Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nas rochas metamórficas podem ser encontrados muitos dos minerais vulgarmente presentes nas rochas
magmáticas, como o quartzo, os feldspatos, as micas, as anfíbolas e as piroxenas, no entanto, há minerais que são
típicos e exclusivos destas rochas.
Os minerais presentes nas rochas metamórficas podem ser incluídos em dois grupos:
Grupo 1 Grupo 2
6. Grupo das Granadas ( Piropo: Mg3 Al2 Si3 O12 Almandina: Fe3 Al2 Si3 O12 Grossularite: Ca3 Al2 Si3 O12 )
Grupo de silicatos (nesossilicatos) cujo nome foi atribuído por Alberto-O-Grande em 1250. É o nome latino da
romã (Malun granatum), dada a sugestiva semelhança da forma e a cor dos seus cristais com os bagos deste
fruto (“granatus” = como grãos). Neste grupo incluem-se o Piropo, a Almandina e a Grossularite; a título de
curiosidade, o nome da granada alumino-magnesiana piropo vem do grego pyropos, “semelhante ao fogo”,
atribuído por Alberto-O-Grande em 1250 e surge muitas vezes associado ao diamante nos Kimbelitos (rocha).
São minerais duros e comuns nas rochas metamórficas (micaxistos, xistos horneblêndicos e gnaisses) e são
usados frequentemente como minerais-índice destas rochas (Grau de metamorfismo baixo a elevado).
8. Andaluzite – Al2SiO5
Nesossilicato descoberto pela primeira vez na província espanhola de Andaluzia.
Forma-se tipicamente nas auréolas de contacto de rochas argilosas com intrusões magmáticas, sendo
abundante em gneisses, xistos micáceos e em alguns pegmatitos. Em Portugal, é muito frequente no contacto
dos granitos com os xistos das Beiras, do Douro e de Trás-os-Montes.
A variedade quiastolite apresenta uma tonalidade escura, que resulta do facto deste mineral conter inclusões
de carbono, dispostas regularmente em forma de cruz, ao ponto de ter sido usada na Idade Média, em
Santiago de Compostela, como amuleto (“Pedra-cruz”) .
Figura 1. Quiastolite
Mineral raro nas rochas magmáticas e muito importante nas rochas sedimentares, sendo nas rochas
metamórficas o constituinte essencial dos mármores.
A cianite é um silicato de alumínio de bela cor azul e o seu nome deriva do grego kyanos, que significa azul
(cor deste mineral). Também conhecido por distena, pelo facto da sua dureza apresentar o valor 2 (do grego
dis que significa dois e stenós que significa dureza), possui dois minerais polimorfos, a silimanite e a
andalusite.
È um mineral raro nas rochas magmáticas mas abundante nas rochas metamórficas de grau médio a elevado
(micaxistos e gnaisses) ou em rochas sedimentares ricas em alumínio.
Usa-se principalmente em produtos refractários e cerâmicos, incluindo porcelana e utiliza-se no fabrico de
utensílios de electricidade, de cimentos especiais e equipamentos resistentes aos ácidos. A cianite também
pode ser usada como pedra preciosa graças ao seu anisotropismo, que a dota de brilho.
13. Grafite – C
Referida no passado como “mica dos pintores”, em virtude do seu aspecto lamelar e por deixar um traço
negro e fácil sobre o papel, o seu nome actual reflecte o significado do termo grego graph, que traduz o acto
de escrever. Lineu deu-lhe o nome de Lapis pilosophorum e daí a palavra lápis ter sido atribuída a este objecto
à base de grafite (a “mina”, isto é, o mineral).
É um mineral pouco duro e de fácil clivagem (daí ser usado nos vulgares lápis, misturado com argila).
Mineral essencialmente metamórfico (metamorfismo regional sobre rochas ricas em carbono, como os
carvões), é untuoso ao tacto e pode ser usado também em electrotecnia, reactores nucleares e na metalurgia
do ferro.
14. Grupo das Turmalinas – (Na,Ca) (Li,Mg,Al)3 (Al,Fe,Mn)6 Si6O18 (BO3)3 (OH)4
Ciclossilicatos com boro, de cores variadas, cujo nome deriva do termo cingalês (Ceilão, actual Sri Lanka)
turamali, que significa “pedra que atrai a cinza” e que designava as gemas importadas desta ilha.
Estes minerais ocorrem em rochas magmáticas (pegmatitos granitícos), em rochas metamórficas, como o xisto
e o mármore, e são utilizados em aparelhos de precisão devido às suas propriedades piezoeléctricas e
piroeléctricas.
Sorossilicato de alumínio, cálcio, ferro e magnésio, típico das auréolas de contacto de calcários dolomíticos
com intrusões magmáticas.
Este mineral foi descoberto no material ejectado pelo Monte Vesúvio (Itália) e nos blocos dolomíticos do
Monte Somma (França) e foi proposto por Werner, em 1795.