UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA
 Bacias sedimentares

✓ Classificação de acordo com a posição da placa: é a forma de

classificação mais disseminada na literatura, e foi consolidada pela
indústria petrolífera;

✓ Avanços no conhecimento: livros adotam uma classificação genética,

ou seja, associam o tipo de bacia com os mecanismo de subsidência
associado!!
 Mecanismos de
subsidência Tipos de Bacias
Sedimentares

Allen & Allen, 2013

Tipos de Bacias Sedimentares
- Áreas de ampla subsidência dentro
de um bloco continental (craton)
longe das margens das placas ou
regiões de orogenia (Klein 1995).
Nichols, 2009

- A crosta cratônica é tipicamente antiga e com baixo relevo: a área pode ser muito grande, mas a
quantidade de subsidência é baixa e a taxa é muito lenta.

- Origem : aparente história associada a um rifteamento anterior, que cessa o que conduz ao
resfriamento da crosta devido ao reduzido fluxo calórico, gerando subsidência termal. São
comumente muito grandes mas não muito profundas.

- O mecanismo de subsidência varia entre as diferentes bacias, visto que algumas estão
aparentemente relacionadas a episódios de rifteamento anteriores, enquanto outras não.
Preenchimento
Os sedimentos fluviais e lacustres são
comumente encontrados, embora
inundações de um oceano adjacente
possam resultar em um amplo mar
epicontinental. São comuns ambientes
desérticos, costeiros, sabkas associados,
lacustres. Podem apresentar algum
magmatismo associado.

Exemplo atual: Baia do rio Hudson!!!

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 Em regiões de extensão, a crosta continental
LIVROS USADOS NA
fratura para produzir fendas, que são vales
CONSTRUÇÃO DAS estruturais, limitados por falhas normais (Leeder,
AULAS 19950

horsts

graben
horsts
Em regiões de extensão, a crosta
continental fratura para produzir fendas,
que são vales estruturais, limitados por
falhas extensionais (normais) (Leeder
Nichols, 2009 1995). O eixo do vale fica mais ou
menos perpendicular à direção da
tensão.

A fraqueza estrutural na crosta e o alto fluxo de calor associado à fissura podem resultar em atividade
vulcânica;

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Os sedimentos são fornecidos pelos flancos do rifte ou também podem ser trazidos por rios
que fluem ao longo do eixo do rifte.
 Exemplo atual: rift continental do leste da África

Exemplos:

- O Vale da Morte, na Califórnia, é um vale rift

terrestre, isolado do mar e tem um clima árido, de
modo que os ambientes de leque aluvial, dunas
desérticas e lagos evaporativos são dominantes.

- Em contraste, o Golfo de Corinto, Grécia, é uma

fenda marítima e é o local de depósitos clásticos
de fan-delta e marinhos mais profundos (Leeder
& Gawthorpe 1987).

- Bacias extensionais com baixo suprimento

clástico podem ser locais de deposição de
carbonato.
 Em caso de extensão continuada: fossa proto-oceânica;

- A extensão contínua dentro da crosta

continental leva ao afinamento e
eventual ruptura completa;
Nichols, 2009

- Magmas basálticos sobem à superfície no eixo da fenda e começam a formar uma nova crosta
oceânica;

- Onde existe uma fina faixa de crosta basáltica entre as duas metades de um sistema de rifte, a
bacia é chamada de vale proto-oceânico (Leeder 1995).
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Preenchimento

- Fonte de sedimentos → rios alimentando áreas da plataforma e em águas mais profundas.

- A conexão com o oceano aberto pode ser intermitente durante o estágio inicial da formação
da bacia e em áreas áridas com altas taxas de evaporação a bacia pode secar
periodicamente.

- Os evaporitos podem fazer parte da sucessão nessas circunstâncias e esta fase de

desenvolvimento da bacia pode ser reconhecida por camadas de gypso ou halita na parte
inferior de uma sucessão de margem passiva.
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- Regiões da crosta continental e a transição para a
crosta oceânica ao longo das margens das bacias
dos oceanos em expansão são conhecidas como
margens passivas;

- O termo "passivo" é usado neste sentido como o

Nichols, 2009
oposto das margens "ativas" entre oceanos e
continentes onde a subducção está ocorrendo.

A crosta de transição se forma por magmas

basálticos que se injetam na crosta
continental em uma zona difusa à medida
que um vale proto-oceânico se desenvolve.
Margem passiva: bordas de margens continentais, com subsidência devido ao resfriamento litosférico e
carga sedimentar;

Preenchimento: É composta por plataforma

(siliciclástica ou carbonática), talude, sopé, (leques
submarinos turbidíticos) e bacia oceânica (lamas
pelágicas e material biogênico);
- Originalmente dispostas a grandes
distâncias das margens continentais, se
formam pelo “afundamento” da crosta
oceânica ao resfriar;

- Se formam em grandes profundidades >

5.000 m;
Fundo do oceano → superfície irregular, com falhas de
transformação que criam algumas áreas da topografia
local. Vulcões isolados e cadeias lineares de atividade
vulcânica relacionadas a hotspots (plumas do manto),
como as ilhas havaianas, formam montes submersos do
mar ou ilhas expostas.

Sedimentação é principalmente pelágica,

consistindo em detritos biogênicos de
granulação fina e argilas. Mais próximo às
bordas das bacias, materiais clásticos
terrígenos podem ser depositados como
turbiditos.
Classificação baseada na posição da placa
funcionada relativamente bem!!!

Nichols, 2009

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 As trincheiras oceânicas são alongadas, com depressões suaves que se formam
onde uma placa oceânica se curva ao entrar em uma zona de subducção.

Nichols, 2009

A margem interna da fossa é formada pela borda de ataque da placa superior do sistema fossa em arco.

O fundo das trincheiras modernas está até 10.000 m abaixo do nível do mar, duas vezes mais profundo que
a batimetria média do fundo do oceano.
Placa do caribe

Placa
sulamericana
 Se formam quando parte dos
sedimentos depositados em
ambiente marinho são “raspados” e
jogados sobre a placa subductada;

Os sedimentos podem se acumular e por

ação de falhas de empurrão eles podem
geras partes soerguidas cahamdas de
prismas ou complexos acrescionários

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 Formadas entre um arco magmático (parte frontal)
e um complex de acressionário;
Nichols, 2009
Preenchimendo: para as modalidades inteiramente oceanicas,
ocorre pouca disponibilidade de sidmentos (unica fonte – arcos
de ilhas vulcanicas);
Preenchiimento normalmente apresenta sedimentos pelágicos,
marinho intermediário a raso com fragmentos vulcânicos
associados.
A espessura dos sedimentos que podem se
acumular nesse tipo de nacia é controlada pela
altura do complexo acrescionário: se este estiver
próximo ao nível do mar, a bacia também pode
ser preenchida até esse nível. O afundamento na
região de forearc é devido apenas a carga
sedimentar.
Rifteamento ocorre na região do arco vulcânico onde
a crosta é mais quente e mais fraca. Neste estágio,
forma-se a bacia de backarc, uma bacia extensional
transitória que é limitada em ambos os lados por
vulcões ativos e é o local de acumulação de
sedimentos derivados principalmente de origem
vulcânica.

Bacias Backarc são preenchidas ou sub-

preenchidas, principalmente por sedimentos de
águas profundas (pelágicos) de origem
vulcaniclástica.

vida útil dessas bacias é relativamente curta: no Pacífico Ocidental, as

bacias do backarc do Cenozóico existem há cerca de 20 milhões de
anos entre a formação e o abandono. As bacias extensionais do
backarc podem se formar nas placas oceânicas ou continentais
(Marsaglia 1995).
 A colisão entre duas placas continentais resulta
na formação de um cinturão orogênico onde há
espessamento da crosta: isso resulta em uma
carga adicional sendo colocada na crosta de
ambos os lados e causa uma flexura para baixo
da crosta para formar bacias frontais periféricas.

Nichols, 2009

A espessura da crosta aumenta devido à

colocação de magma em um arco
vulcânico em uma margem continental,
resultando na formação de flexura da
crosta atrás do arco para formar uma
bacia retroarc forland.
 Convergência entre placas continentais

Bacias periféricas de antepais;

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Bacias periféricas de antepais;

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Bacias antepais de retroarco;

Placa do pacífico Placa sulamericana

Antepaís no
retrocarco
Bacias associadas a esforçoes transtencionais;

Formadas por três mecanismos principais (Reading,

1980):

1) Sobreposição de duas falhas separadas pode

criar regiões de extensão entre elas conhecidas
como bacias de Pull-apart basins. São
retangulares ou rômbicas em planta, com
larguras e comprimentos Km’s.

2) O segundo passo: onde há uma ramificação de

falhas, existe uma zona de extensão entre as
duas ramificações formando uma bacia.

3) Terceiro, a curvatura de um único fio de falha

resulta em curvas que são restraining bends
(localmente compressivas) ou releasing bends
(extensionais localmente): curvas soltas formam
zonas elípticas de subsidência.

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Nichols, 2009
Baicas relativamente estreitas e muito profundas

Preenchumento: margens - deposição de fácies grosseiras (leques

aluviais e leques deltas) e estes passam para sedimentos lacustres em
configurações continentais ou depósitos marinhos.
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 Bacias sedimentares brasileiras

o Sinéclises Paleozoicas

o Bacia do Amazonas
o Bacia do Solimões
o Bacia do São Francisco o Bacia do Parnaíba
o Bacia do Paraná

Fonte: B. Geoci. PETROBRAS, 2007.

 Bacias sedimentares brasileiras

o Pernambuco-Paraíba
o Sergipe
o Alagoas
o Araripe
o Jacuípe
o Camamu
o Almada
o Jequitinhonha
o Bacias Meso-Cenozoicas
de Margem Distensiva o Cumuruxatiba
o Mucuri
o Espírito Santo
o Campos
o Santos
o Pelotas
Fonte: B. Geoci. PETROBRAS, 2007.
 Bacias sedimentares brasileiras

o Bacias Meso-Cenozoicas de Margem

Transformante

o Foz do Amazonas
o Pará-Maranhão
o Barreirinhas
o Ceará
o Potiguar

Fonte: B. Geoci. PETROBRAS, 2007.

 Bacias sedimentares brasileiras

o Riftes Mesozoicos Abortados

(Aulacógenos)

o Tacutu
o Marajó
o São Luís / Bragança-
Viseu / Ilha Nova
o Recôncavo
o Tucano Sul e Central
o Tucano Norte e
Jatobá

Fonte: B. Geoci. PETROBRAS, 2007.

 Bacias sedimentares brasileiras

o Bacias de Antepaís Andino

o Bacia do Acre

Fonte: B. Geoci. PETROBRAS, 2007.

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Para leitura: Capítulo 24 Nichols 2009 - Sedimentary Basins (paginas 381 a 397);

B. Geoci. PETROBRAS, 2007.

Artigo – Dayal, 2017 - Basin Structure, Tectonics, and Stratigraphy

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