TODOROKITA – (Na,Ca,K,Ba,Sr)1-x(Mn,Mg,Al)6O12·3-4H2O

A todorokita é um óxido relativamente comum que integra minérios de Mn.

Os cristais apresentam-se como fibras muito pequenas, de até 0,05 mm, que constituem bandas com
as fibras dispostas perpendicularmente à superfície da banda. As fibras podem se apresentar compactas ou
isoladas; podem se agrupar em agregados muito porosos, podem formar agregados terrosos, às vezes se
apresentam de hábito reniforme, botrioidal ou estalagtítico.
O reconhecimento macroscópico da todorokita é muito difícil porque o mineral é semelhante a vários
outros óxidos de Mn. Quando com hábito micáceo pode ser confundida com ranciéita, quando fibrosa é
semelhante à pirolusita. Ao microscópio sua identificação também é problemática em função do tamanho
extremamente pequeno dos cristais; o hábito fibroso também não ajuda. Várias literaturas clássicas de
minerais de minério sequer a mencionam. Outros métodos analíticos são necessários para a identificação
conclusiva da todorokita, como aliás acontece com vários outros minerais de minério de Mn.
1. Características:
Sistema Cristalino Cor Hábitos Clivagem
Monoclínica Marrom escura, ver acima. {100} perfeita
prismática. preta-marrom, {010} perfeita
Tenacidade cinza-púrpuro
Quebradiça.
Maclas Fratura Dureza Mohs Partição
Comuns, de contato sem informações 1,5 não.
ou como “trillings”.
Traço Brilho Diafaneidade Densidade (g/cm3)
Preto, cinza ou Sub-metálico a fosco, Opaca. 3.5 a 3.8
marrom escuro. resinoso, sub-vítreo

2. Geologia e depósitos:
Todorokita é formada como produto de oxidação/lixiviação ou alteração hidrotermal de minerais
primários com manganês como carbonatos e silicatos. Na localidade-tipo (Mina Todoroki, Japão) a todorokita
formou-se a partir de inesita e rhodocrosita.
É o principal óxido de Mn dos nódulos polimetálicos de mares profundos. Também ocorre em
depósitos de óxidos de Mn e em depósitos sedimentares marinhos derivados de fumarolas vulcânicas. Forma-
se tardiamente como revestimento em pegmatitos graníticos. Pode ocorrer como massas espongosas friáveis
em drusas de veios de quartzo aurífero.
É possível que se forme como mineralização a partir de fungos, pois é encontrada em depósitos de
cavernas e em águas. Também é possível que a maior parte da todorokita natural seja derivada de birnessita.

3. Associações Minerais:
Associa-se a outros óxidos e hidróxidos de Mn como pirolusita, criptomelano, romanèchita,
manganita, birnessita e hollandita. Também a minerais de Mn como rhodocrosita e inesita.
Em função de sua ocorrência em pegmatitos, associa-se aos minerais típicos desta paragênese,
como albita, microclínio, muscovita, flúor-apatita, quartzo (inclusive variedade ametista) e outros.
Em outras situações geológicas associa-se a carbonatos (calcita, aragonita, magnesita), barita, gipso,
opala, zeolitas (levyna, chabazita, estilbita), colemanita, franklinita, tainiolita, halloysita e nontronita.
4. MICROSCOPIA DE LUZ TRANSMITIDA:
A literatura informa que a todorokita é transparente em lamelas muito finas.

Índices de refração: nα : 2,310; nβ: 2,350

Cor : marrom, com pleocroísmo visível em marrom.
Relevo : muito alto.
Birrefringência máxima: 2,310, correspondendo a cores pretas.

5. MICROSCOPIA DE LUZ REFLETIDA:

Preparação da amostra: o polimento das massas de todorokita sempre é muito difícil, pois durante o
desbaste e polimento as fibras se soltam, criando buracos e riscando a superfície já polida.

ND Cor de reflexão: Cinza médio a cinza escuro.

Pleocroísmo: Em vários tons de cinza.

Refletividade: 9,41 – 16,62% Birreflectância: Distinta.

NC Isotropia / Anisotropia: Anisotropia forte, de cinza-marrom a escuro para azul.

Reflexões internas: Não, mas a fibras mais finas apresentam reflexões internas.

Pode ser confundida com: outros óxidos/hidróxidos de Mn.

Forma dos grãos: sempre ocorre em fibras, que podem ser paralelas formando bandas ou dispostas
radialmente formando agregados botrioidais, reniformes, etc.

Maclas são paralelas ao comprimento das fibras, como pode ser visto pela anisotropia.

Versão de dezembro de 2020