla perda de componentes traços como o Mn2+, Cl e S.