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Dez. / 2018
Conceitos e generalidades
• Minerais: unidades constituintes das rochas
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Minerais
• Elemento ou composto químico;
• Sólido (cristalizado), de ocorrência natural;
• Resultante de processos geológicos inorgânicos;
• Composição química definida dentro de certos
limites;
• Arranjo interno ordenado de átomos ou íons.
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• Minerais
– Constituintes da Terra Sólida
• Recursos Minerais
– Útil ao homem
• Minérios
– Importância econômica
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Elementos ou compostos
• Elementos nativos:
– ouro, Au
– enxofre, S
– diamante, C
• Compostos simples:
– halita, NaCl
– hematita, FeO2
• Compostos complexos:
– turmalina,
Na(Mg,Fe,Mn,Li,Al)3Al6(Si6O18)(BO3)3(OH,F) 4
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Estrutura interna dos minerais
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Minerais polimorfos
• Mesma composição química.
• Estruturas cristalinas diferentes.
• Indicam diferentes ambientes de formação.
Ex: diamante e grafita:
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Classificação dos minerais
• Classificação química:
– Baseia-se na composição química, no radical aniônico
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Classificação dos minerais
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Silicatos
biotita quartzo
estaurolita 15
Silicatos
Ex. de silicatos:
Quartzo – SiO2
Mineral de hábitos granular, prismático. Comum em rochas ígneas
(granitos e pegmatitos), metamórficas (quartzitos, xistos e gnáisses), e
também sedimentares (arenitos, siltitos e conglomerados).
Na construção civil é usado na fabricação de vidro, em cerâmica, como
abrasivo, além de ser um dos principais constituintes das areias.
quartzo Areia
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Silicatos
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Silicatos
Ex. de silicatos:
Biotita – K2(Mg, Fe2+)6-4(Fe3+,Al,Ti)0-2Si6-5Al2-3O20(OH,F)4
Mineral do Grupo dos Filossilicatos, de hábito micáceo, laminar. Comum
em rochas graníticas, sieníticas, veios pegmatitos, gnáisses e rochas
metamórficas em geral.
Na construção civil é usada em argamassa para revestimentos
arquitetônicos.
biotita
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Elementos nativos
Ex. de elementos nativos:
Ouro – Au
Ouro em
Prata – Ag quartzo
Diamante – C
polimorfos
Grafita – C
Diamante
Enxofre – S na rocha
Antimônio – Sb
Arsênio – As
Bismuto – Bi Bismuto
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Halóides
Criolita – Na3AlF6
Silvita
Fluorita – CaF2
Cloragirita – AgCl
Fluorita
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Carbonatos
Rodocrosita – MnCO3
Malaquita – Cu2CO3 Magnesita
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Óxidos
• Possui o radical aniônico O2-.
Ex. de óxidos:
Hematita – Fe2O3 hematita
Magnetita – FeO.Fe2O3
Corindon – Al2O3 cromita
Ilmenita – FeTiO3
Cromita – FeCr2O3
Cassiterita – SnO2
Espinélio – MgAl2O3 cassiterita
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Sulfetos
Pirita – FeS2
polimorfos
Marcasita – FeS2
Calcopirita - CuFeS2
Cinábrio – HgS
pirita
Esfarelita – ZnS
Estibinita – Sb2S3
estibinita
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Sulfatos
Anidrita – CaSO4
Barita – BaSO4
Celestita – SrSO4
barita
celestita
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Fosfatos
monazita
turquesa
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.
Identificação dos minerais
• Técnicas para identificação:
– Uso de Raios-X;
– Análise das propriedades físicas, químicas,
ópticas:
• Macroscópicas;
• Microscópicas: uso de microscópio
petrográfico.
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Propriedades dos minerais
• Hábito cristalino • Clivagem
• Cor • Fratura
• Diafaneidade • Densidade relativa
• Brilho • Efervescência
• Traço • Outras propriedades.
• Dureza
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Hábito cristalino
• É a forma geométrica externa, habitual, exibida pelos
cristais dos minerais, que reflete a sua estrutura
cristalina.
• Pode ser observado quando o mineral cresce em
condições geológicas ideais.
Granada
Apatita Estaurolita
Quartzo 29
Hábitos mais comuns:
– Cúbico (na forma de cubos, como dados),
– Laminar (placas finas que se desprendem
facilmente),
– Prismático (alongado como prismas),
– Fibroso (quebra-se em prismas finos, fibras),
– Acicular (em forma de agulhas duras),
– Tabular (em forma de tábuas ou tijolos).
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Hábito Hábito
acicular fibroso
Antofilita
Halita (sal-gema)
Muscovita 31
Cor
• Depende da absorção seletiva da luz;
• Propriedade diagnóstica para alguns minerais que
ocorrem apenas com uma cor (idiocromáticos). Ex:
galena: cor cinza;
enxofre: amarela;
azurita: azul.
• Alguns minerais podem ocorrer com várias cores
(alocromáticos). Ex:
quartzo: branca, verde, violeta, rosa, incolor, etc.
feldspatos: branca, rosa, cinza ou preta.
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• Minerais alocromáticos: • Minerais idiocromáticos:
Turmalina bicolor
Galena
Enxofre
Quartzo bicolor
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Diafaneidade
Transparência, translucidez e opacidade
• Dependem da quantidade de luz absorvida, e também
da espessura do mineral.
• Transparentes: compreendem os minerais que não
absorvem ou absorvem muito pouca luz. Imagens
podem ser bem reconhecidas através deles. Ex: quartzo
hialino.
• Translúcidos: minerais que absorvem luz
consideravelmente e dificultam que imagens sejam
reconhecidas através deles. Ex: quartzo levemente
leitoso.
• Opacos: minerais que absorvem totalmente a luz,
independente da espessura. Ex: elem. nativos metálicos ,
óxidos e sulfetos.
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Brilho
• É a quantidade de luz refletida pelo mineral.
• Minerais que refletem mais de 75% da luz incidente
exibem o brilho metálico, caso da maioria dos minerais
opacos. Os que não atingem esta reflexão tem brilho
não-metálico.
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Brilho
metálico
Brilho
vítreo
pirita
quartzo
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Dureza
• Resistência ao risco;
• Indica as forças das ligações entre átomos ou íons;
Escala de dureza relativa de Mohs.
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Traço
• Cor do pó do mineral, produzida pelo risco do mineral
sobre uma superfície despolida de porcelana dura.
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Clivagem
• Ruptura ao longo de superfícies planas (planos de
clivagem);
• Associada às direções onde as ligações são mais fracas.
• Classificação das clivagens:
– Proeminente: micas, calcita;
– Perfeita: feldspatos;
– Distinta: fluorita;
– Indistinta: apatita, pirromorfita
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• Na descrição das clivagens, deve-se observar:
– N° de diferentes direções;
– Ângulos entre as direções;
– Grau de desenvolvimento.
Ex:
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Exemplo de clivagens em micas e na calcita
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Fratura
• Superfície de ruptura ou quebra em superfícies
irregulares, curvas, não planas.
• Classificação das fraturas:
– Fratura conchoidal: com concavidades
Fratura
conchoidal
obsidiana
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Efervescência
Fenômeno químico associado a uma reação química.
• Ex: o mineral calcita efervesce em ácido clorídrico. Uma
rápida reação química ocorre entre o ácido e o mineral,
produzindo a efervescência com a liberação do CO2
CaCO3 + HCl → CaCl2 + H2O + CO2
calcita ácido cloreto água dióxido
clorídrico de cálcio de carbono
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Rochas
• Rochas ígneas:
– Formam-se pela cristalização de material rochoso
fundido (magma).
– Os minerais ígneos formam-se pelo resfriamento do
magma, que pode ser rápido (vulcanismos) ou lento
(plutonismo).
– Ex. de rochas ígneas:
• Granito – rocha plutônica ou intrusiva
• Basalto – rocha vulcânica ou extrusiva
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Basalto
Granito
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Rochas
• Rochas sedimentares:
– Formam-se na superfície da Terra, como resultado da
ação da hidrosfera, atmosfera e do sol, com a
litosfera.
– Normalmente os processos envolvidos na formação
das r. sedimentares são: intemperismo,
erosão/transporte dos sedimentos, deposição e
litificação dos sedimentos.
– Os minerais sedimentares podem ser os mesmos das
rochas erodidas, ou formados por cristais precipitados
de soluções concentradas. 49
Rochas
• Rochas metamórficas:
– Formadas a partir de rochas pré-existentes quando
submetidas à condições de pressão (P) e temperatura
(T) diferentes daquelas primeiras que lhe deram
origem.
– Os minerais das rochas pré-existentes sofrem algumas
transformações de modo a se adaptarem às novas
condições de P e T impostas, originando os minerais
metamórficos.
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Ciclo das rochas
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TEIXEIRA, W. et all, 2008.
Recursos minerais
• Rec. Minerais metálicos:
• Abundantes: Fe, Mn, Al, Cr, Ti, Mg
• Escassos: Cu, Pb, Zi, W, Au, Sn, Ag, Pt, U, Hg, Mo
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ESQUEMA DE UM EMPREENDIMENTO DE MINERAÇÃO
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Mineração de argila para
construção de pisos e
revestimentos cerâmicos.
Santa Gertrudes, SP, Brasil.
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Mineração de diabásio.
Aguai, SP, Brasil.
Mineração de basalto.
Americana, SP, Brasil.
Referências bibliográficas
DANA, E.S. & HURLBUT, C.S. Manual de mineralogia. Ed. Reverté, S.A. New York,
USA, 2ª Ed. 1960.
LUDMAN A. & COCK, N.K. Physical geology. McGraw-Hill Book Company. USA,
1982.
GASS, L.G. et al. Vamos compreender a Terra. Almedina. Coimbra, Portugal, 1984.
LEINZ, V. & AMARAL, S.E. Geologia geral. Nacional. São Paulo, 1980.
LEINZ, V. & CAMPOS, J.E.S. Guia para determinação de minerais. Cia. Editora
Nacional, São Paulo, Brasil, 9ª Ed. 1982.
MACHADO, F.B. et al. Enciclopédia Multimídia de Minerais. [on-line].ISBN: 85-
89082-11-3 Disponível na Internet via WWW. URL:
http://www.rc.unesp.br/museudpm
OLIVEIRA, A.M.S. e BRITO, S.N.A. (Eds) Geologia de Engenharia. São Paulo:
Associação Brasileira de Geologia de Engenharia, 1998
TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. Nacional. São Paulo, 2008.
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