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Dolomita

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 Nota: Para a cadeia de montanhas da Itália, veja Dolomitas. Para a comunidade dos Estados
Unidos, veja Dolomite (Alabama).
Dolomite

Dolomite (branco)
Categoria Carbonatos
Branco, cinza a rosa, branco avermelhado, branco acastanhado; incolor na luz
Cor
transmitida
Fórmula química CaMg(CO3)2
Propriedades cristalográficas
Sistema cristalino Trigonal
Cristais tabulares, frequentemente com faces curvas, mas também colunar,
Hábito cristalino
estalactítico, granular ou massivo.
Classe de simetria Romboédrico (3)
símbolo H-M: (3)
Macla Comum como simples geminação de contacto
Propriedades ópticas
Índice refrativo nω = 1.679–1.681 nε = 1.500
Birrefringência δ = 0.179–0.181
Propriedades físicas
Peso específico 2.84–2.86
Dureza 3.5 a 4
Solubilidade Fracamente solúvel em HCl diluído
Clivagem 3 direcções de clivagem sem ser em ângulos rectos
Fratura Concoidal
Tenacidade Quebradiço
Brilho Vitroso a perolado
Pode apresentar fluorescência branca a rosada sob UV; triboluminescente;
Outras
valores de Ksp variam entre 1x10−19 e 1x10−17
Referências [1][2][3][4][5]

Dolomite e calcite apresentam morfologia similar quando observadas à lupa, mas quando em lâmina
fina podem ser causticadas e coradas para identificar os minerais. A imagem é uma fotomicrografia de
uma secção fina vista em luz polarizada cruzada: os grãos minerais mais brilhantes na imagem são
dolomite; os grãos mais escuros são calcite.

O monte Cristallo, próximo de Cortina d'Ampezzo, formado maioritariamente por rochas dolomíticas.

Dolomita (português brasileiro) ou dolomite (português europeu)[6] é um mineral anidro de carbonato de


cálcio e magnésio, com fórmula ideal CaMg(CO3)2, muito abundante na natureza sob a forma de
rochas sedimentares dolomíticas. Este mineral é utilizado como fonte de magnésio e, sobretudo, para a
fabricação de materiais refratários.
Descrição
História

O mineral dolomite foi provavelmente descrito pela primeira vez por Carl Linnaeus em 1768.[7] Na
página 41 daquela obra, Linnaeus descreve o mineral (em latim) como: «Marmor tardum - Marmor
paticulis subimpalpabilibus album diaphanum. Hoc simile quartzo durum, distinctum quod cum aqua
forti non, nisi post aliquot minuta & fero, effervescens», o que pode ser traduzido por «Mármore lento -
Mármore, branco e transparente com partículas quase imperceptíveis. É tão duro quanto o quartzo,
mas é diferente por não efervescer, a menos que após alguns minutos em aqua forti».
Em 1791, foi também descrito como uma rocha pelo naturalista e geólogo Déodat Gratet de Dolomieu
(1750 –1801), inicialmente a partir de pedras existentes em edifícios da antiga Roma e depois a partir
de amostras recolhidas nas montanhas alpinas que agora são conhecidas como Dolomiti, no norte da
Itália. Nicolas-Théodore de Saussure deu o primeiro nome ao mineral (em homenagem a Dolomieu)
em março de 1792.[8] O nome do mineral é assim uma homenagem ao geólogo francês Dolomieu[9]
Composição e propriedades

A dolomite é um mineral anidro de carbonato de cálcio e magnésio, com fórmula ideal CaMg(CO3)2,,
fazendo dele um carbonato duplo, com um arranjo estrutural alternado de iões de cálcio e magnésio.
Ocorrem soluções sólidas entre a dolomite, a ankerite (um mineral dominado por ferro) e a kutnohorite
(um mineral dominado pelo manganês).[10] Pequenas quantidades de ferro na estrutura dão aos cristais
uma tonalidade amarela a acastanhada. A susbtituição iónica por manganês na estrutura pode atingir
cerca de três por cento de MnO. Um alto teor de manganês dá aos cristais uma cor rosada. Por vezes, o
chumbo, o zinco e o cobalto também substituem o magnésio na estrutura. O mineral dolomite está
intimamente relacionado com huntite (Mg3Ca(CO3)4). Em termos gerais, a dolomite pode ser encarada
como um termo de uma solução sólida entre o magnésio e o ferro, cujo extremo em ferro é a siderite e
o extremo em magnésio é a magnesite.
O mineral dolomite é constituído por cristais brancos, castanhos, cinza ou rosa, mais frequentemente de
cor cinza com raias brancas, de brilho vítreo. Cristaliza no sistema trigonal, geralmente em
romboedros. A menos que esteja na forma de pó fino, não se dissolve rapidamente ou apresente
efervescência em ácido clorídrico diluído a frio, como ocorre com calcite.[11] A froamção de maclas é
comum, em geral por simples geminação por contacto. Tem dureza entre 3,5 e 4,0 na escala de Mohs. A
sua densidade varia entre 2,84 e 2,86.
Como a dolomite pode ser dissolvida por água ligeiramente ácida, as áreas ricas em dolomitos são
importantes como aquíferos e contribuem para a formação de terrenos cársticos.[12]
Formação

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